domingo, 31 de maio de 2015

VLT. DO ESO DESCOBRE UMA SUPER ESTRELA BRILHANTE, MAS SOLITÁRIA

The brilliant star VFTS 682 in the Large Magellanic Cloud (annotated)


Uma estrela extraordinariamente brilhante, porém isolada, foi encontrada numa galáxia próxima - a estrela é três milhões de vezes mais brilhante que o Sol. Todas as “super-estrelas” anteriormente descobertas foram encontradas em aglomerados estelares, mas este farol brilha com um esplendor solitário. A origem desta estrela é misteriosa: será que se formou isolada ou foi ejetada de um aglomerado? Qualquer destas hipóteses põe à prova o conhecimento dos astrônomos sobre a formação estelar.
Uma equipe internacional de astrônomos utilizou o Very Large Telescope do ESO para estudar detalhadamente a estrela VFTS 682 situada na Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia vizinha da Via Láctea. Ao analisar a radiação da estrela, com o instrumento FLAMES do VLT, descobriu-se que esta estrela possui 150 vezes mais massa do que o Sol. Até agora estrelas como esta só tinham sido encontradas nos centros muito densos de aglomerados estelares, mas a VFTS 682 encontra-se isolada.
“Ficamos muito surpreendidos por encontrar uma estrela de tão grande massa isolada, em vez de se encontrar situada num aglomerado estelar rico,” diz Joachim Bestenlehner, o autor principal deste novo estudo, estudante do Observatório de Armagh, na Irlanda do Norte. “A sua origem é misteriosa.”
Esta estrela foi inicialmente descoberta numa busca efetuada nas estrelas mais brilhantes situadas no interior e em volta da Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães. A estrela situa-se numa maternidade estelar: uma enorme região de gás, poeira e estrelas jovens, que é, na realidade, a região de formação estelar mais ativa no Grupo Local de galáxias. Inicialmente pensou-se que a VFTS 682 fosse quente, jovem e brilhante, sem no entanto possuir características especiais. Contudo, este novo estudo feito com o VLT revelou que muita da energia da estrela está a ser absorvida e dispersada por nuvens de poeira antes de chegar à Terra - ou seja, a estrela é na realidade mais brilhante do que o que se pensava anteriormente, encontrando-se mesmo entre as estrelas mais brilhantes conhecidas.
A radiação vermelha e infravermelha emitida pela estrela atravessa a poeira, mas a radiação azul e verde, de menor comprimento de onda, é dispersada e consequentemente perdida. O resultado disto é que a estrela aparece-nos mais avermelhada do que é na realidade. Se a víssemos completamente livre de obstruções ela brilharia num tom azul-branco luminoso.
Além de ser extremamente brilhante, a VFTS 682 é também muito quente, com uma temperatura em sua superfície de cerca de 50 000 graus Celsius. Estrelas com tão estranhas propriedades podem acabar as suas curtas vidas não apenas como supernovas, como é normal para estrelas de grande massa, mas possivelmente como as mais dramáticas explosões de raios gama de longa duração, as explosões mais brilhantes no Universo.
Embora a VFTS 682 pareça estar atualmente sozinha, não se encontra muito afastada do aglomerado estelar muito rico RMC 136 (muitas vezes chamado apenas R 136), que contém várias “super-estrelas” semelhantes (eso1030).
“Os novos resultados mostram que a VFTS 682 é praticamente idêntica a uma das super-estrelas mais brilhantes situada no coração do aglomerado estelar R 136,” acrescenta Paco Najarro, outro membro da equipa do CAB (INTA-CSIC, Espanha).
Será possível que a VFTS 682 tenha sido formada neste aglomerado e posteriormente ejetada? Tais “estrelas fugitivas” são conhecidas dos astrônomos, mas todas as que se conhecem são meores que a VFTS 682. Seria por isso interessante descobrir como é que uma estrela de tão grande massa poderia ser lançada para fora do aglomerdo por interações gravitacionais.
“Parece mais fácil formar as estrelas maiores e mais brilhantes no interior de aglomerados estelares ricos,” acrescenta Jorick Vink, outro membro da equipe. “ E embora seja possível, é muito mais difícil compreender como é que estes faróis brilhantes se formam sozinhos. O que torna a VFTS 682 verdadeiramente fascinante.”

sábado, 30 de maio de 2015

O LADO NEGRO DOS AGLOMERADOS ESTELARES: VLT DESCOBRE UM NOVO TIPO DE AGLOMERADOS ESTELARES GLOBULARES

A galáxia elíptica gigante Centaurus A (NGC 5128) e os seus estranhos aglomerados globulares
 Esta enorme galáxia elíptica, NGC 5128 (também conhecida por Centaurus A), é a galáxia deste tipo mais próxima da Terra, situada a cerca de 12 milhões de anos-luz de distância. Observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO, no Chile, descobriram uma nova classe de aglomerados estelares globulares “escuros” em torno desta galáxia. Estes objetos encontram-se assinalados em vermelho. Os aglomerados normais estão assinalados em azul e os aglomerados globulares que apresentam propriedades semelhantes às das galáxias anãs estão em verde. Os aglomerados escuros são muito parecidos aos outros aglomerados da galáxia, no entanto contêm muito mais massa.
Crédito: ESO/Digitized Sky Survey. Acknowledgement: Davide de Martin
Observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO, no Chile, revelaram uma nova classe de aglomerados estelares globulares “escuros” situados em torno da galáxia gigante Centaurus A. Estes objetos misteriosos parecem-se com aglomerados normais, mas contêm muito mais massa e podem abrigar quantidades inesperadas de matéria escura ou então conter buracos negros massivos. Nenhuma destas hipóteses era esperada, e as suas causas ainda são desconhecidas.
Os aglomerados estelares globulares são enormes bolas de milhões de estrelas que orbitam a maioria das galáxias. Tratam-se dos sistemas estelares mais velhos do Universo, tendo sobrevivido durante a maior parte do tempo do crescimento e evolução das galáxias.
Matt Taylor, estudante de doutoramento na Pontificia Universidad Catolica de Chile, Santiago, Chile, e bolsista do ESO, é o autor principal deste novo estudo. Matt explica: “Os aglomerados estelares e as suas estrelas constituintes são a chave para compreender a formação e evolução das galáxias. Durante décadas, os astrônomos pensaram que as estrelas que constituíam um determinado aglomerado globular tinham todas a mesma idade e composição química - mas agora sabemos que estes objetos são bem mais estranhos e complexos”.
A galáxia elíptica Centaurus A (também chamada NGC 5128) é a galáxia gigante mais próxima da Via Láctea e pensa-se que abrigue cerca de 2000 aglomerados globulares. Muitos destes aglomerados são mais brilhantes e mais massivos dos que os cerca de 150 que orbitam a Via Láctea.
Matt Taylor e a sua equipe executaram o estudo mais detalhado feito até hoje de uma amostra de 125 aglomerados globulares que se situam em torno de Centaurus A, com o auxílio do instrumento FLAMES montado no Very Large Telescope do ESO, no Observatório do Paranal, no norte do Chile.
A equipe usou estas observações para deduzir a massa dos aglomerados e comparar este resultado com o quão brilhante cada um deles é.
Para a maioria dos aglomerados do novo rastreio, os mais brilhantes apresentam maior massa da maneira esperada - se um aglomerado contém mais estrelas tem um brilho total maior e mais massa total. Mas para alguns dos aglomerados globulares observou-se algo inesperado: eram muitas vezes mais massivos do que pareciam. E mais estranho ainda, quanto mais massivos eram estes aglomerados incomuns, maior a fração de material que era escuro. Algo nestes aglomerados era escuro, escondido e massivo. Mas o quê?
Existem várias possibilidades. Talvez os aglomerados escuros contenham buracos negros ou outro tipo de restos estelares escuros nos seus núcleos. Este é um fenômeno que pode explicar alguma da massa escondida, mas a equipe concluiu que tem que haver algo mais. E matéria escura? Os aglomerados globulares são normalmente considerados praticamente desprovidos desta substância misteriosa mas, talvez devido a alguma razão desconhecida, alguns aglomerados tenham retido uma quantidade significativa de aglomerações de matéria escura no seu interior. Este aspecto poderá explicar as observações, no entanto não se enquadra nas teorias convencionais.
Thomas Puzia, co-autor do trabalho, acrescenta: ”A nossa descoberta de aglomerados estelares com massas inesperadamente elevadas para o número de estrelas que contêm sugere a existência de várias famílias de aglomerados globulares, com diferentes histórias de formação. Aparentemente alguns aglomerados estelares parecem ser bastante comuns, mas na realidade podem ter muito mais, literalmente, do que o que efetivamente observamos”.
Estes objetos permanecem um mistério. A equipe está também trabalhando num rastreio maior de outros aglomerados globulares noutras galáxias e existem algumas pistas intrigantes de que tais aglomerados escuros se encontram também noutros lugares.
Matt Taylor resume a situação: “Encontramos uma nova e misteriosa classe de aglomerados estelares! Isto mostra o quanto ainda temos a aprender sobre todos os aspectos da formação de aglomerados globulares. Trata-se de um resultado importante e o próximo passo consiste em descobrir mais exemplos destes aglomerados escuros em torno de outras galáxias”.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

