quinta-feira, 31 de julho de 2014

DESCOBERTA A MAIOR EJEÇÃO DE MATÉRIA DE UM BURACO NEGRO

 Astrônomos utilizaram o Very Large Telescope do ESO (VLT) para descobrir um quasar com o jato mais energético já observado, com pelo menos cinco vezes mais energia do que qualquer outro observado até o momento.
Os quasares são núcleos galácticos extremamente brilhantes, alimentados por um buraco negro de massa elevada. Muitos deles liberam enormes quantidades de material para as galáxias hospedeiras, sendo que esta expulsão de matéria desempenha um papel fundamental na evolução das galáxias. No entanto, até agora, os jatos dos quasares observados não eram tão potentes como previsto pela teoria.
  Os quasares são centros de galáxias distantes muito luminosos, alimentados por enormes buracos negros. Este novo estudo observou um destes objetos energéticos, conhecido por SDSS J1106+1939, utlizando o instrumento X-shooter, montado no VLT do ESO, no Observatório do Paranal, no Chile. Embora os buracos negros sejam conhecidos por atraírem material, a maioria dos quasares também acelera alguma desta matéria em torno de si mesmo, ejetando-a depois a altas velocidades.
  "Descobrimos o jato de quasar mais energético conhecido até hoje. A taxa à qual a energia é dissipada por esta enorme massa de material ejetado a altas velocidades pelo SDSS J1106+1939 é, pelo menos, equivalente a dois trilhões de vezes a energia liberada pelo Sol, o que é, por sua vez, cerca de 100 vezes mais do que a energia total liberada pela Via Láctea - é, de fato, um jato monstruoso", diz o chefe da equipe Nahum Arav (Virginia Tech, EUA). "Esta é a primeira vez que um jato de quasar mostra ter as altas energias previstas pela teoria."

 Muitas simulações teóricas sugerem que o impacto destes jatos nas galáxias que os rodeiam pode resolver vários enigmas da cosmologia moderna, incluindo como é que a massa de uma galáxia se encontra ligada ao seu buraco negro central, e porque é que existem tão poucas galáxias muito grandes no Universo. No entanto, até agora permanecia incerto se os quasares conseguiam ou não produzir jatos de matéria suficientemente poderosos para dar origem a estes fenômenos.
  O novo jato recentemente descoberto situa-se a cerca de mil anos-luz de distância do buraco negro de elevada massa, no coração do quasar SDSS J1106+1939. Este jato é, pelo menos, cinco vezes mais energético do que o último detentor do recorde. A análise efetuada pela equipe mostra que uma massa de aproximadamente 400 vezes a do Sol é liberada pelo quasar por ano, deslocando-se a uma velocidade de 8.000 quilômetros por segundo.
  "Não poderíamos obter os dados de alta qualidade necessários a esta descoberta sem o espectrógrafo X-shooter," diz Benoit Borguet (Virgina Tech, EUA), autor principal do novo artigo científico que descreve os resultados. "Pela primeira vez conseguimos explorar a região em torno do quasar com grande detalhe."
 Além de SDSS J1106+1939, a equipe observou também um outro quasar e descobriu que ambos os objetos possuem jatos poderosos. Uma vez que estes são exemplos típicos de um tipo de quasares, comum mas pouco estudado até agora, estes resultados devem poder aplicar-se, de modo geral, aos quasares luminosos em todo o Universo. Borguet e colegas estão atualmente estudando uma dúzia de objetos similares para ver se este é efetivamente o caso
  "O ano de 2012 marca o quinquagésimo aniversário da fundação do Observatório Europeu do Sul (ESO). O ESO é a mais importante organização europeia intergovernamental para a pesquisa em astronomia e é o observatório astronômico mais produtivo do mundo. O ESO é  financiado por 15 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça. O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambiciosos, focado na concepção, construção e funcionamento de observatórios astronômicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrônomos importantes descobertas científicas.
O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação nas pesquisas astronômicas. O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta, no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera o Very Large Telescope, o observatório astronômico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio. O VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível. O ESO é o parceiro europeu do revolucionário telescópio  ALMA, o maior projeto astronômico que existe atualmente. O ESO está planejando o European Extremely Large Telescope, E-ELT, um telescópio de 39 metros que observará na banda do visível e infravermelho próximo. O E-ELT será “o maior olho no céu do mundo”.," diz Nahum Arav, "por isso é muito excitante encontrar finalmente um destes jatos monstruosos, previstos pela teoria!"
Fonte: ESO  Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quarta-feira, 30 de julho de 2014

BURACO NEGRO INATIVO DEIXA CIENTISTAS INTRIGADOS


 Buraco negro com aproximadamente 5 milhões de massas solares, situado no centro da galáxia do escultor (NGC 253) intrigou astrônomos do mundo todo
A Nasa, agência espacial americana, divulgou uma imagem que mostra um buraco negro que tem intrigado os astrônomos porque está inativo no centro da galáxia do escultor. Também chamada de NGC 253, a galáxia está a milhões de anos-luz da Terra.
 A descoberta, publicada na revista científica Astrophysical Journal, tem intrigado os astrônomos. Isso porque buracos negros se alimentam da matéria ao redor e hibernam apenas quando o alimento acaba. No entanto, esse buraco negro está em um local com muita atividade de formação estelar ao redor.
O buraco negro inativo fica no centro da galáxia e tem cerca de cinco milhões de vezes a massa do Sol. A imagem divulgada foi feita a partir de observações do telescópico da agência NuSTAR (Nuclear Spectorscopic Telescope Array - Matriz de Telescópios Eletroscópicos Nucleares).
 Esse instrumento foi lançado em junho de 2012 com a missão de mapear e estudar as estrelas que rodeiam o centro da Via Láctea e observar as profundas e distantes da Terra, além da via Láctea. Tudo isso porque ele é o primeiro telescópio em órbita com a capacidade de concentrar luz de alta energia de raios X.
 O pesquisador Bret Lehmer, afirmou em nota da Nasa que os resultados apontam que o buraco negro entrou em modo de hibernação nos últimos dez anos. O motivo de sua inatividade ainda permanece desconhecido. Futuras observações dirão se o buraco negro ainda pode voltar à atividade.

sábado, 26 de julho de 2014

O BURACO NEGRO MAIS PODEROSO DO UNIVERSO?


 Um quatrilhão de vezes a massa do Sol
Astrônomos usaram o Observatório de Raios-X Chandra da NASA e um  conjunto de outros telescópios para revelar um dos mais  poderosos buracos negros conhecidos. O buraco negro tem criado  enormes estruturas de gás quente ao seu redor, impedindo a  formação de trilhões de estrelas. Este monstro está em um  aglomerado de galáxias chamado RX J1532.9 3021, localizado a  cerca de 3,9 bilhões de anos-luz da Terra. O aglomerado é muito  brilhante nas ondas de raios-X, o que implica que é extremamente  grande, com uma massa de cerca de um quatrilhão de vezes a massa  do nosso Sol. No centro do aglomerado há uma grande galáxia  elíptica, que contém o buraco negro supermassivo.
O que está impedindo a formação de um grande número de estrelas  em RX J1532 ? As imagens do Observatório de Raios-X Chandra e  Karl G. Jansky Very Large Array do NSF (VLA) têm fornecido uma  resposta para esta pergunta. A imagem de raios-X mostra duas  grandes cavidades no gás quente em ambos os lados da galáxia  central. A imagem do Chandra foi especialmente processada para  enfatizar essas cavidades. Ambas as cavidades estão alinhadas  com jatos observados em imagens de rádio do VLA. A localização  do buraco negro supermassivo entre as cavidades é uma forte  evidência de que os jatos supersônicos gerados pelo buraco negro  perfuram o gás quente e o empurra para os lados, formando as  cavidades.
As 'frentes de choque' (semelhantes aos estrondos sônicos)  provocadas pelas cavidades em expansão e pela liberação de  energia por ondas sonoras que reverberam através do gás quente  fornecem uma fonte de calor que impede que a maior parte do gás  forme novas estrelas.
As cavidades têm aproximadamente 100.000 anos-luz de diâmetro,  igual à largura da Via Láctea. A cavidade mais distante também é  vista em um ângulo diferente em relação aos jatos, ao longo de  uma direção norte-sul. Esta cavidade foi provavelmente produzida  por um jato de uma explosão mais antiga do que o próprio buraco negro.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

