quarta-feira, 25 de abril de 2018

MARTE MAIS BRILHANTE EM 2018. O PLANETA VERMELHO ESTÁ FICANDO MAIOR E JÁ COMEÇA A CHAMAR A ATENÇÃO NOS CÉUS

Marte maior e mais brilhante em 2018
Sim, é verdade que Marte ficará maior e mais brilhante em 2018! Saiba como isso é possível, e o que esperar do Planeta Vermelho no mês de julho
Alguém aí se lembra do planeta Marte em 2003? Naquele ano, o Planeta Vermelho ficou muito próximo da Terra e ficou mais brilhante do que os últimos 60 anos. Ele se tornou tão brilhante que até ofuscava as estrelas e outros planetas, exceto Vênus.
Agora em 2018, Marte ficará quase tão brilhante quanto em 2003! A partir de agora, ele começa a ficar cada vez mais aparente, até atingir seu auge em julho de 2018, quando especialistas afirmam que ele brilhará como uma faísca de fogo nos céus de todo o globo.
Marte é um planeta que varia muito em seu brilho aparente. Em 2017, ele estava opaco, e seu brilho não chamava atenção. Agora ele começa a ficar mais brilhante, e já podemos vê-lo na direção leste junto com Júpiter e Saturno, como já publicamos aqui anteriormente.
Pode até parecer difícil de acreditar, mas Marte se tornará mais brilhante do que Júpiter dentro de alguns meses.
Marte mais brilhante em 2018 - Marte e Saturno nos céus em abril
Marte e Saturno próximos no dia 02 de abril de 2018 à leste.
Créditos: STELLARIUM         /         Edição: Galeria do Meteorito
Quando observamos Júpiter, por exemplo, não vemos uma alteração de brilho extrema, como é comum em Marte. Isso acontece porque o brilho de Júpiter no céu se deve principalmente ao seu tamanho, já que sua distância com relação ao nosso planeta varia apenas uma pequena porcentagem.
Já o planeta Marte não brilha tanto por conta de seu tamanho, já que ele é ainda menor do que a Terra. O principal fator que contribui para o brilho de Marte que vemos no céu é sua proximidade com a Terra. E essa proximidade varia muito - às vezes, Terra e Marte estão do mesmo lado com relação ao Sol, bem pertinho um do outro, sendo que outras vezes, os dois planetas se distanciam drasticamente.
A Terra leva um ano para dar uma volta ao redor do Sol, enquanto Marte leva cerca de dois anos. Com isso, a Terra está sempre ultrapassando Marte nessa corrida orbital, o que faz com que a cada 2 anos e 50 dias a Terra passe entre o Planeta Vermelho e o Sol - quando temos a famosa oposição de Marte, o que o torna maior e mais brilhante no céu noturno.
oposição de Marte 2018
Oposição de Marte 2018 Animação mostra a diferença de uma oposição "próxima" e uma oposição "distante" de Marte. Créditos: divulgação
Mas nem todas as oposições de Marte são iguais. Essa que teremos agora em 2018, por exemplo, trará o Planeta Vermelho ainda mais próximo de nós, deixando-o mais brilhante do que em qualquer outro ano desde 2003. Isso só acontecerá porque além de Marte estar em oposição, ele está chegando no periélio (ponto mais próximo do Sol de sua órbita).
Por dois meses, entre os dias 7 de julho e 7 de setembro de 2018, Marte tomará o lugar de Júpiter como o quarto objeto mais brilhante do céu, atrás apenas do Sol, Lua e Vênus. Se não considerarmos o céu diurno, mas apenas o céu noturno, Marte será o terceiro objeto mais brilhante do céu, perdendo apenas para a Lua e o planeta Vênus.
Então fiquem ligados, pois Marte estará tão brilhante como não esteve nos últimos 15 anos! Uma chance única e imperdível para observar o Planeta Vermelho, seja através de binóculos, telescópios, ou até mesmo a olho nu. Ele estará brilhante, vermelho e chamará a atenção de toda e qualquer pessoa que olhar para o céu noturno.
Imagens: (capa-ilustração/NASA) / STELLARIUM / Galeria do Meteorito / divulgação