OBSERVADO FILAMENTO GIGANTESCO 4 VEZES MAIOR QUE JÚPITER NA SUPERFÍCIE DO SOL

gigante filamento solar dia 27 de maio de 2015 Podemos dizer que depois do Sol, o grande filamento é o segundo maior objeto do Sistema Solar no momento. Quais são suas consequências? Descubra quais são os riscos gigante deste filamento solar visto no dia 27 de maio de 2015
Algo gigantesco tem chamado a atenção dos cientistas responsáveis pelo monitoramento da atividade solar: trata-se de um filamento de proporções descomunais, que se estende por quase 700.000 km de diâmetro no disco solar.
Paco Bellido registrou a imagem do Sol em 3D, mostrando seu gigantesco filamento no dia 27 de maio, em seu próprio observatório de quintal em Córdoba, na Espanha. Siga as instruções e veja o Sol e seu enorme filamento em 3D:
Sol em 3D
Sol em 3D exemplo: Para visualizar a imagem em 3D, cruze os olhos e uma terceira imagem surgirá no centro, resultado das duas imagens combinadas. Se você ver 4 sóis, relaxe as vistas e tente novamente. A imagem deve estar perfeitamente na horizontal.Não precisa realizar esta proeza a imagem já está finalizada. Créditos: Paco Bellido         /      
Segundo especialistas em atividade solar, filamentos grandes são geralmente muito instáveis, e olha que nem precisa ser um tão grande assim para gerar preocupações. Os filamentos são basicamente feitos de plasma, e formam uma espécie de cauda, presa ao disco solar por conta de seu intenso campo magnético. Esses agrupamentos de plasma geralmente chegam a ter 150.000 km quando são considerados grandes. O filamento solar que estamos vendo tem quase 10 vezes o tamanho de um filamento já considerado grande.
Os efeitos
Como foi dito anteriormente, filamentos grandes são instáveis, e podem entrar em erupção a qualquer momento. Quando isso acontece, parte desse plasma é lançado para o espaço, e quando atingem a Terra, geram tempestades geomagnéticas. As tempestades geomagnéticas pode ser fracas, gerando apenas auroras polares, ou fortes o suficiente para causar apagões de rádio, danos a equipamentos eletrônicos, linhas de transmissão de energia e problemas sérios em satélites, incluindo os que operam GPS. Além disso, os astronautas que encontram-se no espaço podem sofrer consequências caso uma tempestade geomagnética forte atinja a nossa região atmosférica.
Além de todos esses possíveis efeitos, quando parte desse filamento cai de volta na superfície solar, produz um tipo de explosão solar chamada de "largamento de Hyder", que é basicamente um flare que se origina de uma região não ativa e sem manchas solares. Um alargamento Hyder, assim como uma explosão solar comum, se direcionada para a Terra, pode causar apagões de rádio, problemas em satélites, transmissões de energia, e outros efeitos desagradáveis para astronautas no espaço.
Acompanhe sua evolução
Se você possui lentes próprias para observação solar, ou filtros específicos para telescópios, é possível observar o grande filamento no Sol. Em astrofotografias, também é possível avistar esse grande filamento de plasma na superfície solar, e assim, acompanhar sua evolução.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A TERRÍVEL BELEZA DA NÉBULA MEDUSA

O Very Large Telescope do ESO obtém imagem da Nebulosa da Medusa
Com o auxílio do Very Large Telescope do ESO, instalado no Chile, astrônomos capturaram a imagem mais detalhada até hoje da Nebulosa da Medusa. À medida que a estrela no coração desta nebulosa se aproxima de sua aposentadoria, as suas camadas mais exteriores vão sendo libertadas para o espaço, formando uma nuvem colorida. A imagem pressagia o que acontecerá ao Sol num futuro distante, quando na sua fase final se transformar num objeto desde tipo.
Esta bonita nebulosa planetária retira o seu nome da terrível criatura da mitologia grega - Medusa, a Górgone. Este objeto tem também o nome Sharpless 2-274 e situa-se na constelação dos Gêmeos. A Nebulosa da Medusa tem uma dimensão de cerca de quatro anos-luz e encontra-se a uma distância de cerca de 1500 anos-luz da Terra. Apesar do seu tamanho é extremamente tênue e difícil de observar.
A Medusa era uma criatura hedionda com serpentes na cabeça em vez de cabelos. As serpentes estão representadas pelos filamentos serpenteantes de gás brilhante desta nebulosa. O brilho vermelho do hidrogênio e a emissão verde mais fraca do oxigênio estendem-se muito para além da imagem, formando esta imagem crescente no céu. A ejeção de massa por parte das estrelas que se encontram nesta fase da sua evolução é muitas vezes intermitente, o que pode resultar em estruturas fascinantes no seio das nebulosas planetárias.
Imagem de grande angular do céu em torno da Nebulosa da Medusa
Imagem de grande angular do céu em torno da Nebulosa da Medusa
Esta imagem  grande angular mostra o céu em torno da grande mas tênue nebulosa planetária conhecida por Nebulosa da Medusa. Podemos ver toda a extensão deste objeto, assim como muitas estrelas tênues e, muito para lá delas, inúmeras galáxias distantes. Esta imagem foi criada a partir de dados do Digitized Sky Survey 2. Crédito:ESO/Digitized Sky Survey 2
Durante dezenas de milhares de anos os núcleos estelares das nebulosas planetárias encontram-se rodeados por estas espetaculares nuvens coloridas de gás. Depois de mais alguns milhares de anos o gás vai-se dispersando lentamente para o meio circundante. Trata-se da última fase de transformação de estrelas como o Sol, antes de terminarem as suas vidas ativas sob a forma de anãs brancas. A fase de nebulosa planetária na vida de uma estrela corresponde a uma fração minúscula do seu tempo de vida total - tal como o tempo que uma criança leva a soprar uma bola de sabão e a vê-la afastar-se é um instante breve no seu tempo de vida total.
A radiação ultraviolenta intensa emitida pela estrela muito quente que se situa no núcleo da nebulosa, faz com que os átomos do gás que se desloca para o exterior perca os seus elétrons, dando origem ao gás ionizado. As cores características deste gás brilhante podem ser usadas para identificar objetos. Em particular, a presença do brilho verde emitido pelo oxigênio duas vezes ionizado ([O III]) usa-se para encontrar nebulosas planetárias. Utilizando filtros apropriados. Os astrônomos conseguem isolar a radiação emitida pelo gás brilhante e fazer com que a nebulosa tênue apareça muito mais destacada sobre o plano de fundo mais escuro.
Quando a emissão verde de [O III] da nebulosa foi observada pela primeira vez, os astrônomos pensaram que tinham descoberto um novo elemento, ao qual chamaram nebulium. Mais tarde compreenderam que se tratava simplesmente de um comprimento de onda de radiação raro, de uma forma ionizada do familiar elemento que era o oxigênio.
Esta nebulosa também tem o nome de Abell 21 (ou mais formalmente PN A66 21), devido ao astrônomo americano George O. Abell, que descobriu este objeto em 1955. Durante algum tempo os astrônomos debateram entre si se esta nuvem seria os restos da explosão de uma supernova. No entanto, nos anos 1970, os investigadores conseguiram medir o movimento e outras propriedades do material da nuvem e esta foi claramente identificada como sendo uma nebulosa planetária.
Esta imagem foi criada a partir de dados capturados com o instrumento FORS (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph), montado no VLT, obtidos no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

