terça-feira, 30 de setembro de 2014
GALÁXIA ANÃ ULTRA COMPACTA ESCONDE UM BURACO NEGRO INCRIVELMENTE GIGANTE
Essa galáxia é muito, muito pequena, mas abriga um buraco negro estupidamente gigante
No coração de uma grande galáxia encontra-se um grande buraco negro. Trata-se de uma região tão densa que nem mesmo a luz pode escapar de sua atração gravitacional. Pequenas galáxias têm pequenos buracos negros, ou pelo menos era isso que os cientistas pensavam.
M60-UCD1 é uma galáxia anã ultra-compacta localizada a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra, na aglomerado de Virgem. Apesar de sua "pequena" dimensão, essa galáxia parece abrigar um buraco negro supermassivo.A descoberta pode ajudar a resolver um mistério de longa data sobre galáxias anãs ultra-compactas, que são aglomerados esféricos repletos de estrelas.Os cientistas suspeitam que essas galáxias sejam os centros de galáxias muito maiores, que por ventura tiveram suas estrelas capturadas por galáxias vizinhas. Após perder a parte mais externa, esse pequeno aglomerado e seu núcleo pode ser o que restou dessas galáxias maiores.Imagem de raios-x mostra a galáxia gigante M60 e abaixo, a galáxia anã ultra-compacta M60-UCD1.
"Existem pouquíssimas galáxias anãs ultra-compactas, e elas são motivo de debates há muito tempo. Elas parecem ser apenas aglomerados grandes de estrelas com um núcleo galático. Essa é a primeira evidência de que esse núcleo possui os mesmos padrões dos núcleos de galáxias grandes", comenta o astrônomo Amy Reines da Universidade de Michigan, nos EUA. "Essa é uma descoberta totalmente nova sobre esses buracos negros centrais que até o momento, não sabíamos que existiam".
A galáxia M60-UCD1 apareceu nas telas de radar do astrônomo através de emissões incomuns de raios-X, o que pode ser um sinal de uma acreção de um enorme buraco negro, ou então, uma estrela de nêutrons.
A descoberta foi feita utilizando o telescópio Gemini, no Havaí e as imagens do Telescópio Espacial Hubble da NASA para medir o movimento das estrelas dentro da galáxia. Seus resultados apontam para um buraco negro que possui um valor (intrigante) de cerca de 15% de toda a massa da galáxia. Normalmente, um buraco negro supermassivo é responsável por cerca de 0,5% da massa de sua galáxia hospedeira.
A galáxia anã ultra-compacta M60-UCD1 está localizada próxima da gigante galáxia M60, a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
SERÁ QUE ESTAMOS FINALMENTE NOS PREPARANDO PARA UMA COLISÃO DE ASTEROIDE
Várias nações se juntam com um único objetivo: proteger a Terra de asteroides
Com um mandato da ONU, A Agência Espacial Europeia (ESA) e outras agências espaciais de todo o mundo estão prestes a criar um grupo de alto nível para ajudar a coordenar a resposta global dada a um asteróide que um dia, venha em direção à Terra.
Pela primeira vez, as agências espaciais da América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia e África irão trabalhar juntas com o intuito de estabelecer um grupo de peritos e de criar uma defesa real para possíveis ameaças de colisões de asteróides, que poderiam um dia atingir a Terra.
Dos mais de 600.000 asteróides conhecidos do nosso Sistema Solar, mais de 10.000 são classificados como objetos próximos da Terra (NEOs), isso porque suas órbitas estão relativamente próximas da órbita da Terra.
Rastro de asteróide sobre Chelyabinsk, na Rússia. Créditos: ESA
Uma prova dramática de que qualquer um destes objetos pode colidir com o nosso planeta aconteceu há cerca de um ano. No dia 15 de fevereiro de 2013, um objeto desconhecido, com diâmetro aproximado de 17 ou 20 metros explodiu acima de Chelyabinsk, na Rússia. A sua velocidade no momento da aproximação era de 66.000 km/h, e sua explosão foi 25 vezes mais potente do que a bomba atômica de Hiroshima.
A onda de choque resultante causou danos generalizados e lesões, tornando-se o maior objeto natural conhecida por ter entrado na atmosfera desde o evento Tunguska, em 1908, que destruiu uma área de floresta remota da Sibéria.
Coordenar os esforços globais
Centro de controle da Agência Espacial Europeia, em Tenerife.
Créditos: ESA /
Um grupo de planejamento (SMPAG) foi criado juntamente com um fórum técnico, com um mandato do Comitê das Nações Unidas para o uso pacífico do espaço exterior (UNCOPUOS). Esse grupo irá desenvolver uma estratégia para reagir a uma possível ameaça de impacto de um asteróide.
"A SMPAG também irá desenvolver e aperfeiçoar um conjunto de missões individuais e cooperativas para interceptar um asteróide ", afirma Detlef Koschny, Chefe do segmento dos objetos próximos da Terra (NEO) e oficial do escritório Space Situational Awareness (SSA) da ESA.
"Devemos executar missões de teste e avialiação, para testar a nossa tecnologia antes que uma ameaça real aconteça".
A primeira reunião organizada pela ESA aconteceu no início de fevereiro, no centro de operações em Darmstadt, na Alemanha.
Mais de trinta representantes de 13 agências espaciais, sete ministros do governo e da ONU deverão compartilhar conhecimentos e pesquisas recentes relacionadas a impactos de objetos com o planeta Terra, e deverão então, desenvolver um plano para os próximos dois anos.
"Como primeiro passo, o grupo vai estudar as capacidades organizacionais e operacionais de cada agência, tecnologias específicas e habilidades científicas, e verificar o que cada um pode fazer de melhor para contribuir com esse importante trabalho", completa Detlef.
Fonte: ESA
domingo, 28 de setembro de 2014
ESTRELA PRESTES A EXPLODIR EM UMA SUPERNOVA É REGISTRADA PELO HUBBLE
O Telescópio Espacial Hubble capturou uma nova foto impressionante de uma estrela condenada, que está prestes a explodir em uma supernova.onde a onda de choque está em expansão.
Créditos: R. Indebetouw et. al,A. Angelich (NRAO/AUI/NSF); NASA/STScI/CfA/R. Kirshner;
NASA/CXC/SAO/PSU/D.
A estrela, conhecida como SBW2007 1 (ou SBW1), está rodeada pelo seu próprio gás expelido, e no momento, essa estrutura magnífica é chamada de Nebulosa Planetária. "Um 'olho-roxo' olhando para nós através do espaço", comentaram os funcionários da NASA em uma descrição da imagem acima. SBW1 está localizada a mais de 20 mil anos-luz de distância da Terra.
"A estrela tinha, originalmente, 20 vezes a massa do nosso Sol, e agora está envolta em um anel de gás", escreveram os oficiais da NASA. "Mas essa não é uma estrela qualquer; ela está predestinada a se tornar uma supernova".
Os cientistas suspeitam que a estrela SBW1 terá um final violento como uma supernova, isso por conta de sua semelhança com a famosa supernova SN 1987A, uma estrela que explodiu em 1987. Ambas as estrelas estavam viajando a velocidades parecidas, tinham o mesmo brilho, e possuíam anéis muito semelhantes, do mesmo tamanho e da mesma idade.
"A uma distância de mais de 20.000 anos-luz, será seguro observar essa bela explosão", escreveram os oficiais da NASA. "Se tivermos muita sorte, pode acontecer enquanto ainda estivermos vivos".
sábado, 27 de setembro de 2014
NOVA GALÁXIA DESCOBERTA ESTÁ INTRIGANDO OS CIENTISTAS
A galáxia vizinha DDO 68 foi registrada pelo Hubble, mas os dados obtidos confundiram a cabeça dos pesquisadores...
Uma belíssima foto feita recentemente pelo Telescópio Espacial Hubble mostra uma galáxia um tanto misteriosa em nossa vizinhança cósmica, e parece que quanto mais os cientistas a estudam, mais perguntas e dúvidas surgem sobre ela.
A nossa galáxia, a Via Láctea, se formou há cerca de 13 bilhões de anos, e a maior parte das galáxias vizinhas são tão velhas quanto a nossa, ou pelo menos, possuem idades parecidas. Mas uma galáxia em particular, localizada a cerca de 39 milhões de anos-luz, conhecida como DDO 68 parece ser consideravelmente mais jovem do que todas as outras. 39 milhões de anos-luz soa distante demais, porém, esse valor é 50% menor do que de outros exemplos galáticos.
Como as galáxias mais jovens estão a bilhões de anos-luz da Terra, elas parecem menores e mais fracas do que suas irmãs mais velhas, o que faz com que seja muito mais difícil observá-las. DDO 68, também conhecida como UGC 5340, tem intrigado os cientistas porque sua idade é um verdadeiro mistério. Ela se passa por uma galáxia jovem, mas também por uma galáxia antiga...
DDO 68 parece abrigar menos metais do que as outras galáxias próximas. Galáxias jovens possuem menos elementos pesados porque esses elementos são criados a partir de explosões de supernovas, e por serem galáxias jovens, menos explosões ocorreram. Quanto mais antiga é uma galáxia, mais explosões aconteceram, portanto, mais elementos pesados foram criados e espalhados dentro dela.
A idade das galáxias também é estimada de acordo com a idade de suas estrelas. A população de estrelas de DDO 68 é de aproximadamente 1 bilhão de anos, muito mais jovens do que as estrelas de 5 bilhões de anos da nossa galáxia.
Por outro lado, estudos recentes mostraram que a galáxia DDO 68 possui estrelas gigantes vermelhas (estrelas numa fase posterior aquela que o nosso Sol de encontra), ou seja, essa galáxia não pode ser tão nova quanto se pensava. Além disso, pesquisas anteriores também encontraram estrelas muito antigas.
Galáxia DDO 68, localizada a 39 milhões de anos-luz de distância. Créditos: Hubble / NASA / ESA
Agora, os cientistas estão estimando que a galáxia DDO 68 tenha pelo menos 10 bilhões de anos, ou seja, não é uma galáxia nova. Por conta desse resultado, pesquisadores ficaram confusos com relação a essa estranha e curiosa galáxia. Ela tem características de uma galáxia muito jovem, mas também possui elementos que apontam para uma galáxia muito antiga. Qual seria a verdadeira história de DDO 68?
Estudos mais complexos são necessários para identificar de fato o que se passa com essa misteriosa galáxia. Enquanto não temos respostas para essas dúvidas, só nos resta admirar suas imagens e contemplar sua beleza intrigante.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
SONDA CASSINI SOBREVOA LUA DE SATURNO PARA EXPLORAR ATMOSFERA E POSSÍVEIS LAGOS E MARES
22/09/14 - Este é o 105° sobrevoo que a nave espacial faz na mais famosa lua de Saturno
Conforme Titã se prepara para seu verão do hemisfério norte, os cientistas estão tentando identificar sinais de ventos em sua superfície. Nesse fim de semana, a sonda Cassini se lançou em direção a famosa lua de Saturno, e se tudo der certo, irá verificar se existem ou não ondas em seu imenso mar de hidrocarbonetos.
Recentemente, a missão Cassini transmitiu diversas imagens (ainda sem tratamento) de seu ponto de vista de Saturno para a lua Titã.