ESTRANHO FLUXO DE GÁS ESCURECE O NÚCLEO BRILHANTE DE UMA GALÁXIA


O região central de NGC 5548 que abriga um buraco negro supermassivo tem se comportado de modo estranho
O centro brilhante de uma galáxia distante inesperadamente se escureceu, e agora os cientistas acreditam que o motivo desse estranho escurecimento foi um fluxo raro e poderoso de gás que eclipsou o coração dessa galáxia.
Essa nova descoberta também pode fornecer informações preciosas sobre o funcionamento dos buracos negros supermassivos e como eles influenciam suas galáxias.
Os astrônomos examinaram a conhecida galáxia NGC 5548, que fica a cerca de 245 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Bootes (Boieiro). O centro dessa galáxia é brilhante devido a luz emitida a partir da matéria que corre em direção ao seu centro, um buraco negro supermassivo com cerca de 65 milhões de vezes a massa do Sol.
Em 2013 os astrônomos notaram que algo eclipsou a luz central da galáxia NGC 5548, e o bloqueio foi de 90% dos raios-X emitidos pelo buraco negro supermassivo.
"Os astrônomos têm observado essa galáxia há décadas... e uma mudança como essa foi surpreendentemente emocionante", comenta Jelle Kaastra, astrônomo holandês e principal autor do novo estudo do Instituto Holandês de Pesquisas Espaciais SRON em Utrecht, na Holanda,
Os astrônomos examinaram o centro dessa galáxia com seis diferentes observatórios da NASA e da Agência Espacial Europeia (Telescópio Espacial Hubble, XMM-Newton, Swift, NuSTAR, Chandra e INTEGRAL) de maio de 2013 até fevereiro de 2014.
Essa imagem mostra a galáxia NGC 5548 quando um estranho fluxo de gás obscureceu seu centro.
Créditos: Dr. Misty Bentz
Depois de comparar as suas observações com os dados de 2002, os cientistas criaram um modelo sobre esse raro eclipse. Os pesquisadores sugerem que o culpado foi um fluxo de movimento rápido e agrupado de gás que chegou a 18 milhões de km/h. "Este é um evento bastante raro", disse Kaastra.
Esse fluxo de gás começou a obscurecer NGC 5548 em algum momento entre agosto de 2007 e fevereiro de 2012, e durou algo em torno de 2,5 e 6 anos.
Embora os cientistas já haviam observado outras galáxias com fluxos de gás próximos dos buracos negros, esta é a primeira vez que se observa um fluxo como este se movimentando na linha de visão.
A matéria que cai em um buraco negro aquece e emite raios ultravioleta e raios-X. A radiação ultravioleta pode lançar fortes ventos para fora. Os cientistas tinham conhecimento de um vento persistente que soprava do centro da NCG 5548 por duas décadas, mas esse fluxo de gás recém-descoberto viaja até cinco vezes mais rápido do que este vento persistente. Além disso, esse novo fluxo de gás se origina incrivelmente próximo do núcleo da galáxia, apenas alguns dias-luz de distância (um dia-luz é a distância que a luz percorre em um dia, equivalente a 25,9 bilhões de quilômetros).
"É provável que este novo fluxo de gás vem do disco de acreção, o disco de gás que está girando em direção a um buraco negro", disse Kaastra. "Este disco é turbulento, cheio bolhas e instável".
Ventos de buracos negros podem ser poderosos o suficiente para explodir e lançar gases que, de outra forma, cairiam no buraco negro. Isso significa que os ventos dos buracos negros podem regular tanto o crescimento do buraco negro como o da galáxa. "Aprender mais sobre estes ventos fortes pode nos ajudar a entender sobre a evolução galáctica", disse Kaastra.
Os pesquisadores devem tentar encontrar outros poderosos fluxos de gás como esse, a fim de descobrir quantas vezes eles acontecem e quais são as causas.
Os cientistas detalharam suas descobertas no dia 19 de junho, na revista online Science.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

GALÁXIA COLOSSAL OU BURACO NEGRO SUPERMASSIVO E QUE DISTORCE O ESPAÇO TEMPO E CRIA UMA SUPERNOVA JAMAIS VISTA

Uma supernova excepcionalmente brilhante relatada em 2013 foi alvo de um novo estudo, e causou algumas controvérsias em um importante campo da astronomia. Em 2010, uma equipe de cientistas observou uma supernova, PS1-10afx , que brilhava mais do que qualquer outra de sua categoria. Seu brilho excepcional intrigou muitos cientistas, e alguns deles concluíram que se tratava de um novo tipo de supernova, um tipo extra-brilhante, enquanto outros sugeriam que era uma supernova normal do Tipo Ia, ampliada por uma lente em forma de um objeto, como se houvesse um buraco negro supermassivo nas proximidades.
" PS1-10afx é diferente de tudo que já vimos ", disse o autor sênior Robert Quimby, da Universidade do Instituto Kavli de Tóquio para Física e Matemática do Universo.
Existem alumas raras supernovas que foram encontrados com luminosidades comparáveis​​, de acordo com Quimby,  " mas PS1-10afx era diferente em quase todos os sentidos. Ela evoluiu muito rápido, sua galáxia anfitriã é muito grande, e ela era muito, muito vermelha ".
Geralmente, as supernovas raras que foram encontradas e que brilhavam mais do que as do tipo Ia costumavam ter temperaturas mais altas ( cores mais azuis ) e tamanhos maiores ( e, portanto, as curvas de luz mais lentas) ", comenta Quimby, " precisamos de uma nova física para explicar PS1-10afx, uma supernova intrinsecamente luminosa " .

 Esta imagem, obtida com o Telescópio do Canada-France-Hawaii mostra o campo antes da supernova PS1-10afx.Créditos: Instituto Kavli para a Física e Matemática do Universo / CFHT.A inserção da direita mostra PS1-10afx.Créditos: R. Chornock et al
"Nós encontramos uma segunda explicação ", diz Marcus Werner , Físico Matemático do Instituto Kavli. " Se houvesse uma galáxia massiva na frente de PS1-10afx, ela poderia deformar o espaço-tempo para formar imagens ampliadas dessa supernova " . Sim, essa é uma boa teoria... mas onde estaria essa galáxia?
" Os dados existentes mostram claramente a presença da galáxia hospedeira, mas não havia nenhuma evidência de outra galáxia em primeiro plano ", comenta Anupreeta More, astrônoma do Instituto Kavli.
A equipe de pesquisadores comparou os dados espectroscópicos do período de brilho máximo de PS1-10afx com dados do período após seu desaparecimento. Se houvesse uma galáxia ou buraco negro supermassivo em primeiro plano com poder de deformar o espaço-tempo, os cientistas deveriam ver dois conjuntos de linhas de emissão de gás. E foi exatamente isso que eles observaram!
Desta forma, os pesquisadores concluíram a presença de outra galáxia ou buraco negro bem na frente de PS1-10afx, que no ângulo e distância que esse objeto se encontrava entre nós e a supernova , ampliava a luz, servindo como uma lupa cósmica, com escalas astronômicas (lente gravitacional).
Essa lente gravitacional teve o poder de ampliar fortemente a supernova do TipoIa. "Nós temos muitos exemplos de lentes gravitacionais ", explicou Quimby, " mas a maioria delas são muito mais fracas".
As imagens criadas através de lentes gravitacionais oferecem um meio para testar a expansão cósmica, o aumento da distância entre as duas partes do Universo ao longo do tempo. " Cada imagem deve chegar em um horário diferente; o atraso dirá o quão rápido o Universo está se expandindo ".
Os cientistas não puderam fazer essa experiência com PS1-10afx porque ela desapareceu. "Mas agora nós sabemos o que procurar ", disse Quimby . E isso pode permitir aos cientistas usar futuros eventos de supernovas e lentes gravitacionais para medir a expansão do Universo.
A imagem no topo da página mostra um objeto chamado SDSS J163028.15 452.036.2, um dos oito objetos similares encontrados pelo Sloan Digital Sky Survey ( SDSS ) e pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA. Os objetos são conhecidos como ' anéis de Eienstein ' e são talvez as manifestações mais elegantes do fenômeno ' lente gravitacional '.
Lente Gravitacional
Exemplo de como funciona o fenômeno 'lente gravitacional'.
Créditos: Aya Tsuboi / Instituto Kavli para a Física e Matemática do Universo
Lente gravitacional ocorre quando o campo gravitacional de um objeto massivo deforma o espaço e desvia a luz de um objeto distante, permitindo que ele seja visto ampliado. Anéis de Einstein são produzidos quando duas galáxias estão quase perfeitamente alinhadas, uma atrás da outra, dando uma imagem com esta, uma galáxia elíptica vermelha e branca em primeiro plano e um fino anel azul em torno dela, que é, de fato, a luz distorcida da outra galáxia duas vezes mais longe.