GRAVIDADE: COMO FUNCIONA? COMO PODEMOS ENTENDÊ-LA

Nós a sentimos mas não podemos toca-la e nem vê-la, mas é comprovada a sua força e existência. A gravitação mantém os planetas em órbita ao redor do Sol. (Sem escala)
A gravidade é uma das quatro forças fundamentais da natureza, em conjunto com a força forte, eletromagnetismo e força fraca.1 Na física moderna, a descrição mais precisa da gravidade é dada pela teoria geral da relatividade de Einstein, segundo a qual o fenômeno é uma consequência da curvatura espaço-tempo que regula o movimento de objetos inertes. A clássica Lei da gravitação universal de Newton postula que a força da gravidade é proporcional às massas dos corpos em interação e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre si. Esta descrição oferece uma aproximação precisa para a maioria das situações físicas, entre as quais os cálculos de trajetória espacial.2
Do ponto de vista prático, a atração gravitacional da Terra confere peso aos objetos e faz com que caiam ao chão quando são soltos (como a atração é mútua, a Terra também se move em direção aos objetos, mas apenas por uma ínfima fração)

A Lua é atraída pela Terra, a Terra é atraída pelo Sol,e o Sol é atraído pela Via Láctea... Todos atraídos em queda contínua e constante por força gravitacional em maior escala.
Do ponto de vista cosmológico, a gravidade faz com que a matéria dispersa se aglutine, e que essa matéria aglutinada se mantenha intacta, permitindo dessa forma a existência de planetas, estrelas, galáxias e a maior parte dos objetos macroscópicos no universo. A gravidade é ainda responsável por manter a Terra e os demais planetas e satélites nas respetivas órbitas, pela formação das marés pela convecção natural, e por aquecer o interior de estrelas e planetas em formação e por vários outros fenômenos na Terra e no universo.
Gravitação é a força de atração que existe entre todas as partículas com massa no universo. A gravitação é responsável por prender objetos à superfície de planetas e, de acordo com as leis do movimento de Newton, é responsável por manter objetos em órbita em torno uns dos outros. A gravidade faz muito mais do que simplesmente segurar-nos às nossas cadeiras.
Foi Isaac Newton quem a reconheceu. Newton escreveu numa das suas memórias que na altura em que estava a tentar compreender o que mantinha a Lua no céu viu uma maçã cair no seu pomar, e compreendeu que a Lua não estava suspensa no céu mas sim que caía continuamente, como se fosse uma bola de canhão que fosse disparada com tanta velocidade que nunca atinge o chão por este também "cair" devido à curvatura da Terra.
Segundo a terceira lei de Newton, quaisquer dois objectos exercem uma atração gravitacional um sobre o outro de igual valor e sentido oposto. Pouco se sabia sobre gravitação até o século XVII, pois acreditava-se que leis diferentes governavam os céus e a Terra. A força que mantinha a Lua pendurada no céu nada tinha a ver com a força que nos mantém presos à Terra. Isaac Newton foi o primeiro a pensar na hipótese das duas forças possuírem as mesmas naturezas; até então, havia apenas a teoria magnetista de Johannes Kepler, que dizia que era o magnetismo que fazia os planetas orbitarem o Sol.

terça-feira, 26 de maio de 2015

SATURNO ESTA CHEGANDO EM SUA MÁXIMA APROXIMAÇÃO DE 2015,E ESTARÁ MAIS BRILHANTE DO QUE NOS ÚLTIMOS 8 ANOS


O gigante Senhor dos anéis do Sistema Solar está chegando em seu ponto mais próximo da Terra, e esse é o melhor momento para observá-lo. Saturno em seu ponto mais próximo nos dá a oportunidade de contemplá-lo durante toda a noite! E você sabe que nesta semana é a melhor época para aproveitar esse grande alinhamento cósmico? E o melhor: Saturno estará mais brilhante do que esteve nos últimos oito anos
Saturno encontra-se atualmente entre as constelações de Escorpião e Libra, e a partir das 21:00 é fácil de ser localizado pois está observável no centro do céu noturno,os anéis do planeta estão inclinados a um ângulo de 24°, o que faz com que o planeta se torne mais brilhante nesse momento. Justamente por isso, esta é a melhor época dos últimos anos para observar Saturno.
Assim como seus anéis, astrônomos amadores podem ver até 8 de seus 62 satélites naturais, apenas utilizando telescópios amadores. O maior e mais brilhante de todos é Titã, que parece com uma pequena bola laranja em grandes ampliações. A cor fascinante dessa lua vem de nuvens de poluição orgânica congelada na sua atmosfera espessa desse pequeno mundo. E por conta da maioria das luas de Saturno estarem no mesmo plano de seus anéis, elas vão aparecer  um pouco acima ou abaixo do equador do planeta,conforme elas movem suas órbitas ao redor do gigante senhor dos anéis.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

PEQUENAS SOLITÁRIAS: ASTRÔNOMOS ENCONTRAM GALÁXIAS ERRANTES VAGANDO PERDIDAS NO VAZIO DO ESPAÇO INTERGALÁTICO

galáxia compacta
Galáxias errantes vagam perdidas. Elas estão sozinhas, nos lugares mais frios e isolados do Universo...
Conhecemos quase 30 estrelas que estão saindo da Via Láctea para explorar o vazio do Espaço fora de casa, e encontramos inclusive, um aglomerado de estrelas que está escapando de sua galáxia pra sempre. Mas como a grandeza do Universo sempre nos surpreende, os astrônomos encontraram 11 galáxias fugitivas, que foram arremessadas para fora de seus grupos, e estão em meio a uma visita no espaço intergalático, o lugar mais frio e vazio que conhecemos no Universo.
"Essas galáxias estão enfrentando um futuro solitário, exiladas dos aglomerados de galáxias que pertenciam", comenta o astrônomo Igor Chilingarian do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, e da Universidade Estadual de Moscou. Igor é o principal autor do estudo, que foi publicado na revista Science.
Podemos dizer que um objeto está fugindo quando ele está se movendo na direção oposta de seu grupo a uma velocidade maior do que a velocidade de escape, o que significa que ele nunca mais vai voltar. No caso de uma estrela fugitiva, estamos falando de uma velocidade de aproximadamente 500 km/s. Por sua vez, para uma galáxia escapar do poder gravitacional de seu grupo, ela deve atingir uma velocidade ainda mais incrível, de cerca de 3.000 km/s.
galáxias errantes vagam perdidas
galáxia compacta
Galáxia elíptica compacta. Créditos: Fresno State Observatory
Igor e seu co-autor, Ivan Zolotukhin (L'Institut de Recherche en Astrophysique et Planetologie / Universidade Estadual de Moscou), identificaram inicialmente novos membros de uma classe de galáxias elípticas, as chamadas "elípticas compactas". Elas são como bolhas pequenas, maiores do que aglomerados de estrelas e menores do que uma galáxia típica, abrangendo apenas algumas centenas de anos-luz. Em comparação, a Via Láctea possui cerca de 100.000 anos-luz de diâmetro. Elípticas compactas também possuem 1.000 vezes menos massa do que uma galáxia como a nossa.
Antes deste estudo, apenas cerca de 30 galáxias elípticas compactas eram conhecidas, todas eles residentes em aglomerados de galáxias. Igor e Ivan desejavam observar novos exemplos dessas pequenas galáxias, e através de arquivos públicos do Observatório Sloan Digital Sky Survey e do satélite GALEX, concluíram a pesquisa, que identificou quase 200 novas galáxias elípticas compactas. De todas elas, Desses, 11 eram estavam completamente isoladas, longe de qualquer grande galáxia ou aglomerado de galáxias.
Esse resultado foi inesperado, uma vez que a teoria dizia que essas galáxias compactas tiveram origem nas galáxias maiores, que teria ejetado uma quantidade grande de estrelas após alguma interação com outra galáxia ainda maior. Portanto, as galáxias compactas deveriam ser encontradas perto de grandes galáxias. Mas não era isso que eles haviam observado...
Além das elípticas compactas estarem isoladas, elas também estavam se movendo muito mais rápido do que os aglomerados mais próximos.
A teoria mais plausível até momento, segundo Igor, diz que isso pode ter acontecido pela clássica interação de três corpos. Uma estrela hiperveloz, por exemplo, pode ser criada se um sistema binário passa próximo do buraco negro central da Via Láctea. Enquanto uma estrela é capturada pelo buraco negro, a outra é ejetada para o espaço intergalático, a uma velocidade absurdamente alta, superior a velocidade de escape. Da mesma forma, uma galáxia elíptica compacta pode emparelhar com uma galáxia grande, e em seguida, uma terceira galáxia se junta à dança cósmica, lançando a compacta elíptica para longe.
interação gravitacional entre galáxias
Interação gravitacional entre galáxias. Ilustração demonstra como ocorrem as interações gravitacionais entre as galáxias, que explica o fenômeno das galáxias elípticas compactas que são ejetadas no meio intergalático, longe de qualquer outro grupo.Créditos: ESA / Hubble / Andrey Zolotov.
A descoberta mostra o quanto é importante a disponibilidade de dados de grandes observatórios, para que pesquisadores de vários países tenham fácil acesso à essas informações, e assim, conseguirem cada vez mais desvendar um novo segredo do Universo.

