quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

NOVA OBSERVAÇÃO DE UMA SUPER LENTE GRAVITACIONAL QUE AMPLIA A LUZ DE GALÁXIAS DISTANTES EM ABEL 1689


Um conjunto maciço de galáxias amareladas, aparentemente pego em uma teia de aranha vermelha e azul de galáxias de fundo estranhamente distorcidas, faz para uma imagem fascinante da nova Advanced Camera for Surveys bordo do telescópio espacial Hubble da NASA. 
Para fazer essa imagem sem precedentes do cosmos, Hubble espreitou em linha reta através do centro de um dos aglomerados de galáxias de maior massa conhecido, chamado Abell 1689.
A gravidade do cluster de trilhões de estrelas - além de matéria escura - age como uma lente de  2 milhões de anos luz de diâmetro "lente no espaço". Esta "lente gravitacional" se dobra e amplia a luz das galáxias situadas ao longe por trás dela. Alguns dos objetos mais fracos na imagem são, provavelmente, mais de 13.000 milhões anos-luz de distância com o (valor redshift 6).
Apesar da lente gravitacional ser previamente estudada por Hubble e telescópios terrestres, este fenômeno nunca foi visto antes em tal detalhe. A figura revela ACS 10 vezes mais arcos do que seria visto por um telescópio terrestre. A ACS é 5 vezes mais sensível e fornece imagens que são duas vezes mais nítidas que as  câmeras do Hubble anteriores. Por isso, pode ver os arcos muito mais fracas com maior clareza. A imagem apresenta um imenso quebra-cabeça para os astrônomos do Hubble passar meses tentando desembaraçar as galáxias Intercaladas com o cluster de primeiro plano são milhares de galáxias, que são imagens lensed das galáxias no universo profundo.
A análise detalhada das imagens promete lançar luz sobre a evolução da galáxia, a curvatura do espaço e do mistério da matéria escura. A imagem é uma demonstração requintada de previsão de Albert Einstein de que a gravidade deforma o espaço e distorce os feixes de luz.
Esta imagem representativa nesta cor é um composto de luz visível e do infravermelho próximo exposições tomadas em Junho de 2002.
Crédito: NASA, N. Benitez (JHU), T. Broadhurst (Racah Instituto de Física / A Universidade Hebraica), H. Ford (JHU), M. Clampin (STScI), G. Hartig (STScI), G. Illingworth ( UCO / Observatório Lick), a Equipe ACS Ciência e ESA


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

LINDA OBSERVAÇÃO DA MAJESTOSA GALÁXIA DO SOMBRERO

Projeto Patrimônio comemora cinco anos de colheita as melhores imagens do Telescópio Espacial Hubble

Telescópio Espacial Hubble da NASA treinou seu olho nítido em uma das galáxias mais imponentes e fotogênicas do universo, a galáxia do Sombrero,  de nome messier ou (M104). 
A indicação da galáxia é um brilhante núcleo branco, bulboso rodeada pelas pistas grossas da poeira que compreendem a estrutura espiral da galáxia. Como visto a partir da Terra, a galáxia é inclinada quase borda-on. Nós vêmo-la de apenas seis graus ao norte de seu plano equatorial.
Esta galáxia brilhante foi nomeada o Sombrero devido a sua semelhança à borda larga e chapéu mexicano high-coberto
Em um valor relativamente brilhante de +8, M104 são apenas além do limite de visibilidade do olho nu e é facilmente visto através de pequenos telescópios. O Sombrero encontra-se na borda do sul do conjunto rico do aglomerado de Virgem esta galáxia e é um dos objetos os mais maciços nesse grupo, o equivalente a 800 bilhões de sóis. A galáxia é de 50.000 anos-luz de diâmetro e está localizado a 28 milhões de anos-luz da Terra.
Hubble resolve facilmente o sistema rico de M104 de conjuntos globular, estimada em cerca de 2.000 no número - 10 vezes mais do que a órbita nossa galáxia da Via Láctea. As idades dos conjuntos são similares aos conjuntos na Via Láctea, variando de 10-13 bilhões de anos. Encaixado no núcleo brilhante de M104 um disco menor, que está inclinada em relação ao disco grande. Emissão de raios-X sugere que haja material que cai no núcleo compacto, onde um bilhão de massa solar reside no buraco negro.
No século 19, alguns astrônomos especularam que M104 era simplesmente um disco edge-on de gás luminoso que cerca uma estrela nova, que é prototípica da génese de nosso sistema solar. Mas em 1912, o astrónomo VM Slipher descobriu que o objeto hat-como parecia estar correndo para longe de nós em 700 milhas por segundo. Esta velocidade enorme ofereceu alguns dos indícios os mais adiantados de que o Sombrero era realmente uma outra galáxia, e que o universo estava se expandindo em todas as direções.
A equipe da herança de Hubble tomou estas observações em maio-junho 2003 com a câmera avançada do telescópio espacial para avaliações. As imagens foram recolhidas três filtros (vermelho, verde e azul) para produzir uma imagem em cor natural. A equipe tomou seis imagens da galáxia e costuradas então lhes junto para criar a imagem composta final. Um dos mosaicos sendo os maiores do Hubble montados como nunca, esta galáxia magnífica tem um diâmetro aparente que seja quase um quinto do diâmetro da Lua cheia.
Crédito: NASA ea equipe da herança de Hubble (STScI / AURA)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

OBSERVAÇÕES COM HUBBLE MOSTRAM UMA INTERAÇÃO GALÁTICA

Cosmic Collisions Galore!

NGC 6670 é um lindo par de sobreposição de borda em  galáxias que se assemelham a um golfinho pulando. 
Os cientistas acreditam que NGC 6670 já experimentaram pelo menos um encontro próximo e está agora nos estágios iniciais de um segundo. Os núcleos das duas galáxias são cerca de 50.000 anos-luz de diâmetro. NGC 6670 brilha no infravermelho com mais de uma centena de bilhões de vezes a luminosidade do Sol e é pensado para estar a entrar numa fase starburst. O par está localizado a cerca de 400 milhões de anos-luz de distância da Terra.
Esta imagem é parte de uma grande coleção de 59 imagens da fusão de galáxias obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble e divulgados por ocasião do seu 18º aniversário no dia 24 de Abril de 2008.
Nomes dos objetos: NGC 6670, NGC 6670A / B, VII Zw 812
Crédito: NASA, ESA, a herança de Hubble (STScI / AURA) -esa / Hubble e A. Evans (University of Virginia, Charlottesville / NRAO / Stony Brook University)
FATOS TÉCNICOS SOBRE ESTA IMAGEM:
Sobre o Objeto
Nome do objeto: NGC 6670, NGC 6670A / B, VII Zw 812
Objeto Descrição: Galáxias de interação
Posição (J2000): 18 33 37.38
59 53 21.2
Constelação: Pavão
Distância: 400 milhões de anos-luz (100 milhões de parsecs)
Sobre os dados
Dados Descrição: A imagem do Hubble foi criada usando dados do TGV da proposta 10592: A. Evans (University of Virginia, Charlottesville / NRAO / Stony Brook University)
Instrumento: ACS / WFC
Data (s) de exposição: 30 de outubro de 2001
Tempo de exposição: 38 minutos
Filtros: F435W (B) e F814W (I)
Sobre a Imagem
Crédito de imagem: NASA, ESA, a herança de Hubble (STScI / AURA) -esa / Hubble e A. Evans (University of Virginia, Charlottesville / NRAO / Stony Brook University)
Data de lançamento: 24 de abril de 2008

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

UMA VISÃO MAGNÍFICA DAS LUAS DE SATURNO ENCÉLADO E TÉTIS

luas de Saturno alinhadas
Luas de Saturno se alinham (quase) perfeitamente em foto divulgada pela NASA
 Anéis de Saturno e os satélites Encélado e Tétis, registrados no dia 24 de setembro de 2015 pela sonda Cassini. Créditos: NASA / JPL-Caltech / SS
A sonda Cassini, da NASA está orbitando Saturno por mais de uma década, e tem visto todo o espectro do magnífico "Rei dos Anéis". Mas ainda existe muito a ser explorado e registrado, como mostra essa imagem feita e liberada pela NASA. As luas de Saturno são realmente belíssimas, principalmente quando os anéis de Saturno estão em primeiro plano... mas o que dizer dos satélites saturnianos quando eles se alinham em uma imagem praticamente perfeita?!
Neste exemplo impressionante de timing celestial, no dia 24 de setembro, a sonda Cassini registrou a lua Encélado quase que perfeitamente alinhada na frente da grande lua Tétis. Um fato interessante é que a diferença de tamanho entre essas duas luas de Saturno ficaram muito bem exemplificadas na imagem: Encélado tem 504 km de diâmetro, e Tétis tem 1.062.
Curiosamente, a distância da sonda Cassini e das duas luas fez com que a imagem refletisse muito bem o diâmetro comparativo entre os dois satélites naturais.
No momento do trânsito das luas, Cassini estava a 2,1 milhões de quilômetros de Encélado, e 2,6 milhões de quilômetros de Tétis. As duas luas estavam afastadas por apenas 500.000 km de distância.
Encélado é de enorme interesse científico para a NASA, sobretudo quando se trata da missão Cassini. Os cientistas descobriram recentemente que Encélado possui um oceano abaixo de sua camada de gelo, e acredita-se ainda que a pequena lua possua os ingredientes essenciais para a vida.
Cassini fez seu último voo rasante sobre Encélado no dia 19 de dezembro de 2015, em um encontro conhecido como E-22 (o 22° sobrevoo), quando chegou a apenas 4.999 quilômetros da superfície da lua de Saturno. Nesse último sobrevoo, Cassini se concentrou em medir a quantidade de calor emitido nas camadas internas abaixo do gelo em sua superfície, algo importante para entender o que está impulsionando a nuvem de partículas de gás e gelo que são ejetadas continuamente a partir de seu oceano escondido.
Daqui pra frente, a sonda Cassini não deve fazer outras grande aproximações em Encélado, porém, seus grandes encontros com as luas de Saturno possibilitaram a descoberta de oceanos escondidos, o que abriu um grande caminho na exploração de mundos que por ventura, tenham a capacidade de abrigar vida.
Fonte: NASA / Cassini
Imagens: (capa:NASA/JPL-Caltech/SSI) / NASA / Cassini