Imagem sem tratamento da lua Titã, feita pela sonda Cassini no dia 14 de setembro de 2014.
Créditos: NASA / JPL
A sonda Cassini fará o seu sobrevoo de número 105 na lua Titã, o que deve acontecer hoje, dia 22 de setembro, a fim de explorar a atmosfera, os mares da lua e até uma cratera. A nave espacial irá examinar os mares e lagos da região polar norte, incluindo Kraken e Ligeia com resolução superior a 5 km por pixel. Praticamente todo o líquido encontrado em Titã está localizado no hemisfério norte da lua, e esse é o motivo principal para que a nave espacial tenha essa região como seu destino de exploração.
Além de áreas líquidas de Titã, Cassini também deverá apontar suas câmeras para as dunas e pra cratera relativamente nova, a Sinlap, onde os cientistas esperam obter uma imagem de alta resolução. Os líderes da missão também planejam criar um mosaico da zona brilhante ao sul do Equador, a Tsegihi, e também da área de dunas escuras, a Fensal. Além disso, a espaçonave irá examinar a transparência das neblinas na atmosfera de Titã.
Imagem sem tratamento de Saturno feita pela sonda Cassini no dia 15 de setembro de 2014.
Créditos: NASA / JPL
A sonda Cassini-Huygens é uma missão não tripulada que tem o intuito de estudar principalmente a superfície e atmosfera de Saturno, assim como de outros planetas e luas do Sistema Solar. Lançada em 15 de outubro de 1997, ela entrou na órbita de Saturno em 1° de julho de 2004, e sua missão está prevista para ter fim no ano de 2017.
Para os cientistas, Titã é um dos objetos mais interessantes do Sistema Solar, em parte porque sua química é muito parecida com a química do planeta Terra quando mais jovem, ideal para o surgimento da vida como a conhecemos.
Conforme Titã se prepara para seu verão do hemisfério norte, os cientistas estão tentando identificar sinais de ventos em sua superfície. Nesse fim de semana, a sonda Cassini se lançou em direção a famosa lua de Saturno, e se tudo der certo, irá verificar se existem ou não ondas em seu imenso mar de hidrocarbonetos.
Recentemente, a missão Cassini transmitiu diversas imagens (ainda sem tratamento) de seu ponto de vista de Saturno para a lua Titã.
Imagem sem tratamento da lua Titã, feita pela sonda Cassini no dia 14 de setembro de 2014.
Créditos: NASA / JPL
A sonda Cassini fará o seu sobrevoo de número 105 na lua Titã, o que deve acontecer hoje, dia 22 de setembro, a fim de explorar a atmosfera, os mares da lua e até uma cratera. A nave espacial irá examinar os mares e lagos da região polar norte, incluindo Kraken e Ligeia com resolução superior a 5 km por pixel. Praticamente todo o líquido encontrado em Titã está localizado no hemisfério norte da lua, e esse é o motivo principal para que a nave espacial tenha essa região como seu destino de exploração.
Além de áreas líquidas de Titã, Cassini também deverá apontar suas câmeras para as dunas e pra cratera relativamente nova, a Sinlap, onde os cientistas esperam obter uma imagem de alta resolução. Os líderes da missão também planejam criar um mosaico da zona brilhante ao sul do Equador, a Tsegihi, e também da área de dunas escuras, a Fensal. Além disso, a espaçonave irá examinar a transparência das neblinas na atmosfera de Titã.
Imagem sem tratamento de Saturno feita pela sonda Cassini no dia 15 de setembro de 2014.
Créditos: NASA / JPL
A sonda Cassini-Huygens é uma missão não tripulada que tem o intuito de estudar principalmente a superfície e atmosfera de Saturno, assim como de outros planetas e luas do Sistema Solar. Lançada em 15 de outubro de 1997, ela entrou na órbita de Saturno em 1° de julho de 2004, e sua missão está prevista para ter fim no ano de 2017.
Para os cientistas, Titã é um dos objetos mais interessantes do Sistema Solar, em parte porque sua química é muito parecida com a química do planeta Terra quando mais jovem, ideal para o surgimento da vida como a conhecemos.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
O FLASH VERDE SOLAR: EXISTE MESMO?
Muitos observadores não conseguem ver, outros dizem ter visto mas não tem certeza. O flash verde solar existe mesmo?
Em Piratas do Caribe, uma explosão de luz verde solar cobre todo o céu, abrindo uma espécie de portal mágico entre dois mundos diferentes. Em 1882, Julio Verne também mencionou a existência desse estranho fenômeno. Afinal, isso existe mesmo ou é coisa da imaginação?
Em 1873, o observador solar David Winstanley descreveu minuciosamente um evento muito raro que havia presenciado. Segundo ele, instantes antes do Sol se pôr no horizonte uma intensa luz verde brilhou no topo superior da estrela. Não durou mais que dois segundos, mas era tão forte quanto o próprio brilho do Sol.
Em 1882, Julio Verne publicou o romance "O Raio Verde", onde oferece uma versão romântica sobre o fenômeno. No livro, quem testemunhasse esse rápido acontecimento teria concedida a habilidade de ver o coração das pessoas.
Um ano depois, Winstanley publicou outra descrição de um flash verde visto por William Swan, sobre uma montanha em Rigi.
Durante alguns anos, o flash verde solar permaneceu um mistério e até mesmo sua existência era questionada. Alguns atribuíam sua observação a algum tipo de insanidade ou processos fisiológicos ligados à retina, mas somente com a invenção da fotografia o fenômeno passou a ser entendido.
O flash verde solar existe mesmo. Ele dura entre 1 e 2 segundos e não é tão raro assim. Para vê-lo, é preciso que o observador esteja no lugar certo e na hora certa e esteja muito atento ao instante final do pôr do Sol.
Como um tesouro
Por incrível que pareça, o Sol que vemos no horizonte não está lá. Ele está bem mais baixo do que aparenta, mas devido à presença da atmosfera ele parece estar mais alto. Isso acontece porque a atmosfera age como um grande prisma que curva os raios solares, em um processo ótico chamado refração.
Como consequência da refração, a luz branca solar é decomposta em suas cores primárias, fazendo com que o disco solar se torne avermelhado na base, alaranjado no centro e verde no topo. Sim, o topo do disco solar se torna esverdeado!
O problema é que essa cor só é possível de ser notada quando o observador está vendo o pôr do Sol em sua plenitude, coisa que só acontece em alto-mar, desertos ou em montanhas muito elevadas de onde se pode vislumbrar o horizonte desimpedido. Como a fração verde do disco só é perceptível nos últimos instantes do pôr do Sol, tem-se a impressão de um flash muito rápido no topo da estrela.
Assim, para ver o fenômeno do flash verde é necessário um local com horizonte totalmente livre, como por exemplo o alto-mar. Precisa também de muita atenção no instante final.
É como um tesouro, quem procura acha!
terça-feira, 23 de setembro de 2014
MISTERIOSA EMISSÃO DE LUZ NO ESPAÇO FOI DETECTADA POR CIENTISTAS
A luz de uma intensa explosão de raios gama chega na Terra após mais de 12 bilhões de anos
Cientistas falam sobre a possível Supernova do tipo II, observada na galáxia NGC 1566
Neste momento, uma súbita explosão tomou conta da galáxia NGC 1566 e está brilhando para os observadores do hemisfério sul! Uma candidata a Supernova do tipo II foi observada,
As supernovas são os eventos mais violentos que acontecem no Universo. A galáxia NGC 1566 é uma galáxia espiral não muito distante da Via Láctea. Segundo observações preliminares, uma estrela localizada próximo do centro da galáxia acaba de explodir. Essa possível explosão é algo incomum, afinal, a maioria das Supernovas do tipo II ocorrem nos braços espirais de suas galáxias.
Este ponto de luz brilhante aparece perto do bojo central da galáxia, e foi descoberto há apenas uma semana pela pesquisa de supernovas All Sky Automated Survey (ASASSN), o que dá a essa possível Supernova o apelido de ASASSN-14ha.
Até o momento, não é possível afirmar com certeza qual é o tipo de evento observado, mas provavelmente trata-se de uma explosão de Supernova. As "Supernovas" ganharam esse nome porque nos tempos mais remotos, quando uma explosão como essa acontecia no espaço, ela era comumente vista da Terra como uma estrela, e por ser uma estrela que não existia antes, então era chamada de "estrela nova", ou então "supernova".
Galáxia NGC 1566, hospedeira da candidata a Supernova de Setembro de 2014. Créditos: NASA GSPC
A Supernova na galáxia NGC 1566 (Supernova de setembro de 2014), visível no hemisfério sul na constelação de Dorado. Telescópios do Observatório remotamente controlado da Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC) estarão apontados para essa brilhante explosão, e assim,
A galáxia que hospeda essa possível supernova, a NGC 1566 está a cerca de 38.4 milhões de anos-luz da Via Láctea, que em distâncias entre galáxias até que não é longe, mas infelizmente não pode ser vista a olho nu, nem mesmo com bons telescópios caseiros.
domingo, 21 de setembro de 2014
PREVISÃO CÓSMICA: NUVENS ESCURAS E GRAVIDADE DARÁ LUGAR A LUZ DO SOL
Lupus 4, uma bolha em forma de aranha de gás e poeira, apaga as estrelas de fundo como uma nuvem escura em uma noite sem lua nesta nova imagem intrigante. Apesar de triste, por agora, bolsos densas de material dentro de nuvens, como o lúpus 4 são onde novas estrelas se formam e onde, mais tarde, ganhou vida radiante. O instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG / ESO de 2.2 metros no Observatório de La Silla do ESO, no Chile captou essa nova imagem.
Lupus 4 está localizado a cerca de 400 anos-luz de distância da Terra, abrangendo as constelações de Lupus (Lobo) e Norma (quadrado do carpinteiro). A nuvem é uma das várias nuvens escuras afiliadas encontrados em um aglomerado de estrelas soltas chamado Scorpius-Centaurus associação OB . Uma associação OB é relativamente jovem, ainda dispersa agrupamento de estrelas . As estrelas provavelmente tiveram uma origem comum em uma nuvem gigantesca de material.
Como a associação, e suas nuvens lúpus, formam o mais próximo esse agrupamento ao Sol, eles são um alvo privilegiado para estudar como as estrelas crescer juntos antes de se separarem. The Sun, juntamente com a maioria das estrelas em nossa galáxia, é pensado para ter começado em um ambiente similar.
Astrônomo americano Edward Emerson Barnard é creditado com as primeiras descrições das nuvens escuras do lúpus na literatura astronômica, de volta em 1927 Lupus 3, vizinho ao Lupus 4, é o mais bem estudado, graças à presença de pelo menos 40 estrelas do principiante formado ao longo de Nos últimos três milhões de anos e que estão à beira de se inflamar seus fornos de fusão ( eso1303 ). A principal fonte de energia nessas estrelas adolescentes, conhecidos como T Tauri, é o calor gerado pela contração gravitacional. Isso está em contraste com a fusão de hidrogénio e de outros elementos que alimenta amadurecer estrelas como o dom
Observações da escuridão fria de Lupus 4 apareceram apenas algumas estrelas T Tauri . No entanto, de forma promissora para o Lupus 4 em termos de formação de futuras estrelas, é um núcleo denso, sem estrelas de material na nuvem. Dado alguns milhões de anos, que o núcleo deve desenvolver em estrelas T Tauri. Comparando Lupus 3 e 4 Lupus desta forma sugere que o primeiro é mais velho do que o último, porque o seu conteúdo ter tido mais tempo para se desenvolver em estrelas.