terça-feira, 22 de julho de 2014

CIENTISTAS CONFIRMAM MUDANÇAS NO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA E NO PÓLO NORTE MAGNÉTICO

 Além disso, a Anomalia do Atlântico Sul está ainda mais intensa
Primeiros resultados dos três satélites Swarm da Agência Espacial Europeia (ESA) revelam as mais recentes mudanças no campo magnético que protege o nosso planeta.
Lançado em novembro de 2013, Swarm está fornecendo informações sem precedentes sobre o complexo funcionamento do campo magnético da Terra, o que nos protege da radiação cósmica e das partículas carregadas que nos bombardeiam diariamente.
Medições feitas ao longo dos últimos seis meses confirmam a tendência geral de enfraquecimento do campo magnético da Terra, com as quedas mais dramáticas sobre o Hemisfério Ocidental. Já em outras áreas, como a região sul do Oceano Índico, o campo magnético tem se fortalecido.
As últimas medições confirmam também o movimento do polo norte magnético para a Sibéria.
Estas modificações são baseadas nos sinais magnéticos provenientes do núcleo da Terra. Nos próximos meses, os cientistas vão analisar os dados sobre os grandes contribuidores do campo magnético terrestre, como o manto, a crosta, os oceanos, a ionosfera e a magnetosfera.
O campo magnético é fraco por aqui

Dados de junho de 2014 mostram intensidade do campo magnético da superfície da Terra.
Créditos: ESA / DTU Space
A região do Brasil que é mostrada em azul no mapa, representa a Anomalia do Atlântico Sul (AMAS). Essa anomalia ocorre devido a uma depressão ou achatamento nas linhas do campo magnético da Terra acima dessa região. A AMAS foi descoberta em 1958, e sofre alterações frequentemente.
Por conta do campo magnético ser mais fraco na região em azul (acima do Brasil), partículas carregadas se aproximam mais da alta atmosfera dessa região, e por conta disso, os níveis de radiação são mais elevados nesse perímetro.

Na superfície os efeitos são insignificantes, segundo os cientistas. Já em grandes altitudes, a Anomalia do Atlântico Sul causa efeitos radioativos em satélites e espaçonaves.
Satélites Swarm (conhecidos como constelação Swarm) orbitando a Terra.
Créditos: ESA / AOES Medialab
Os satélites que passam acima do Brasil, principalmente acima da região sudeste do país, enfrentam fortes rajadas de radiação cósmica, e por isso, necessitam de proteções especiais.
Conclusão
Esses estudos deverão proporcionar uma nova visão sobre muitos processos naturais, desde aqueles que ocorrem dentro do nosso planeta até a meteorologia espacial, que é desencadeada pela atividade solar. Tudo isso deverá produzir uma melhor compreensão das causas do enfraquecimento do campo magnético da Terra.
Os primeiros resultados desse estudo foram apresentados no Terceiro Encontro de Ciências do Swarm, em Copenhague, Dinamarca.

sábado, 19 de julho de 2014

ATRÔNOMOS IDENTIFICAM ESTRELA FEITA DE DIAMANTE DO TAMANHO DA TERRA


Uma equipe de astrônomos identificou no espaço uma estrela do tamanho da Terra feita de diamante. O astro, possivelmente, é a mais fria e mais fraca estrela anã branca já detectada. Por ser tão fria, seu carbono se cristalizou formando um diamante do tamanho da Terra no espaço.
"É um objeto realmente notável", disse David Kaplan, um professor da Universidade de Wisconsin-Milwaukee. "Estas coisas devem estar lá fora, mas como são fracas acabam sendo difíceis de encontrar."
Kaplan e seus colegas descobriram esta "joia estelar" usando os telescópios do National Radio Astronomy Observatory (NRAO), Green Bank (GBT), Very Long Baseline Array (VLBA), bem como outros observatórios.
Anãs brancas são resultado do estado final de estrelas extremamente densas, como o Sol. E em algum momento, elas entram em colapso para formar um objeto aproximadamente do tamanho da Terra. Composta principalmente de carbono e oxigênio, anãs brancas esfriam lentamente e desaparecem ao longo de bilhões de anos. Esta estrela tem provavelmente a mesma idade que a Via Láctea, isto é, cerca de 11 bilhões de anos.
Os pulsares são estrelas de nêutrons que giram rapidamente, compostos pelos restos superdensos de estrelas massivas, que explodiram como supernovas. Quando giram, se assemelham a luz de um farol, liberando ondas de rádio, e, a partir dos polos de seu campo magnético poderoso, eles conseguem viajar pelo espaço. Quando um desses feixes atinge a Terra, radiotelescópios podem capturar o pulso de ondas de rádio e descobrir sua origem.
O pulsar chamado de PSR J2222-0137, associado a esta anã branca, foi o primeiro objeto desse sistema a ser detectado. Ele foi encontrado por Jason Boyles, então um estudante de graduação na Universidade de West Virginia, em Morgantown.
O pulsar foi então observado ao longo de dois anos por Adam Deller, um astrônomo do Instituto Holandês de Radioastronomia (ASTRON). Estas observações identificaram a sua localização e distância da Terra - cerca de 900 anos-luz de distância, na direção da constelação de Aquário. Essa informação foi fundamental para aperfeiçoar o modelo utilizado para o tempo da chegada dos pulsos na Terra.
Os pesquisadores calcularam que a anã branca não seria mais do que 2.700°C. O Sol, em seu centro, é cerca de 5.000 vezes mais quente.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

CIENTISTAS TENTAM REGISTRAR IMAGEM DA EXPLOSÃO MAIS ENERGÉTICA DO UNIVERSO

Imagem artística da ESA (Agência Espacial Europeia) mostra uma explosão de raios gama, evento com maior concentração de energia no Universo. O fenômeno ocorre em galáxias  estrelas ou quasares muito distantes da Terra, quando uma estrela explode no final de sua vida útil. O fluxo de raios gama no momento da explosão pode durar de alguns segundos a algumas horas. Ela aparece como um lampejo de luz num céu estrelado e escuro como se estivesse relampejando então desaparece, deixando apenas uma fosforescência que pode ser detectada por alguns instrumentos em forma de ondas eletromagnéticas. Por ser muito rápida, a explosão de raios gama é extremamente difícil de ser identificada, o que leva os astrônomos a empreenderem uma verdadeira caça por esses eventos pelo Universo a fora ESA/ECF

quinta-feira, 17 de julho de 2014

MOLÉCULAS AO REDOR DE ESTRELAS ANTIGAS MORIBUNDAS PODEM GERAR ÁGUA
























Astrônomos descobriram que uma molécula vital para a criação de água existe nas brasas de estrelas moribundas semelhantes ao sol. Quando estrelas como o sol chegam ao fim da vida, elas eventualmente se transformam em densas anãs brancas. Ao fazerem isso, eles lançam as suas camadas exteriores de gás e poeira no espaço, criando um caleidoscópio de padrões complexos conhecidos como nebulosas planetárias. Uma molécula vital para a formação de água se assemelha a este ambiente hostil e podem  depender dele para se formar
Fonte Esa.