domingo, 27 de dezembro de 2015

TEMPESTADE EM ANÃ MARROM FAZ A GRANDE MANCHA DE JÚPITER PARECER UMA CRIANÇA

tempestade em anã marrom
 Como seria uma tempestade em um mundo tão estranho?
A Grande Mancha Vermelha de Júpiter é o maior e melhor exemplo de uma tempestade de longa vida no Sistema Solar, mas agora essa tempestade tem uma forte concorrente em outro sistema. E o mais intrigante: essa grande tempestade alienígena não foi vista em um gigante gasoso, mas sim nas camadas superiores de uma pequena "estrela falha".
As anãs marrons do tipo L são um subconjunto especial de objetos estelares pequenos, que possuem características tanto de planetas gigantes gasosos quanto de estrelas. Popularmente, esses objetos são conhecidos como "estrelas fracassadas". Eles estão no meio do caminho entre planetas e estrelas, possuem cerca de 75 vezes a massa de Júpiter, e são aproximadamente 15% maiores...
tempestade em uma estrela fria
tempestade em uma estrela fria
Animação mostra a grande tempestade em W1906 + 40.Créditos: NASA / JPL-Caltech
Por exemplo: embora algumas das anãs marrons mais massivas possam realizar alguma fusão de baixo nível em seus núcleos, não é suficiente para elevar a temperatura do objeto além de cerca de 2 mil graus, portanto suas atmosferas podem criar camadas e nuvens, gerando fenômenos comuns em planetas, como poderosas tempestades.
O Telescópio Espacial WISE da NASA descobriu W1906 + 40 em 2011, e os astrônomos perceberam que o objeto estava dentro do campo de visão do telescópio espacial Kepler, o caçador de planetas extrassolares da NASA. Normalmente o Kepler observa "trânsitos" de exoplanetas (o ligeiro escurecimento causado pelo bloqueio de sua luz conforme o planeta passa na sua frente), mas às vezes as "manchas estelares" também podem ser detectadas por Kepler.
Embora a luz gerada por W1906 + 40 seja muito fraca, os astrônomos detectaram uma enorme mancha escura que se move juntamente com a rotação da anã marrom. Poderia ser apenas alguma mancha solar gigantesca, assim como algumas já vistas no Sol no período de alta atividade?
Para entender o que era a grande mancha, os pesquisadores buscaram ajuda de outra missão da NASA: o Telescópio Espacial Spitzer, e o que foi descoberto em seguida tornou-se uma grande surpresa.
Observando a anã marrom através do infravermelho, Spitzer foi capaz de determinar que a grande característica escura em W1906 + 40 não era impulsionada por magnetismo, portanto era realmente um fenômeno atmosférico: uma grande tempestade escura, perto do polo norte.
tempestade em anã marrom
tempestade em anã marrom
Ilustração artística mostra como poderia ser a visão de uma grande tempestade em uma anã marrom. Créditos: NASA / JPL-Caltech / University of Western Ontario / Stony Brook University
"A estrela é do tamanho de Júpiter, e sua tempestade é do tamanho da Grande Mancha Vermelha de Júpiter", disse John Gizis, da Universidade de Delaware, e principal autor do estudo publicado no The Astrophysical Journal. "Sabemos que esta tempestade é recente, e talvez tenha dois anos, ou mais." Os cientistas ainda não entenderam se esse tipo de fenômeno é raro ou comum.
Isso nos mostra que talvez o termo "estrela fracassada" é apenas uma visão relativa. Assim como a história do copo "meio cheio ou meio vazio", se pensamos em estrelas, a classe das "anãs marrons" até faz sentido, mas se compararmos com planetas, seriam facilmente vistos como "Gigantes Vermelhos"...

sábado, 26 de dezembro de 2015

NOVA IMAGEM DA TERRA DIVULGADA PELA NASA É DE TIRAR O FÔLEGO

Imagem do Nascer da Terra visto da Lua
Nova imagem do 'Nascer da Terra' visto da Lua é simplesmente exuberante
nascer da terra visto da lua
Uma nova foto espetacular da Terra feita do espaço deixou os apaixonados pela astronomia de boca aberta. A imagem foi capturada pela sonda robótica Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, e mostra o nosso planeta iluminado pelo Sol, acima de uma paisagem lunar exuberante, com ondulações e sombras em sua superfície.

Um registro espetacular do Nascer da Terra visto a partir da Lua, liberado em dezembro de 2015.
Créditos: NASA / Goddard / Arizona State University
"A imagem é simplesmente impressionante", disse Noah Petro, cientista do projeto LRO, no Centro de Voo Espacial Goddard, da NASA. "A imagem da Terra remonta a antiga e famosa foto que ganhou o nome de "Blue Marble" (Bolinha de Gude Azul), feita pelo astronauta Harrison Schmitt durante a missão Apollo 17 (que ia em direção a Lua), a mais de 40 anos atrás, que também mostrava o continente africano proeminente.

Blue Marble - foto da Terra



































Blue Marble, a famosa imagem da Terra feita durante a missão Apollo 17

Créditos: NASA / Apollo
A imagem parece uma combinação da "Blue Marble" e da "Earthrise" (Nascer da Terra), feita pela tripulação da Apollo 8 (com os primeiros astronautas a deixar a órbita da Terra, ao orbitar a Lua em 24 de dezembro de 1968).
Earthrise - foto
Earthrise, ou Nascer da Terra, foi a primeira imagem colorida que mostrou a Terra com a superfície lunar em primeiro plano.Créditos: NASA / Apollo
A famosa imagem de 1968 não foi, na verdade, a primeira foto que mostrou o "nascer da Terra". O grande feito pioneiro foi feito pela sonda robótica Lunar Orbiter 1, da NASA, em 1966, porém, por ter sido uma foto em preto e branco, não teve o mesmo impacto dramático e duradouro na sociedade.
a primeira imagem da Terra vista da Lua
a primeira imagem da Terra vista da Lua
No dia 23 de agosto de 1966, a sonda Lunar Orbiter 1, da NASA, registrou a primeira imagem da Terra vista a partir
do ponto de vista lunar. A foto acima foi digitalizada a partir da imagem original impressa.
Créditos: NASA / Lunar Orbiter 1
A nova foto, lançada pela NASA nesse mês de dezembro de 2015, foi criada a partir de uma série de fotografias que a sonda LRO registrou dois meses antes, quando o robô (com o tamanho de um carro) chegou a cerca de 134 km acima da região Compton Crater, no lado oculto da Lua, aquela que não conseguimos observar a partir da Terra.
A missão de 504 milhões de dólares LRO foi lançada em junho de 2009, e inicialmente trabalhou apenas recolhendo informações e dados que poderiam ser úteis em futuras viagens tripuladas à Lua. Agora, mais exatamente desde setembro de 2010, a sonda ganhou missões científicas que são estudadas com mais ênfase, e que podem dar uma luz em outras questões que cercam o nosso belo satélite natural.
Fonte: Space / NASA
Imagens: (capa: imagem original da NASA alongada) / NASA / Goddard / Arizona State University / Ap

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

ESTRELA GIGANTE É OBSERVADA EMAGRECENDO

Imagem VLT obtida com o SPHERE do meio que rodeia a estrela VY Canis Majoris
Com o auxílio do Very Large Telescope do ESO (VLT) uma equipe de astrônomos capturou as imagens mais detalhadas até hoje da estrela hipergigante VY Canis Majoris.
Estas observações mostram como é que o tamanho inesperadamente grande das partículas de poeira que rodeiam a estrela faz com que esta perca uma enorme quantidade de massa na altura em que começa a morrer. Este processo, agora compreendido pela primeira vez, é crucial já que prepara estrelas tão grandes para o seu final explosivo sob a forma de supernovas.
Canis Majoris
VY Canis Majoris é um Golias estelar, uma hipergigante vermelha, uma das maiores estrelas conhecidas na Via Láctea. Tem 30 a 40 vezes a massa do Sol e é 300 000 mais luminosa. No seu estado atual, a estrela atingiria a órbita de Júpiter, uma vez que se expandiu de forma tremenda ao entrar nas fases finais de sua vida.
As novas observações desta estrela foram obtidas com o instrumento SPHERE instalado no VLT. O sistema de ótica adaptativa deste instrumento corrige as imagens muito melhor do que os sistemas anteriores, permitindo observações muito detalhadas de estruturas muito próximas de objetos luminosos. O SPHERE revelou de forma clara como é que a luz brilhante de VY Canis Majoris ilumina as nuvens de material que a rodeiam.
Ao usar o modo ZIMPOL do SPHERE, a equipe pôde ver não apenas mais profundamente o coração da nuvem de gás e poeira que rodeia a estrela, mas também como é que a luz estelar está sendo dispersada e polarizada pelo material à sua volta. Estas medições foram cruciais para descobrir as propriedades furtivas da poeira.
Análises cuidadosas dos resultados da polarização revelaram que os grãos de poeira são partículas relativamente grandes, com um tamanho de 0,5 micrômetros, o que pode parecer pequeno, mas grãos deste tamanho são cerca de 50 vezes maiores do que a poeira encontrada normalmente no espaço interestelar.
Ao longo da sua expansão, as estrelas massivas liberam enormes quantidades de matéria — todos os anos VY Canis Majoris expele da sua superfície o equivalente a 30 vezes a massa da Terra sob a forma de gás e poeira. Esta nuvem de material é empurrada para o exterior antes da estrela explodir, altura em que parte da poeira é destruída e a restante é lançada para o meio interestelar. Esta matéria é depois usada, juntamente com os elementos mais pesados formadas durante a explosão da supernova, por novas gerações de estrelas, que podem usar o material para formar planetas.
Até agora não se sabia como é que o material existente nas camadas mais superiores da atmosfera destas estrelas gigantes era empurrado para o espaço antes da estrela explodir. O candidato mais provável era a pressão de radiação, a força exercida pela luz estelar. Como esta pressão é muito fraca, o processo depende de grãos de poeira grandes, de modo a garantir uma área de superfície suficiente para a obtenção de um efeito apreciável .
“As estrelas massivas têm vidas curtas,” diz o autor principal do artigo científico que descreve estes resultados, Peter Scicluna, da Academia Sinica, Instituto de Astronomia e Astrofísica de Taiwan. “Quando se aproximam dos seus últimos dias, estas estrelas perdem muita massa. No passado, podíamos apenas tecer teorias sobre como é que isto aconteceria. Mas agora, e graças aos novos dados obtidos pelo SPHERE, descobrimos enormes grãos de poeira em torno da hipergigante. Estas partículas são suficientemente grandes para ser empurradas pela intensa pressão de radiação da estrela, o que explica a rápida perda de massa deste objeto.”
Os grandes grãos de poeira observados tão próximo da estrela implicam que a nuvem pode dispersar de modo efetivo luz visível emitida pela estrela e pode ser empurrada pela sua pressão de radiação. O tamanho dos grãos de poeira significa também que muitos destes grãos serão capazes de sobreviver à radiação produzida pela explosão inevitável de VY Canis Majoris sob a forma de supernova . Esta poeira irá integrar o meio interestelar circundante, alimentando futuras gerações de estrelas e “encorajando-as” a formar planetas.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