Quantas estrelas pode eventualmente começar a brilhar dentro de Lupus 4? É difícil dizer, como estimativas de massa para Lupus 4 variar. Dois estudos concordam em uma figura de cerca de 250 vezes a massa do Sol, embora outro, usando um método diferente, chega a um valor de cerca de 1600 massas solares. De qualquer maneira, a nuvem contém material suficiente para dar origem a muitas novas estrelas brilhantes. Ao invés de nuvens como terrenos abrir caminho para a luz do sol, por isso, também, é essa nuvem escura cósmica eventualmente se dissipar e dar lugar a brilhante luz das estrelas.
sábado, 20 de setembro de 2014
ESTE CONJUNTO DE ESTRELAS NÃO É O QUE PARECE
Observações do VLT de Messier 54 mostram o problema de lítio também se aplica fora da nossa galáxia
Esta nova imagem do VLT Survey Telescope do Observatório Paranal do ESO, no norte do Chile, mostra uma vasta coleção de estrelas, o aglomerado globular Messier 54 Este grupo é muito parecido com muitos outros, mas ele tem um segredo. O Messier 54 não pertencem à Via Láctea, mas é parte de uma galáxia satélite pequena, a galáxia anã de Sagitário. Este parentesco incomum já permitiu aos astrónomos usar o Very Large Telescope (VLT) para testar se há também inesperadamente baixos níveis do elemento lítio em estrelas fora da Via Láctea.
A Via Láctea é orbitado por mais de 150 aglomerados estelares globulares , que são bolas de centenas de milhares de estrelas antigas que remontam à formação da galáxia. Um deles, juntamente com vários outros na constelação de Sagitário (o arqueiro), foi encontrado no final do século XVIII pelo caçador de cometas francês Charles Messier e dada a designação Messier 54.
Por mais de 200 anos após a sua descoberta Messier 54 foi pensado para ser semelhante a outros enxames globulares da Via Láctea. Mas, em 1994, descobriu-se que ele realmente foi associado com uma galáxia separada - a galáxia anã de Sagitário . Verificou-se para estar a uma distância de cerca de 90 000 anos-luz - mais de três vezes mais longe da Terra como o centro galáctico.
Os astrónomos têm observado agora Messier 54 usando o VLT como um teste para tentar resolver um dos mistérios da astronomia moderna - o problema de lítio.
A maior parte da luz elemento químico lítio agora presente no Universo foi produzido durante o Big Bang, juntamente com o hidrogênio eo hélio, mas em quantidades muito menores. Os astrônomos podem calcular com bastante precisão a quantidade de lítio que esperam encontrar no início do Universo, e a partir deste trabalho o quanto eles devem ver em estrelas velhas. Mas os números não correspondem - há cerca de três vezes menos de lítio em estrelas do que o esperado. Este mistério permanece, apesar de várias décadas de trabalho .
Até agora só foi possível mensurar de lítio em estrelas na Via Láctea. Mas agora uma equipe de astrônomos liderados por Alessio Mucciarelli (Universidade de Bolonha, Itália) usou o VLT para medir a quantidade de lítio existe em uma seleção de estrelas Messier 54 Acham que os níveis são semelhantes aos da Via Láctea . Então, o que é que se livrou do lítio não parece ser específico para a Via Láctea.
Esta nova imagem do aglomerado foi criado a partir de dados obtidos com o VLT Survey Telescope (VST), no Observatório Paranal. Além de mostrar o próprio cluster revela a floresta extraordinariamente denso de estrelas muito mais próximas da Via Láctea que estão em primeiro plano.
Notas
Existem várias soluções propostas possíveis para o enigma. A primeira é que os cálculos das quantidades de lítio produzidas no Big Bang está errado - mas os testes muito recentes sugerem que este não é o caso. A segunda é que o lítio foi destruído de alguma forma nas primeiras estrelas, antes da formação da Via Láctea. A terceira é que algum processo nas estrelas tem gradualmente destruídos lítio durante suas vidas.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
WASP-18: OBSERVATÓRIO DE RAIO X CHANDRA ENCONTRA PLANETA QUENTE QUE ORBITA ESTRELA DE MANEIRA DUVIDOSA
Um planeta gigante parece estar enfraquecendo o campo magnético da estrela que orbita perto.
O planeta, chamado WASP-18b, é mais de dez vezes a massa de Júpiter, mas é tão perto da sua estrela que completa uma órbita em menos de um dia.
As forças de maré extremas deste "Júpiter quente" são aparentemente mudando a estrutura interna da estrela.
Dados do Chandra mostram a estrela está agindo muito mais velhos do que a idade astrônomos estimam que seja.
Um novo estudo usando dados da NASA Observatório de Raios-X Chandra, mostrou que um planeta está fazendo a estrela que ele orbita ato muito mais velho do que realmente é, como explicado em nosso mais recente comunicado de imprensa . A ilustração do artista em destaque na parte principal deste gráfico mostra a estrela, WASP-18, e seu planeta, WASP-18b.
WASP-18b é um "Júpiter quente", um exoplaneta gigante que orbita muito perto da sua estrela, localizada a cerca de 330 anos-luz da Terra. Especificamente, a massa de WASP-18b é estimada em cerca de dez vezes a de Júpiter, mas orbita sua estrela uma vez a cada 23 horas. Em comparação, que Júpiter leva cerca de 12 anos para completar uma viagem ao redor do Sol da sua grande distância.
Os novos dados do Chandra do sistema WASP-18 mostram que este enorme planeta está tão próximo da estrela que pode estar causando um abrandamento do campo magnético da estrela. Como as estrelas envelhecem, a sua raios-X e atividade magnética diminui. Astrônomos determinaram que WASP-18 é apenas entre 500 milhões e de 2 bilhões de anos, uma idade relativamente jovem para uma estrela. Diante dessa idade, os astrônomos esperam que WASP-18 estaria dando fora grandes quantidades de raios-X.
Surpreendentemente, as observações longas Chandra não revelam os raios X emitidos por WASP-18, como pode ser visto na caixa de inserção inferior. O mesmo campo de visão na caixa de inserção superior mostra que, à luz óptica WASP-18 é uma fonte luminosa. Usando as relações estabelecidas entre a atividade magnética e emissão de raios-X de estrelas e sua idade, os pesquisadores concluíram que WASP-18 é cerca de 100 vezes menos ativo do que deveria ser a sua idade.
A baixa quantidade de actividade magnética de WASP-18 é mostrada na do artista ilustração pela ausência de manchas e erupções fortes sobre a superfície da estrela. A fraca emissão de raios-X da estrela tem relativamente pouco efeito sobre a atmosfera exterior do planeta nas proximidades, dando-lhe uma aparência simétrica. Por outro lado, raios-X muito mais fortes da estrela CoRoT-2a são erodindo a atmosfera de sua próxima planeta, produzindo uma aparência de cauda-like.
Forças de maré da atração gravitacional do planeta em massa - similares aos que a Lua exerce sobre as marés da Terra, mas em uma escala muito maior - pode ser responsável por interromper o campo magnético da estrela. A força do campo magnético em uma estrela depende da quantidade de convecção, o processo pelo qual os gases quentes move-se em torno do interior da estrela. A gravidade do planeta pode causar movimentos de gás no interior da estrela que enfraquecem a convecção. Porque WASP-18 tem uma zona de convecção mais estreita do que a maioria das estrelas, é mais vulnerável ao impacto das forças de maré que arrastam-lo.
O efeito das forças de maré do planeta também pode explicar uma quantidade anormalmente elevada de lítio encontrado no início, os estudos ópticos de WASP-18. Lítio é geralmente abundantes em estrelas mais jovens, ao longo do tempo, mas de convecção transporta lítio para as regiões interiores quentes de uma estrela, em que é destruída por meio de reacções nucleares. Se há menos de convecção, o lítio não circula no interior da estrela como muito, permitindo mais do que para sobreviver.
Estes resultados foram publicados na edição de julho 2014 Astronomia e Astrofísica e estão disponíveis on-line . O primeiro autor é Ignazio Pillitteri do Istituto Nazionale di Astrofísica (INAF) -Osservatorio Astronomico di Palermo, na Itália. Os co-autores são Scott Wolk, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, em Cambridge, Massachusetts; Salvatore Sciortino também do INAF-Observatório Astronómico di Palermo, na Itália e Victoria Antoci da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.
Fatos rápidos para WASP-18:
Crédito Raio-X: NASA / CXC / SAO / I.Pillitteri et al; Optical: DSS; Ilustração: NASA / CXC / M.Weiss
Data de lançamento 16 de setembro de 2014
Escala Imagem Inset é cerca de 5,3 minutos de arco de diâmetro (cerca de 0,5 anos-luz)
Categoria Estrelas normais e Aglomerados Estelares
Coordenadas (J2000) RA 01h 37m 25.00s | dezembro -45º 40 '40,30 "
Constellation Phoenix
Data de Observação 26 de fevereiro de 2013
Observação Tempo 23 horas 43 min.
Obs. ID 14566
Instrumento ACIS
Referências Pillitteri, I et al, 2014, A & A, 567, 128; arXiv: 1406,2620
Código de Cores Detalhe: raios-X (rosa), Optical (Red, Green, Blue)
OpticalX-ray
Distância Estimativa Cerca de 326 anos-luz
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
MISSÃO ROSETTA: O LOCAL DE POUSO NO COMETA É FINALMENTE DEFINIDO
Chamado de "site J", o ponto de aterrissagem será um verdadeiro desafio
A sonda europeia que está ao lado de um cometa no espaço profundo, finalmente encontrou um lugar par pousar depois de uma viagem de 10 anos através do Sistema Solar.
A Agência Espacial Europeia (ESA) revelou nessa segunda-feira (dia 15 de setembro) o local de aterrissagem do pousador Philae no cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko. Os controladores da missão Rosetta selecionaram 5 possíveis locais de desembarque, e dentre os cinco, o escolhido será o chamado "site J". Se tudo correr bem, a sonda vai pousar no cometa no dia 11 de novembro desse ano.
O local de pouso que foi escolhido pelos especialistas da missão não é completamente plano. O terreno é acidentado, há algumas falésias e várias pedras. "Não é uma área perfeitamente plana como nós acreditávamos que seria o local de pouso", comenta Stephan Ulame, gerente do pousador Philae do Centro Aeroespacial DLR.
O pousador Philae está a bordo da sonda Rosetta desde seu lançamento. As duas naves viajam juntas pelo espaço, e estão atualmente a cerca de 30 quilômetros do cometa 67P / CG.
Na imagem, veja o "site J", local de pouso definido pela ESA. Créditos: ESA / Rosetta
O "local J" ou "site J", não será chamado dessa maneira pra sempre. A ESA abrirá um concurso público para definir um nome para o local de aterrissagem.
No caso de acontecer qualquer imprevisto, a ESA definiu ainda um plano b, que é uma segunda opção de pouso na superfície do cometa, o chamado "site C".