segunda-feira, 23 de abril de 2018

A TERRA, A LUA E ESTRELAS, ISSO MESMO ESTRELAS EM IMAGEM DA OSIRIS-REX


Quando a câmera adquiriu a imagem, a sonda estava se movendo para longe da Terra, a uma velocidade de 8.5 quilômetros por segundo.
Como parte de testes de engenharia, a sonda OSIRIS-REx, da NASA capturou essa imagem da Terra e da Lua usando a sua NavCam1, no dia 17 de Janeiro de 2018, a uma distância de 63.6 milhões de quilômetros.
A Terra, obviamente, é o maior e mais brilhante ponto no centro da imagem, com o menor e mais apagado sendo a Lua que aparece na direita. Para quem diz que não dá para ver estrelas em imagens feitas pelas sondas da NASA, aí está a prova que dá, algumas constelações, podem ser vistas ao redor da Terra e da Lua. O brilhante aglomerado de estrelas no canto superior esquerdo é as Plêiades na constelação de Touro. Hamal, a estrela mais brilhante da constelação de Aries, está localizada no canto superior direito da imagem no meio de cinco estrelas que fazem parte da cabeça da constelação de Cetus.
A NavCam1, é uma câmera que faz imagens em tons de cinza, e é parte do conjunto de câmeras de navegação chamado de TAGCAMS, ou Touch-And-Go Camera System. A empresa Malin Space Science Systems, desenhou, construiu e testou o sistema TAGCAMS. A empresa Lockheed Martin integrou o sistema TAGCAMS à OSIRIS-REx e opera a TAGCAMS.
Crédito: NASA/Goddard/University of Arizona/Lockheed Martin

sábado, 21 de abril de 2018

A MAJESTOSA GALÁXIA NGC 1015 FOTOGRAFADA PELO HUBBLE


Essa maravilhosa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra a grandiosa galáxia NGC 1015, encontrada na constelação de Cetus, fotografada a cerca de 118 milhões de anos-luz de distância da Terra.
 Nessa imagem é possível ver a NGC 1015 de frente, com seus belos e simétricos braços espirais e o brilhante bulbo central, uma imagem que lembra um tipo de fogos de artifício conhecido como Roda de Catarina.
A NGC 1015 tem um centro grande e brilhante, uma barra central de estrelas, e braços espirais bem definidos. Essa estrutura toda faz com que a NGC 1015 seja classificada como uma galáxia do tipo Espiral Barrada, parecida com a Via Láctea. As barras são encontradas em aproximadamente dois terços de todas as galáxias espirais, e os braços dessa galáxia parecem surgir de um pálido anel amarelo que circula a própria barra. Os cientistas acreditam que um buraco negro localiza-se no centro das espirais barradas afunilando o gás e a energia dos braços externos para o centro através dessas barras, alimentando assim o buraco negro, provocando o nascimento de estrelas no centro e construindo o bulbo central da galáxia.
Em 2009, uma supernova do Tipo Ia, chamada de SN 2009ig foi registrada na NGC 1015, um dos pontos brilhantes na parte superior direita do centro da galáxia. Esses tipos de supernovas são extremamente importantes, elas são causadas por explosões de anãs brancas que possuem uma estrela companheira, e sempre possuem o pico no mesmo brilho, 5 bilhões de vezes mais brilhante do que o Sol. Conhecendo o brilho verdadeiro desses eventos, e comparando com o brilho aparente, os astrônomos conseguem então usar esses objetos para medir com precisão as distâncias no universo.
Crédito: ESA/Hubble & NASA, A. Riess (STScl/JHU)

quinta-feira, 19 de abril de 2018

HUBBLE FAZ BELA IMAGEM DETALHADA DA GALÁXIA NGC 7331


Grande e bonita, a galáxia NGC 7331 é normalmente considerada uma galáxia análoga à nossa galáxia, a Via Láctea. 
Localizada a aproximadamente 50 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pegasus, a NGC 7331, foi originalmente reconhecida como uma nebulosa espiral e é na verdade uma das galáxias mais brilhantes que não foi incluída no famoso catálogo de Charles Messier do século 18. Como o disco da galáxia é inclinado com relação à nossa linha de visada, imagens feitas com longas exposições telescópicas resultam numa imagem que evoca um forte senso de profundidade. Nessa imagem detalhada feita pelo Telescópio Espacial Hubble, os magníficos braços espirais da galáxia mostram suas linhas de poeira escura, seus aglomerados azuis brilhantes feitos de estrelas jovens e massivas, e o brilho avermelhado das regiões de formação de estrelas. A brilhante e amarelada região central da galáxia abriga uma população de estrelas mais velhas e mais frias. Do mesmo modo que a Via Láctea, um buraco negro supermassivo localiza-se no centro da NGC 7331.
Fonte: apod.nasa.gov/apod/ap180207.html