segunda-feira, 14 de julho de 2014

PROJETO MOONHOUSE: UMA CASA NA LUA


Uma ilustração do Moonhouse fica na Lua com a paisagem da Terra que aparece no fundo. Imagem Crédito: Sara Medina Lind
Uma casa na Lua O Moonhouse é projetado para voar para a lua dobrado em um pacote feito sob medida. Depois ele é colocado na lua , a instalação de arte vai se desdobrar e se auto-montar como  2,5 metros de altura diâmetro de 8 metros) a casa vermelha com cantos brancos, um design tradicional para muitos lares suecos. Espera-se para levar de cinco a 15 minutos para o Moonhouse se montar.
Representantes com Astrobotic está planejando sobre o controlo da montagem do Moonhouse da superfície lunar usando câmeras de vídeo de alta definição.
No momento, o primeiro destino do Astrobotic é uma área da Lua chamado Lacus Mortis. Esta parte em particular da superfície lunar abriga uma característica especial chamada de "pit lua", o que realmente pode ser uma entrada para uma rede de cavernas subterrâneas, de acordo com John Thorton, CEO da Astrobotic . É mesmo possível que os seres humanos possam viver na lua, usando essas cabanas como um abrigo que protege da radiação, e os impactos de micrometeoritos e flutuações extremas de temperatura extra solar, Thorton acrescentou.
"Pode ser que as pessoas pudessem se estabelecer no interior destas cabanas, e que melhor lugar para pousar a Moonhouse do que bem próximo ao lugar onde as pessoas podiam se contentar com um longo tempo no futuro", disse Thorton.
Artista Moonhouse Mikael Genberg detém uma versão reduzida do Moonhouse durante uma coletiva de imprensa na Suécia em 28 de maio de 2014.
Representantes Moonhouse criaram uma série de prêmios para as pessoas que contribuem para o esforço de crowdfunding online.
Contribuintes interessados que quiserem gastar US $ 30 terá acesso a um desenho em 3D do Moonhouse que pode ser impresso usando uma impressora 3D . Pessoas que prometem US $ 50 poderá realmente obter seus nomes gravados no interior do verdadeiro Moonhouse que se auto-montará na superfície lunar.

domingo, 13 de julho de 2014

UM ÚTERO NUCLEAR MOLDADO E DESTRUÍDO POR PROGENITURA INGRATA

A pouco conhecida nuvem de gás e poeira cósmica chamada Gum 15 é o local de nascimento e moradia de estrelas jovens massivas. Bonitas mas mortíferas, estas estrelas moldam a aparência da nebulosa materna e, à medida que avançam para a idade adulta, serão eventualmente a causa da sua morte.
Esta imagem foi obtida no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO com o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, no Observatório de La Silla, no Chile. A imagem mostra a Gum 15, situada na constelação da Vela, a cerca de 3000 anos-luz de distância da Terra. Esta nuvem brilhante é um bom exemplo de uma região HII. Estas nuvens formam alguns dos objectos astronômicos mais espectaculares que vemos; por exemplo a Nebulosa da Águia (que inclui os bem conhecidos “Pilares da Criação”), a enorme Nebulosa de Orion e este exemplo menos famoso, a Gum 15.
Esta imagem de grande angular captura a paisagem celeste em torno da Gum, 15 o objecto que se vê no centro (Créditos:  ESO/Digitized Sky Survey 2. Acknowledgement: Davide De Martin)
O hidrogénio (H) é o elemento mais abundante no Universo e pode ser encontrado em praticamente qualquer meio investigado pelos astrónomos. As regiões HII são diferentes porque contêm quantidades substanciais de hidrogénio ionizado - átomos de hidrogénio que perderam os seus electrões devido a interações com fotões ultravioletas de alta energia - partículas de luz. À medida que os núcleos do hidrogénio ionizado recapturam os electrões, libertam radiação de um característico comprimento de onda vermelho, o que dá às nebulosas, tais como a Gum 15, este brilho avermelhado - um brilho a que os astrónomos chamam hidrogénio alfa (Hα).
Nas regiões HII os fotões ionizantes são emitidos pelas estrelas jovens massivas muito quentes da região e a Gum 15 não é excepção. No centro da imagem podemos ver uma das culpadas: a estrela HD 74804, o membro mais brilhante de um enxame estelar chamado Collinder 197.
A aparência nodosa e irregular que aumenta a beleza desta nebulosa não é invulgar numa região HII e é, uma vez mais, resultado das estrelas que se encontram no seu interior. As regiões HII têm diversas formas porque a distribuição das estrelas e do gás no seu interior é muito irregular. A acrescentar à forma interessante da Gum 15, temos ainda uma zona escura bifurcada de poeira obscurante visível no centro da imagem e algumas estruturas de reflexão ténues azuis que a atravessam. Esta estrutura na poeira faz com que a nebulosa pareça uma versão maior e mais ténue da bem conhecida Nebulosa Trífida (Messier 20), embora neste caso o nome bífida fosse mais apropriado.
Uma região HII como esta pode dar origem a milhares de estrelas durante um período de vários milhões de anos. Estas estrelas esculpem a forma da nebulosa ao mesmo tempo que a fazem brilhar, e são também elas que eventualmente a destruirão. Assim que as estrelas recém formadas passam as primeiras fases da sua evolução, fortes ventos de partículas são lançados pelas estrelas, esculpindo e dispersando os gases em seu redor. Quando as mais massivas destas estrelas começarem a morrer, a Gum 15 morrerá com elas, já que estas estrelas são tão grandes que terminarão as suas vidas em explosões de supernova, dispersando os últimos restos de HII e deixando para trás apenas um enxame de estrelas jovens.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