A zona de pouso principal é uma região ensolarada localizada na "cabeça" do cometa, e fica próxima de uma área que pode se tornar ativa assim que o cometa se aproximar do Sol, o que pode dar ao cientistas uma visão sem precedentes do funcionamento dessas estranhas bolas de gelo espaciais.
Apesar dos controladores da missão terem escolhido o site J como melhor opção de pouso, isso não significa que será uma tarefa fácil colocar Philae na superfície do cometa. O pouso histórico será a primeira aterrissagem controlada na superfície de um cometa já feita em toda história da humanidade. (A nave espacial da NASA, a Deep Impact colidiu propositalmente com um cometa em 2005).
Ilustração artística mostra a sonda Roseta e o pousador Philae indo em direção ao cometa 67P / CG.Créditos: ESA / Rosetta
Os controladores da missão estuarão ainda mais o local de pouso durante as próximas semanas. O pousador Philae irá estudar a superfície e a composição do cometa, enquanto que a sonda Rosetta farámedições em sua órbita. Rosetta deve viajar com o cometa pelo menos até agosto de 2015, quando o cometa 67P / CG fará sua maior aproximação com o Sol em sua órbita que dura 6,5 anos.
Se tudo correr conforme planejado, a missão Rosetta (que até o momento já custou cerca de 1.3 bilhão de Euros) será a primeira oportunidade de entendermos de fato como funcionam os cometas, essas bolas de gelo que viajam no espaço, e que podem até mesmo, terem sido um dos ingredientes principais para que a vida na Terra se tornasse possível.
A ESA lançou a sonda Rosetta e o pousador Philae em 2004. Ambas viajaram pelo espaço por 10 anos, cruzando 6 bilhões de quilômetros antes de finalmente chegarem em seu (tão esperado) destino: o cometa 67P / CG.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
EXOPLANETA DESCOBERTO A POUCO TEMPO COLOCA TEORIA DE FORMAÇÃO PLANETÁRIA DE CABEÇA PARA BAIXO
"Não existe nenhum modelo de formação planetária ou estelar que explica sua existência" - Vanessa Bailey, líder da pesquisa
Um enorme exoplaneta (ou planeta alienígena) 11 vezes mais massivo do que Júpiter, foi descoberto na órbita mais distante já observada, com somente uma única estrela-mãe.
O exoplaneta recém-descoberto, chamado de HD 106906 b, faz qualquer planeta do nosso Sistema Solar parecer insignificante diante de seu tamanho colossal. Ele orbita a sua estrela hospedeira a uma distância de cerca de 650 vezes a distância média entre a Terra e o Sol. A existência desse gigantesco e longínquo planeta levanta uma grande questão: como esses estranhos mundos são formados?
"Este sistema é especialmente fascinante, porque não existe nenhum modelo de planeta ou de formação estelar que explica sua existência", comenta Vanessa Bailey, líder da pesquisa e estudante do quinto ano de Astronomia da Universidade do Arizona.
A imagem da descoberta de HD 106906 b em luz infravermelha
térmica mostra a dimensão da órbita de HD 106906 b
em comparação a órbita de Netuno. Créditos: Vanessa Bailey
Tradução: Richard Cardial /
A teoria atualmente mais aceita diz que os planetas mais próximos de sua estrela-mãe, como a Terra, começaram como pequenos corpos do tipo asteróide, que foram aglutinando matéria do disco primordial de gás e poeira em torno da estrela em expansão. No entanto, este processo funciona de maneira muito lenta, o que não explica como os planetas gigantes se formam tão longe de sua estrela.
"Hipóteses alternativas sugerem que planetas gigantes poderiam se formar em locais distantes, semelhante aos mini sistemas binários de estrelas", disse Vanessa Bailey.
Um sistema estelar binário pode ser formado quando dois aglomerados de gás se colapsam próximos o suficiente para que as estrelas formadas consigam exercer atração gravitacional mútua.
"No sistema HD 106906, a estrela e o planeta podem ter entrado em colapso de forma independente, porém os materiais aglutinados que formaram o planeta não foram suficientes para formar uma estrela", disse Vanessa.
Mas ainda existem problemas com esse cenário. A diferença entre as massas de duas estrelas de um sistema binário geralmente não é maior do que uma proporção de 10 para 1.
"No nosso caso, a relação de massa é mais do que 100 para 1", disse Bailey. "Essa diferença extrema de massa não está prevista a partir de teorias de formação de estrelas binárias, assim como a teoria de formação planetária prevê que não podemos formar planetas tão distante da estrela-mãe."
Sistema binário de estrelas. Créditos: NASA
Clique na imagem para ampliar
Essa descoberta pode ajudar os astrônomos a "melhorar" os modelos atuais de formação estelar e planetária. Observações futuras do movimento orbital do planeta e de detritos de suas formações podem ajudar a responder essa pergunta.
[O planeta HD 106906 b tem apenas cerca de 13 milhões de anos, e ainda está brilhando com o calor residual de sua formação, segundo os pesquisadores. Em comparação, a Terra se formou há 4,5 bilhões de anos, o que a torna mais ou menos 350 vezes mais velha do que o exoplaneta recém-descoberto.
[O planeta foi encontrado usando uma câmera infravermelha térmica, montada no telescópio Magellan no deserto do Atacama, no Chile. Os pesquisadores usaram dados do Telescópio Espacial Hubble para confirmar sua existência.
O estudo, que foi aceito para publicação em uma edição futura da revista "The Astrophysical Journal Letters", pode nos proporcionar uma melhor compreensão dos exoplanetas em órbitas distantes.
"Cada novo planeta detectado nos fornece uma maior compreensão de como e onde os planetas podem se formar", comenta Tiffany Meshkat, investigadora do estudo, na Holanda. "Descobertas como HD 106906 b fortalecem uma compreensão mais profunda da diversidade de outros sistemas planetários."
Fonte: University of Arizona / Space / Universetoday
Imagens: NASA / JPL-Caltech
terça-feira, 16 de setembro de 2014
CH Cvg: SISTEMA BINÁRIO CANIBAL ONDE GIGANTE VERMELHA ALIMENTA COM VENTOS ESTELARES UMA ANÃ BRANCA
A inserção mostra um poderoso jato de CH Cyg que está se movendo a mais de 3 milhões de quilómetros por hora.
A estrutura detalhada do jato de raios-X é visto pela primeira vez neste sistema, mostrando as capacidades de alta resolução soberba de Chandra.
Esta imagem mostra o sistema simbiótico conhecido como CH Cyg, localizado a apenas cerca de 800 anos-luz da Terra. A grande imagem mostra uma vista óptico de CH Cyg, usando o Digitized Sky Survey, ea inserção mostra uma imagem composta que contém dados de raios-X Chandra em vermelho, dados ópticos do telescópio espacial Hubble (HST), em verde, e os dados de rádio de o Very Large Array (VLA) em azul.
CH Cyg é um sistema estelar binário contendo uma anã branca que se alimenta de vento de uma estrela gigante vermelha. O material a partir do vento forma um disco de acreção quentes em torno da anã branca antes de cair na estrela. CH Cyg é uma de apenas algumas centenas de sistemas simbióticos conhecidos, e um dos mais próximos à Terra. Sistemas simbióticos são objetos fascinantes, onde os componentes são co-dependentes e influenciam a estrutura de cada um, a vida diária, e evolução. Eles são progenitores prováveis bipolares nebulosas planetárias e eles poderiam fazer-se alguns dos sistemas que mais tarde explodem como supernovas Tipo Ia, explosões espetaculares visíveis através de distâncias cosmológicas.
A imagem no detalhe mostra um poderoso jato recente na CH Cyg, pego em flagrante pelo Chandra, HST e VLA. O material do jato está se movendo com uma velocidade de mais de três milhões de quilómetros por hora e é alimentado por fiação material no disco de acreção ao redor da anã branca. A estrutura detalhada do jato de raios-X é visto pela primeira vez neste sistema, mostrando as capacidades de alta resolução soberba de Chandra. A aparência curvada do jacto, mostrado na óptica pelo arco verde na parte inferior direita da inserção, revela evidência de que a direcção do jacto gira. Esta precessão pode ser causada por balançar do disco de acreção, de uma maneira semelhante a um pião. Tufos no jet exterior, visto em raios-X, os dados ópticos e de rádio, fornecem evidências de poderosas ejeções de massa pelo jato no passado, e para as interações com conchas de gás formadas pela gigante vermelha. O jato pode ser visto de tão perto quanto 20 unidades astronômicas (UA) do sistema binário, em que uma UA corresponde à distância média da Terra ao Sol O jato se estende até distâncias tão grandes quanto 750 UA do binário, que é cerca de 20 vezes a distância entre o Sol e Plutão.
A forma do jato em CH Cyg mostra notáveis paralelos com jatos observados em contextos muito diferentes astrofísicos, tais como estrelas jovens ou buracos negros supermassivos localizados nos centros das galáxias. Devido à sua proximidade pode ser usado como um "modelo de brinquedo" para estudar a formação de jacto e propagação em sistemas mais complexos e distantes.
Em um ambiente biológico, "simbiose" foi originalmente definido como o "viver juntos de ao contrário de organismos", e descreve as interações próximo e de longo prazo entre as diferentes espécies. Nesse sentido, o uso de astrofísicos é apt porque anãs brancas e gigantes vermelhas são muito diferentes estrelas. Uma gigante vermelha é extremamente grande e brilhante, com uma temperatura relativamente baixa, enquanto que uma anã branca é pequena e fraca com temperatura elevada.
Simbiose é geralmente benéfico ou essencial para a sobrevivência de pelo menos uma das espécies no sistema, por exemplo, as abelhas e flores, pássaros e rinocerontes e peixe-palhaço e anêmonas. No contexto astrofísico de sistemas simbióticos, a sobrevivência do disco quente ao redor da anã branca, onde o jet origina, depende do vento da gigante vermelha. O poder, a massa ea velocidade do jato está intimamente relacionado com o ambiente anã branca incluindo o disco. Uma vez formada, a ruptura do jato e molda o envelope estendido e ambiente da gigante vermelha, uma vez que esta evolui em direção ao ponto final de sua vida como uma nebulosa planetária. No entanto, em alguns casos, se os ganhos anãs brancas demais em massa da gigante vermelha, ele pode acabar sendo completamente destruída em uma espetacular explosão de supernova Tipo Ia.
Um artigo descrevendo as novas observações de CH Cyg foi publicado no 20 de fevereiro de 2010 questão da revista Astrophysical Journal Letters e foi levado pelo Margarita Karovska do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA). Os co-autores são Terrance Gaetz do CfA, Christopher Carilli do Observatório Nacional de Radioastronomia, Warren hack from Space Telescope Science Institue, e John Raymond e Nicholas Lee, ambos do CfA.
Fatos rápidos para CH Cyg:
Crédito Raio-X: NASA / CXC / SAO / M.Karovska et al; Optical: NASA / STScI; Rádio: NRAO / VLA]; Campo Largo [Optical (DSS)
Data de lançamento 9 de junho de 2010
Escala Inset imagem é de 6 segundos de arco de diâmetro (0,02 anos-luz de diâmetro); Campo Largo é de 12 minutos de arco de diâmetro (3 anos-luz de diâmetro).