VLT. REVISITA UMA INTERESSANTE COLISÃO CÓSMICA

Região em torno da galáxia em interação NGC 5291
O Very Large Telescope do ESO, instalado no Observatório do Paranal, obteve novas imagens que revelam a espetacular consequência de uma colisão cósmica com 360 milhões de anos. Entre os restos da colisão encontra-se uma jovem galáxia anã rara e misteriosa. 
Esta galáxia dá aos astrônomos uma excelente oportunidade de aprender mais sobre galáxias semelhantes que se pensa serem comuns no Universo primordial, mas que são normalmente muito tênues e se encontram muito distantes para poderem ser observadas com os telescópios atuais.
A galáxia NGC 5291, a oval difusa e dourada que domina o centro desta imagem, é uma galáxia elíptica situada a quase 200 milhões de anos-luz de distância na constelação do Centauro. Há cerca de 360 milhões de anos atrás, NGC 5291 esteve envolvida numa colisão dramática e violenta quando outra galáxia que viajava a altas velocidades chocou contra o seu núcleo. O choque cósmico originou a ejeção de enormes quantidades de gás para o espaço próximo que, mais tarde, deram origem à formação de um anel em torno de NGC 5291.
Com o tempo, o material deste anel juntou-se e colapsou para formar muitas regiões de formação estelar e várias galáxias anãs, que aparecem como regiões brancas e azuis pálidas espalhadas em torno de NGC 5291 nesta nova imagem obtida pelo instrumento FORS, montado no VLT. A aglomeração de matéria mais massiva e luminosa, à direita de NGC 5291, é uma destas galáxias anãs, conhecida por NGC 5291N.
Pensa-se que a Via Láctea, como todas as galáxias grandes, se formou nos primórdios do Universo a partir da fusão de várias galáxias anãs menores. Estas galáxias pequenas, se sobrevivem por si próprias até aos nossos dias, contêm normalmente muitas estrelas extremamente velhas.
No entanto, NGC 5291N parece não conter nenhuma estrela velha. Observações detalhadas obtidas com o espectrógrafo MUSE  mostraram também que as regiões mais exteriores da galáxia possuem propriedades tipicamente associadas com a formação de novas estrelas, mas o que é observado não é previsto pelos atuais modelos teóricos. Os astrônomos suspeitam que estes aspectos invulgares possam ser o resultado de colisões massivas de gás na região.
NGC 5291N não se parece com uma galáxia anã típica, antes pelo contrário, partilha um número impressionante de semelhanças com as estruturas que aparecem em muitas galáxias com formação estelar ativa no Universo distante, o que a torna um sistema único no nosso Universo local e um importante laboratório para o estudo de galáxias primordiais ricas em gás, as quais estão normalmente demasiado distantes para se poderem observar de forma detalhada com os telescópios atuais.
Este sistema incomum foi já observado anteriormente por uma grande quantidade de observatórios colocados em solo, incluindo o telescópio de 3,6 metros do ESO, instalado no Observatório de La Silla. No entanto, as capacidades do MUSE, do FORS e do Very Large Telescope só agora nos permitiram determinar algumas das propriedades e história da NGC 5291N.
Observações futuras, incluindo as que serão obtidas com o European Extremely Large Telescope (E-ELT), permitirão aos astrônomos desvendar ainda melhor os restantes mistérios desta galáxia anã.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

NOVAS EVIDÊNCIAS APONTAM PARA A EXISTÊNCIA DE JOVENS PLANETAS QUE RODEIAM ESTRELAS JOVENS


Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), astrônomos obtiveram as mais claras indicações conseguidas até hoje de que planetas com várias vezes a massa de Júpiter se formaram recentemente nos discos de gás e poeira que rodeiam quatro estrelas jovens. Medições do gás em torno das estrelas forneceram também pistas adicionais relativas às propriedades destes planetas.
Existem planetas em órbita de quase todas as estrelas, no entanto os astrônomos ainda não compreendem bem como — e sob que condições — é que estes corpos se formam. Para responder a estas perguntas, foi feito um estudo dos discos em rotação de gás e poeira que se situam em torno de estrelas jovens e a partir dos quais se formam os planetas. Como estes discos são pequenos e encontram-se muito distantes da Terra, foi necessário utilizar o ALMA para revelar os seus segredos.
Uma classe especial destes discos, os discos transitórios, possui uma falta surpreendente de poeira nos seus centros, na região em torno da estrela. Duas ideias principais foram adiantadas para explicar estas estranhas cavidades na poeira dos discos. A primeira diz que ventos estelares fortes e radiação intensa poderiam ter soprado para longe ou mesmo destruído o material à sua volta. Alternativamente, planetas jovens massivos em processo de formação poderão também ter limpo o material à medida que orbitam a estrela.
A sensibilidade sem paralelo e a nitidez de imagem do ALMA permitiram a uma equipe de astrônomos, liderada por Nienke van der Marel do Observatório de Leiden, Holanda, mapear de modo muito rigoroso a distribuição do gás e poeira em quatro discos transitórios. Este estudo permitiu à equipe escolher pela primeira vez entre as duas diferentes opções que poderão causar estas cavidades na poeira dos discos.
Estas novas imagens mostram que existem quantidades significativas de gás no interior das cavidades da poeira . No entanto, e para surpresa da equipe, o gás possui também ele uma cavidade, embora esta seja até cerca de três vezes menor que a da poeira.
Este resultado só pode ser explicado pelo cenário de planetas massivos recém formados que limpam o gás à medida que viajam nas suas órbitas, mas que capturam as partículas de poeira mais longe.
“Observações anteriores apontavam já para a presença de gás no interior dos espaços vazios de poeira,” explica Nienke van der Marel. “Mas como o ALMA consegue obter imagens do material no disco inteiro com muito mais detalhe do que outras infraestruturas de observação, pudemos excluir o outro cenário alternativo. Os espaços vazios apontam claramente para a presença de planetas com várias vezes a massa de Júpiter, que criam esta espécie de “cavernas” à medida que varrem o disco.”
Surpreendentemente, estas observações foram feitas usando apenas um décimo do atual poder de resolução do ALMA, já que foram executadas quando metade da rede se encontrava ainda em construção no Planalto do Chajnantor, no norte do Chile.
Estudos adicionais são agora necessários para determinar se os discos mais tradicionais também apontam para este cenário de planetas que limpam o disco, embora outras observações já obtidas com o ALMA tenham também entretanto dado aos astrônomos novas pistas sobre o complexo processo de formação planetária.
“Todos os discos transitórios estudados até agora que apresentam estas enormes cavidades na poeira, possuem também cavidades no gás. Por isso, com o ALMA podemos agora descobrir onde e quando é que planetas gigantes estão se formando nestes discos e comparar estes resultados com os modelos de formação planetária,” diz Ewine van Dishoeck, também da Universidade de Leiden e do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre em Garching. “Detecções planetárias diretas estão já ao alcance dos atuais instrumentos e a próxima geração de telescópios que se encontra atualmente em construção, tal como o European Extremely Large Telescope, poderá ir muito mais além. O ALMA está a nos dizer para onde é que estes telescópios devem apontar.”

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

IC 443: O QUE GEROU A NEBULOSA JELLFISH?


A Nebulosa Jellyfish (oficialmente conhecida como IC 443) é um remanescente de explosão de supernova cerca de 5.000 anos-luz da Terra. Os astrônomos têm procurado a estrela de nêutrons a fiação, ou pulsar, a partir da explosão que criou o remanescente.
Novas observações do Chandra já devem ter descoberto um pulsar no extremo sul da Nebulosa Jellyfish. Os dados de raios-X também podem fornecer novos detalhes sobre a estrutura e as propriedades desse pulsar.
A Nebulosa Jellyfish, também conhecido pelo seu nome oficial IC 443, é o remanescente de uma supernova que encontra-se 5.000 anos-luz da Terra. New observações do Chandra mostram que a explosão que criou a Nebulosa Jellyfish pode ter também formou um objeto peculiar localizado no extremo sul do remanescente, chamado CXOU J061705.3 + 222127, ou J0617 para breve. O objeto é provavelmente uma estrela de nêutrons que gira rapidamente, ou pulsar.
Quando uma estrela maciça fica sem combustível termonuclear, ela implode, formando um núcleo estelar denso chamado de estrela de nêutrons. As camadas mais externas da estrela colapso em direção a estrela de nêutrons em seguida, saltar para fora em uma explosão de supernova. Uma estrela de nêutron de giro que produz um feixe de radiação é chamado de pulsar. A radiação por varre como um farol de luz de um farol e pode ser detectado como pulsos de ondas de rádio e outros tipos de radiação.
Esta nova imagem composta inclui uma ampla visão de campo de um astrofotógrafo que mostra a estrutura filamentar espetacular de IC 443. Dentro da caixa de inserir, outra imagem óptica do Digitized Sky Survey (vermelho, verde, laranja, e ciano) foi combinada com dados de raios-X de Chandra (azul). A inserção mostra um close-up vista da região em torno J0617.
A imagem Chandra revela uma estrutura pequena, circular (ou anel) em torno do pulsar e um recurso de jet-like apontando mais ou menos em uma direção de cima para baixo, que passa através do pulsar. Não está claro se o wisp longo, rosa de emissão óptica está relacionada com a pulsar, como tufos semelhantes encontrados na IC 443 não estão relacionados com características de raios-X do pulsar. O anel pode mostrar uma região onde um vento de alta velocidade de partículas fluindo para longe do pulsar, está a abrandar abruptamente. Como alternativa, o anel pode representar uma onda de choque, semelhante a um sonic boom, à frente do vento pulsar. O jacto poderia ser partículas que estão a ser alimentadas para longe do pulsar em um feixe estreito a alta velocidade.
O brilho de raios-X de J0617 e o seu espectro de raios X, ou a quantidade de raios-X em diferentes comprimentos de onda, são consistentes com os perfis de pulsares conhecidos. O espectro ea forma da difusa, ou se espalhar, emissão de raios-X em torno J0617 e ir muito além do anel também corresponder com as expectativas de um vento que flui de um pulsar.
Raios-X close-up
A forma de cometa da emissão de raios-X difusa sugere movimento em direção ao canto inferior direito da imagem. Como apontado em estudos anteriores, esta orientação é cerca de 50 graus fora da direção esperado se o pulsar foi se afastando do centro do remanescente de supernova em uma linha reta. Este desalinhamento lançou algumas dúvidas sobre a associação do pulsar com o remanescente de supernova. No entanto, este desalinhamento também poderia ser explicado pelo movimento para a esquerda do material no resto do supernova empurrando cauda do cometa de J0617 lado.
Esta última pesquisa aponta para uma estimativa para a idade do remanescente de supernova para ser dezenas de milhares de anos. Isto está de acordo com trabalhos anteriores que atrelada idade IC 443 do ser cerca de 30.000 anos. No entanto, outros cientistas têm inferido idades muito mais jovens de cerca de 3.000 anos para este remanescente de supernova, pelo que a sua verdadeira idade permanece em questão.
Estes resultados estão disponíveis em um artigo publicado no The Astrophysical Journal e está disponível on-line. Os autores são Douglas Swartz (Marshall Space Flight Center), George Pavlov (Penn State University), Tracy Clarke (Naval Research Laboratory), Gabriela Castelletti (IAEF, Argentina), Vyacheslav Zavlin (MSFC), Niccolo Bucciantini (INAF, Itália), Margarita Karovska (Observatório Astrofísico Smithsonian), Alexander van der Horst (Universidade George Washington), Mihoko Yukita (Goddard Space Flight Center), e Martin Weisskopf (MSFC).
Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo de Chandra.
Fatos para IC 443:
Crédito Wide Field Optical: Focal Pointe Observatório / B.Franke, Inset: Raio-X: NASA / CXC / MSFC / D.Swartz et al, Inset: Optical: DSS, SARA
Data de lançamento 10 dez 2015
Escala Wide Field: 1,2 graus (cerca de 100 anos-luz); Detalhe: 7 arcmin (cerca de 10 anos-luz)
Categoria Estrelas de nêutrons / raios-X binários, Supernovas & Supernova Remnants
Coordenadas (J2000) RA 05.00s 06h 17m | Dezembro + 22 ° 21 '30.00 "
Constelação Gêmeos
Data de Observação 06 e 08 de fevereiro de 2012
Observação Tempo 42 horas 13 minutos (1 dia 18 horas 13 min).
Obs. Identidade 13736, 14385
Instrumento ACIS
Referências Swartz, D. et al, 2015, APJ, 808, 84; arXiv: 1.506,05507
Código de cores Wide Field Optical (Vermelho, Verde, Azul); Detalhe: Optical (Vermelho, Verde, Laranja, Cyan), Inset: Raio-X (azul) Ótico raio X
Distância Estimate Cerca de 5.000 anos-luz