sábado, 23 de maio de 2015

SGR 1745-2900: MAGNETAR PERTO DE BURACO NEGRO SUPERMASSIVO MOSTRA SURPRESAS


Um magnetar perto do buraco negro supermassivo da Via Láctea está exibindo um comportamento incomum.
Desde a sua descoberta em 2013, este magnetar tem sido monitorado por Chandra e XMM-Newton.
A emissão de raios-X a partir deste magnetar está caindo mais lentamente do que os outros e sua superfície é excepcionalmente quente.
Em 2013, os astrônomos anunciaram que tinham descoberto um magnetar excepcionalmente próximo do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea usando um conjunto de telescópios espaciais, incluindo o Observatório de Raios-X Chandra da NASA.
Magnetares são estrelas densas que colapsaram ou desabaram sob sua própria gravidade (chamados de "estrelas de nêutrons") que possuem enormemente poderosos campos magnéticos. A uma distância que poderia ser tão pequena quanto 0,3 anos-luz (ou cerca de 2.000 bilião milhas) a partir do buraco negro de massa superior a 4 milhões de massas solares no centro de nossa galáxia a Via Láctea, o magnetar é de longe a mais próxima estrela de nêutrons com um buraco negro supermassivo  já descoberto e é provável que esteja em sua atração gravitacional.
Desde a sua descoberta há dois anos, quando se deu uma explosão de raios-X, os astrônomos têm vindo a acompanhar ativamente o magnetar, apelidado SGR 1745-2900, com o Chandra e o XMM-Newton da Agência Espacial Europeia. A imagem principal do gráfico mostra a região em torno do buraco negro da Via Láctea em raios-X do Chandra (vermelho, verde e azul são o baixo, médio  raios-X de alta energia respectivamente). A inserção contém close-up do Chandra e olhar para a área direita em torno do buraco negro, mostrando uma imagem combinada obtida entre 2005 e 2008 (à esquerda) quando o magnetar não foi detectado, durante um período de repouso, e uma observação em 2013 (à direita) quando ele foi pego como uma fonte de ponto brilhante durante a explosão de raios-X que levou à sua descoberta.
Um novo estudo utiliza observações de acompanhamento de longo prazo para revelar que a quantidade de raios-X de SGR 1745-2900 está caindo mais lentamente do que outros magnetares anteriormente observados, e sua superfície é mais quente do que o esperado.
A equipe analisou de primeira  "starquakes" que são capazes de explicar esse comportamento incomum. Quando as estrelas de neutrões, incluindo magnetares, formam eles podem desenvolver uma crosta dura na parte externa da estrela colapsada e condensado. Ocasionalmente, esta crosta externa vai acabar por rachar, semelhante à forma como a superfície da Terra fica, pode fraturar durante um terremoto. Embora starquakes pode explicar a mudança no brilho e arrefecimento visto em muitos magnetares, os autores descobriram que este mecanismo por si só não foi capaz de explicar a queda lenta no brilho de raios-X e a temperatura crustal quente. Desaparecendo no brilho de raios-X e o resfriamento da superfície ocorreu muito rapidamente no modelo starquake.
Os pesquisadores sugerem que o bombardeamento da superfície do magnetar por partículas carregadas capturadas em feixes trançados de campos magnéticos acima da superfície pode fornecer o aquecimento adicional da superfície do magnetar, e conta para o lento declínio em raios-X. Estas  torções de campos magnéticos podem ser gerados em algumas  formas de estrela de nêutron.
Magnetar
Magnetar: Esta ilustração mostra como uma estrela de nêutrons extremamente rápida rotação, que tem formado a partir do colapso de uma estrela muito massiva, pode produzir incrivelmente poderosos campos magnéticos. (Ilustração: NASA / CXC / M.Weiss)
Os pesquisadores não acham que o comportamento incomum do magnetar é causada por sua proximidade com um buraco negro supermassivo galático, como a distância ainda é grande demais para fortes interações através de campos magnéticos ou de gravidade.
Os astrônomos vão continuar a estudar SGR 1745-2900 para recolher mais pistas sobre o que está acontecendo com este magnetar enquanto ele orbita o buraco negro supermassivo da nossa galáxia.
Estes resultados aparecem no Monthly Notices da Royal Astronomical Society em um papel liderada pelo estudante de doutorado Francesco Coti Zelati (Universita 'dell' Insubria, Universidade de Amsterdã, INAF-OAB), dentro de uma grande colaboração internacional, incluindo N. Rea (Universidade de a Amsterdam, CSIC-CEIE), A. Papitto, D. Viganò (CSIC-CEIE), JA Pons (Universitat d'Alacant), R. Turolla (Universita 'di Padova, MSSL), P. Esposito (INAF, CfA) , D. Haggard (Amherst College), FK Baganoff (MIT), G. Ponti (MPE), GL Israel, S. Campana (INAF), DF Torres (CSIC-CEIE, ICREA), A. Tiengo (IUSS, INAF) , S. Mereghetti (INAF), R. Perna (Stony Brook University), S. Zane (MSSL), RP Mignani (INAF, Universidade de Zielona Gora), A. Possenti, L. Stella (INAF).
Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Ciência Missão Direcção da agência em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo de Chandra.
Fatos para SGR 1745-2900:
Crédito
NASA / CXC / INAF / F.Coti Zelati et al
Data de lançamento
14 de maio de 2015
Escala da imagem principal
8 minutos de arco de diâmetro (cerca de 61 anos-luz); Inset imagem é cerca de 14 segundos de arco em toda (1,8 anos-luz)
Categoria
buracos negros, Via Láctea
Coordenadas (J2000)
40 RA 17h 45m | dezembro -29 ° 00 '28.00 "
Constelação de Sagitário
Data de Observação
Main Image: 43 pointings partir de 21 de setembro de 1999 a 18 de maio de 2009; Detalhe: 25 pointings entre 29 de abril de 2013 e 30 de agosto de 2014
Observação
Tempo Principal Image: 278 horas (11 dias 14 horas); Detalhe:
Obs.
ID da Imagem principal: 242, 1561, 2943, 2951-2954, 3392, 3393, 3549, 3663, 3665, 4683, 4684, 5360, 5950-5954, 6113, 6363, 6639, 6640-6646, 7554-7759, 9169- 9174, 10556; Detalhe: 14.702-14.704, 14.943-14.946, 15.040-15.045, 15651, 15654, 16508, 16210-16217, 16597
Instrumento
ACIS
Referências
Coti Zelati, F. et al, 2015, MNRAS 449, 2685; arXiv: 1.503,01307
Cor Código Energia:
Vermelho (2-3,3 keV), Green (3,3-4,7 keV), Azul (4,7-8 keV) e Raio X
Distância estimada
cerca de 26.000 anos-luz