Categoria Estrelas normais e Aglomerados Estelares , Branco Anões & Planetary Nebulas
Coordenadas (J2000) RA 33.07s 19h 24m | dezembro + 50 ° 14 '29.13 "
Constellation Cygnus
Data de Observação 08-10 junho de 2008
Observação Tempo 22 horas
Obs. ID 8972, 9867, 9868
Instrumento ACIS
Referências Karovska, M. et al, 2010, ApJL 710: L132-L136
Código de Cores Imagem Inset: Raio-X (vermelho); Optical (verde); Radio (azul)
RádioOpticalX-ray
Distância Estimativa Cerca de 815 anos-luz
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
OBSERVAÇÃO DE PUPPIS A: UMA TAPEÇARIA DE DELICADOS FILAMENTOS EM RAIOS- X
Puppis A é um remanescente de supernova localizado a cerca de 7.000 anos-luz da Terra.
Esta nova imagem inclui dados de Chandra e XMM-Newton e é a visão de raios-X mais completo e detalhado de Puppis A até o momento.O conjunto de dados combinados revela uma tapeçaria delicada de raios-X deixada pela explosão de uma supernova.
Os resultados destrutivos de uma poderosa explosão de supernova se revelam em uma tapeçaria delicada de raios-X , como se vê nesta imagem do Chandra X-Ray Observatory da NASA e XMM-Newton da Agência Espacial Europeia.
A imagem mostra os restos de uma supernova que teria sido testemunhado na Terra cerca de 3.700 anos atrás. O remanescente é chamada Puppis A, e é cerca de 7.000 anos-luz de distância e cerca de 10 anos-luz de diâmetro. Esta imagem fornece a visão de raios-X mais completo e detalhado de Puppis A já obtida, feita pela combinação de um mosaico de diferentes Chandra e XMM-Newton observações . Raios-X de baixa energia são mostrados na, de médio de energia de raios-X vermelhos estão em raios-X de energia verde e alta são de cor azul.
Estas observações actuar como uma sonda de gás circundante Puppis A, conhecido como o meio interestelar. A aparência complexa do remanescente mostra que Puppis A está se expandindo em um meio interestelar que, provavelmente, tem uma estrutura complicado.
Explosões de supernovas forjar os elementos pesados que podem fornecer a matéria-prima a partir da qual as futuras gerações de estrelas e planetas se formam. Estudar como supernova remanescentes expandir-se para a galáxia e interagir com outros materiais fornece pistas importantes em nossas próprias origens.
Um papel que descreve estes resultados foi publicado na edição de julho 2013 Astronomy and Astrophysics e está disponível online. O primeiro autor é Gloria Dubner do Instituto de Astronomia y Física del Espacio, em Buenos Aires, na Argentina.
Fatos rápidos para Puppis A:
Crédito
Raio-X: NASA / CXC / IAFE / G.Dubner et al e ESA / XMM-Newton
Data de lançamento
10 de setembro de 2014
Escala
A imagem é de cerca de 1,5 graus em todo (cerca de 180 anos-luz)
Categoria
Supernovas & Supernova Remanescentes
Coordenadas (J2000)
RA 08.16s 08h 23m | dezembro -42º 41 '41,40 "
Constellation
Puppis
Data de Observação
9 pointings entre janeiro de 2000 e novembro de 2010
Observação Tempo
44 horas 45 minutos (1 dia 20 horas 45 minutos).
Obs.
ID 750, 1949-1951, 5564, 6371, 12548, 13183
Instrumento
ACIS
Referências
Dubner, G. et al, 2013, A & A, 555; arXiv: 1305,1275 ; Arendt, R. et al, 2010, APJ 725: 585
Código de Cores
Raios-X (Red, Green, Blue)X-ray
Distância Estimativa
Cerca de 7.000 anos-luz
domingo, 14 de setembro de 2014
BOMBARDEIO CÓSMICO: QUEDA DE METEORITO É SEGUIDA DE NOVA APROXIMAÇÃO DE DOIS GIGANTES ASTEROIDES E UMA LUA
Máxima aproximação do asteróide 2014 RC + queda de meteorito + nova máxima aproximação de asteróides gigantes, todos em um breve período de tempo.
Há alguma relação entre esses eventos?
Praticamente junto com a máxima aproximação do asteróide 2014 RC, que ocorreu no último domingo (07 de setembro), um provável meteorito caiu na região de Managua, na Nicarágua, deixando uma cratera de 12 metros de diâmetro e 5,5 metro de profundidade. E como se não bastasse, um outro estranho e curioso asteróide também fará sua máxima aproximação com o nosso planeta dentro de algumas horas, nesse dia 09 de setembro.
Meteorito caiu na Nicarágua.
Cratera de 12 metros feita a partir de suposta queda de meteorito na Nicarágua. Créditos: BBC News
O meteorito colidiu em uma área florestal, próximo do aeroporto internacional e de uma base de força aérea nacional. Moradores testemunharam um grande estrondo seguido de um forte tremor. Todos saíram de suas casas com medo de ser uma bomba ou algo do tipo. Astrônomos sugerem que o meteorito que caiu na Nicarágua tenha alguma relação com o asteróide 2014 RC, que fez sua máxima aproximação nesse domingo, dia 7 de setembro.
E tem mais asteroides vindo por aí
Outros asteroides muito estranhos estão prestes a fazer uma máxima aproximação com o nosso planeta, que deve ocorrer nessa terça-feira, dia 9 de setembro. O 2002 CE26 é um asteroide binário (dois asteroides que orbitam entre si), sendo que a rocha principal tem um tamanho de aproximadamente 3,5 quilômetros, enquanto que a rocha secundária tem 1/10 de seu tamanho. O que o torna ainda mais estranho é que, segundo imagens de radar, esse segundo asteróide tem uma lua. Alberto Quijano Vodniza, do Observatório da Universidade de Narino, na Colômbia, registrou o sistema triplo de asteróides passando pela constelação de Pegasus, no último dia 2.
Sistema triplo de asteróides 2002 CE26, registrado por Alberto Quijano Vodniza, no dia 2 de setembro de 2014. Créditos: Alberto Q. Voniza / Observatório da Universidade de Narino
Mas não se preocupem. Segundo a NASA, apesar de serem asteróides relativamente grandes, ou melhor, gigantes, eles farão uma aproximação a uma distância segura do nosso planeta, a cerca de 0,123 UA (unidades astronômicas) da Terra, ou cerca de 18.4 milhões de quilômetros. - 1 Unidade Astronômica equivale a distância média entre a Terra e o Sol -.
Astrônomos da NASA acompanharão a passagem desse curioso sistema triplo de asteroides a partir do radar Goldstone, no deserto de Mojave. Segundo especialistas, astrônomos amadores também poderão avistar o gigante asteróide e seus dois companheiros utilizando equipamentos relativamente pequenos.
Apesar de terem ocorrido em um curto período de tempo, até o momento não há nenhuma evidência de que o asteróide 2014 RC, o impacto do meteorito na Nicarágua e o sistema triplo 2002 CE26 tenham qualquer relação entre si, porém, essa é uma possibilidade. Observações futuras poderão elucidar a relação desses estranhos e curiosos acontecimentos.
E você, o quê acha? Seriam eventos em série ou apenas uma 'coincidência cósmica'?
O que poderia estar perturbando a órbita desses objetos.
Há alguma relação entre esses eventos?
Praticamente junto com a máxima aproximação do asteróide 2014 RC, que ocorreu no último domingo (07 de setembro), um provável meteorito caiu na região de Managua, na Nicarágua, deixando uma cratera de 12 metros de diâmetro e 5,5 metro de profundidade. E como se não bastasse, um outro estranho e curioso asteróide também fará sua máxima aproximação com o nosso planeta dentro de algumas horas, nesse dia 09 de setembro.
Meteorito caiu na Nicarágua.
Cratera de 12 metros feita a partir de suposta queda de meteorito na Nicarágua. Créditos: BBC News
O meteorito colidiu em uma área florestal, próximo do aeroporto internacional e de uma base de força aérea nacional. Moradores testemunharam um grande estrondo seguido de um forte tremor. Todos saíram de suas casas com medo de ser uma bomba ou algo do tipo. Astrônomos sugerem que o meteorito que caiu na Nicarágua tenha alguma relação com o asteróide 2014 RC, que fez sua máxima aproximação nesse domingo, dia 7 de setembro.
E tem mais asteroides vindo por aí
Outros asteroides muito estranhos estão prestes a fazer uma máxima aproximação com o nosso planeta, que deve ocorrer nessa terça-feira, dia 9 de setembro. O 2002 CE26 é um asteroide binário (dois asteroides que orbitam entre si), sendo que a rocha principal tem um tamanho de aproximadamente 3,5 quilômetros, enquanto que a rocha secundária tem 1/10 de seu tamanho. O que o torna ainda mais estranho é que, segundo imagens de radar, esse segundo asteróide tem uma lua. Alberto Quijano Vodniza, do Observatório da Universidade de Narino, na Colômbia, registrou o sistema triplo de asteróides passando pela constelação de Pegasus, no último dia 2.
Sistema triplo de asteróides 2002 CE26, registrado por Alberto Quijano Vodniza, no dia 2 de setembro de 2014. Créditos: Alberto Q. Voniza / Observatório da Universidade de Narino
Mas não se preocupem. Segundo a NASA, apesar de serem asteróides relativamente grandes, ou melhor, gigantes, eles farão uma aproximação a uma distância segura do nosso planeta, a cerca de 0,123 UA (unidades astronômicas) da Terra, ou cerca de 18.4 milhões de quilômetros. - 1 Unidade Astronômica equivale a distância média entre a Terra e o Sol -.
Astrônomos da NASA acompanharão a passagem desse curioso sistema triplo de asteroides a partir do radar Goldstone, no deserto de Mojave. Segundo especialistas, astrônomos amadores também poderão avistar o gigante asteróide e seus dois companheiros utilizando equipamentos relativamente pequenos.
Apesar de terem ocorrido em um curto período de tempo, até o momento não há nenhuma evidência de que o asteróide 2014 RC, o impacto do meteorito na Nicarágua e o sistema triplo 2002 CE26 tenham qualquer relação entre si, porém, essa é uma possibilidade. Observações futuras poderão elucidar a relação desses estranhos e curiosos acontecimentos.
E você, o quê acha? Seriam eventos em série ou apenas uma 'coincidência cósmica'?
O que poderia estar perturbando a órbita desses objetos.
sábado, 13 de setembro de 2014
VIOLENTA TEMPESTADE SOLAR ATINGIRÁ A TERRA FENÔMENO É CHAMADO DE: AR2158
Alerta Solar: mancha AR2158 explode, e uma intensa tempestade geomagnética atingirá Terra
Duas intensas explosões solares seguidas de Ejeções de Massa Coronal causarão uma forte tempestade geomagnética na Terra, nos dias 12 e 13 de setembro
A mancha solar AR2158 explodiu no último dia 10 de setembro às 17h46 UTC, produzindo uma explosão solar de classe X1.6. Um flash de radiação ultravioleta ionizou as camadas superiores da atmosfera da Terra, perturbando comunicações por rádio HF por mais de uma hora. E o mais importante é que essa explosão arremessou uma Ejeção de Massa Coronal (EMC) diretamente para o nosso planeta. O Observatório Solar e Heliosférico da NASA registrou essa intensa explosão solar.