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

HUBBLE DESCOBRE O DESVANECIMENTO DAS CINZAS DE ALGUMAS DAS ESTRELAS MAIS ANTIGAS DA NOSSA GALÁXIA


Usando o telescópio espacial Hubble da NASA para conduzir uma "escavação arqueológica cósmica" no coração de nossa galáxia da Via Láctea, os astrônomos descobriram os planos de fase de construção no início da nossa galáxia.
Espiando profundamente no miolo central da Via Láctea lotada de estrelas, os pesquisadores Hubble descobriram pela primeira vez uma população de anãs brancas antigas - fumegantes restos de estrelas de outrora vibrantes que habitavam o núcleo. Encontrar essas relíquias pode produzir pistas sobre como a nossa galáxia foi construída, muito antes da Terra e nosso sol ter se formado.
As observações são o estudo mais profundo, e mais detalhado da estrutura fundamental da cidade galáxia - seu vasto bojo central que se encontra no meio de um disco em forma de panqueca de estrelas, onde habita nosso sistema solar.
Como acontece com qualquer relíquia arqueológica, as anãs brancas contêm a história de uma época passada.
Eles contêm informações sobre as estrelas que existiam cerca de 12 bilhões de anos atrás que queimou-se todo seu combustível para formar as anãs brancas. Como estas brasas de estrelas radiantes estão a esfriar, eles devem ter multi-bilhões de anos de idade, pedaços de tempo que informam os astrônomos sobre os anos de juventude da Via Láctea.
Uma análise dos dados do Hubble apóia a idéia de que bojo da Via Láctea foi formada em primeiro lugar e que seus habitantes estelares nasceram muito rapidamente - em menos de cerca de 2 bilhões de anos. O resto do alastrando disco de estrelas de segunda e de terceira geração da galáxia cresceram mais lentamente nos subúrbios, circundando o bojo central conforme o material foi diminuindo como a borda de um sombrero gigante.
"É importante observar o bojo da Via Láctea, porque é a única protuberância que podemos estudar em detalhe", explicou Annalisa Calamida do Space Telescope Science Institute (STScI), em Baltimore, Maryland, principal autor do papel da ciência. "Você pode ver as protuberâncias em galáxias distantes, mas você não pode resolver sobre as estrelas muito fracas, como as anãs brancas. O Bojo da Via Láctea inclui quase um quarto da massa estelar da galáxia. Caracterizando as propriedades das estrelas do Bojo que pode, então, fornecer informações importantes para a compreensão da formação de toda a galáxia da Via Láctea e de galáxias semelhantes que, mais distantes ".
A pesquisa Hubble também descobriu estrelas ligeiramente de massa mais pequena no bojo, em comparação com aquelas em população do disco da galáxia. "Este resultado sugere que o ambiente no bojo pode ter sido diferente do que no disco, o que resulta num mecanismo de estrela-formação diferente," disse Calamida.
As observações eram tão sensíveis que os astrónomos também usaram os dados para escolher o brilho fraco de anãs brancas. A equipe baseada seus resultados em uma análise de 70 dos mais quentes anãs brancas detectáveis ​​por Hubble em uma pequena região da protuberância entre dezenas de milhares de estrelas.
Estas relíquias estelares são pequenos e extremamente densa. Eles são aproximadamente do tamanho da Terra, mas 200.000 vezes mais denso. Uma colher de chá de material de anã branca pesaria cerca de 15 toneladas. Sua pequena estatura os torna tão fraca que seria tão desafiador quanto procurando o brilho de uma lanterna de bolso localizado na lua. Os astrônomos usaram as imagens do Hubble afiados para separar as estrelas bojo das miríades de estrelas em primeiro plano do disco da nossa galáxia, rastreando seus movimentos ao longo do tempo. A equipe que realizou esta tarefa através da análise de imagens do Hubble da mesma área de 240.000 estrelas, feita em 10 anos de diferença. O longo período de tempo permitiu que os astrônomos possam fazer medições muito precisas do movimento das estrelas e escolher entre 70.000 estrelas habitantes estelar do bojo e mover a uma taxa diferente do que as estrelas do disco, permitindo que os astrônomos possa identificá-los.
A região pesquisada é parte do campo Janela Sagitário que eclipsa Planeta Extrasolar Search (SWEEPS) e está localizado 26.000 anos-luz de distância. A localização excepcionalmente livre de poeira no céu oferece uma vista buraco da fechadura no bojo "centro". Advanced Camera for Surveys do Hubble fez as observações em 2004 e 2011-2013.
"Comparando as posições das estrelas a partir de agora e há 10 anos, fomos capazes de medir movimentos precisos das estrelas", disse Kailash Sahu de STScI, líder do estudo. "Os movimentos nos permitiu dizer se eram estrelas de disco, estrelas do bojo, ou estrelas halo."
Os astrônomos identificaram as anãs brancas, analisando as cores das estrelas do bojo e comparando-os com modelos teóricos. As anãs brancas extremamente quentes parecem mais azuis em relação a estrelas como o sol. Como as anãs brancas de idade, elas se tornam mais frias e mais fracas, tornando-se difícil, mesmo para olhos aguçados Hubble para detectar.
"Essas 70 anãs brancas representam o pico do iceberg", disse Sahu. "Nós estimamos que o número total de anãs brancas é de cerca de 100.000 nesta minúscula vista do Hubble e da protuberância. Telescópios futuros, tais como o Telescópio Espacial James Webb da NASA nos permitirá contar quase todas as estrelas no bojo para baixo para os mais fracos, do que hoje o telescópio Hubble, não pode ver. "
A equipe na próxima etapa planeja aumentar sua amostra de anãs brancas, analisando outras porções do campo SWEEPS. Isso deve levar a uma estimativa mais precisa da idade do bojo galáctico. Eles também podem determinar se os processos de formação de estrelas no bojo em bilhões de anos atrás eram diferentes do que é visto no disco mais novo de nossa galáxia.
Os resultados da equipe foi apresentado em 01 de setembro de 2015, edição do The Astrophysical Journal. Um companheiro papel apareceu no The Astrophysical Journal em 2014.
Donna Weaver / Ray Villard
Space Telescope Science Institute, em Baltimore, Maryland
410-338-4493 / 410-338-4514
dweaver@stsci.edu / villard@stsci.edu

domingo, 20 de dezembro de 2015

TELESCÓPIOS DA NASA REVELAM IMAGEM DE GALÁXIA MAIS PRÓXIMA DO INÍCIO DO UNIVERSO


Caçador de galáxias distantes que existiram por muito tempo, há muito tempo é como uma viagem de pesca para os astrônomos.
Até agora, apenas o "peixe grande" foram encontrados, galáxias brilhantes que existiam apenas algumas centenas de milhões de anos após o Big Bang. Agora, usando o Hubble e Spitzer telescópios espaciais, os astrônomos pegaram um "peixe pequeno", uma galáxia do início muito compacto e leve que estava se formando 400 milhões de anos depois do Big Bang, que aconteceu 13,8 bilhões de anos atrás.
Como existem muitos peixes menores do que grandes peixes no mar, a nova descoberta é uma evidência para uma população subjacente das galáxias dim que deve ter sido comum no início do universo. Próximo sucessor do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb, deve ser capaz de examinar essa população. Mas, por agora, o Hubble pode fazer algum trabalho pioneiro através da exploração de uma "lente zoom" no espaço que captura uma galáxia que de outra forma não seria detectável. O fenômeno é chamado de lente gravitacional, onde a intensa gravidade de um aglomerado de galáxias amplia a luz de fontes mais fracas fundo. Astrônomos acharam necessária a sensibilidade de infravermelhos de ambos os telescópios Hubble e Spitzer para medir a grande distância da galáxia através da sua cor, que é afetada pelo universo em expansão.
Crédito: NASA, ESA, e L. Infante (Pontificia Universidad Católica de Chile)

sábado, 19 de dezembro de 2015

OBSERVAÇÃO DO HUBBLE EM UM BERÇÁRIO ESTELAR EM UMA GALÁXIA VIZINHA


O telescópio Hubble olhou profundamente em uma galáxia vizinha para revelar detalhes da formação de novas estrelas. Alvo de Hubble era um aglomerado de estrelas recém-nascido dentro da Pequena Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia satélite da nossa Via Láctea. A imagem mostra estrelas jovens e brilhantes embalados dentro de uma nebulosa brilhante, ou nuvem de gás, catalogados como N 81.
Mas,o que significa visão penetrante do Hubble que revelam os astrônomos?
As maciças, estrelas recentemente formadas dentro N 81 estão perdendo o material a uma taxa elevada, o envio de fortes ventos estelares (uma corrente de partículas carregadas) e ondas de choque de energia e de material e  o esvaziamento um casulo dentro da nebulosa circundante. Das duas estrelas mais luminosas, vistos na imagem do Hubble como um par muito perto perto do centro de N 81, emitem uma torrente de radiação ultravioleta, fazendo com que a nebulosa passe a brilhar através de fluorescência muito quente, e gás de incandescência é  o material mais frio, que consiste de moléculas de hidrogênio e poeira. Normalmente, este material é invisível, mas em alguns dos que podem ser vistos em silhueta contra o fundo da nebulosa, aparecendo como faixas de poeira longas e uma pequena escura, ou um nó, em formato elíptico. Os astrônomos acreditam que as estrelas jovens têm formado a partir desta matéria fria pela contração gravitacional.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