sexta-feira, 22 de maio de 2015

NOSSA GALÁXIA PODE JÁ ESTAR SE MISTURANDO COM A GALÁXIA DE ANDRÔMEDA

via láctea já está em colisão com a galáxia de andrômeda
A galáxia de Andrômeda, a galáxia espiral mais próxima da nossa Via Láctea, que ostenta um halo ou (auréola de gás) quente, e que mede até um milhão de anos-luz no espaço intergaláctico. 
Os cientistas chegaram nessa conclusão após análises de dados de quasares distantes, feitos pelo telescópio espacial Hubble.
"Halos são as atmosferas gasosas de galáxias. As propriedades destes halos gasosos controlam a taxa em que as estrelas se formam", disse Nicolas Lehner, da Universidade de Notre Dame, Ind, e principal autor do novo estudo publicado no The Astrophysical Journal.
Estima-se que o halo contenha metade da massa de todas as estrelas da própria galáxia, e é 1.000 vezes mais massivo do que as estimativas anteriores sugeriam. Acredita-se que os halos galáticos se formam ao mesmo tempo que suas galáxias hospedeiras, e a equipe de Lehner determinou que o grande halo de Andrômeda é enriquecido de elementos pesados, que foram criados em períodos de atividade intensa de supernovas (quando estrelas massivas ficam sem combustível e explodem) dentro do disco galático, e poderosos ventos estelares que sopraram esses gases junto com elementos pesados para o espaço intergaláctico. Acredita-se que quase metade de todos os elementos pesados gerados por supernovas em toda a vida da galáxia de Andrômeda, podem ser encontrados em sua grande auréola.
Curiosamente, se nossa galáxia também possui um halo comparável ao de Andrômeda, é possível que ambos os halos estejam em contato direto, misturando seus materiais galáticos. Ambas as galáxias estão atualmente em rota de colisão, e espera-se que essa fusão ocorra dentro de 4 bilhões de anos, quando o Sol estiver nos seus últimos dias.
A descoberta da imensa escala do halo de Andrômeda veio através de estudos de quasares distantes. Durante 5 anos, o Hubble acumulou uma riqueza de dados de quasares. Por ser escuro, o halo de Andrômeda só pôde ser detectado pelo escurecimento das emissões dos quasares. Como vários desses objetos foram estudados, um formato preliminar do grande halo de Andrômeda pôde ser desenhado, como mostra o diagrama abaixo:
galáxia de andrômeda e Via Láctea estão em contato
Diagrama mostra localização dos quasares e descoberta do grande halo da galáxia de Andrômeda.
Créditos: Hubble / NASA / ESA   /   Tradução e edição: Richard Cardial / Galeria do Meteorito
Galáxia de andrômeda e Via Láctea podem estar entrando em contato indireto.
"Conforme a luz dos quasares viaja em direção ao telescópio Hubble, o gás do halo absorve um pouco dessa iluminação, que se torna um pouco mais opaca em pequenos comprimentos de onda", disse o co-investigador J. Christopher Howk, também de Notre Dame. "Ao medir a queda no brilho nesse intervalo, podemos determinar a quantidade de gás que existe entre M31 (galáxia de Andrômeda), a Via Láctea e o quasar.
Portanto, a curiosa revelação dos halos galáticos e de seus tamanhos incríveis, mostra que bem antes da fusão galática em si, Andrômeda e Via Láctea já estão entrando em contato indiretamente. É como se essa fusão já estivesse acontecendo!

quinta-feira, 21 de maio de 2015

HUBBLE REGISTRA O CENTRO DE UMA GALÁXIA A 90 MILHÕES DE ANOS LUZ

Centro da galáxia NGC 524 é visto pelo telescópio Hubble, da Nasa (Foto: Nasa/ESA/AFP)
Objeto NGC 524 fica localizado na constelação de Peixes.
NGC 524 é do tipo lenticular, estado intermediário na evolução galáctica.
O Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, captou uma imagem do centro da galáxia NGC 524, na constelação de Peixes, a 90 milhões de anos-luz da Terra. O registro foi divulgado pela agência americana na sexta-feira (26).
O objeto é do tipo lenticular (com formato de lente), um estado intermediário na evolução galáctica, entre os tipos espiral – como a Via Láctea – e elíptico, que tem forma esférica e pode ser resultante da união de duas galáxias espirais.
As galáxias espirais são um sistema estelar de meia-idade, com grandes braços ao redor que contêm milhões de astros. Junto com essas estrelas, existem grandes nuvens de gás e poeira que, quando estão muito densas, funcionam como uma espécie de "berçário" onde nascem novos astros.
A partir do momento em que todo o gás é esgotado ou perdido no espaço, os braços gradualmente desaparecem e o formato espiral começa a se enfraquecer.
Ao fim desse processo, o que resta é uma galáxia lenticular, um disco brilhante cheio de estrelas vermelhas, rodeadas por um pouco de gás e poeira. No caso da NGC 524, ainda há um movimento parecido com o das galáxias espirais, o que ajuda a explicar sua estrutura complexa.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

TELESCÓPIO DA ESA ENCONTRA ÁGUA EM PLANETA ANÃO DO CINTURÃO DE ASTEROIDES

H2O em forma de vapor foi identificado com ajuda da tecnologia disponível no telescópio Herschel, que faz parte de uma missão da Agência Espacial Europeia.
Mesmo com o anúncio recente do telescópio Hubble e sua descoberta de água em cinco exoplanetas, a busca pelo elemento em outras partes do espaço continua. Por ser considerado um fator de extrema importância na hora de determinar a existência de vida fora da Terra, a descoberta de H2O em forma de vapor em um planeta anão despertou a curiosidade dos astrônomos.
“Essa é a primeira vez que vapor de água é indubitavelmente detectado em Ceres ou em qualquer outro objeto do cinturão de asteroides, o que nos fornece provas de que Ceres tem uma superfície de gelo e uma atmosfera”, escreveu Michael Küppers, membro da Agência Espacial Europeia (ESA) e principal autor do estudo, que foi publicado no periódico Nature.
Fique por dentro dos detalhes
Essa descoberta só foi possível com a ajuda do observatório espacial Herschel, que é o maior telescópio de infravermelho já lançado. O espelho de 3,5 metros de largura de Herschel – o maior já instalado em um telescópio espacial de infravermelho – geralmente é utilizado para detectar comprimentos de onda de radiação de distâncias extremas ou de objetos absolutamente frios.
Mas quando a equipe da ESA utilizou o telescópio para visualizar Ceres – um planeta anão localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Jupiter –, eles ficaram impressionados ao descobrir colunas de vapor de água emanando dele.
Ceres, que tem cerca de 950 quilômetros de diâmetro, foi originalmente classificado como um asteroide quando foi descoberto em 1801. Mas, devido ao seu tamanho  maior do que um asteroide e menor do que um planeta , ele foi reclassificado como um planeta anão.
A hipótese científica
A equipe da ESA acredita na hipótese de que o vapor encontrado seja um subproduto do aquecimento das placas de gelo que ficam voltadas para o Sol. Também existe a possibilidade de o vapor ser resultado de gêiseres, vulcões congelados ou qualquer outra forma de criovulcanismo, como o que foi encontrado em Encélado, uma das luas de Saturno.
Independente da origem, os pesquisadores vão poder analisar o fenômeno mais de perto quando a sonda Dawn, da NASA, que passou o último ano inspecionando os arredores do asteroide Vesta, chegar à região, o que deve acontecer em breve.
Segundo a notícia divulgada pela NASA, os cientistas acreditam que Ceres seja formado por uma rocha coberta por um grosso manto de gelo que, se derretido, resultaria em uma quantidade maior de água fresca do que a que temos em toda a Terra. Esses materiais que compõem o planeta anão parecem ter sido formados nos primeiros milhões de anos da existência do Sistema Solar e se acumularam antes que os planetas ganhassem forma.