Transmissões de rádio da onda de choque da EMC indicam que a nuvem atravessou a atmosfera do Sol a velocidades tão altas quanto 3.750 km /s. No momento em que deixou a atmosfera do Sol, no entanto, a nuvem tinha desacelerado para 1.400 km /s, o que torna essa EMC menos intensa do que sua velocidade inicial sugeria.
Mas mesmo com uma redução na velocidade, esta EMC tem o potencial de desencadear atividade geomagnética significativa quando atingir o campo magnético da Terra, o que deverá acontecer nas horas finais do dia 12 de setembro. Meteorologistas da NOAA estimam uma chance de quase 80% das tempestades geomagnéticas polares entre os dias 12 e 13 de setembro.
Os meteorologistas espaciais estão confiantes de que o campo magnético da Terra receberá um golpe duplo de duas EMC no dia 12 de setembro. As duas grandes explosões do dia 9 e 10 de setembro, que foram desencadeadas pela mancha AR2158 se chocarão intensamente com nosso campo magnético, e segundo os meteorologistas da NOAA, até mesmo os observadores de latitudes médias (áreas da Terra situadas entre os trópicos e as regiões polares) poderão avistar auroras no céu noturno.
Não pára por aí
As manchas solares AR2157 e AR2158 possuem campos magnéticos instáveis, com energia suficiente para liberar mais explosões solares intensas em nossa direção. Segundo meteorologistas da NOAA, as chances de explosões solares de classe X para os próximos dias é de 40%, e para explosões de classe M, as chances são de incríveis 85%.
Quais seriam os danos de uma tempestade solar extrema?
Ainda não se sabe ao certo qual será o impacto que essa tempestade solar irá causar. O que os especialistas solares mais temem é a repetição dos eventos extremos de enormes EMCs de 1921 e 1859, que se fossem repetidos nos dias atuais, poderiam destruir grande parte da rede elétrica mundial, além de vários outros danos à nossa tecnologia, o que exigiria mais de um ano de reparos.
O dia em que a Terra escapou de uma tempestade solar extrema: quais as chances de um apagão mundial no futuro?
Ou seja, o estudo e o acompanhamento da atividade solar não é um mero interesse acadêmico, mas sim, uma necessidade que se torna cada vez mais importante para a manutenção da nossa tecnologia e do nosso dia a dia.
Atualização - 12 de setembro às 18h30 BRT
De acordo com os meteorologistas da NOAA, o primeiro impacto (referente à primeira explosão solar do dia 9) já chegou na Terra, e no momento estamos enfrentando uma tempestade geomagnética de classe G2 (moderada), porém, não esta descartada a possibilidade de termos uma tempestade de classe G3 amanhã, dia 13 de setembro.
A intensidade das tempestades geomagnéticas é medida em uma escala que vai de G1 (fraco) até G5 (extrema). A classe G2 e G3 representam tempestades geomagnéticas que podem causar danos a transformadores e distúrbios em equipamentos eletrônicos localizados em altas latitudes (próximo dos pólos norte e sul), além de problemas com satélites geoestacionários e apagões de rádio. Tempestades de classe G3 podem gerar auroras em latitudes médias mais próximas dos polos, ou seja, no hemisfério norte, em latitudes acima de Illinois e no hemisfério sul em latitudes abaixo de Buenos Aires.
A onda de radiação solar chegou na classe S2 (moderada), mas está em declínio. A radiação solar é medida em uma escala que vai de S1 (fraco) até S5 (extrema). A classe S2 representa uma onda de radiação que pode causar interferências em transmissões de rádio além de expôr passageiros de vôos em altas latitudes (próximo dos pólos) a níveis indesejáveis de radiação.
OBS: se está tendo problemas de estática ou falhas em seu celular é por que você já está passando por ela.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
M82 SN2014J:OBSERVAÇÃO DE CHANDRA PROCURA INICIO DE EXPLOSÃO DE SUPERNOVA
Chandra dados está sendo usado para ajudar a determinar o que causou SN 2014J para explodir.
Astrônomos viu pela primeira vez SN 2014J na galáxia M82 em 21 de janeiro de 2014, tornando-se uma das supernovas mais próximas descobertas em décadas.
SN 2014J é uma supernova Tipo Ia, uma importante classe de objetos usados para medir a expansão do Universo.
A não-detecção de raios-X Chandra de dá informações sobre o ambiente em torno da estrela antes SN 2014J explodir.
Novos dados da NASA Observatório de Raios-X Chandra, forneceu restrições rigorosas sobre o ambiente em torno de um dos mais próximos supernovas descobertas em décadas. Os resultados do Chandra fornecem informações sobre possível causa da explosão, como descrito em nosso comunicado de imprensa .
Em 21 de janeiro de 2014, os astrônomos testemunhou uma supernova logo depois que explodiu na Messier 82, ou M82, galáxia. telescópios de todo o mundo e no espaço voltaram sua atenção para estudar esta estrela recém explodido, incluindo Chandra. Astrônomos determinaram que esta supernova, batizada SN 2014J, pertence a uma classe de explosões chamado "Tipo Ia" supernovas . Estas supernovas são usados como marcadores de distância cósmica e desempenhou um papel fundamental na descoberta da expansão acelerada do Universo, o que tem sido atribuído aos efeitos da energia escura . Os cientistas acreditam que todas as supernovas Tipo Ia envolver a detonação de uma anã branca . Uma questão importante é se o fusível da explosão acende quando a anã branca puxa muito material de uma estrela companheira como o Sol, ou quando duas estrelas anãs brancas se fundem . Esta imagem contém dados de Chandra, onde a baixa, média e de alta energia radiografias são vermelho, verde e azul, respectivamente. As caixas na parte inferior da imagem mostra close-up vista para a região ao redor da supernova em dados obtidos antes da explosão (à esquerda), bem como os dados recolhidos em 03 fevereiro de 2014, após a supernova explodiu (direita). A falta de raios-X detectado pelo Chandra é uma pista importante para os astrônomos que procuram o mecanismo exato de como essa estrela que explodiu.
O não-detecção de raios X revela que a região em torno do local da explosão supernova é relativamente desprovida de material. Os astrônomos esperam que, se uma anã branca explodiu porque tinha vindo a recolher a matéria de uma estrela companheira antes de explodir, o processo de transferência de massa não seria 100% eficiente, ea anã branca estaria imerso em uma nuvem de gás. Se uma quantidade significativa de material em torno da estrela foram condenado, a onda de choque gerada pela supernova teria atingido pelo tempo de observação a Chandra, produzindo uma fonte de raios-X brilhante. Uma vez que eles não detectam qualquer raios-X, os pesquisadores determinaram que a região em torno SN 2014J é excepcionalmente limpo.
Um candidato viável para a causa da SN 2014J deve explicar o ambiente relativamente livre de gás ao redor da estrela antes da explosão. Uma possibilidade é a fusão de duas estrelas anãs brancas, caso em que pode ter havido pouca transferência de massa e poluição do meio ambiente antes da explosão. Outra é que várias erupções menores na superfície da anã branca limpou a região antes da supernova. Outras observações de algumas centenas de dias após a explosão poderia lançar luz sobre a quantidade de gás em um volume maior, e ajudar a decidir entre estes e outros cenários.
Um artigo descrevendo estes resultados foi publicado em 20 de julho edição do The Astrophysical Journal e está disponível on-line . O primeiro autor é Raffaella Margutti do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA), em Cambridge, MA, e os co-autores são Jerod Parrent (CfA), Atish Kamble (CfA), Alicia Soderberg (CfA), Ryan Foley (Universidade de Illinois em Urbana-Champaign), Dan Milisavljevic (CfA), Maria Drout (CfA) e Robert Kirshner (CfA).
Fatos rápidos para M82 SN2014J:
Crédito
NASA / CXC / SAO / R.Margutti et al
Data de lançamento
Agosto 14, 2014
Escala Imagem
12,75 arcmin de diâmetro (42 mil anos-luz)
Categoria
Galáxias normais e Starburst Galaxies , Supernovas & Supernova Remanescentes
Coordenadas (J2000)
RA 50.70s 09h 55m | dez + 69 ° 40 '37.00 "
Constellation
Ursa Maior
Data de Observação
22 pointings de 20 de setembro de 1999 to 03 de fevereiro de 2014
Observação Tempo
228 horas 26 min (9 dias, 12 horas, 26 min).
Obs.
ID 361, 378-380, 1302, 2933, 5644, 6097, 6361, 8190, 10025-10027, 10542-10545, 10925, 11104, 11800, 13796, 15616
Instrumento
ACIS
Referências
Margutti, R. et al, 2014, APJ, 790, 52; arXiv: 1405,1488
Código de Cores
Red (0,5-1,2 keV); Green (1,2-2,0 keV); Blue (2,0-7,0 kev)
X-ray
Distância Estimativa
Cerca de 11,4 milhões de anos-luz
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
ETA CARINAE: OBSERVAÇÃO COMPARA NOSSOS VIZINHOS ESTELARES
Eta Carinae é um intrigante sistema de estrela dupla que contém uma das maiores e mais brilhantes estrelas na Via Láctea.
Raios-X de Eta Carinae dar pistas sobre o sistema, incluindo como os ventos das estrelas interagir.
Os astrónomos têm observado Eta Carinae com Chandra desde o telescópio foi lançado em 1999.
O sistema da estrela Eta Carinae não falta para superlativos. Não se limita a conter uma das maiores e mais brilhantes estrelas na nossa galáxia , pesando pelo menos 90 vezes a massa do Sol, também é extremamente volátil e deve ter pelo menos uma supernova explosão no futuro.
Como um dos primeiros objetos observados pelo Observatório de Raios-X Chandra, da NASA, após o seu lançamento cerca de 15 anos atrás, este sistema de estrela dupla continua a revelar novas pistas sobre a sua natureza através dos raios X que gera.
Os astrônomos relataram comportamento extremamente volátil de Eta Carinae, no século 19, quando se tornou muito brilhante por duas décadas, suplantando quase todas as estrelas em todo o céu. Este evento tornou-se conhecido como o "Grande Erupção". Os dados de telescópios modernos revelam que Eta Carinae jogou fora cerca de dez vezes a massa do Sol durante esse tempo. Surpreendentemente, a estrela sobreviveu a esta expulsão tumultuada de material, acrescentando que "extremamente resistentes" à sua lista de atributos.
Hoje, os astrônomos estão tentando aprender mais sobre as duas estrelas no sistema Eta Carinae e como eles interagem uns com os outros. A mais pesada das duas estrelas está a perder rapidamente a massa através do vento de streaming de distância de sua superfície em mais de um milhão de quilômetros por hora. Embora não seja o expurgo gigante da Grande Erupção, essa estrela ainda está perdendo massa a um ritmo muito elevado, que se somarão a massa do Sol em cerca de um milênio.
Embora menor do que o seu parceiro, a estrela companheira de Eta Carinae é também enorme, pesando cerca de 30 vezes a massa do Sol.
Ele está perdendo matéria a uma taxa que é cerca de cem vezes menor do que o seu parceiro, mas ainda assim uma perda de peso prodigioso comparação com a maioria de outras estrelas.