SONDA CASSINI AJUDA A REVELAR SEGREDO SOBRE AS MISTERIOSAS PLUMAS DE ENCÉLADO LUA DE SATURNO

Plumas de encélado - segredo revelado?
A missão Cassini continua revelando os mistérios de Saturno e de suas luas...
Usando dados da sonda Cassini (uma missão conjunta entre a NASA, a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Italiana), os cientistas descobriram a primeira evidência direta para explicar as explosões energéticas na bolha magnética de Saturno.
A pesquisa foi publicada na revista Nature Physics. Essas "explosões" são produzidas em um processo conhecido como "reconexão magnética", algo bem estudado na Terra, e parte importante no Clima Espacial, na ligação dos cinturões de radiação na produção das auroras polares.
Físicos espaciais liderados pela Universidade de Lancaster, usaram dados para mostrar que a sonda Cassini passou pela região em Saturno onde a reconexão magnética estava ocorrendo, o que nunca havia sido observado.
Cassini e Saturno
Cassini e Saturno Ilustração artística da sonda Cassini em Saturno.
Créditos: NASA / ESA / ASI
Um dos mistérios que isso está ajudando a solucionar é a resposta do por que a bolha magnética de Saturno (magnetosfera) se livra do gás da pequena lua gelada de Saturno, Encélado. Através de jatos no seu pólo sul, esta pequena lua de 500 km de diâmetro ejeta cerca de 100 kg de água para o espaço a cada segundo.
"A água ejetada nas plumas de Encélado fica presa na magnetosfera de Saturno. Sabemos que essa água não pode ficar lá pra sempre, e até agora não fomos capazes de entender como ela é ejetada pra fora da magnetosfera de Saturno", disse Chris Arridge, principal autor do estudo.
Os trabalhos anteriores sugeriram que a reconexão magnética não poderia permitir que todo o plasma escapasse da magnetosfera, porém, os resultados atuais mostram que isso é possível. Esses resultados também são importantes para a compreensão da magnetosfera de Júpiter, onde ocorrem processos semelhantes, e também podem ser relevantes para outros sistemas planetários, estrelas, e outros objetos astronômicos de rápida rotação.
A missão Cassini foi lançada em 15 de outubro de 1997, entrou em órbita de Saturno em 1 de julho de 2004 e continua em operação. O fim de sua missão está previsto para 2017.
Fonte: DailyGalaxy / Univsersity of Lancaster
Imagens: (capa-ilustração/NASA/JPL) / NASA / ESA / ASI

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

TEMPESTADE SOLAR ATINGE O COMETA (C/2013 US10) CATALINA

tempestade geomagnética - cometa catalina
Você já imaginou que cometas também sofriam com as tormentas solares?
A Terra não é o único lugar com tempestades geomagnéticas. Os cometas (por incrível que pareça) neles também são sensíveis as tempestades solares. No dia 11 de dezembro, o fotógrafo Michael Jäger registrou o Cometa Catalina (C/2013 US10), e pra sua surpresa, ele testemunhou a interação de uma explosão solar na cauda azul de íons do famoso cometa. Créditos: Michael Jäger
Na imagem feita em Jauerling, na Áustria, podemos facilmente ver as bolhas de plasma (circuladas) na grande cauda do Cometa Catalina:
Cometa Catalina tempestade
Essas bolhas são sinais de um clima espacial Caótico e tempestuoso. Observadores de cometas freqüentemente testemunham as bolhas de plasma esculpidas pelos ventos solares, resultado de intensas Ejeções de Massa Coronal (EMC) liberadas pelo Sol. Em casos extremos, a cauda de um cometa pode ser completamente arrancada em uma explosão solar! Pra sorte do "Catalina", não foi isso que aconteceu...
A física desse evento é semelhante aquela que explica as tempestades geomagnéticas terrestres. Quando os campos magnéticos em torno de um cometa colidem com os campos magnéticos dirigidos pela EMC, eles podem se unir ou se "reconectar". A explosão resultante pelo impacto direto de energia magnética pode fazer ondas de choque, gotas, ou até mesmo rupturas na cauda de um cometa. Quando essas Ejeções de Massa Coronal atingem a Terra, um processo semelhante ocorre na magnetosfera do nosso planeta, e um dos resultados são as magníficas auroras polares!
O cometa Catalina não é um cometa periódico, o que significa que ele não passará por aqui novamente. O Cometa Catalina deve deixar a região planetária até 2050, mas segundo os especialistas, há uma pequena chance de que ele passe próximo do nosso planeta mais uma vez dentro de alguns milhões de anos...
Fonte: Spaceweather / Minor Planet Center
Imagens: (capa-Michael Jäger) / Michael Jäger / divulgação

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

SATÉLITE GAIA OBSERVA UM GRANDE COMETA EM MEIO AS ESTRELAS

Satélite Gaia avista cometa 67P
Apesar de ser projetado para mapear as estrelas, Gaia também está de olho em outros objetos!
Uma celebridade  cósmica foi avistada recentemente em meio a estrelas e outros corpos do Sistema Solar locais: o cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko, atualmente acompanhado pela nave espacial Rosetta.
O registro foi feito por um outro satélite da Agência Espacial Europeia (ESA), chamado Gaia, que tem a missão de criar um mapa 3D com aproximadamente 1 bilhão de objetos astronômicos, incluindo (principalmente) estrelas. Além disso, os cientistas esperam que Gaia consiga detectar milhares de exoplanetas do tamanho de Júpiter; cerca de 500 mil quasares; e milhares de asteroides e cometas desconhecidos em nosso próprio Sistema Solar. [Nave espacial Gaia poderá encontrar 70.000 novos mundos alienígenas]
E como já é esperado, além de detectar as estrelas da Galáxia (missão principal), Gaia também registra objetos mais pertos de casa, como asteroides e cometas. Com sua capacidade de detectar objetos em movimento, Gaia já identificou dezenas de milhares de asteroides desde o início de suas operações científicas, que começaram em julho de 2014, e esses dados serão utilizados para determinar suas órbitas com uma precisão sem precedentes.
satélite Gaia
satélite Gaia
Ilustração artística do satélite Gaia mapeando as estrelas da Via Láctea.
Créditos: ESA / ATG medialab / ESO / S. Brunier
Gaia é otimizada para detectar estrelas, que aparecem como fontes pontuais em sua câmera, e medir suas propriedades, mas não necessariamente registrar objetos celestes próximos. No entanto, os pesquisadores criaram um truque para garantir que Gaia, ao detectar um movimento rápido em seu campo de visão (incluindo o cometa 67P), capture as imagens e envie para a central.
O cometa da missão Rosetta alcançou seu brilho máximo entre agosto e setembro de 2015, tendo passado no ponto mais próximo do Sol em sua órbita de 6,5 ​​anos em 13 de agosto de 2015. O satélite Rosetta está acompanhando o cometa 67P desde agosto de 2014, com a missão de estudar a superfície e entender como ela interage conforme o cometa orbita o Sol. A missão Rosetta tem seu final previsto para setembro de 2016.
Enquanto isso, mais perto da Terra, Gaia examina todo o céu a cada três meses, e os cálculos já previam que Gaia iria registrar o cometa 67P e a nave espacial Rosetta no dia 14 de setembro.
Gaia observa cometa 67P
Cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko registrado pelo satélite Gaia.
Créditos: ESA / Gaia / DPAC / F. Mignard & P. Tanga / Observatoire de la Côte d’Azur
A imagem mostra a coma e a cauda do cometa. Rosetta está escondida pelo cometa, e uma certa quantidade de estrelas de fundo também está espalhada na imagem, que mede cerca de 4,5 minutos de arco de diâmetro (cerca de um sétimo do diâmetro da Lua).
Embora esta imagem do cometa 67 P seja principalmente simbólica, os pesquisadores não perderam a oportunidade de coletar alguns dados científicos para serem estudados.
Na verdade, além do modo de observação especial usado para obter a imagem, o cometa também foi capturado pelo software de detecção de bordo como um "objeto suspeito em movimento". Ao longo de três segundos de observação, o cometa (localizado a 260 milhões de km da Terra) parece ter se movido por 100 km com relação às estrelas de fundo.
Ao longo de sua missão de cinco anos, Gaia vai observar centenas de cometas, e medir suas posições com uma precisão incrível. Estes dados irão permitir aos cientistas uma melhora fantástica na determinação da órbita de muitos cometas, algo que não poderia ser feito apenas através de observações feitas por telescópios terrestres. Os astrônomos também utilizarão as observações de Gaia para investigar as propriedades e a composição de centenas ou milhares de objetos em nosso próprio sistema.
Na mitologia grega, Gaia é a personificação da Terra, e é conhecida como "Mãe Terra". E a missão espacial Gaia, por sua vez, apesar de ser destinada a mapear o céu e criar um catálogo 3D, será uma verdadeira mãe no que diz respeito aos objetos vizinhos da Terra, afinal de contas, ela está sempre de olhos abertos em tudo que passa pelas nossas redondezas...
Fonte: ESA
Imagens: (capa: ESA) / ESA / ATG medialab / ESO / S. Brunier / ESA / Gaia / DPAC / F. Mignard & P. Tanga / Observatoire de la Côte d’Azur / Anselm Feuerbach