JÚPITER É OBSERVADO POR CHANDRA E A SONDA NEW HORIZONS


 Crédito: X-ray:. NASA / CXC / SwRI / R.Gladstone et al; Optical: NASA / ESA / Hubble Heritage (AURA / STScI)
Em 28 de fevereiro de 2007, New Horizons da NASA fez sua maior aproximação de Júpiter em sua jornada final para Plutão. Este sobre vôo deu aos cientistas uma oportunidade única para estudar Júpiter usando o pacote de instrumentos disponíveis na New Horizons, enquanto coordenação observações tanto espaço e telescópios terrestres, incluindo o Observatório de Raios-X Chandra da NASA.
Em preparação para a abordagem da New Horizon de Júpiter, Chandra teve exposições de 5 horas de Júpiter em 8 de Fevereiro, 10 e 24. Nesta imagem composta novo, os dados dessas observações do Chandra separadas foram combinadas, e depois sobreposta à última imagem de Júpiter do Telescópio Espacial Hubble.
O propósito das observações do Chandra é estudar as auroras poderosos raios-X observados perto dos pólos de Júpiter. Estes são pensados ​​para ser causado pela interação de íons de enxofre e oxigênio nas regiões exteriores do campo magnético de Júpiter com partículas fluindo para longe do Sol no chamado vento solar. Os cientistas gostariam de entender melhor os detalhes desse processo, que produz auroras até mil vezes mais poderoso que auroras semelhantes visto na Terra.
Após abordagem mais próxima do dia 28, Chandra continuará a observar Júpiter sobre as próximas semanas. New Horizons terá uma trajetória incomum passado Júpiter que o leva diretamente para baixo a chamada cauda magnética do planeta, uma região onde nenhuma nave espacial tem ido antes. O enxofre e oxigênio partículas que dominam magnetosfera de Júpiter e se originam em vulcões de Io são acabou perdendo por este cauda magnética. Um dos objetivos das observações do Chandra é ver se alguma das emissões aurorais de raios-X estão relacionados com este processo.
Através da combinação de observações do Chandra com os dados de New Horizons, além de informações ultravioleta do telescópio espacial da NASA Hubble e FUSE satélite e dados ópticos do telescópios terrestres, os astrônomos esperam obter uma imagem mais completa do complicado sistema de Júpiter de partículas e campos magnéticos e energético partículas. Nas semanas e meses que virão, os astrônomos vão realizar uma análise detalhada desta recompensa de dados.
Fatos para Júpiter:
Crédito
Raio-X:. NASA / CXC / SwRI / R.Gladstone et al; Optical: NASA / ESA / Hubble Heritage (AURA / STScI)
Escala
Imagem é de 61 segundos de arco de diâmetro.
Categoria
Sistema solar
Datas de Observação
8 de fevereiro de 10 e 24, 2007
Observação
Tempo 15 horas
Obs. IDs
7405, 8216, 8217
Código de Cores
Raio-X: roxo; Optical: preto e branco
Instrumento
ACIS
Distância Estimativa
Júpiter visto a uma distância de cerca de 400 milhões milhas.
Data de lançamento
01 março de 2007

quinta-feira, 10 de julho de 2014

3C295: OBSERVAÇÃO DE GALÁXIA ELÍPTICA GIGANTE EM AGLOMERADO DISTANTE

3C295
Crédito: NASA / CXC / SAO
3C295 (Cl 1409 524) é um dos aglomerados de galáxias mais distantes observadas pelos telescópios de raios-X. O cluster é preenchido com uma vasta nuvem de cinquenta milhões de gás grau que irradia fortemente em raios-X. Ele tem um redshift de 0,461, o que significa que vemos o aglomerado de galáxias, uma vez que foi como ele era a 4,7 bilhões de anos atrás. 3C295 foi descoberto pela primeira vez como uma fonte luminosa de ondas de rádio. A fonte de emissão de rádio foi encontrado para ser um galáxia elíptica gigante localizado no centro do conjunto de galáxias. Chandra descobriu que esta galáxia central é uma fonte forte, complexo de raios-X.
Imagens Multi-comprimento de onda: (* Imagens sem escala )
Fatos de 3C295:
Crédito
NASA / CXC / SAO
Escala
Imagem é de 42 segundos de arco de diâmetro.
Categoria
Grupos e aglomerados de galáxias
Coordenadas (J2000)
20s RA 14h 11m | dezembro -52 ° 12 '21 "
Constelação
Boötes
Datas de Observação
30 de agosto de 1999
Observação
Tempo 6 horas
Obs. IDs
Desconhecido
Código de Cores
Intensidade
Instrumento
ACIS
Também conhecido como
Cl 1409 524
Distância Estimativa
4,7 bilhões de anos-luz
Data de lançamento
16 de novembro de 1999

quarta-feira, 9 de julho de 2014

DOIS SUPOSTOS PLANETAS POTENCIALMENTE HABITÁVEIS PODEM SER "ILUSÕES CÓSMICAS"

Um novo estudo sugere que o que os astrônomos pensavam ser um par de planetas alienígenas potencialmente favoráveis à vida são ilusões fabricadas pela intensa atividade magnética de uma estrela. 
Os cientistas acrescentam que estas novas descobertas podem um dia não só ajudar os astrônomos a dissipar mais destes exoplanetas ilusórios, mas também descobrir planetas que de outra forma permaneceriam escondidos. 
Ao longo dos últimos 20 anos, os astrônomos confirmaram a existência de mais de 1700 planetas além do nosso Sistema Solar, e em breve poderão provar a existência de outros milhares. Os exoplanetas nas zonas habitáveis das suas estrelas, regiões quentes o suficiente para permitir água à superfície, são de especial interesse porque, aqui na Terra, onde há água, existe vida. 
Gliese 581 é uma estrela que despertou grande interesse recentemente, também conhecida como GJ 581, que os cientistas pensavam possuir até seis planetas, incluindo Gliese 581g, que os seus descobridores afirmaram ter sido o primeiro mundo potencialmente habitável. No entanto, Gliese 581g atraiu desde aí muita controvérsia sobre se existe ou não. 
A existência de exoplanetas como Gliese 581e, 581b e 581c está bem estabelecida. No entanto, a existência de outros três mundos possíveis - 581d, 581f e 581g - tem sido muito debatida. Tentadoramente, tanto 581d como 581g pareciam estar na zona habitável da estrela. 
Um dos métodos que os astrônomos usam para detectar exoplanetas é o método de velocidade radial, que procura mudanças repetidas na luz de uma estrela, sinais da atração gravitacional de um planeta. No entanto, os efeitos de velocidade radial atribuídos aos planetas são, por vezes, efeitos derivados de manchas escuras na própria estrela, como foi o caso de Gliese 581f, que os cientistas já não acreditam existir. 
Para ajudar a resolver o debate sobre a existência dos mundos potencialmente habitáveis Gliese 581d e 581g, os astrônomos investigaram a atividade da sua estrela hospedeira. Gliese 581, localizada a cerca de 20 anos-luz da Terra na direção da constelação de Balança, é uma anã vermelha, uma estrela fraca e fria com aproximadamente um-terço da massa do Sol. 
Os cientistas determinaram que estes mundos controversos são aparentemente ilusões criadas por uma estrela "barulhenta". 
"Provamos que alguns dos sinais controversos de Gliese 581 não vêm de dois planetas na zona habitável, mas da atividade da própria estrela, que se mascaravam de planetas," afirma Paul Robertson, autor principal do estudo, astrônomo da Universidade Estatal da Pennsylvania, EUA. 
Os cientistas analisaram a luz de Gliese 581 usando dois espectrógrafos diferentes - o instrumento HARPS do ESO, acoplado a um telescópio no Chile, e o espectrógrafo HIRES, acoplado ao telescópio Keck no Hawaii. Focaram-se em padrões de luz emitida por átomos de hidrogênio e sódio superquentes dentro da estrela, que são muito sensíveis a mudanças na atividade magnética. 
A atividade magnética de uma estrela pode alterar a velocidade de rotação de cada parte da atmosfera de uma estrela, criando um sinal que pode ser confundido com um planeta. Tendo em conta estas pistas enganadoras, os astrônomos descobriram que os sinais atribuídos a Gliese 581d e 581g eram na realidade criados por regiões de intensa atividade estelar magnética, como as manchas solares no Sol. Entretanto, com os mesmos métodos, confirmaram a existência de 581e, 581b e 581c. 
"Estes resultados são interessantes porque explicam, pela primeira vez, todas as observações anteriores e um pouco contraditórias da estrela anã Gliese 581," comenta Robertson. 
Este trabalho "não deve ser visto como uma repudiação dos estudos anteriores de Gliese 581," acrescenta. "Os efeitos magnéticos que observamos são muito sutis, e os outros astrônomos não foram negligentes ao afirmar a detecção de novos planetas." 
A natureza exata da atividade magnética que cria estes sinais falsos de Gliese 581d e 581g está ainda por explicar. 
"Estas características comportam-se como manchas estelares, mas as investigações anteriores sugerem que o brilho da estrela não varia tanto como seria de esperar se grandes manchas estivessem presentes," salienta Robertson. "É necessária mais pesquisa para compreender totalmente a atividade magnética desta estrela." 
A análise da atividade magnética das estrelas pode descartar outros potenciais exoplanetas, comenta Robertson. No entanto, também poderá ajudar a encontrar exoplanetas que de outro modo escapariam à atenção dentro do ruído de uma estrela. 
"A minha previsão é que vamos encontrar mais planetas do que perdemos. O ruído estelar pode ser removido para descobrir novos exoplanetas," conclui. 
Fonte: Space.com

terça-feira, 8 de julho de 2014

UMA LINDA IMAGEM DO PASSADO


Há 45 anos atrás, em dezembro de 1968, os tripulantes da missão Apollo 8 fizeram a primeira viagem humana à Lua. Ao abandonar a órbita da Terra, o astronauta William Anders registrou uma imagem que ficaria marcada na história: 'Nascer da Terra', feita em em 24 de dezembro de 1968, que mostra o planeta surgindo parcialmente na sombra, como um nascer do Sol. A viagem, que fazia parte do Projeto Apollo, teve duração de seis dias e não levou o homem a pisar na Lua, mas a atingir a órbita do satélite natural.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