terça-feira, 17 de abril de 2018

NGC 7635: A NEBULOSA DA BOLHA EM EXPANSÃO


A bela imagem acima mostra a verdadeira batalha entre a bolha e a nuvem. A NGC 7635, a Nebulosa da Bolha, está sendo empurrada para fora, pelo vento estelar emitido pela estrela BD+602522, visível em azul, na parte direita, dentro da nebulosa. Ali do lado, vive uma gigantesca nuvem molecular, visível na parte extrema direita da imagem em vermelho. Nesse local do espaço, uma força irresistível encontra um objeto imóvel de uma forma interessante. A nuvem é capaz de conter a expansão da bolha de gás, mas é explodida pela radiação quente da estrela central da bolha. A radiação aquece as regiões densas da nuvem molecular fazendo com que ela brilhe. A Nebulosa da Bolha mostrada aqui tem cerca de 10 anos-luz de diâmetro e é parte de um conjunto de estrelas e conchas muito mais complexa. A Nebulosa da Bolha pode ser vista com pequenos telescópios, quando apontados na direção da constelação de Cassiopeia.
Fonte: apod.nasa.gov/apod/ap180205.html

domingo, 15 de abril de 2018

O PINGUIM E O OVO – O INTERESSANTE PAR DE GALÁXIAS ARP 142

Essa imagem das distantes galáxias em interação, conhecidas coletivamente como Arp 142, lembra muito a imagem de um pinguim protegendo seu ovo. Dados dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer, da NASA foram combinados para mostrar essas galáxias em comprimentos de onda que vão desde o visível até o infravermelho.
Esse par mostra duas galáxias que não poderiam parecer mais diferentes à medida que a atração gravitacional mútua, vagarosamente as aproxima cada vez mais.
O pinguim do par, é a NGC 2336, que foi provavelmente alguma vez na sua história uma galáxia espiral com aparência normal, achatada como uma panqueca, com braços espirais simétricos. Rica com estrelas quentes recém-formadas, vistas na luz visível do Hubble como filamentos azulados, sua foram agora se apresenta distorcida e torcida à medida que ela responde à força gravitacional da sua vizinha. Fios de gás misturados com poeira aparecem como filamentos avermelhados, e foram detectados nos comprimentos mais longos da luz infravermelha pelo Spitzer.
O ovo, do par, é a galáxia NGC 2937, que se apresenta quase sem característica alguma. O brilho esverdeado distintamente diferente da luz das estrelas conta a história de uma população de estrelas muito mais velhas. A ausência de feições empoeiradas brilhando no vermelho nos informa que já se passou muito tempo desde que ela perdeu seu reservatório de gás e poeira a partir do qual novas estrelas se formam. Embora essa galáxia esteja certamente reagindo à presença da sua vizinha, sua distribuição suave de estrela obscurece qualquer óbvia distorção de forma.
Eventualmente essas duas galáxias irão se fundir formando um único objeto, com suas populações de estrelas, gás e poeira se misturando. Esse tipo de fusão foi provavelmente um significante passo na história da maioria das grandes galáxias que nós observamos ao nosso redor no universo próximo, inclusive para a nossa própria Via Láctea.
Localizadas a uma distância de aproximadamente 23 milhões de anos-luz, essas duas galáxias estão cerca de 10 vezes mais afastadas de nós do que o nosso maior vizinho galáctico, a galáxia de Andrômeda. A faixa azul na parte superior da imagem é uma galáxia de fundo não identificada, que está mais distante do que o par Arp 142.
Combinando a luz dos comprimentos de onda do visível e do infravermelho, os astrônomos conseguem contar a história complexa do ciclo de vida das galáxias. Enquanto que para fazer essa imagem é necessário combinar dados do Hubble e do Spitzer, espera-se que quando o James Webb for lançado ele seja capaz de fazer algo parecido, cobrindo todos esses comprimentos de onda e mostrando esse par sob um novo olhar.
O Telescópio Espacial Hubble, é um projeto de cooperação internacional entre a NASA, e a ESA. O Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland, gerencia o telescópio. O Space Telescope Science Institute (STScI), em Baltimore, Maryland, conduz as operações científicas do Hubble. O STScI é operado para a NASA pela Association of Universities for Research in Astronomy, Inc., em Washington, D.C.
O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena, na Califórnia, gerencia o Telescópio Espacial Spitzer para o Science Mission Directorate da NASA, em Washington. As operações científicas são conduzidas no Spitzer Science Center na Caltech em Pasadena, na Califórnia. As operações da sonda são baseadas na Lockheed Martin Space Systems Company, em Littleton, Colorado. Os dados são arquivados no Infrared Science Archive localizado no Infrared Processing and Analysis Center na Caltech. A Caltech gerencia o JPL para a NASA.
Credito da Imagem: NASA-ESA/STScI/AURA/JPL-Caltech

