segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O MITO DA CONSTELAÇÃO CASSIOPÉIA



Constelação Cassiopeia no canto esquerdo  da imagem próximo ao norte

Constelação Cassiopeia
Contrapondo-se a constelação Ursa Maior, do outro lado da estrela Polaris, que é um grande "W", que define facilmente reconhecível na Via Láctea, o 5 estrelas da constelação Cassiopeia.
As principais estrelas da constelação Cassiopeia é chamado Galpão (α Casos de magnitude 2,26 em nível 228,56).
As outras estrelas no constelações são Caph (β Cas magnitude 2,30-54,46 AL), γ Cas magnitude 2,17-613,08 AL), Rucnbach (δ Casos de magnitude de 2,68-99,41 AL), ε Casos de magnitude 3,84-334,18 AL.
Cassiopeia é uma das 88 constelações do céu, visível no hemisfério norte.
Ao contrário do Ursa Major sobre o Ursa Menor. O pico da central W pontos para o Estrela do Norte. Originalmente considerada por Ptolomeu na elaboração do seu Almagest, a constelação representa, na mitologia grega, a rainha Cassiopeia preso ao seu trono, a esposa de Cepheus e mãe de Andrômeda.
Estrelas Amplitude aparente
Distância (al)
Tsih (γ Cas) 2,17 613,08
Shedar (α Cas) 2,26 228,56
Caph (β Cas) 2,30 54,46
Ruchbah (δ Cas) 2,68 99,41
Segin (ε Cas) 3,37 442
Achird (η Cas) 3,48 19
ζ Cas 3,71 597
ε Cas 3,84 334,18

Ilustração da Constelação de Céphée
Muitas das cenas da mitologia encerram conceitos de moral que, de resto, é uma característica de todos os cultos religiosos. As antigas religiões de Roma e da Grécia enquadravam, nesse aspecto, a sabedoria e as atitudes que deveriam reinar entre os mortais da Terra.
A história mitológica de Cassiopeia (que podemos admirar como uma bela constelação situada na parte norte do céu noturno, no fino e denso aglomerado de estrelas da Via Láctea), está intimamente ligada a Andrômeda. No céu, é fácil distinguir as suas mais importantes cinco estrelas em forma de W.
Cassiopeia, a que os Persas chamavam Shuter, era muito bela e era esposa do rei Cefeu, da Etiópia. O desmedido orgulho pela sua beleza tomava-a arrogante a ponto de apregoar ser mais bela do que as ninfas do oceano, as Nereides. Esta presunção irritou as ninfas, que eram filhas de um dos senhores dos oceanos, Nereu. Não é que as ninfas não estivessem cientes da sua superior beleza física, mas porque a rainha parecia não perceber que os seus atributos de beleza não poderiam ser considerada uma virtude em si, porque apenas tinham nascido consigo e não tinham sido fruto dum esforço pessoal conseguido. Cassiopeia devia apenas agradecer a sua sorte; e não vangloriar-se dela. Assim, por considerarem que o comportamento da rainha denotava um deplorável desvio de valores, pediram ao rei que governava os oceanos, Posidon (Neptuno), para castigar Cassiopeia. Considerando justa a pretensão das Nereides, Posidon ordenou ao gigantesco monstro marinho, a Baleia, que destruísse o reino da Etiópia. Quando os respectivos soberanos foram informados da decisão, dirigiram-se a um sábio oráculo do reino para lhe pedirem conselho, como era usual, na época. A resposta foi que deveriam sacrificar a sua filha, para apaziguarem os deuses marinhos. Compreensivelmente desagradados, com os corações despedaçados  pela sorte da sua querida filha, amarraram Andrómeda a um rochedo virado para o mar, sabendo que a Baleia viria destruí-la. Mas Posídon entendia que Cassiopeia devia ser castigada. Por isso a colocou numa posição em que ficasse eternamente condenada a girar em volta do pólo, metade do tempo voltada para cima e outra metade virada para baixo.
Esta é, a história fantástica com a proximidade das constelações de Perseu, de  Andrómeda  e da Baleia, permite-nos, melhor localizá-las, a todas elas. Tem especial interesse a localização da constelação de Andrómeda, pois que é aí que se encontra a galáxia  do mesmo nome, que pertence ao chamado Grupo Local e que é a mais próxima da nossa.
As duas estrelas mais importantes da constelação são a alfa Cas, Shedar, uma estrela  gigante laranja, muito luminosa, a uns 230 anos luz de nós e a beta Cas, a 42 anos-luz, uma estrela branca, conhecida por Kaff, ou Al Sanam al Nakah, segundo os árabes, que vêm na constelação a bossa dum camelo.
Deveremos ainda a registar a presença, na constelação, da extraordinária estrela gigante azul, gama Cas, a 780 a. l., uma variável com uma espécie de uma concha ou envelope de  gás que regularmente expele para o espaço e que oscila entre as magnitudes 3,6 e 1,6, a epsilon Cas, uma belíssima dupla, que se pode destrinçar por intermédio de pequenos binóculos, composta por uma estrela amarela e outra vermelha.
Além das muitas outras estrelas que se encontram dentro do espaço da constelação, há a considerar os seguintes cúmulos de estrelas:
1 - o M 52 (NGC 7654), a 3. 800 a anos- luz, com cerca de 120 estrelas, visível aos binóculos.
2 - o distante cúmulo NGC 663 a 2.600 a.l., com cerca de 80 estrelas, visível com uns bons binóculos.
3 - o M 103 (NGC 581), a 3800 a.l., com 60 estrelas, em forma de losango.
4 - NGC 457, que pode ser visto ao lado da estrela supergigante fi de Cassiopeia, de magnitude 5.0.

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