terça-feira, 19 de maio de 2015

LANIAKEA: O NOVO ENDEREÇO DA VIA LÁCTEA


Astrônomos mapeiam o superaglomerado da nossa galáxia. São 520 milhões de anos-luz de diâmetro e massa de 1 quatrilhão de sóis
O Grupo Local, conjunto de galáxias ao qual pertence a Via Láctea, ocupa apenas uma pequena
esquina na periferia de um superaglomerado com cerca de 520 milhões de anos-luz de diâmetro que abriga outras 100 mil galáxias com uma massa total estimada em mais de 100 quatrilhões de sóis. Batizado Laniakea — palavra que une os termos havaianos para “céu” (lani) e “espaçoso”, “imensurável” (akea) —, esse superaglomerado teve seus limites identificados e mapeados pela primeira vez por um grupo internacional de astrônomos liderado por R. Brent Tully, da Universidade do Havaí, principal autor de artigo sobre o estudo, publicado na edição desta semana da revista “Nature”.















Vizinhança cósmica: Contorno em laranja marca as fronteiras do superaglomerado de galáxias Laniakea, lar da Via Láctea (no ponto azul), rodeado pelos superaglomerados Peixes-Perseu (à direita), Coma (acima) e Shapley (no alto à esquerda) - Divulgação/Nature
Finalmente estabelecemos os contornos que definem o superaglomerado de galáxias que chamamos de nosso lar — diz Tully. — Isso não é muito diferente de descobrir pela primeira vez que sua cidade natal é na verdade parte de um país muito maior que faz fronteira com outras nações.
Medindo o “imensurável”
Para medir o “imensurável” e chegar ao endereço exato da Via Láctea na nossa vizinhança cósmica, Tully e colegas analisaram levantamentos astronômicos com dados sobre distância e movimento relativo de mais de 8 mil galáxias no Universo próximo. Com isso, eles puderam descontar os efeitos da expansão do espaço em ação desde o Big Bang e que aparentemente está sendo acelerada pela misteriosa energia escura, para chegar ao que chamaram de “velocidades peculiares” dessas galáxias.
Os resultados dessas “velocidades peculiares” foram passados então por um algoritmo especial que revelou os fluxos gerais de movimento das galáxias rumo a diferentes “poços gravitacionais” em um volume que se espalha por mais de 1,5 bilhão de anos-luz de diâmetro, tal como a água flui de montanhas por diferentes caminhos e riachos para vales separados. Isso permitiu aos cientistas estabelecer os contornos e limites das várias “bacias” no nosso canto do Universo, que, além do Laniakea, abriga os também superaglomerados Peixes-Perseu, Coma e Shapley, assim como o papel do chamado Grande Atrator, região da nossa vizinhança cósmica que, como o nome indica, parece atrair as galáxias à sua volta. Problema que desafiou os astrônomos nas últimas três décadas, o Grande Atrator seria o poço gravitacional principal de Laniakea, influenciando o movimento de todas as galáxias do nosso superaglomerado, por exemplo:
Em uma massa de terra, a água flui em determinadas direções e, mesmo que o terreno seja muito plano, ela “sabe” qual é a direção morro abaixo compara o astrônomo.
Tully destaca, porém, que o Grande Atrator e, por consequência, Laniakea como um todo também parecem estar sendo “puxados” na direção do superaglomerado de Shapley, a 650 milhões de anos-luz de distância, o que abre a possibilidade de ambos serem parte de uma estrutura ainda mais gigantesca. Para entender o que está acontecendo neste caso, porém, será necessário obter os dados sobre distância exata e movimento relativo (e, com isso, as “velocidades peculiares”) de galáxias bem mais longínquas que as dos levantamentos usados no estudo, trabalho ainda mais desafiador devido aos próprios erros inerentes dessas medições com as tecnologias atuais ,erros que aumentam quanto mais longe está a galáxia.
 Encontramos nosso endereço local, mas também já observamos que nossa base de atração está sendo puxada por outra base de atração e não entendemos realmente o porquê disso  reconhece Tully. Ainda não vimos os limites externos de nossos (superaglomerados) vizinhos nem fomos longe o bastante para compreender completamente o que provoca toda a movimentação de nossa galáxia.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

NOVAS GALÁXIAS GERAM 1500 SÓIS POR ANO

A NASA, utilizando os telescópios espaciais Planck e Herschel, está analisando novas galáxias e, dessa forma, aprendendo mais sobre o nascimento de estrelas.
Curiosamente, a luz dessas “novas” galáxias percorreu cerca de 11 bilhões de anos contínuos para chegar ao alcance das lentes dos telescópios.
A NASA está vendo agora o nascimento de galáxias que existem há quase tanto tempo quanto o próprio universo, que, segundo especulado pela agência, possui 13,8 bilhões de anos.  No entanto, é fascinante a quantidade de novas galáxias sendo observadas pelos dois satélites. Confira a imagem na seguir:
Essa é uma imagem panorâmica do céu espacial visto pelo telescópio Planck. O risco horizontal no centro é uma representação da faixa de poeira da Via Láctea, a nossa galáxia. Cada um desses pontos pretos são grupos de galáxias em formação.
Com base nesses estudos, a NASA está conseguindo responder a uma velha pergunta: as estrelas surgem uma a uma ou várias de cada vez? A resposta é uma combinação das duas opções. Para ilustrar, como no início de sua formação as Galáxias consomem seu gás formando pelo menos 1500 estrelas freneticamente por ano, passando a reduzir a quantidade conforme diminui a densidade dos gases em seu perímetro
E a força inicial é grande mesmo. Três das novas galáxias observadas têm gerado, por ano, o equivalente a 1500 vezes a massa do Sol em novas estrelas. O que mostra o quão caótico e  espantoso o Universo mostrava ser em sua formação.

domingo, 17 de maio de 2015

NASA FAZ REVELAÇÃO BOMBÁSTICA SOBRE GANIMEDES,LUA DE JÚPITER

ganimedes tem oceano

 Utilizando o Telescópio Espacial Hubble, cientistas da NASA anunciaram uma descoberta incrível: a lua Ganimedes, de Júpiter, possui um oceano abaixo de sua superfície de gelo. Esse mar subterrâneo de água salgada em Ganimedes teria mais água do que toda a superfície da Terra. Segundo a NASA, essa descoberta eleva drasticamente as chances da vida existir em Ganimedes.
Essa descoberta resolve o mistério de longa data, desde que a nave Galileo forneceu pistas sobre a possível existência de um oceano subterrâneo em Ganimedes, entre 1995 e 2003.
Ganimedes é o maior satélite natural do Sistema Solar, e o único que possui um campo magnético próprio, por conta de seu núcleo de ferro fundido. Por outro lado, o campo magnético de Ganimedes está atrelado ao campo magnético de Júpiter. Auroras polares podem ser vistas em Ganimedes, porém, a oscilação do campo magnético de Júpiter faz com que as auroras em Ganimedes mudem de lugar e de direção, fazendo um espetáculo à parte.
ganimedes tem oceano