terça-feira, 10 de abril de 2018

NGC 7331 – UMA GÊMEA QUASE IDÊNTICA DA VIA LÁCTEA


Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra uma galáxia espiral, conhecida como NGC 7331. Registrada pela primeira vez, pelo grande caçador de galáxias William Herschel, em 1784, a NGC 7331, está localizada a cerca de 45 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pegasus.
 Ela se apresenta, parcialmente de lado, parcialmente de frente para nós, mostrando seus braços que giram como um redemoinho ao redor do centro brilhante.
Os astrônomos fizeram essa imagem usando a Wide Field Camera 3 do Hubble, a WFC3, enquanto eles observavam uma extraordinária estrela que explodia, uma supernova, que pode ser vista ainda, de forma fraca como um pequeno ponto vermelho perto núcleo central amarelado da galáxia. Denominada de SN2014C, ela rapidamente se desenvolveu de uma supernova contendo muito pouco hidrogênio, para uma rica em hidrogênio, em apenas 1 ano. Essa metamorfose raramente observada foi luminosa nas altas energias e forneceu uma ideia única no entendimento ainda em construção das fases finais de vida de uma estrela massiva.
A NGC 7331 é parecida em tamanho, em forma e em massa com a Via Láctea. Ela também tem uma taxa de formação de estrelas parecida, abriga um número similar de estrelas, possui um buraco negro supermassivo central e braços esprirais parecidos. A principal diferença entre a NGC 7331 e a Via Láctea, é que a NGC 7331, é uma galáxia espiral não barrada, ou seja, ela não tem um barra de estrelas, gás e poeira que corta seu núcleo, como acontece com a Via Láctea. Seu bulbo central também mostra um padrão de rotação pouco comum, girando na direção oposta do seu próprio disco galáctico.
Estudando galáxias similares, nós temos um espelho científico do que acontece com a nossa própria galáxia, e isso nos permite construir um entendimento melhor do ambiente galáctico que nem sempre podemos observar, além de entender o comportamento galáctico e a evolução das galáxias como um todo.
Crédito: ESA/Hubble & NASA/D. Milisavljevic (Purdue University)