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

PELA PRIMEIRA VEZ SONDA DE PLUTÃO OBSERVA MISTERIOSO OBJETO NO CINTURÃO DE KUIPER

new horizons observa objeto no cinturão de kuiper
New horizons observa objeto no cinturão de kuiper. Nunca estivemos tão próximos de um objeto do Cinturão de Kuiper
Apesar de Plutão ser uma memória distante para a missão New Horizons da NASA, isso não significa que sua viagem de descobertas chegou ao fim.
Como podemos ver nessa animação, criada a partir de 4 observações feitas pela nave espacial, um misterioso objeto pode ser visto passando na frente de estrelas distantes. Este é um objeto do Cinturão de Kuiper, ou KBO, e segundo a NASA, é o mais próximo que já chegamos de um objeto dessa região externa do nosso Sistema Solar.
1994 JR1
1994 JR1
Imagens da New Horizons feitas em 2 de novembro de 2015 mostram
o objeto 1994 JR1, com a visão mais próxima de um objeto do
Cinturão de Kuiper. Créditos: NASA / JHUAPL / SwRI
Após passar por Plutão em julho de 2015, a sonda New Horizons mergulhou em linha reta no Cinturão de Kuiper, uma região além de Plutão, que é conhecido por ser preenchida com os restos congelados da formação inicial do nosso Sistema Solar.
Em 2 de novembro, os operadores da missão manobraram a sonda para ir em direção de 1994 JR1, um objeto de 150 quilômetros de largura. Embora 1994 JR1 orbite o Sol a uma distância de 5,3 bilhões de quilômetros, a New Horizons estava a apenas 280 milhões de quilômetros de distância quando fez a observação desse misterioso objeto do Cinturão de Kuiper.
Espera-se que a missão New Horizons consiga arrecadar fundos suficientes para estender sua jornada além de Plutão, e assim, realizar mais observações dos distantes KBOs.
Após realizar uma manobra recente, a sonda New Horizons está agora em curso para encontrar o objeto do Cinturão de Kuiper recém-descoberto 2014 MU69, em 1º de janeiro de 2019. Portanto, se tudo der certo, a espaçonave fará um segundo voo rasante em um objeto distante do Sistema Solar exterior, dentro do Cinturão de Kuiper, algo inédito na exploração espacial.
Fonte: New Horizons
Imagens: (capa-animação:NASA / JHUAPL / SwRI - Edição: Richard Cardial / Galeria do Meteorito) NASA / JHUAPL / SwRI

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O NOVO ALVO DA NEW HORIZON

Depois da histórica passagem da sonda espacial New Horizons pelas proximidades de Plutão em Julho de 2015, a NASA escolheu um novo alvo para a sonda. Trata-se de um objeto pertencente à Cintura de Kuiper, designado por 2014 MU69.
A New Horizons mostrou-nos o planeta anão Plutão como nunca tínhamos visto antes. Foi um marco histórico no que toca à exploração espacial. Entretanto a sonda espacial New Horizons prepara-se para o seu novo desafio: alcançar 2014 MU69, um pequeno objeto da Cintura de Kuiper. A NASA já avançou com a data previsível para a chegada da sonda a este novo alvo, trata-se de 1 de Janeiro de 2019. Porém, é importante salientar que esta nova missão da New Horizons ainda não está garantida oficialmente. A equipa da New Horizons terá de apresentar uma proposta para a extensão da missão, ficando depois o financiamento pendente de aprovação oficial por parte da NASA. Essa proposta deverá ser feita em 2016 e analisada por especialistas independentes.
2014 MU69 também é chamado de PT1 (Potencial Target 1) pela equipa da New Horizons, dado que estavam em estudo vários possíveis alvos para a sonda espacial, tendo sido este o escolhido.
Este pequeno objeto da Cintura de Kuiper foi descoberto em 26 de Junho de 2014, através do telescópio espacial Hubble. A equipa do Hubble designou este objeto por 1110113Y.
2014 MU69 é um corpo cujo tamanho não é conhecido com total exatidão, mas deverá de ter no máximo 45 km de diâmetro.
A órbita de 2014 MU69 é pouco excêntrica, pois o seu afélio (ponto da órbita mais afastado do Sol) é de cerca de 46 UA, enquanto que seu periélio (ponto da órbita mais próximo do Sol) é de cerca de 42 UA. Estima-se que 2014 MU69 demore aproximadamente 293 anos a completar uma volta ao redor do Sol.
Se for confirmada esta nova missão para a New Horizons, poderemos ficar a conhecer um pouco melhor a Cintura de Kuiper, uma distante região do Sistema Solar de difícil observação a partir da Terra.

domingo, 13 de dezembro de 2015

UMA OBSERVAÇÃO DA BELA BELLATRIX

Bellatrix, uma estrela gigante azul que pode ser observada na constelação de Órion (ou Orionte). Vista a partir da Terra, esta é a terceira estrela mais brilhante da sua constelação. Bellatrix é também designada por Gamma Orionis.
A constelação de Órion tem diversos objetos celestes que despertam bastante interesse. É o caso das estrelas Rigel e Betelgeuse, das “Três Marias“, da nebulosa M42, entre outros. Bellatrix é mais uma estrela interessante da constelação de Órion.
Bellatrix apresenta uma magnitude aparente de +1,64 sendo por isso bem visível a olho nu. Bellatrix situa-se a aproximadamente 250 anos-luz de nós.
Esta é uma estrela gigante azul, e como tal trata-se de uma estrela quente. A temperatura da camada externa de Bellatrix ronda os 22.000 K. Para efeitos de comparação, a temperatura na superfície do nosso Sol ronda os 5.800K.
Bellatrix é uma estrela bastante brilhante, possuindo uma luminosidade de aproximadamente 6.400 vezes superior à luminosidade do Sol.
Esta estrela possui um raio de cerca de 6 vezes o raio do Sol, e uma massa equivalente a cerca de 8,4 vezes a massa solar.

sábado, 12 de dezembro de 2015

OS ANÉIS DE NEPTUNO

Anéis de Neptuno
O planeta Neptuno é um dos 4 planetas do Sistema Solar que possuem anéis. Os anéis de Neptuno são realmente muito ténues, tendo sido pela primeira vez fotografados apenas em 1989 através da sonda espacial Voyager 2.
Porém já em 1846, o astrónomo William Lassell declarou ter descoberto um anel ao redor do planeta Neptuno. Essa descoberta não foi confirmada na época, e atualmente crê-se que essa descoberta tratou-se na realidade de uma ilusão de óptica.
Em 1968, quando ocorreu uma ocultação de uma estrela por parte do planeta Neptuno, terá sido detetada a existência de um anel ao redor de Neptuno. Essa deteção não foi divulgada até 1977, ano em que foram descobertos os anéis de Úrano. Outras ocultações e observações posteriores vieram dar credibilidade à teoria que defendia a existência de anéis em Neptuno.
O momento da descoberta definitiva foi com a chegada da sonda espacial Voyager 2 ao planeta Neptuno. Aí ficamos a conhecer o sistema de anéis deste planeta.
Sistema de anéis de Neptuno
O sistema de anéis de Neptuno é constituído por cinco anéis principais distintos. Cada um desses anéis possui um nome específico, que são (do mais interior ao mais exterior): Galle, Le Verrier, Lassell, Arago e Adams. O planeta Neptuno tem ainda um anel coincidente com a órbita do pequeno satélite Galatea. Existem outros três satélites que orbitam entre os anéis de Neptuno, nomeadamente Náiade, Talassa e Despina.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

QUAL O MOTIVO DA LUA TER SEMPRE O MESMO LADO VOLTADO PARA TERRA?

O lado oculto da Lua
Face oculta da Lua
A Lua apresenta sempre a mesma “face” para um observador na Terra. 
Com o passar dos dias, semanas e meses, podemos verificar que a Lua tem sempre o mesmo lado voltado para nós. Quer isto dizer que também possui um lado que nós nunca vemos. É o chamado lado oculto da Lua.
A resposta está num fenômeno chamado de rotação sincronizada. O tempo que a Lua demora a completar uma volta sobre si própria é de 27,3 dias terrestres, que corresponde ao mesmo tempo que demora a completar uma volta ao redor da Terra, fazendo com que tenha sempre o mesmo hemisfério voltado para o nosso planeta. Como consequência disso, há um outro hemisfério que nós nunca vemos.
Esse hemisfério que nós nunca vemos por vezes é chamado de lado escuro da Lua ou lado negro da Lua. Estes termos não estão corretos pois passam a ideia que esse lado está sempre escuro, o que não corresponde à verdade.
O lado oculto da Lua foi pela primeira vez observado em 1959, através da sonda espacial russa Luna 3. Pela primeira vez a humanidade tinha acesso a esse hemisfério lunar. Em 1968, os astronautas da Apollo 8 foram os primeiros humanos a observar diretamente o lado oculto da Lua, quando estavam em orbita ao redor do nosso satélite natural.
A superfície do lado oculto da Lua é dominado por inúmeras crateras e por poucos “mares lunares”. Os chamados mares lunares são regiões mais escuras da superfície da Lua e que apresentam poucas crateras. Quando olhamos para a Lua podemos observar umas “manchas” escuras. Essas “manchas” são os mares. A face oculta da Lua é pobre no que toca a esse tipo de terreno.
É no lado oculto da Lua que se encontra uma das maiores crateras de impacto conhecidas do Sistema Solar, a Bacia do Polo Sul-Aitken. Esta bacia possui aproximadamente 2.500 km de diâmetro e cerca de 13 km de profundidade.

A bacia do Polo Sul - Aitken é uma enorme cratera de impacto localizada no lado oculto da Lua. Com cerca de 2.500 km de diâmetro e 13 quilômetros de profundidade, é uma das maiores crateras de impacto conhecidas no Sistema Solar. É o maior, mais antigo e mais profunda depressão reconhecida na Lua. Foi nomeado por seus dois pontos em lados opostos; a cratera Aitken no extremo norte e o polo sul lunar, no outro extremo. A borda externa da bacia pode ser vista da Terra como uma enorme cadeia de montanhas localizadas no sul lunar, às vezes chamado de "montanhas Leibnitz ", embora este nome não seja considerado oficial pela União Astronômica Internacional

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

COMO UMA ESTRELA ESTRELA SE TORNA UMA ANÃ BRANCA

Anã Branca é uma estrela que possui uma grande densidade, possuindo aproximadamente uma massa equivalente à massa do nosso Sol mas concentrada num tamanho equivalente ao tamanho do nosso planeta Terra.
Quando uma estrela com massa até cerca de 8 vezes a massa do nosso Sol esgota o seu “combustível”, ou seja, esgota o hidrogênio em seu núcleo, o núcleo da estrela passa a ser constituído essencialmente por hélio. Nesta fase a estrela expande-se tornando-se numa estrela gigante vermelha. Nas camadas exteriores ainda se dá a fusão de hidrogênio em hélio, ao contrário do seu núcleo.
Posteriormente no núcleo dá-se a fusão de hélio em carbono, acabando também por surgir outros elementos pesados. O processo de fusão vai assim terminando e o núcleo contrai-se pela ação a sua própria força de gravidade. Entretanto as camadas exteriores da estrela gigante vermelhas são expelidas, formando uma nebulosa planetária.
Neste ponto temos uma nebulosa planetária passa a envolver um pequeno mas muito denso corpo celeste, uma anã branca.
Uma anã branca é portanto o núcleo daquilo que era uma estrela gigante vermelha.
Passadas algumas dezenas de milhares de anos, a nebulosa planetária é dissipada, ficando apenas a estrela anã branca.