Impressão artística mostra Júpiter e sua lua Ganimedes, com suas auroras polares. Créditos: NASA / ESA
Ao observar o movimento das auroras polares em Ganimedes, os cientistas chegaram à conclusão de que um oceano de água salgada existe abaixo da superfície de gelo da lua. Esse oceano é responsável por conduzir eletricidade, e por isso, a movimentação das auroras são significativamente reduzidas. Se não houvesse um oceano em Ganimedes, essa fricção magnética influenciada por Júpiter faria com que as auroras polares em Ganimedes se movessem cerca de 6 graus, porém, por conta da condutividade elétrica do oceano de Ganimedes, essa alteração é de apenas 2 graus.
interior de ganimedes
interior de ganimedes
Ilustração mostra o interior de Ganimedes de acordo com modelos teóricos.
Créditos: NASA / ESA   Adaptação e Tradução: Galeria do Meteorito
Os cientistas testaram mais de 100 modelos feitos em computador, a fim de identificar qualquer outro elemento que seria responsável pelas mudanças das auroras em Ganimedes. Além disso, 7 horas de observações ultravioletas feitas pelo Hubble foram analisadas. Apesar disso, não foi encontrada nenhum evidência de qualquer fenômeno que poderia substituir os impactos causados pelo oceano subterrâneo.
De acordo com cálculos e pesquisas, os cientistas estimam que o oceano em Ganimedes tem cerca de 100 km de profundidade,  sendo dez vezes mais profundo do que os oceanos da Terra.
Recentemente, os cientistas divulgaram que a lua de Saturno Enceladus, possui correntes de água quente abaixo de sua superfície congelada.
100 milhões de planetas poderiam abrigar vida complexa em nossa Galáxia
Junto com Europa e Calisto (também luas de Júpiter) , Ganimedes agora faz parte de uma lista de luas do Sistema Solar que possuem uma camada de água abaixo de sua superfície, e que portanto, têm chances reais de hospedar a vida como conhecemos.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

MANCHAS BRANCAS CRESCENTES EM CERES ESTÃO SE MULTIPLICANDO E CIENTISTAS FICAM AINDA MAIS INTRIGADOS

manchas brancas no planeta anão ceres
manchas brancas no planeta anão ceres Era um, depois dois, e agora já são 10 pontos brilhantes no planeta anão .
A ciência ainda não sabe exatamente o que são as misteriosas manchas brancas em Ceres, mas estamos chegando perto de uma explicação, literalmente.
As últimas imagens da nave espacial Dawn, feitas a cerca de 15.500 km do planeta anão Ceres, revelam que, aquilo que se iniciou com uma mancha, e transformou-se em duas, agora multiplicou-se novamente, e as imagens revelam vários pontos brilhantes em Ceres, o que fez o mistério ficar ainda mais intrigante.
pontos brilhantes no planeta anão Ceres
Pontos brilhantes no planeta anão Ceres
Onde havia apenas um, agora tem dez pontos brilhantes em Ceres. Imagens feitas nos dias 3 e 4 de maio de 2015.
Créditos: NASA / Dawn / JPL-Caltech / UCLA / DLR / IDA / MPS / Tom Ruen
E com a surpresa, diversas teorias estão surgindo, e pesquisadores ligados à missão já dão seus palpites: "Cientistas da sonda Dawn podem chegar a conclusão que o brilho intenso dessas manchas é, muito provavelmente, ocasionado pela reflexão de luz solar por algum tipo de material altamente reflexivo em sua superfície, possivelmente de gelo", disse Christopher Russell, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e investigador principal da missão Dawn.
A sonda Dawn concluiu recentemente sua primeira "órbita científica", que foi completada após 5 dias sobrevoando ao redor de Ceres, coletando dados com seu conjunto de instrumentos científicos. No dia 9 de maio, seu motor de ions foi disparado mais uma vez, para levar a nave espacial numa órbita mais baixa e iniciar sua segunda órbita ao redor de Ceres. A sonda vai pairar a apenas 4.400 km acima do planeta anão, e iniciar um mapeamento detalhado de sua superfície. Os cientistas esperam poder ter novas pistas sobre uma possível atividade geológica que pode estar acontecendo ainda nos dias atuais.
Além das misteriosas manchas brancas, podemos ver também algumas rachaduras, que podem estar relacionadas com impactos de outros objetos contra a superfície do planeta anão, ou algum tipo de atividade de crosta.

Além das misteriosas manchas brancas, podemos ainda observar rachaduras na superfície de Ceres. Créditos: NASA / JPL-Caltech / UCLA / MPS / DLR / IDA
Conforme o tempo passa, a sonda vai se aproximando cada vez mais desse enigmático planeta anão, e claro, o que seria da ciência sem os grandes mistérios? Eles só fazem com que a nossa sede por conhecimento seja maior, e com isso, muitas respostas podem estar a caminho...

quinta-feira, 14 de maio de 2015

CHANDRA ENCONTRA GALÁXIA COM CHUVEIRO CÓSMICO EM ALTO CRESCIMENTO DE ENERGIA


Nova pesquisa mostra como uma forma incomum de chuva cósmica pode afetar o crescimento ea evolução das galáxias.
Mais de 200 aglomerados de galáxias foram pesquisados ​​neste novo estudo utilizando dados de raios-X Chandra de.
Estes resultados fornecem evidência ESTA precipitação que pode retardar a formação de estrelas em galáxias com buracos negros gigantes.
Neste aglomerado de galáxias vem de uma amostra de mais de 200 que foram estudados para determinar como os buracos negros gigantes em centros Sua afetar o crescimento e  a evolução da sua galáxia hospedeira, como consta em nosso lançamento mais recente de imprensa. Este estudo revelou uma invulgar. Essa forma cósmica de um ciclo de feedback Permite precipitação de refrigeração e aquecimento, sufocando a formação de estrelas no seu meio Esses aglomerados de galáxias.
Abell 2597, mostrada aqui, é um aglomerado de galáxias localizado a cerca de um bilhão de anos-luz da Terra. Esta imagem contém raios-X do Observatório de raios-X Chandra, da Nasa (azul), os dados ópticos do telescópio espacial Hubble e do Digitized Sky Survey (amarelo) e emissão de átomos de hidrogênio (vermelho) do telescópio Baade Walter no Chile.
O que resulta, segundo este novo estudo, a regulação do maior buraco negro e suas obras como galáxias hospedeiras: em algumas galáxias, NGC 2597: tal como, gás quente é capaz de resfriar rapidamente através da perda de radiação e energia, em um processo chamado de precipitação. As nuvens de gás frio que resultam, em seguida, uma queda centro para o buraco negro supermassivo, que produzem jatos que aquecem o gás e que impedem arrefecimento adicional.
Os pesquisadores usaram os dados do Chandra para estimar quanto tempo deve demorar para o gás para arrefecer a distâncias diferentes dos buracos negros no estudo. Utilizando essa informação, eles foram capazes de prever com precisão o "tempo" em torno de cada um dos buracos negros.
Eles descobriram que a precipitação que loop de feedback impulsionado por energia produzida pelos jatos dos buracos negros o que impede que os chuveiros de nuvens frias possam ficar muito forte. Os dados do Chandra indicam que o regulamento de precipitação This tem-se arrasta durante os últimos sete bilhões de anos mais.
Enquanto uma chuva de nuvens frias parece desempenhar um papel fundamental na regulação do crescimento de algumas galáxias, os investigadores encontraram outras galáxias onde a precipitação cósmica tinha fechado fora. O intenso calor no Centro destas galáxias, colidindo com possivelmente a partir de outro aglomerado de galáxias, que provavelmente "secou" a precipitação em torno do buraco negro.
Também encontrando evidências, em alguns aglomerados de galáxias, que as fortes rajadas de saídas de regiões próximas do buraco negro fechou temporariamente pode ter precipitação, mas o aquecimento não é forte o suficiente para resultar em condução. Nestes casos, o arrefecimento do gás e da precipitação ativo deve ocorrer deve resumir em algumas centenas de milhões de anos.
A pré-impressão do estudo da Nature por Mark Voit (Michigan State University), Megan Donahue (Estado de Michigan), Greg Bryan (Columbia University), e Michael McDonald (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) está disponível on-line; o estudo baseia-se no trabalho de Voit e Donahue Isso foi publicado no 20 de janeiro de 2015 questão da revista Astrophysical Journal Letters e está disponível online.
Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo de Chandra.
Fatos para Abell 2597:
Crédito de raios-X:
NASA / CXC / Michigan State Univ / G.Voit et al; Óptico: NASA / STScI & DSS; H-alfa. Carnegie Obs /
Magellan / W.Baade Telescope / U.Maryland / M.McDonald
Data de lançamento
04 de março de 2015
Escala da imagem é
2 arcmin em um lado (cerca de 600.000 anos-luz)
Categoria
Grupos e aglomerados de galáxias
Coordenadas (J2000)
19.6s RA 23h 25m | 12 de dezembro ° 07 '27 0,4 "
Constelação
Aquário
Data de Observação
28 de julho de 2000 01 e 04 de maio de 2006
Tempo de observação
42 horas 7 minutos (1 dia 18 horas 7 minutos).
Obs.
ID 922, 6934, 7329
Instrumento
ACIS
Referências
Voit, G. et al, 2015, Nature (aceite), arXiv: 1409,1598; Voit, G. et al, 2015, ApJL, 799; arXiv: 1409.1601
Cor Código de raios-X
(azul); Optical (amarelo); H-alfa (vermelho) OpticalX raio-
Distância estimamada que é
Cerca de um bilhão de anos-luz