CIENTISTAS DESCOBREM PLANETA PARECIDO COM A TERRA ORBITANDO SISTEMA DUPLO DE ESTRELAS

Pesquisadores descobriram um planeta a 3 mil anos-luz da Terra que orbita apenas uma estrela de uma dupla de estrelas que compõem um sistema binário. O fenômeno foi visto com surpresa pelos cientistas.
Até hoje, a maioria dos exoplanetas (planetas fora do nosos Sistema Solar) já descobertos orbitam estrelas solitárias. E, quando orbitam sistemas binários, é mais comum que eles orbitem as duas estrelas, e não uma só.
O planeta recém-descoberto fica a uma distância de sua estrela quase igual à distância entre a Terra e o Sol. Mas, como sua estrela tem menos brilho, a temperatura lá é bem mais fria do que a da Terra.
A descoberta, feita por quatro equipes internacionais de pesquisa lideradas pela Universidade do Estado de Ohio, foi publicada esta semana na revista "Science". Segundo os pesquisadores, o estudo fornece uma evidência de que planetas terrestres (rochosos) podem formar órbitas similares às da Terra mesmo em sistemas binários.
"Isso expande as potenciais localizações para descobrir planetas habitáveis no futuro", diz Scott Gaudi, professor de astronomia na Universidade do Estado de Ohio. "Metade das estrelas na galáxia estão em sistemas binários. Não tínhamos ideia de que planetas similares à Terra, com órbitas similares à da Terra poderiam se formar nessses sistemas."
Apesar de este planeta ser frio demais para ser capaz de abrigar vida, caso sua estrela fosse similar ao Sol, também dentro de um sistema binário, ele poderia estar na "zona habitável".

domingo, 6 de julho de 2014

PERSEU CLUSTER: SINAL DE RAIO X MISTERIOSO INTRIGA ASTRÔNOMOS


Um sinal misterioso foi visto em dados de raios-X de um estudo de mais de 70 aglomerados de galáxias com Chandra e XMM-Newton.
Esse pico de intensidade em um comprimento de onda específico de luz de raios-X tem várias explicações intrigantes.
Mais dados e investigação serão necessários para confirmar a existência ea natureza do sinal.
Esta imagem mostra uma nova visão do aglomerado Perseus, um dos aglomerados de galáxias incluídas no novo estudo.
Um novo estudo da região central do aglomerado de galáxias Perseus, mostrada nesta imagem, usando o Observatório de Raios-X Chandra da NASA e outras 73 clusters com da ESA XMM-Newton revelou um sinal de raios-X misterioso nos dados. Este sinal está representado nos pontos de dados circulados na inserção, que é um gráfico de intensidade de raios-X, como uma função de energia de raios-X. O sinal também é visto em mais de 70 outros aglomerados de galáxias usando XMM-Newton. Esta linha não identificado emissão de raios-X - isto é, um pico de intensidade a uma energia muito específico, neste caso centrada em cerca de 3,56 kiloelectron volts ( keV ) - requer investigação adicional para confirmar a existência e a natureza do sinal, tal como descrito na última Chandra comunicado de imprensa .
Uma intrigante explicação possível deste raio-X linha de emissão é que ele é produzido pelo decaimento de neutrinos estéreis, um tipo de partícula que tem sido proposto como um candidato para a matéria escura . Enquanto mantém potencial emocionante, estes resultados devem ser confirmados com dados adicionais para descartar outras explicações e determinar se é plausível que a matéria escura foi observada.
Há incerteza nestes resultados, em parte, porque a detecção desta linha de emissão está empurrando as capacidades de ambos Chandra e XMM-Newton , em termos de sensibilidade. Além disso, podem existir outros que neutrinos estéreis explicações, se esta linha de emissão de raios-X é considerada verdadeira. Por exemplo, existem maneiras que a matéria normal no cluster poderia ter produzido a linha, embora a análise da equipe sugeriu que todos eles se envolvem mudanças improváveis ​​para a nossa compreensão das condições físicas do aglomerado de galáxias ou os detalhes da física atômica de extremamente gases quentes.
Esta imagem é a mais recente visão de Chandra de gás quente na região central do conjunto de Perseus, onde o vermelho, verde e azul mostram baixa, média e raios-X de alta energia, respectivamente. Ele combina dados equivalente a mais de 17 dias de tempo necessário mais de uma década com Chandra observando. O Cluster Perseus é um dos objetos de maior massa no Universo, e contém milhares de galáxias imersos em uma enorme nuvem de gás superaquecido. Imagem de raios-X de Chandra In, enormes laços brilhantes, ondulações e estrias jato-como em todo o cluster pode ser visto. Os filamentos azuis escuros no centro são provavelmente devido a uma galáxia que foi dilacerada e está caindo em NGC 1275 (também conhecido como Perseus A), a galáxia gigante que está no centro do cluster. Uma visão diferente de Perseus, mostrado abaixo , combina dados do Chandra nas regiões internas do cluster e dados XMM em regiões mais longe.
Perseu
Perseu
Chandra + XMM campo cheio
Um artigo descrevendo a detecção desta linha de emissão misterioso foi publicado na edição de 1 º de julho do The Astrophysical Journal e uma pré-publicação é disponível on-line . O primeiro autor é Esra Bulbul do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CfA), em Cambridge, MA, e Goddard Space Flight Center da NASA (GSFC) em Greenbelt, Maryland. Os co-autores são Maxim Markevitch do GSFC, Adam Foster e Randall Smith de CfA, Michael Loewenstein, da Universidade de Maryland em College Park MD e GSFC e Scott W. Randall do CFA.
Apenas uma semana após Bulbul et al. colocado seu artigo no arXiv, um grupo diferente, liderado por Alexey Boyarsky, da Universidade de Leiden, na Holanda, colocou um papel no arXiv relatar evidências de uma linha de emissão no mesmo energia em observações do XMM-Newton da galáxia M31 e arredores do aglomerado Perseus. Isso reforça a evidência de que a linha de emissão é real e não um artefato instrumental.
Fatos para Perseus Cluster:
Crédito  
Raios-X: NASA / CXC / SAO / E.Bulbul, et al.
Data de lançamento
24 de junho de 2014
Escala
Imagem é de cerca de 11 minutos de arco de diâmetro (cerca de 768 mil anos-luz)
Categoria  
Grupos e aglomerados de galáxias