A estrela companheira bate a estrela maior na velocidade do vento, com o vento marcando em quase dez vezes mais rápido.
Quando estes dois ventos rápidos e poderosos colidem, eles formam um arco de choque - semelhante ao estrondo sônico de um avião supersônico - que então aquece o gás entre as estrelas. A temperatura do gás atinge cerca de dez milhões de graus, a produção de raios-X que Chandra detecta.
A imagem Chandra de Eta Carinae mostra raios-X de baixa energia em, raios-X de energia médias vermelhas em raios-X verde e alta energia no azul. A maior parte da emissão vem de raios X de alta e baixa energia. A fonte ponto azul é gerada pelos ventos que colidem, ea emissão azul difusa é produzido quando o material que foi purgado durante a Grande Erupção reflete os raios-X. Os raios-X de baixa energia suplementar para mostrar onde os ventos das duas estrelas, ou talvez o material da grande erupção, são marcantes material circundante. Este material circundante pode consistir de gás que foi ejetado antes da grande erupção.
Uma característica interessante do sistema Eta Carinae é que as duas estrelas viajar em torno de si ao longo de caminhos altamente elíptica durante sua longa órbita cinco-e-um-metade-ano. Dependendo de onde cada estrela é a sua trajectória em forma oval, a distância entre as duas estrelas muda de um factor de vinte. Essas trajetórias ovais dar astrônomos a oportunidade de estudar o que acontece com os ventos dessas estrelas quando eles colidem em distâncias diferentes entre si.
Durante a maior parte da órbita do sistema, os raios-X são mais fortes no ápice, a região onde os ventos colidem frontalmente. No entanto, quando as duas estrelas estão no seu mais próximo durante a sua órbita (um ponto que os astrônomos chamam de "periastro"), a emissão de raios-X mergulha inesperadamente.
Para entender a causa desta queda, os astrônomos observaram Eta Carinae com Chandra no periastro no início de 2009 Os resultados forneceram a primeira imagem detalhada da emissão de raios-X dos ventos que colidem em Eta Carinae. O estudo sugere que uma parte da razão para o mergulho no periastro é que os raios X a partir do vértice são bloqueados pelo vento densa da estrela mais maciça em Eta Carinae, ou talvez pela superfície da própria estrela.
Outro factor responsável pela imersão de raios-X é que a onda de choque parece ser interrompida perto periastro, possivelmente por causa de arrefecimento mais rápido dos gases devido ao aumento da densidade, e / ou uma diminuição na força do vento da companheira devido a adicional radiação ultravioleta da estrela maciça alcançá-lo. Os pesquisadores esperam que as observações do Chandra da última periastro em agosto 2014 irá ajudá-los a determinar a verdadeira explicação.
Estes resultados foram publicados no 01 de abril de 2014 edição do The Astrophysical Journal e estão disponíveis online. O primeiro autor do papel é Kenji Hamaguchi do Goddard Space Flight Center em Greenbelt, MD, e seus co-autores são Michael Corcoran do Goddard Space Flight Center (GSFC); Christopher Russell, da Universidade de Delaware, em Newark; A. Pollock da Agência Espacial Europeia, em Madrid, Espanha; Theodore Gull, Mairan Teodoro, e Thomas I. Madura do GSFC; Augusto Damineli pela Universidade de São Paulo, em São Paulo, Brasil e Julian Pittard, da Universidade de Leeds, no Reino Unido.
Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington, DC. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo de Chandra.
Fatos rápidos para Eta Carinae:
Crédito
NASA / CXC / GSFC / K.Hamaguchi, et al.
Data de lançamento
26 de agosto de 2014
Escala
A imagem é de cerca de 2 minutos de arco de diâmetro (cerca de 4,6 anos-luz)
Categoria
Estrelas normais e Aglomerados Estelares
Coordenadas (J2000)
04s 45m RA 10h | dezembro -59 ° 41 '03 "
Constellation
Carina
Data de Observação
8 pointings entre setembro 1999 e fevereiro 2009
Observação Tempo
30 horas (1 dia 6 horas).
Obs.
ID 50, 1249, 4455, 9933-9937
Instrumento
ACIS
Referências
Hamaguchi, K. et al, 2014, APJ 784, 125; arXiv: 1401,5870
Código de Cores
Raios-X (Red, Green, Blue) X-ray
Distância Estimativa
Cerca de 7.500 anos-luz
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
ASTRÔNOMOS REGISTRAM A MELHOR IMAGEM DE GALÁXIAS EM COLISÃO NO UNIVERSO DISTANTE
Vários observatórios se juntaram a fim de concluir essa bela observação. Você sabe qual foi o método utilizado?
Com o auxílio do Observatório Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), e de outros telescópios tanto em terra quanto no espaço, uma equipe internacional de astrônomos registraram a melhor imagem já obtida de uma colisão entre duas galáxias, que aconteceu quando o Universo tinha apenas metade da sua idade atual. A equipa usou uma galáxia como lupa para ver detalhes que seriam impossíveis de serem detectados de outra forma. Este novo estudo da galáxia H-ATLAS J142935.3-002836 mostrou que este objeto complexo e distante se parece com as galáxias Antena, uma colisão local bem conhecida.
Assim como o famoso detetive Sherlock Holmes que usava uma lupa para descobrir as pistas quase invisíveis sobre seus casos, os astrônomos combinaram o poder de muitos telescópios na Terra e no espaço com uma enorme lupa cósmica para estudar um caso de formação estelar no Universo primordial.
Embora os astrônomos possuem uma visão limitada pelo poder de seus telescópios, em alguns casos, essas capacidade de observação pode ser ampliada por lentes naturais criadas pelo Universo", explica o autor principal do estudo Hugo Messias da Universidad de Concepción (Chile) e do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (Portugal). “Einstein previu na sua teoria da relatividade geral que, dada bastante massa, a luz não viaja em linha reta mas curva-se, da mesma maneira que a luz é refractada por uma lente normal.”
Galáxias em fusão no Universo longínquo foram observadas utilizandoo método de lente gravitacional. Créditos: ESO / NASA / ESA
Estas lentes cósmicas são criadas por estruturas massivas como galáxias ou enxames de galáxias, as quais defletem a luz dos objetos que se encontram por trás delas, devido à sua forte gravidade. Esse efeito de lupa cósmica é chamado de lente gravitacional. As propriedades de ampliação deste efeito permitem aos astrônomos estudar objetos que, de outro modo, não seriam visíveis, e assim, observar locais e eventos remotos quando o Universo era significativamente mais novo.
No entanto, para que estas lentes gravitacionais funcionem, a "galáxia lente" e a que se encontra por trás dela devem estar precisamente alinhadas.
“Estes alinhamentos ocasionais são bastante raros e tendem a ser difíceis de serem identificados", acrescenta Hugo Messias, “no entanto, estudos recentes mostraram que observando nos comprimentos de onda do infravermelho longínquo e do milímetro conseguimos encontrar estes casos de forma mais eficaz.”
O estudo deste objeto encontrava-se no limite do que seria possível, por isso foi criada uma campanha de observação extensa utilizando os telescópios mais poderosos (em terra e no espaço), incluindo o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, o ALMA, o Observatório Keck, o Karl Jansky Very Large Array (JVLA), entre outros. Os diferentes telescópios forneceram diferente informações que após combinadas, permitiram a criação da melhor imagem já obtida sobre a natureza desse fenômeno.
Estas duas galáxias em colisão assemelham-se a um objeto que se encontra muito mais perto de nós: as Galáxias Antena. Trata-se de uma colisão espetacular entre duas galáxias, que acredita-se que teriam estruturas de disco no passado. Enquanto o sistema Antena forma estrelas a uma taxa de apenas algumas dezenas de massas solares por ano, a H1429-0028 transforma uma massa de gás igual a 400 vezes a massa do Sol em novas estrelas todos os anos.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
COMETA DESCOBERTO POR BRASILEIROS ESTARÁ VISÍVEL ATRAVÉS DE BINÓCULOS ESTA SEMANA
Uma vez a cada um ou dois anos, um cometa se torna brilhante o suficiente para ser visto com um pequeno telescópio ou binóculos. Neste momento, a "bola da vez" é o recém descoberto cometa C/2014 E2 Jacques.
Descoberto pela primeira vez no dia 13 de março desse ano por uma equipe de astrônomos brasileiros, o cometa ainda se mostrava com brilho muito fraco. Porém, relatos de que ele estava brilhando muito mais forte começaram a surgir entre os astrônomos.
O cometa Jacques, que leva o nome em homenagem a seu principal descobridor, Cristóvão Jacques Lage de Faria, agora está se movendo para o sul através da constelação de Cisne. No momento, o hemisfério norte tem uma visão mais privilegiada do cometa, mas conforme os dias se passam, mais o hemisfério sul tem a oportunidade de contemplá-lo no céu noturno.
Como observar o cometa Jacques?
Primeiramente olhe para o horizonte do norte. Localize a constelação de Cisne.
Na imagem abaixo, essa constelação está baixa no céu porque o local de observação é São Paulo, mas quanto mais ao norte estiver o observador, mais alta essa constelação estará. No nordeste do Brasil, por exemplo, é um ótimo lugar para observá-lo.
Localização da constelação de Cisne em setembro de 2014, às 21h00 BRT. Créditos: STELLARIUM
Para ver o cometa, você vai precisar de pelo menos um par de binóculos 7x50. As estrelas brilhantes da constelação de Cisne ajudam muito na localização do objeto. Veja na imagem abaixo onde estará o cometa, assim você saberá exatamente para qual região apontar o seu telescópio ou binóculos.
Localização do cometa C/2014 E2 Jacques no início de setembro de 2014. Créditos: STELLARIUM
O cometa Jacques está movendo rapidamente pelo céu, isso porque ele está relativamente próximo da Terra. O seu perigeu (momento de maior aproximação com a Terra) aconteceu no último dia 28 de agosto.
Ele agora está indo na direção oposta tanto do nosso planeta quanto do Sol, por isso, talvez essa seja a última semana em que os observadores terão a chance de avistar o cometa no céu.
O que poderemos ver através de binóculos ou telescópios?
O núcleo do cometa será semelhante a uma galáxia brilhante. Você provavelmente não vai ver muito a sua cauda, embora ela deva aparecer em fotografias. O cometa vai passar na frente das estrelas da constelação de Cisne, bem próximo do horizonte norte, por isso é importante que o observador esteja em um local que dê pra ver o horizonte, sem prédios, casas ou árvores.
O cometa Jacques está passando bem próximo de várias nebulosas brilhantes, o que é uma belíssima oportunidade para os astrofotógrafos de plantão.
Desejamos à todos bons céus, e boa sorte nas observações!
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
NUVENS DE ÁGUA FORAM EM UMA ANÃ MARROM RELATIVAMENTE PRÓXIMA DA TERRA
Concepção artística mostra Anã Marrom com nuvens de água próxima da Terra. Créditos: Rob Gizis / Cuny BMCC
"Trata-se da primeira evidência de nuvens de água fora do nosso Sistema Solar" - Jonathan Fortney, Universidade da Califórnia
Encontrar nuvens de água na atmosfera de um exoplaneta (planeta fora do nosso Sistema Solar) já é algo magnífico, mas o que os astrônomos detectaram é ainda mais surpreendente.
