domingo, 26 de abril de 2015
VIA LÁCTEA PODE SER 50 POR CENTO MAIOR DO SE PENSAVA
O que se pensava serem discos de estrelas ao redor da galáxia podem ser ondulações.Isto porque o disco galáctico parece ter contornos na forma de várias ondas concêntricas. [Imagem: Yan Xu et al. - 10.1088/0004-637X/801/2/105]
Corrugada
A conclusão é de uma equipe internacional que utilizou dados astronômicos coletados pelo projeto SDSS (Sloan Digital Sky Survey), responsável pela elaboração da maior imagem já feita do Universo.
"Em essência, o que descobrimos é que o disco da Via Láctea não é simplesmente um disco de estrelas em uma superfície plana - ele é ondulado," explica o professor Heidi Newberg, do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos.
"Como [essas ondas] se irradiam a partir do Sol, nós vemos pelo menos quatro ondulações no disco da Via Láctea. Embora só possamos olhar para uma parte da galáxia com esses dados, assumimos que este padrão será encontrado em todo o disco," acrescenta.
Via Láctea pode ser 50% maior do que se calculava
Nosso Sistema Solar fica bem protegido na parte interna da Via Láctea. [Imagem: Yan Xu et al. - 10.1088/0004-637X/801/2/105]
Diâmetro da Via Láctea
Os dados revelaram ainda que algumas características previamente identificadas como anéis são na verdade parte do disco galáctico, estendendo-se da largura calculada da Via Láctea - 100.000 anos-luz de diâmetro - para até 150.000 anos-luz, tornando nossa galáxia 50% maior.
"Os astrônomos já haviam observado que o número de estrelas na Via Láctea diminui rapidamente a cerca de 50.000 anos-luz do centro da galáxia e, então, um anel de estrelas aparece a cerca de 60.000 anos-luz do centro," explica Yan Xu, principal autor do trabalho.
"O que vimos agora é que este aparente anel é na verdade uma ondulação no disco. E é bem possível que haja mais ondulações, ainda mais distantes, que não vimos ainda," concluiu Xu.
Bibliografia:
Rings and radial waves in the disk of the Milky Way
Yan Xu, Heidi Jo Newberg, Jeffrey L. Carlin, Chao Liu, Licai Deng, Jing Li, Ralph Schonrich, Brian Yanny
The Astrophysical Journal
Vol.: 801 (2)
DOI: 10.1088/0004-637X/801/2/105
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