Coordenadas (J2000)
47.60s RA 03h 19m | dezembro 41 ° 30 '37 "
Constelação
Perseu
Data de Observação
25 pointings entre setembro 1999 e dezembro 2009
Observação
Tempo 416 horas 32 min (17 dias 8 horas 32 min).
Obs. ID 502, 503, 1513, 3209, 3404, 4289, 4946-4953, 6139, 6145, 6146, 11713-11716, 12025, 12033, 12036, 12037
Instrumento
ACIS
Também conhecido como
Abell 426
Referências
Bulbul, E. et al, 2014, APJ (aceite); arXiv: 1402,2301
Código de Cores Raios-X (Vermelho = 0,5-1,2 keV, Verde = 1,2-2,0 keV, Azul = 2,0-7,0 keV)

sábado, 5 de julho de 2014

NGC 4258 OU M 106: UMA PIROTECNIA GALÁTICA


NGC 4258, também conhecida como Messier 106, está localizado a cerca de 23 milhões de anos-luz da Terra.
Um novo composto de NGC 4258 apresenta raios-X de Chandra (azul), as ondas de rádio do VLA (roxo), os dados ópticos do Hubble (amarelo e azul), e infravermelho com Spitzer (vermelho).
NGC 4258 é bem conhecido para a astronomia de ter braços "anormais" que não estão alinhadas com o plano do Galaxy, mas sim se cruzam com ele.
Os pesquisadores estão tentando entender como o buraco negro gigante no centro da NGC 4258 está a afectar o resto da galáxia.
Uma galáxia cerca de 23 milhões de anos-luz de distância é o local de impressionantes, em curso, fogos de artifício. Em vez de papel, pó, e fogo, esta luz galáctica espetáculo envolve um buraco negro gigante, ondas de choque, e vastos reservatórios de gás.
Esta queima de fogos galácticos está ocorrendo em NGC 4258 (também conhecida como M106), uma galáxia espiral como a Via Láctea. Esta galáxia é famosa, no entanto, algo que a nossa galáxia não tem - dois braços extras em espiral que brilham no raio-X, ópticos, e luz de rádio. Estas características, ou braços fantasma, não estão alinhadas com o plano do Galaxy, mas em vez disso se cruzam com ele.
Os braços fantasma são vistos nesta nova imagem composta de NGC 4258, onde os raios-X do Observatório de raios-X Chandra da NASA são azuis, os dados de rádio da NSF Karl Jansky Very Large Array são roxo, os dados ópticos do telescópio espacial Hubble, da NASA são amarelos e dados azuis, e infravermelhas do telescópio espacial Spitzer da NASA são vermelhos.
Um novo estudo destes braços fantasma feitos com Spitzer mostra que as ondas de choque, semelhantes aos estrondos sônicos de aviões supersônicos, são o aquecimento de grandes quantidades de gás - o equivalente a cerca de 10 milhões de sóis. O que está gerando estas ondas de choque? Radio dados mostram que o buraco negro supermassivo no centro da NGC 4258 está produzindo poderosos jatos de partículas de alta energia. Pesquisadores thinkthat desses jatos golpear o disco da galáxia e gerar ondas de choque. Estas ondas de choque, por sua vez, aquecer uma parte do gás - composta principalmente por moléculas de hidrogénio - de milhares de graus. Como mostra a nossa imagem adicional, composite, parte da evidência para este processo de aquecimento vem da semelhança na localização entre a emissão de hidrogênio e de raios-X, tanto pensado para ser causado por choques, e os jatos de rádio.
A imagem de raios-X Chandra revela enormes bolhas de gás quente acima e abaixo do plano da galáxia. Essas bolhas indicam que a maior parte do gás que estava originalmente no disco da galáxia foi aquecido a milhões de graus e ejetado para as regiões exteriores pelos jatos do buraco negro.
A ejeção de gás a partir do disco pelos jatos tem implicações importantes para o destino desta galáxia. Os pesquisadores estimam que todo o gás restante será ejetado dentro dos próximos 300 milhões ano - muito em breve em escalas de tempo cósmico - a menos que seja de alguma forma repostos. Porque a maior parte do gás no disco já foi ejectada, menos de gás está disponível para novas estrelas se formarem. De fato, os pesquisadores usaram dados do Spitzer para estimar que as estrelas estão se formando nas regiões centrais de NGC 4258, a uma taxa que é cerca de dez vezes menos do que na Via Láctea.
Observatório Espacial Herschel da Agência Espacial Europeia foi utilizado para confirmar a estimativa de dados do Spitzer da baixa taxa de formação de estrelas nas regiões centrais de NGC 4258. Herschel também foi usado para fazer uma estimativa independente de quanto gás permanece no centro da galáxia . Depois de permitir que para o grande impulso na emissão infravermelha causada pelos choques, os pesquisadores descobriram que a massa de gás é dez vezes menor do que havia sido estimado anteriormente.
Porque NGC 4258 é relativamente perto da Terra, os astrônomos podem estudar como esse buraco negro está a afectar a sua galáxia em grande detalhe. O buraco negro supermassivo no centro da NGC 4258 é cerca de dez vezes maior do que a da Via Láctea, e também está consumindo o material em um ritmo mais rápido, aumentando potencialmente o seu impacto sobre a evolução da sua galáxia anfitriã.
Estes resultados foram publicados no 20 de junho de 2014 questão da revista Astrophysical Journal Letters e estão disponíveis on-line . Os autores são Patrick Ogle, Lauranne Lanz e Philip Appleton, do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, CA.
Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Ciência Mission Directorate da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo de Chandra
Fatos de NGC 4258 (M106):
Crédito
Raios-X: NASA / CXC / Caltech / P.Ogle et al; Optical: NASA / STScI; IR: NASA / JPL-Caltech; Rádio: NSF / NRAO / VLA
Data de lançamento
02 de julho de 2014
Escala
Imagem é de cerca de 6,6 minutos de arco de diâmetro (cerca de 44.000 anos-luz)
Categoria
Normais Galáxias Starburst & Galáxias , quasares e galáxias ativas
Coordenadas (J2000)
RA 00s 2h 19m | dezembro 47 18 00
Constelação
Canes Venatici
Data de Observação
Três pointings de 17 de Abril de 2000 a 29 de maio de 2001
Observação
Tempo 4 horas
Obs.
ID 350, 1618, 2340
Instrumento
ACIS
Referências
Ogle, PM et al, 2014, APJ, 788, 33; arXiv: 1405:2040
Código de Cores
De raios-X (azul); Óptico (Ouro Azul); Infravermelho (vermelho); Radio (roxo)
RádioIRÓticoRaio X
Distância Estimativa  
Cerca de 23 milhões de anos-luz

quinta-feira, 3 de julho de 2014

COMETA DISTANTE TRANSPIRA DOIS COPOS DÁGUA POR SEGUNDO


Ilustração da Agência Espacial Europeia (ESA) mostra representação da sonda Rosetta. Créditos: C.Carreau/ESA/AFP/Arquivos
Uma medição sem precedentes de um cometa detectado no espaço revelou que o corpo congelado perde dois copos pequenos d'água por segundo, informou nesta segunda-feira a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
A sonda Rosetta, da ESA, fez as medições em 6 de junho, quando direcionou seu sensor de micro-ondas na direção do Cometa 67P/ Churyumov-Gerasimenko, onde pousará um módulo em agosto, depois de uma jornada espacial de dez anos.
As pesquisas revelaram que o cometa perdeu 300 mililitros de vapor d'água por segundo, mesmo que ainda orbite a 583 milhões de quilômetros do sol.
A medição é um feito técnico, realizado quando a sonda ainda estava a 350.000 km do cometa.
Ela também indica que o sol começa a ter um impacto visível nos cometas mesmo quando estes nômades espaciais ainda estejam a grande distância, destacou a ESA em um comunicado de imprensa.
"Sempre soubemos que veríamos vapor d'água saindo do cometa, mas ficamos surpresos ao descobri-lo tão cedo", disse Sam Gulkis, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, encarregado do instrumento de micro-ondas MIRO, da sonda Rosetta.
"Nesta proporção, o cometa preencheria uma piscina olímpica em cerca de 100 dias. Mas, à medida que se aproxima do sol, a taxa de produção aumentará significativamente", concluiu.
Os cometas fazem trajetos elípticos ao redor do sol, liberando espetaculares caudas de gás, poeira e água congelada, à medida que a estrela faz com que o gelo superficial evapore.
Essas caudas, iluminadas pela luz do sol, são o que fazem dos cometas corpos celestes tão espetaculares vistos da Terra.
Lançada em 2004, a sonda Rosetta é desenhada para encontrar o "67P" em agosto e segui-lo em sua jornada ao redor do sol.
Em novembro, ela enviará um módulo de pouso do tamanho de uma geladeira e pesando 100 quilos, que se acoplará à superfície do cometa para realizar experimentos científicos.
Nesta segunda-feira, segundo a ESA, a nave estava a 72.000 km de seu destino.
Serão necessárias seis manobras ao longo das próximas semanas para garantir que se aproxime até 100 km da rocha, em 6 de agosto.
Serão necessárias seis manobras ao longo das próximas semanas para garantir que se aproxime até 100 km da rocha, em 6 de agosto.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