domingo, 8 de abril de 2018

GALÁXIAS SATÉLITES NÃO PARECEM ALEATORIAMENTE ARRANJADAS COMO PREVISTO PELOS MODELOS DE MATÉRIA ESCURA


Grandes galáxias como a Via Láctea frequentemente são circundadas por galáxias menores chamadas de galáxias anãs. A teoria geralmente aceita é que os efeitos gravitacionais da matéria escura, o material não detectado que faz parte de 27% do universo, deveria garantir uma distribuição aleatória das galáxias anãs na órbita das galáxias maiores.
A Via Láctea, e a galáxia de Andrômeda foram pensadas como exceções a essa regra, apresentando galáxias anãs arranjadas em planos discoides. Novas descobertas feitas por uma equipe liderada por Oliver Müller do Departamento de Física da Universidade de Basel, indicam que esse pode ser um fenômeno mais espalhado.
A equipe de Müller estudou as galáxias satélites orbitando a Centaurus A, uma galáxia familiar localizada a cerca de 13 milhões de anos-luz de distância da Terra, e descobriu que essas galáxias menores estavam alinhadas em um planao perpendicular à galáxia principal. Estudando o efeito Doppler para determinar o movimento, a equipe descobriu de 14 a 16 galáxias que parecem girar no mesmo plano. Os modelos computacionais da matéria escura previam que somente uma pequena fração, meio por cento, das galáxias satélites deveriam exibir esse tipo de alinhamento.
“Movimentos coerentes parecem ser um fenômeno universal que demanda novas explicações”, disse Müller. Dado ao alinhamento ordenado que nós temos vistos em 3 grandes galáxias, a coincidência parece algo pouco provável.
As observações são “inconsistentes com mais de 99% das galáxias comparáveis nas simulações”, disse o autor. “A Centaurus A, a Via Láctea e Andrômeda, todas possuem um sistema de galáxias satélites altamente improvável. Essa evidência observacional sugere que algo posso estar errado com as simulações cosmológicas padrões”.
Müller disse, que as observações reforçam a ideia de que as galáxias satélites são formadas quando duas galáxias maiores colidem e as forças de maré ejetam detritos.
Fonte: astronomynow.com/2018/02/02/satellite-galaxies-not-randomly-arranged-as-predicted-by-dark-matter-models/

sexta-feira, 6 de abril de 2018

ABELL 33 – UMA BELA BOLHA ESTELAR


A imagem acima mostra a nebulosa planetária conhecida como Abell 33 e foi feita pelos astrônomos usando o Very Large Telescope do ESO no Chile.
A nebulosa planetária foi criada quando uma estrela como o Sol, depois de velha começou a expelir suas camadas mais externas, as formas das nebulosas planetárias são muito variadas, nesse casa, a nebulosa planetária se apresentou na forma de uma bela bolha. Por uma coincidência ela aparece alinhada com uma estrela em primeiro plano.
Essa nebulosa planetária é muito simétrica, aparecendo no céu como um círculo quase perfeito.
Fonte: cosmosmagazine.com/space/a-stellar-bubble

quarta-feira, 4 de abril de 2018

ASTRÔNOMOS MEDEM COM PRECISÃO CAMPO MAGNÉTICO DE BURACO NEGRO



Quando os buracos negros estão ativos, eles são cercados pelo chamado disco de acreção, que se ilumina pelas forças de fricção e gravitacional que aquecem o material à medida que ele gira na direção do buraco negro.
Parte da matéria então cai no buraco e parte dela é expelida em poderosos jatos de plasma na velocidade próxima da velocidade da luz.
Acima e abaixo do disco de acreção forma uma região de gás muito quente. Pesquisas anteriores mostraram que esses discos de acreção e os jatos são controlados por intensos campos magnéticos.
Para tentar comprovar isso um grupo de astrônomos resolveu estudar o buraco negro chamado de V404 Cygni.
Ele localiza-se a cerca de 7800 anos-luz de distância da Terra, é considerado um microquasar binário, ou seja, um buraco negro de massa estelar, com 9 vezes a massa do Sol, com uma estrela companheira, e o buraco negro está se alimentando de material dessa estrela.
Em 2015, o V404 Cygni passou por um processo de alimentação e essa refeição foi estudada em diferentes comprimentos de onda.
Ao fazer estudo, os pesquisadores descobriram que o campo mmagnético era muito mais fraco do que os modelos teóricos previam.
O problema é que os modelos levavam em consideração um campo magnético na base dos jatos e extrapolavam esse valor para todo ele.
Essa nova pesquisa mostrou não que os modelos estão errados, mas sim estão muito simplificados, e o valor do campo magnético não é um só, ele sofre variações.
Esse trabalho é muito importante na direção de se entender cada vez mais e melhor os buracos negros e todas as suas características, todas as suas propriedades.
Além disso esse trabalho mostra uma medida precisa realizada em uma das partes do buraco negro, o seu disco de acreção.
Os próprios pesquisadores falaram que é preciso conhecer muito bem os buracos negros, pois eles, como já vimos em vários vídeos eles são responsáveis praticamente pela evolução do universo como o conhecemos, já que influenciam de forma decisiva como as galáxias evoluem.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