Anã Branca - Sirius B  Com um visual magnitude aparente de -1,46, é quase duas vezes mais brilhante como Canopus, a próxima estrela mais brilhante. O nome "Sirius" é derivada do grego Σείριος (Seirios), que significa "brilhante" ou "opressor". O sistema tem a designação Bayer Alpha Canis Majoris (α CMa). O que a olho nu percebe como uma única estrela é na verdade uma estrela binária do sistema
Uma anã branca é um dos objetos celestes mais densos que existem, sendo apenas ultrapassada pelas estrelas de neutrões e pelos buracos negros.
As anãs brancas variam uma das outras em termos de massa. Tipicamente uma anã branca possui cerca de 0,6 massas solares, porém esse valor pode ser maior ou menor. Uma anã branca tem como limite máximo uma massa de 1,4 massas solares, a partir do qual tornar-se-á numa supernova do tipo Ia.
Pensa-se que as estrelas anãs brancas acabarão por esgotar toda a sua luz tornando-se em anãs negras. porém calcula-se que esse processo demore bem mais tempo que a própria idade do Universo, pelo que não é previsível que atualmente exista alguma anã negra.
A título de exemplo podemos mencionar a anã branca Sirius B, uma estrela companheira da famosa estrela Sirius.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

OBSERVADO UM BURACO NEGRO DEVORANDO UMA ESTRELA PELA PRIMEIRA VEZ!

buraco negro devorando uma estrela é visto pela primeira vez
O buraco negro está localizado na galáxia PGC 43234, a 300 milhões de anos-luz da Terra
Uma equipe internacional de astrofísicos, liderada pela Universidade Johns Hopkins, conseguiu pela primeira vez observar um buraco negro engolindo uma estrela e ejetando uma forte explosão de matéria próximo da velocidade da luz!
A descoberta foi publicada na revista Science. O buraco negro supermassivo está localizado no centro de uma galáxia conhecida como PGC 43234, a 300 milhões de anos-luz da Terra. "A estrela parece ter o tamanho do Sol, e por conta da grande atração gravitacional, ela é sugada pelo buraco negro supermassivo", disse Sjoert van Velzen, um companheiro Hubble na Universidade Johns Hopkins. "Estes eventos são extremamente raros, e é a primeira vez que vemos tudo, desde a destruição estelar até o jato de partículas, e assistimos tudo isso ao longo de vários meses", completou.
Buracos negros são corpos extremamente densos, e a força gravitacional deles é tão forte que nada consegue escapar, nem mesmo a luz. Os astrofísicos haviam previsto que quando um buraco negro engole muita matéria em pouco tempo (como uma estrela inteira), em seguida, um jato de plasma seria arremessado próximo do horizonte de eventos. Este estudo sugere que esta previsão está correta, afinal, foi exatamente isso que eles observaram.
Eles estão por toda parte!
Acredita-se que buracos negros supermassivos (o maior tipo deles) existem no centro da maioria das galáxias massivas. Esse buraco negro, em particular, está no início da escala de buracos negros supermassivos, e tem apenas cerca de um milhão de vezes a massa do Sol, mas ainda assim, tem força mais que suficiente para devorar uma estrela inteira.
A primeira observação da estrela a ser destruída foi feita por uma equipe da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, usando um telescópio óptico no Havaí. Essa equipe anunciou sua descoberta no Twitter, no início de Dezembro de 2014.
Depois de ler sobre o evento, van Velzen entrou em contato com uma equipe de astrofísicos lderada por Rob Fender na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Sem exitar, esse grupo usou telescópios de rádio para acompanhar o evento que estava prestes a acontecer, e por sorte, conseguiram observá-lo desde o início!
black hole eating a star
Ilustração artística de um buraco negro consumindo uma estrela.Créditos:
NASA / JPL-Caltech / Goddard.
"A destruição de uma estrela por um buraco negro é bem complicada, e difícil de ser compreendida", disse van Velzen. "A partir de nossas observações, aprendemos que os fluxos de detritos estelar pode organizar e criar um jato extremamente rápido."
No ano anterior, Van Velzen completou sua tese de doutorado na Universidade de Radboud, na Holanda, onde estudou jatos de buracos negros supermassivos. Na última linha da dissertação, ele expressou sua esperança de descobrir esses eventos dentro de até quatro anos. Na verdade, ele conseguiu alcançar seu objetivo apenas alguns meses após a cerimônia.
A equipe de Van Velzen não foi a única a observar esse raro evento.Um grupo de Harvard observou a mesma fonte com radiotelescópios no Novo México e anunciou seus resultados online. Ambas as equipes apresentaram resultados oficialmente.
Ainda estamos longe de compreender completamente como funcionam os buracos negros, e como outros objetos (como estrelas) interagem com ele no momento em que estão sendo sugados... mas com certeza, a experiência de ter observado o fenômeno desde o início, pela primeira vez, foi mais um grande passo dessa grande jornada!
Fonte: 20minuten / John Hopkins University
Imagens: (capa-ilustração/divulgação/Markus Hamonds) / Goddard Space Flight Center / NASA / JPL-Caltech / Goddard

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A TERRA PODE ESTAR SENDO CERCADA POR LONGOS FIOS DE MATÉRIA ESCURA

terra está cercada por fios de matéria escura
A Terra pode ostentar uma espessa camada de longos fios ou filamentos de matéria escura, sugere um novo estudo.
Os astrônomos acreditam que a matéria escura (uma substância misteriosa, invisível que nem emite nem absorve luz, e é cerca de seis vezes mais comum do que a matéria normal) forma linhas finas e muito longas em todo o Universo.
"Um desses fios pode ser muito maior do que o próprio Sistema Solar, e há muitos outros que podem cruzar nossa vizinhança galática", disse o autor do estudo Gary Prézeau, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
A matéria escura não interage muito com a matéria normal, então esses longos fios podem "penetrar" nos planetas interiores. Gary realizou simulações de computador para entender o que acontece quando esses fluxos passam pela Terra e outros planetas no Sistema Solar. Ele descobriu que a gravidade dos planetas dobra os fios, tornando-os mais difusos.
No caso da Terra, os fios longos começam a cerca de 1 milhão de quilômetros da superfície, se estendendo até cerca de 2 milhões de km do nosso planeta. Como comparação, a Lua orbita a Terra a uma distância média de 385.000 km.
Esta descoberta pode ajudar os astrônomos a entender um pouco mais sobre a matéria escura, cuja existência pôde ser percebida através de interferências gravitacionais com outros objetos compostos de "matéria normal" (já que a matéria escura não pode ser detectada).
"Se pudéssemos identificar a localização exata desses fluxos de matéria escura, poderíamos enviar uma sonda para obter dados e talvez recolher informações sobre ela", disse Gary.
Terra cercada por matéria escura
Ilustração artística mostra possível região onde encontra-se o início
dos fluxos de matéria escura ao redor da Terra.Créditos: NASA / JPL-Caltech
O novo estudo, publicado no The Astrophysical Journal, sugere ainda que as diferentes camadas de um planeta (ou de um satélite natural) devem causar dobras diferentes nos longos fios de matéria escura. "Teoricamente, se fosse possível obter essa informação, os cientistas poderiam usar esses fluxos de matéria escura para mapear as camadas de qualquer corpo planetário, e até mesmo profundos oceanos de luas geladas, por exemplo", escreveram oficiais da NASA em um comunicado oficial. Os cientistas acreditam que a matéria escura seja fria, portanto não se movimenta muito.
Enquanto a matéria escura é muito mais abundante do que a matéria regular, os cientistas pensam que o material invisível forma apenas 27% de toda a matéria e a energia do Universo. A maior parte é composta de energia escura, uma força misteriosa associada com a aceleração da expansão do Universo. Por sua vez, a "matéria comum" preenche apenas 5% do Universo.
Fonte: Space / NASA
Imagens: (capa-ilustração/NASA) / NASA/JPL-Caltech

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

OBSERVADA A ANÃ BRANCA MAIS QUENTE E MAIS ESTRANHA DA VIA LÁCTEA

a anã branca mais quente da Via Láctea
Ela é tão esquisita que confundiu os cientistas...Novas observações feitas em uma anã branca revelam que trata-se de um objeto extremamente quente, com cerca de 250 mil graus Celsius, ou seja, cerca de 2,5 vezes mais quente do que qualquer remanescente de estrela que está começando a esfriar, e 45 vezes mais quente do que o nosso Sol!
A pesquisa publicada recentemente na revista Astronomy and Astrophysics foi baseada em observações feitas na faixa do ultravioleta, utilizando o Telescópio Espacial Hubble. e sugerem que a estrela, antes de se tornar uma anã branca, tinha cerca de 5 vezes mais massa do que o nosso Sol. Até o momento, nenhum dos pesquisadores envolvidos conseguiu entender completamente como essa estrela ficou tão quente, e sua composição química ainda precisa ser analisada.
a anã branca mais quente da Via Láctea
a anã branca mais quente da Via Láctea
Imagem mostra a anã branca RX J0439.8-6809.
Créditos: NASA / ESA / H. Bond / STSCI / M. Barstow / UNIVERSITY OF LEICESTER
"A coisa estranha sobre esta anã branca (e seu gêmeo mais frio H1504 + 65) é a composição da superfície, que é composta por carbono e oxigênio, sem hidrogênio e hélio", disse o principal autor do estudo, Klaus Werner, da Universidade de Tübingen, na Alemanha. "Atualmente, não há nenhuma boa explicação para esse fenômeno. Normalmente, as anãs brancas têm atmosferas dominadas por hidrogênio ou hélio".
A anã branca, intitulada RX J0439.8-6809, ainda é um mistério para os astrônomos. porém, ela já entrou na fase de resfriamento, e aparentemente, sua temperatura máxima aconteceu a cerca de mil anos atrás, com assustadores 400 mil graus Celsius!
RX J0439.8-6809 foi notada pela primeira vez a mais de 20 anos atrás, como uma mancha muito brilhante em imagens de raios-X, indicando uma tremenda fonte de calor. Originalmente, acreditava-se ser uma anã branca realizando a fusão nuclear em sua superfície, usando hidrogênio tirado de uma estrela companheira. Os astrônomos também presumiram que a anã branca encontrava-se na galáxia vizinha, a Grande Nuvem de Magalhães, porém, os novos dados do Hubble mostram que a estrela encontra-se na periferia da Via Láctea, e está se afastando de nós a uma velocidade de 220 quilômetros por segundo!
a anã branca mais quente da Galáxia
Diagrama mostra a posição do Sol, da Via Láctea, da anã branca RX J0439.8-6809 e das Nuvens de Magalhães. Repare que a posição da anã branca fica exatamente entre a Via Láctea e a Grande Nuvem de Magalhães.Créditos: Philipp Richter / University of Potsdam         Tradução: Richard Cardial
"Pesquisas futuras em raio-x, combinadas com pesquisas óticas podem revelar mais sobre este tipo de anã branca, e sua composição de superfície incomum", acrescentou Klaus Werner. "A busca por vestígios de metais pode dar dicas sobre a história evolutiva da estrela."
Fonte: University of Leicester / University of Potsdam
Imagens: (capa: NASA / ESA) / H. Bond / STSCI / M. Barstow / UNIVERSITY OF LEICESTER / Philipp Richter / University of Potsdam