Resultados preliminares encontraram nuvens de água na atmosfera de uma Anã Marrom, apenas a 7,3 anos-luz da Terra. O que torna essa descoberta algo incrível é o fato de que as anãs marrons são estrelas falhas, ou seja, como planetas colossais com atmosferas espessas, exatamente o oposto daquilo que conhecemos como um habitat ideal para a vida como a conhecemos.
A anã marrom, chamada WISE J0855-0714, foi descoberta através de dados do Telescópio Wide-Field Infrared Survey da NASA (WISE) e é notável que essa seja a Anã Marrom mais interessante já descoberta. Sua temperatura é ligeiramente mais baixa do que o ponto de congelamento da água, e sua massa é aproximadamente 10 vezes maior do que a de Júpiter.
Um fato interessante sobre esse objeto é que ele é um solitário interestelar, não orbita uma estrela e vaga sozinho pela espaço vazio. Isto significa que o sinal infravermelho pode ser isolado, sem luz de estrelas próximas, o que facilita sua detecção.
Observações de acompanhamento foram feitas com o telescópio de 6,5 metros, o Magellan Baade no Chile, por Jacqueline Faherty do Carnegie Institution for Science, o que resultou em 151 imagens no infravermelho, e após comparar a radiação gerada pela Anã Marrom com modelos atmosféricos, os astrônomos anunciaram a possível presença de nuvens de água na alta atmosfera do objeto. A pesquisa foi publicada na revista Astrophysical Journal Letters.
O vapor de água tem sido detectado em atmosferas de exoplanetas, mas essa é a primeira vez que as nuvens de água mostram indícios de grandes manchas. Assim como na Terra, parece ser parcialmente nublado nessa Anã Marrom.
As Anãs Marrons são objetos sub-estelares, que por falta de massa não conseguiram obter a gravidade suficiente para sustentar a fusão em seus núcleos, e por isso não se tornaram estrelas, mas por outro lado, esses objetos também não são como os planetas. As Anãs Marrons são corpos que numa escala, estariam entre os planetas gigantes mais massivos (como Júpiter) e as estrelas menores que se tem conhecimento (como as anãs vermelhas).
Para termos 100% de certeza que existem nuvens de água nessa Anã Marrom, teremos que esperar até que o Telescópio James Webb da NASA seja lançado em 2018. De qualquer forma, essa é uma descoberta fascinante.
Fonte: DSpace / Science Mag News
Imagens: Rob Gizis / Cuny BMCC
domingo, 7 de setembro de 2014
QUATRO SUPERNOVA REMANESCENTES: OBSERVATÓRIO DE RAIOS-X CHANDRA PUBLICA IMAGENS PARA COMEMORAR SEU 15° ANIVERSÁRIO
Para comemorar o 15 º aniversário do Chandra, quatro imagens recém-processados de remanescentes de supernovas foram liberados.
Os remanescentes de supernova Tycho e G292.0 + 1.8 mostram expansão restos de uma estrela que explodiu e as ondas de choque associadas.
As imagens da Nebulosa do Caranguejo e 3C58 mostrar como estrelas de nêutrons produzidos por uma supernova pode criar nuvens de partículas de alta energia.
Em comemoração ao 15 º aniversário do Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa , quatro imagens recém-processados de remanescentes de supernovas ilustram dramaticamente a capacidade única do Chandra para explorar processos de alta energia no cosmos (Cf. o documento comunicado de imprensa ).
As imagens do Tycho e restos de supernova G292.0 + 1,8 mostrar como Chandra pode rastrear os detritos em expansão de uma estrela que explodiu e as ondas de choque associadas que rumble através do espaço interestelar a velocidades de milhões de quilômetros por hora. As imagens da Nebulosa do Caranguejo e 3C58 mostrar como extremamente densas, de rotação rápida estrelas de nêutrons produzidos quando uma estrela maciça explode pode criar nuvens de partículas de alta energia anos-luz de diâmetro que brilham intensamente em raios-X .
:
Tycho
Mais de quatro séculos depois de astrônomo dinamarquês Tycho Brahe observou pela primeira vez a supernova que leva seu nome, o remanescente de supernova que criou é agora uma fonte brilhante de raios-X. O supersônico expansão da estrela que explodiu produziu uma onda de choque se expandindo para o gás interestelar circundante, e outro, onda de choque reverso se movendo de volta para os destroços estelar em expansão. Esta imagem Chandra de Tycho revela a dinâmica da explosão em detalhes requintados. O choque externo produziu uma concha que se move rapidamente de extremamente de alta energia de elétrons (azul), eo choque reverso tem aquecido os restos em expansão de milhões de graus (vermelho e verde). Há evidências a partir dos dados do Chandra que essas ondas de choque podem ser responsáveis por alguns dos raios cósmicos - partículas ultra-energéticos - que permeiam o Galaxy e bombardeiam constantemente a Terra.
G292.0 + 1.8:
A uma distância de cerca de 20.000 anos-luz , G292.0 + 1.8 é um dos três únicos remanescentes de supernova na Via Láctea conhecidos por conter grandes quantidades de oxigênio. Estas supernovas rico em oxigênio são de grande interesse para os astrônomos, porque eles são uma das principais fontes de elementos pesados (ou seja, tudo que não seja o hidrogênio eo hélio) necessária para formar os planetas e as pessoas. A imagem de raios-X de Chandra mostra uma rápida expansão, complexamente estruturado campo, detritos que contém, juntamente com o oxigênio (amarelo e laranja), outros elementos como o magnésio (verde) e silício e enxofre (azul) que foram forjados na estrela antes de explodir.
A Nebulosa do Caranguejo:
Em 1054 , os astrônomos chineses e outros ao redor do mundo notou um novo objeto brilhante no céu. Esta "nova estrela" era, na verdade, a explosão de uma supernova que criou o que hoje é chamado de Nebulosa do Caranguejo. No centro da Nebulosa do Caranguejo é extremamente denso, de rotação rápida estrela de nêutrons deixado para trás pela explosão. A estrela de nêutrons, também conhecido como um pulsar, está expelindo uma tempestade de partículas de alta energia, produzindo a nebulosa de raios-X em expansão visto pelo Chandra. Nesta nova imagem, raios-X de baixa energia de Chandra são vermelho, raios-X de energia médias são verdes, e os raios-X de mais alta energia são azuis.
3C58 é o remanescente de uma supernova observada no ano 1181 dC por astrônomos chineses e japoneses. Esta imagem Chandra mostra novo centro de 3C58, que contém uma estrela de nêutrons que gira rapidamente cercado por um anel de espessura, ou toro, de emissão de raios-X. O pulsar também produziu jatos de raios-X de detonação longe dele tanto ao que se estendem trilhões de quilômetros de esquerda e direita, e. Esses jatos são responsáveis pela criação da rede elaborada de loops e redemoinhos revelado nos dados de raios-X. Estas características, semelhantes aos encontrados no Caranguejo, são evidências de que 3C58 e outros como ele são capazes de gerar dois enxames de partículas de alta energia e fortes campos magnéticos. Nesta imagem,, médio e raios-X de baixa energia elevada detectadas pelo Chandra são vermelho, verde e azul, respectivamente.
Fatos rápidos para 3C58:
Crédito
NASA / CXC / SAO
Data de lançamento
22 de julho de 2014
Escala
Imagem é de 12 minutos de arco de diâmetro (35 anos-luz) do outro lado.
Categoria
Neutron Estrelas / raios-X binários , Supernovas & Supernova Remanescentes
Coordenadas (J2000)
RA 02h 05m 37.00s | dezembro 64 49 48.00
Constellation
Cassiopeia
Datas de Observação
4 pointings entre setembro 2000 e abril 2003
Observação
Tempo 108 horas 52 min (4 dias 12 horas 52 minutos)
Obs.
IDs 728, 3832, 4382, 4383
Instrumento
ACIS
Código de Cores
Raios-X (Red = 0,5-1,2 keV, Verde = 1,2-2,0 keV, Azul = 2,0-7,0 keV)
X-ray
Distância Estimativa
Cerca de 10.000 anos-luz
Fatos rápidos para Nebulosa do Caranguejo:
Crédito
NASA / CXC / SAO
Data de lançamento
22 de julho de 2014
Escala
Imagem é de 4,6 minutos de arco de diâmetro (8,7 anos-luz) de diâmetro.
Categoria
Neutron Estrelas / raios-X binários , Supernovas & Supernova Remanescentes
Coordenadas (J2000)
RA 32s 05h 34m | dezembro 22 0.0 52.00
Constellation
Touro
Datas de Observação
48 pointings entre março de 2000 e novembro 2013
Observação Tempo
25 horas 28 min (1 dia 1 hora 28 min)
Obs.
IDs 769-773, 1994-2001, 4607, 13139, 13146, 13147, 13150-13154, 13204-13210, 13750-13752, 13754-13757, 14416, 14458, 14678-14682, 14685, 16245, 16257, 16357, 16358
Instrumento
ACIS
Código de Cores
Raios-X (Red = 0,5-1,2 keV, Verde = 1,2-2,0 keV, Azul = 2,0-7,0 keV) X-ray
Distância Estimativa
Cerca de 6.500 anos-luz
Fatos rápidos para de Tycho Supernova:
Crédito
NASA / CXC / SAO
Data de lançamento
22 de julho de 2014
Escala
Imagem é de 9,5 minutos de arco de diâmetro (36 anos-luz) de diâmetro.
Categoria
Neutron Estrelas / raios-X binários , Supernovas & Supernova Remanescentes
Coordenadas (J2000)
RA 00h 25m 17s | dezembro 64 08 37
Constellation
Cassiopeia
Datas de Observação
13 pointings entre setembro 2000 e maio de 2009
Observação Tempo
297 horas 26 min (12 dias 9 horas 26 min)
Obs.
IDs 115, 3837, 7639, 8551, 10093-10097, 10902-10906
Instrumento
ACIS
Também conhecido como
G120.1 + 01.4, SN 1572
Código de Cores
Raios-X (Red = 0,95-1,26 keV, Verde = 1,63-2,26 keV, Azul = 4,1-6,1 keV)
Instrumento:
ACIS
Tycho
Distância Estimativa Cerca de 13.000 anos-luz
Fatos rápidos para G292.0 + 1.8:
Crédito
NASA / CXC / SAO
Data de lançamento
22 de julho de 2014
Escala
Imagem é de 11,4 minutos de arco de diâmetro (cerca de 66 anos luz).
Categoria
Neutron Estrelas / raios-X binários , Supernovas & Supernova Remanescentes
Coordenadas (J2000)
RA 11h 24m 36.00s | dezembro -59 16 00.00
Constellation
Centaurus
Datas de Observação
6 pointings entre 13 de setembro e 16 de outubro de 2006
Observação Tempo
141 horas 30 min (5 dias 21 horas 30 minutos)
Obs.
IDs 6677-6680, 8221, 8447
Instrumento
ACIS
Código de Cores
Raios-X (Red = 0,58-0,95 keV, Orange = 0,98-1,1 keV, Verde = 1,28-1,43 keV, Azul = 1,81-2,62 keV)
X-ray
Distância Estimativa
Cerca de 20.000 anos-luz
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