DESCOBERTOS MISTERIOSOS CICLONES GEOMÉTRICOS EM JÚPITER

Grande ciclone no polo sul de Júpiter e vários ciclones ao seu redor espalhados de forma geométrica - Juno - NASA
Imagens feitas pela sonda Juno revelam ciclones estranhos no infravermelho, distribuídos nos pólos de Júpiter com padrões jamais vistos antes
Desde que Galileu Galilei olhou para Júpiter com um telescópio no início dos anos 1600, os astrônomos se maravilham com as características fantásticas do maior planeta do Sistema Solar, como suas faixas coloridas e sua Grande Mancha Vermelha. Mas as regiões polares permaneceram um mistério já que elas não são visíveis da Terra.
Agora, imagens do espectro visível e infravermelho, feitas pela nave Juno, da NASA, revelaram ciclones gigantes, com padrões geométricos nos pólos do planeta. Como exemplo, no pólo norte de Júpiter podemos ver um ciclone de aproximadamente 4.000 quilômetros de largura, sendo que oito ciclones similares estão ao seu redor. No pólo sul, as imagens revelaram um ciclone de 6.400 quilômetros de largura, cercado por cinco ciclones que variam de tamanho entre 5.600 km e 7.000 km.
"Encontramos algo completamente novo que não tínhamos visto antes em qualquer outro planeta", disse ao autor do estudo Alberto Adriani, cientista planetário do Instituto de Astrofísica e Planetologia Espacial de Roma.
Grande ciclone no polo norte de Júpiter e oito ciclones ao seu redor - Juno - NASA
ciclones geométricos em Júpiter
Imagens composta por fotos feitas pela sonda Juno revelam um grande ciclone
no pólo norte de Júpiter e oito ciclones ao seu redor.
Créditos: NASA / JPL-Caltech / SwRI / ASI / INAF / JIRAM
Os cientistas detalharam suas descobertas na revista Nature. É um dos quatro estudos sobre Júpiter com base nas observações de Juno.
Esses ciclones duraram pelo menos sete meses. Os grupos mantém os ciclones muito próximos entre si, gerando contanto entre a maioria deles.
As estranhas tempestades de Júpiter
A nave espacial Juno é a primeira a sobrevoar os pólos de Júpiter. Ele passa de um pólo a outro (passando pelo equador) em cerca de 2 horas, chegando a 4.000 km de altitude.
Essa não é a primeira vez que os astrônomos encontraram tempestades gigantes no pólo de um gigante de gás. Saturno, o segundo maior planeta do Sistema Solar, possui um ciclone único em cada pólo, e os pesquisadores acreditavam que Júpiter possuía algo similar.
"Estávamos errados, já que os pólos de Júpiter são completamente diferentes", disse Adriani. "A partir dessa e de outras experiências, aprendemos que devemos ter muito cuidado em adivinhar o que existe em alguns planetas com base em experiências anteriores, pois descobrimos que nosso conhecimento geralmente não é aplicável".
Grande ciclone no polo sul de Júpiter e vários ciclones ao seu redor espalhados de forma geométrica - Juno - NASA
Grande ciclone no polo norte de Júpiter e oito ciclones ao seu redor - Juno - NASA
Imagem composta por fotos da sonda Juno revelam um grande ciclone no polo sul de Júpiter
e vários ciclones ao seu redor espalhados de forma geométrica.
Créditos: NASA / JPL-Caltech / SwRI / ASI / INAF / JIRAM / IAPS
Essa também não é a primeira vez que padrões geométricos são encontrados em um planeta. Em 1988, por exemplo, astrônomos detectaram pela primeira vez um padrão hexagonal gigante no pólo norte de Saturno. No entanto, essa é a primeira vez que aglomerados de ciclones são vistos em formas poligonais, disseram os pesquisadores.
Os cientistas ainda não sabem como esses ciclones permanecem ativos sem se fundirem, ou como eles evoluíram criando padrões geométricos. Embora essas características pareçam exclusivas de Júpiter, "tais estruturas poderiam ser encontradas em outros planetas semelhantes a Júpiter em outros Sistemas Solares", disse Adriani.
Imagens: (capa-Juno/NASA) / NASA / JPL-Caltech / SwRI / ASI / INAF / JIRAM / IAPS