domingo, 6 de dezembro de 2015

UMA LINDA OBSERVAÇÃO DA ESTRELA DENEB DA CONSTELAÇÃO DO CISNE

Deneb, é a estrela alfa da constelação do Cisne. É também a estrela mais brilhante da sua constelação (visto a partir da Terra), possuindo uma magnitude aparente de +1,3. No céu noturno, Deneb é a décima-nona estrela mais brilhante do hemisfério norte.
Não se sabe com exatidão qual a distância desta estrela, pois existem várias estimativas que diferem muito umas das outras. Por vezes considera-se que Deneb esteja a uma distância de aproximadamente 2.600 anos-luz de nós, mas esse valor poderá vir a ser retificado no futuro.
Deneb é uma estrela supergigante branca, sendo intrinsecamente uma das mais brilhantes na nossa “vizinhança” (na escala astronômica). Tal como não sabemos a distância real de Deneb, também não sabemos com exatidão sua luminosidade e massa. É possível que sua luminosidade corresponda a aproximadamente 200.000 vezes a luminosidade do Sol, e sua massa seja equivalente a 20 massas solares. O diâmetro de Deneb poderá rondar as 200 vezes o diâmetro do Sol. De salientar que estes dados ainda não estão devidamente confirmados.
Deneb é um dos vértices do chamado Triângulo de Verão, um asterismo constituído pelas estrelas Vega (constelação de Lira), Altair (constelação da Águia), e Deneb. O Triângulo de Verão sobressai no céu do hemisfério norte durante o verão.

sábado, 5 de dezembro de 2015

CONHECENDO PROTEUS SATÉLITE DE NEPTUNO

Proteus
Proteus (por vezes chamado de Proteu) é o segundo maior satélite natural (lua) do planeta Neptuno. 
Proteus foi descoberto apenas em 1989, quando a sonda espacial Voyager 2 passava pelas proximidades do planeta Neptuno.
Proteus possui uma forma um tanto irregular, não-esférica, possuindo um pouco mais de 400 km de diâmetro.
Sua órbita ao redor do planeta Neptuno tem uma excentricidade muito baixa, significando isso que é quase circular. Proteus orbita a uma distância aproximada de 117.600 km de Neptuno e demora cerca de 27 horas a completar uma volta ao redor do planeta. Proteus demora também cerca de 27 horas a completar uma volta sobre si próprio, tratando-se portanto de uma rotação sincronizada. Consequentemente, esta satélite de Neptuno tem sempre a mesma “face” voltada para o planeta.
A superfície de Proteus é bastante escura, sendo este um dos objetos mais escuros do Sistema Solar. A superfície desta lua do planeta Neptuno possui muitas crateras, sendo a maior delas a cratera Pharos com um pouco mais de 230 km de diâmetro. A superfície deste satélite de Neptuno não apresenta sinais de modificações geológicas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

OBSERVADO O NASCIMENTO DE UMA ESTRELA DISTANTE


Análises sugerem que os planetas estão de fato se formando em torno da UX Tauri A, apesar da estrela ser bem jovem.
 Os cientistas usaram o telescópio Subaru, no Havaí para captar a imagem do disco de poeira e gás ao redor UX Tauri A, uma estrela jovem que está a cerca de 450 anos-luz da Terra, na constelação de Taurus (Touro). A análise da imagem mostrou grandes partículas de poeira não esféricas, que é um sinal de que os grãos estão se aglutinando em um processo que resultará na formação de planetas.
UX Tauri A é uma estrela parecida com o Sol, e já existe há cerca de 1 milhão de anos, sendo parte de um sistema estelar binário. Em 2007, o Telescópio Espacial Spitzer descobriu uma falha no disco protoplanetário em torno UX Tauri A, sugerindo que um ou mais planetas poderiam estar se formando por lá.
Essa falha é enorme, estendendo-se de 0,2 a 56 unidades astronômicas do UX Tauri A. Se esta falha fosse transportada para o nosso sistema solar, ela tomaria espaço desde Mercúrio até Plutão, informaram os pesquisadores.
Os novos resultados sugerem que os planetas estão de fato se formando em torno da UX Tauri A, apesar da estrela ser bem jovem.
A equipe examinou de perto a UX Tauri A em comprimentos de onda próximos do infravermelho, medindo como o disco de poeira dispersa partículas e reflete a luz. Eles determinaram que as partículas têm cerca de 30 microns de largura, sendo 300 vezes maior do que as partículas que flutuam pelo espaço interestelar.
"Somente as partículas com uma forma não esférica e um tamanho de 30 microns, podem explicar as características da nossa observação," disse o co-autor Yoichi Itoh, de Universidade de Hyogo, no Japão, em um comunicado.
O estudo fará parte das publicações do Observatório Astronômico do Japão, em Dezembro.
Fonte: NASA  Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

SDSS J103842.59 + 484.917,7: LENTE GRAVITACIONAL GATO CHESHIRE APELIDO DADO A ESTE GRUPO DE GALÁXIAS

Este grupo de galáxias foi apelidado de "gato de Cheshire" por causa de sua semelhança com um felino sorrindo.
Algumas das características de gato são realmente galáxias distantes, cuja luz foi esticada e dobrada pelas grandes quantidades de massa contidas em galáxias do primeiro plano.
Este é um efeito chamado de "lente gravitacional", previsto pela Teoria da Relatividade Geral que está comemorando seu 100º aniversário de Einstein.
Raios-X Chandra de mostrar que as duas galáxias "olho" e as galáxias menores associados a eles estão batendo em um outro em uma colisão galáctica gigante.
Cem anos atrás, neste mês, Albert Einstein publicou a teoria da relatividade geral, uma das conquistas científicas mais importantes do século passado.
Um resultado fundamental da teoria de Einstein é que a matéria deforma o espaço-tempo, e, portanto, um objeto massivo pode causar uma curvatura observável de luz de um objeto de fundo. O primeiro sucesso da teoria foi a observação, durante um solar, eclipse, que a luz de uma estrela distante fundo foi desviado pelo montante previsto, uma vez que passou perto do Sol
Os astrônomos já que encontraram muitos exemplos desse fenômeno, conhecido como "lente gravitacional". Mais do que apenas uma ilusão cósmica, lente gravitacional fornece astrônomos com uma forma de sondagem galáxias extremamente distantes e grupos de galáxias de formas que outra forma seria impossível, mesmo com os telescópios mais poderosos.
Os últimos resultados do grupo "Gato de Cheshire" de galáxias mostrar como manifestações da teoria 100-year-old de Einstein pode levar a novas descobertas hoje. Astrônomos deram o grupo esse nome por causa da aparência de gato de sorriso. Algumas das características são, na verdade, felino galáxias distantes, cuja luz foi esticada e dobrada por grandes quantidades de massa, a maioria dos quais tem a forma de matéria escura detectável apenas por meio do seu efeito gravitacional, encontrado no sistema.
Mais especificamente, a massa que distorce a luz galáctico distante encontra-se em torno das duas gigantes galáxias "olho" e uma galáxia "nariz". 
Os vários arcos da "face" circular surgir de lentes gravitacionais de galáxias de quatro diferentes do fundo bem atrás das galáxias "olho". As galáxias individuais do sistema, bem como os arcos gravitacionalmente lensed, são vistos em luz óptica do telescópio espacial Hubble da NASA.
Cada galáxia "olho" é o membro mais brilhante de seu próprio grupo de galáxias e estes dois grupos estão correndo em direção a um outro em mais de 300.000 milhas por hora. Os dados de NASA Observatório de raios-X Chandra (roxo) mostram gás quente que foi aquecido a milhões de graus, o que é uma evidência de que os grupos de galáxias estão batendo um no outro. Dados de raios-X de Chandra também revelam que o "olho" esquerda do grupo Gato de Cheshire contém um supermassivo alimentando ativamente buraco negro no centro da galáxia.
Os astrônomos pensam que o grupo do gato de Cheshire vai se tornar o que é conhecido como um grupo fóssil, definida como um conjunto de galáxias que contém uma galáxia elíptica gigante e outros muito menores, mais fracos. Grupos de fósseis pode representar uma fase temporária que quase todos os grupos de galáxias atravessar em algum momento da sua evolução. Por isso, os astrônomos estão ansiosos para entender melhor as propriedades eo comportamento desses grupos.
O gato de Cheshire representa a primeira oportunidade para os astrônomos a estudar um progenitor grupo fóssil. Os astrônomos estimam que os dois "olhos" do gato irão se fundir em cerca de um bilhão anos, deixando uma grande galáxia e dezenas de muito menores em um grupo combinado. Nesse ponto, vai tornar-se um grupo fóssil e um nome mais apropriado pode ser o grupo "Cyclops".
Um novo papel no gato de Cheshire foi recentemente publicado no The Astrophysical Journal e aparece online. Os autores são Jimmy Irwin (University of Alabama), Renato Dupke (Observatório Nacional do Brasil), Rodrigo Carrasco (Gemini Observatory), Peter Maksym (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics), Lucas Johnson, Raymond Branco III (Alabama).
Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo de Chandra.
Fatos para SDSS J103842.59 + 484.917,7:
Crédito Raio-X: NASA / CXC / UA / J.Irwin et al; Óptico: NASA / STScI
Data de lançamento 23 de novembro de 2015
Escala Imagem é de 1,3 arcmin todo (cerca de 1,45 milhões de anos luz)
Categoria Grupos e aglomerados de galáxias
Coordenadas (J2000) RA 47.44s 10h 38m | Dezembro + 48 ° 48 '12,7 "
Constelação Ursa Maior
Data de Observação 2 pointings em 24 de janeiro e 01 de fevereiro de 2010
Observação Tempo 19 horas 30 min.
Obs. Identidade 11756, 12098
Instrumento ACIS
Referências Irwin, J. et al, 2015, APJ, 806, 268; arXiv: 1.505,05501
Código de cores Raios-X (rosa); Optical (Vermelho, Verde, Azul)  Óticoraio X
Distância Estimata  Cerca de 4,6 bilhões de anos-luz (z = 0,431)