EXPLOSÕES GIGANTESCAS ENTERRADOS NA POEIRA


ALMA sonda ambiente de rajadas em torno de nuvens escuras e de raios gama publicação feita em 11 de junho de 2014.
Observações do Atacama Large Millimeter Matriz / submillimeter (ALMA), faz pela primeira vez diretamente o mapa do gás molecular e da poeira nas galáxias hospedeiras e de explosões de raios gama (GRBs) - os maiores explosões no Universo. Em uma completa surpresa, menos gás foi observado que o esperado, e, correspondentemente, muito mais poeira, fazendo que algumas GRBs aparecem como "GRBs escuras". Este trabalho foi publicada na revista Nature em 12 de Junho de 2014 e é o primeiro resultado de ciência do ALMA em GRBs para aparecer. Isso mostra o potencial do ALMA para nos ajudar a entender melhor esses objetos.
Explosões de raios gama (GRBs) são intensas rajadas de altíssima energia observadas em galáxias distantes - o mais brilhante fenômeno explosivo no Universo. Explosões que duram mais do que um par de segundos são conhecidos como de longa duração explosões de raios gama (LGRBs) e estão associadas a explosões de supernovas - detonações poderosas nas extremidades da vida de estrelas de grande massa.
Em apenas uma questão de segundos, um típico lançamentos explosão tanta energia quanto o sol em toda a sua vida útil de dez bilhões de anos. A explosão em si é geralmente seguido por uma emissão enfraquecendo lentamente, conhecida como uma fosforescência, que é pensado para ser criados por colisões entre o material ejetado eo gás circundante.
No entanto, algumas explosões de raios gama misteriosamente parecem não ter arrebol - eles são referidos como rajadas escuras. Uma possível explicação é que as nuvens de poeira absorvem a radiação arrebol.
Nos últimos anos, os cientistas têm trabalhado para entender melhor como GRBs formar sondando suas galáxias hospedeiras. Os astrônomos esperavam que as estrelas de grande massa que eram progenitores OOG poderia ser encontrado em regiões ativas de formação estelar nestas galáxias, que seriam cercadas por uma grande quantidade de gás molecular - o combustível para a formação de estrelas. No entanto, não houve resultado observacional para apoiar essa teoria, deixando um mistério de longa data.
Pela primeira vez, uma equipe de astrônomos japoneses liderados por Bunyo Hatsukade do Observatório Astronômico Nacional do Japão, usaram ALMA para detectar a emissão de rádio a partir de gás molecular em dois hospedeiros LGRB escuras - GRB 020819B e GRB 051022 - em cerca de 4,3 bilhões e 6,9 bilhões de anos-luz, respectivamente. Embora tal emissão de rádio nunca havia sido detectado nas galáxias hospedeiras da OOG, ALMA tornou possível com a sua alta sensibilidade sem precedentes  .
Kotaro Kohno, professor da Universidade de Tóquio e um membro da equipe de pesquisa, disse: " Estamos à procura de gás molecular em galáxias hospedeiras OOG há mais de dez anos, usando vários telescópios ao redor do mundo. Como resultado do nosso trabalho duro, nós finalmente conseguido um avanço notável usando o poder da ALMA. Estamos muito animado com o que conseguimos. "
Outro feito notável tornada possível pela alta resolução de ALMA foi descobrir a distribuição de gás molecular e poeira em galáxias hospedeiras da OOG. Observações do GRB 020819B revelou um ambiente extremamente rico em poeira nos arredores da galáxia hospedeira, enquanto que o gás molecular foi encontrada apenas em torno de seu centro. Esta é a primeira vez que uma tal distribuição entre galáxias OOG foi revelado  .
" Nós não esperávamos que GRBs ocorreria em um ambiente tão empoeirado com uma baixa relação de gás molecular em pó. Isso indica que o GRB ocorreu em um ambiente completamente diferente de uma região típica de formação de estrelas, "diz Hatsukade. Isto sugere que as estrelas massivas que morrem como GRBs mudar o ambiente em sua região de formação de estrelas antes de explodir.
A equipa de investigação acredita que uma possível explicação para a elevada proporção de poeira em comparação com o gás molecular no site da GRB é a diferença em suas reações à radiação ultravioleta. Desde as ligações entre os átomos que compõem as moléculas são facilmente quebradas pela radiação ultravioleta, o gás molecular não pode sobreviver em um ambiente exposto à radiação ultravioleta forte produzido pelas estrelas quentes, enormes em sua região de formação de estrelas, incluindo aquele que acabaria por explodir enquanto os raios gama observada. Apesar de uma distribuição semelhante também é visto no caso de GRB 051022, este ainda tem de ser confirmada devido à falta de resolução (como o anfitrião GRB 051022 está localizado mais longe do que o anfitrião GRB 020819B). Em qualquer caso, estas observações ALMA suporta a hipótese de que é o pó que absorve a radiação pós-luminescência, fazendo com que as rajadas escuras de raios gama.
" Os resultados obtidos neste momento foram além das nossas expectativas. Precisamos realizar mais observações com outros hosts da OOG para ver se isso pode ser condições ambientais gerais de um site GRB. Estamos ansiosos para futuras pesquisas com a melhoria da capacidade de ALMA " , diz Hatsukade.

terça-feira, 1 de julho de 2014

ASTRÔNOMOS DESCOBREM PLANETA PARECIDO COM A TERRA E PRÓXIMO DE NÓS

Astrônomos anunciaram nesta semana a descoberta de um planeta cujas características estão entre as mais parecidas com a Terra já identificadas até hoje. Batizado Gliese 832c, o corpo celeste fica a cerca de 16 anos-luz de nós, distância considerada pequena em termos astronômicos.
Apesar de ter uma atmosfera semelhante a nossa, o Gliese 832c tem uma massa 5,4 vezes maior que a Terra e orbita uma estrela vermelha “anã” a cada 36 dias. Isso significa que o planeta em questão fica muito mais perto de sua fonte de calor, em comparação com a nossa distância do Sol. No entanto, como essa estrela anã tem apenas metade da massa do Sol, o Gliese recebe cerca da mesma quantidade de energia solar. Por esta condição, o novo planeta não é nem muito quente e nem frio demais. Ou seja, poderia existir água líquida em sua superfície.
O Gliese 832c é um dos mais planetas semelhantes à Terra já descobertos, de acordo com o Índice de Similaridade Terra. Esta medida integra uma série de fatores, incluindo a temperatura da superfície e a densidade do planeta, em uma escala que vai de 0 a 1. O Gliese foi classificado como 0,81 na tabela, próximo ao índice conferido ao planeta considerado mais semelhante à Terra já descoberto, de 0,89.
No entanto, isso não quer dizer o Gliese 832c tem superfície parecida com a nossa, pois a grande massa do planeta indica que sua atmosfera seja bem mais espessa que a nossa, o que levaria a um efeito estufa fora de controle e temperaturas em ebulição.
Fonte: O Globo