quarta-feira, 13 de maio de 2015

ESTUDOS ENCONTRAM SINAIS DE QUE A MATÉRIA ESCURA PODE NÃO SER TOTALMENTE ESCURA

Imagem Hubble do aglomerado de galáxias Abell 3827
 Pela primeira vez, matéria escura pode ter sido observada interagindo consigo mesma de uma maneira que não é através da força da gravidade. Observações de galáxias em colisão obtidas com o Very Large Telescope do ESO deram as primeiras pistas intrigantes acerca da natureza deste misterioso componente do Universo.
Com o auxílio do instrumento MUSE montado no VLT do ESO, no Chile, e de imagens do telescópio espacial Hubble, uma equipe de astrônomos estudou a colisão simultânea de quatro galáxias do aglomerado de galáxias Abell 3827. A equipe pôde traçar onde é que a massa se encontra no sistema e comparar a distribuição de matéria escura com as posições das galáxias luminosas.
Embora a matéria escura não possa ser observada, a equipe pôde deduzir a sua localização usando uma técnica chamada lente gravitacional. A colisão ocorreu, por mero acaso, em frente de uma fonte muito mais distante, sem relação nenhuma com estes objetos. A massa da matéria escura em torno das galáxias em colisão distorceu fortemente o espaço-tempo, fazendo desviar o caminho percorrido pelos raios de luz emitidos pela galáxia distante que se encontra no campo de fundo - e distorcendo por isso a sua imagem em características de formas de arcos.
Imagem Hubble do aglomerado de galáxias Abell 3827 que mostra a distribuição da matéria escura
Esta imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra o aglomerado de galáxias rico Abell 3827. As estranhas estruturas em azul que rodeiam as galáxias centrais são imagens afetadas por efeito de lente gravitacional de uma galáxia muito mais distante que se encontra por detrás do aglomerado.
O que sabemos atualmente é que as galáxias existem em meio a aglomerações de matéria escura. Sem o efeito confinante da gravidade da matéria escura, galáxias como a Via Láctea se despedaçariam à medida que giram. Para que isso não aconteça, 85% da massa do Universo deve existir sob a forma de matéria escura, no entanto a sua verdadeira natureza permanece ainda um mistério.
Neste estudo, os astrônomos observaram as quatro galáxias em colisão e descobriram que uma das aglomerações de matéria escura parece estar ficando para trás da galáxia que rodeia. A matéria escura encontra-se atualmente 5000 anos-luz (50 000 trilhões de quilômetros) atrás da galáxia - a sonda espacial Voyager da NASA levaria 90 milhões de anos a chegar a uma tal distância da Via Láctea.
Um desvio entre a matéria escura e a sua galáxia associada é algo que se prevê que possa acontecer durante colisões se a matéria escura interagir consigo própria, mesmo que de forma sutil, através de forças que não a gravidade. No entanto, nunca se observou anteriormente matéria escura interagindo de outro modo sem ser por ação da força da gravidade.
O autor principal do estudo Richard Massey, da Universidade de Durham, explica: “Pensávamos que a matéria escura estava apenas ali, não interagindo de outra forma que não fosse pelo efeito da gravidade. No entanto, se a matéria escura está a ficar lentamente atrasada durante esta colisão, isto pode ser a primeira evidência de uma rica física no setor escuro, ou seja, no Universo escondido que nos rodeia”.
Os pesquisadores dizem que precisam investigar outros efeitos que poderiam também dar origem a este atraso. Terão que ser feitas observações semelhantes de outras galáxias e simulações de computador de colisões de galáxias.
Liliya Williams, membro da equipe da Universidade de Minnesota, acrescenta: “Sabemos que a matéria escura existe devido ao modo como interage gravitacionalmente, ajudando a moldar o Universo, mas sabemos ainda muito pouco sobre o que ela realmente é. As nossas observações sugerem que a matéria escura pode interagir através de forças sem ser a gravidade, o que significa que poderemos excluir algumas teorias chave sobre a sua natureza”.
Este resultado dá sequência a um resultado recente desta equipe, que observou 72 colisões de aglomerados de galáxias  e descobriu que a matéria escura interage muito pouco consigo própria. O novo trabalho, no entanto, diz respeito ao movimento das galáxias individuais, em vez de tratar dos aglomerados de galáxias como um todo. Os pesquisadores dizem que a colisão entre estas galáxias poderia ter durado mais tempo do que as colisões observadas no estudo anterior -  permitindo que os efeitos de mesmo uma força de atrito minúscula crescessem com o tempo, dando origem a um desvio possível de ser medido.
Em conjunto, estes dois resultados limitam o comportamento da matéria escura pela primeira vez - ou seja, a matéria escura interage mais do que “isto”, mas menos do que “aquilo”. Massey acrescenta: “Estamos finalmente chegando na matéria escura, vindos de cima e de baixo - ou seja, vamos confinando o nosso conhecimento nas duas direções”.

terça-feira, 12 de maio de 2015

ALMA REVELA IMENSO CAMPO MAGNÉTICO DE BURACO NEGRO ILUMINANDO A BORDA DO HORIZONTE DE EVENTOS

Concepção artística de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia
Esta é uma concepção artística mostra o meio circundante de um buraco negro supermassivo típico, como muitos dos que se encontram no coração de muitas galáxias.
O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) revelou um campo magnético extremamente potente, muito além do que tinha sido anteriormente detectado no núcleo de uma galáxia, muito próximo do horizonte de eventos de um buraco negro supermassivo. Esta nova observação ajuda os astrônomos a compreender melhor a estrutura e formação destes habitantes massivos dos centros das galáxias e os jatos gêmeos de plasma que frequentemente ejetam a alta velocidade dos seus polos. Estes resultados serão publicados a 17 de abril de 2015 na revista Science.
Os buracos negros supermassivos, frequentemente com massas de bilhões de vezes a do Sol, situam-se no coração da maior parte das galáxias existentes no Universo. Estes buracos negros podem acretar enormes quantidades de matéria sob a forma de um disco que os rodeia. Enquanto a maioria desta matéria alimenta o buraco negro, uma parte pode escapar momentos antes de ser capturada, sendo lançada no espaço com velocidades próximas da velocidade da luz sob a forma de um jato de plasma. A maneira como isto acontece não é muito bem compreendida, embora se pense que campos magnéticos fortes atuando muito próximo do horizonte de eventos tenham um papel crucial no processo, ajudando a matéria a escapar das “mandíbulas escancaradas da escuridão”.
Até agora, tinham se observado apenas campos magnéticos fracos  longe dos buracos negros - a vários anos-luz de distância. No entanto, astrônomos da Universidade de Tecnologia Chalmers e do Observatório Espacial Onsala na Suécia, utilizaram o ALMA para detectar sinais diretamente relacionados com um campo magnético intenso localizado muito perto do horizonte de eventos do buraco negro supermassivo da galáxia distante PKS 1830-211. Este campo magnético situa-se precisamente no local onde a matéria é lançada repentinamente para longe do buraco negro sob a forma de um jato.
A equipe mediu a intensidade do campo magnético através da polarização da radiação, à medida que esta se afastava do buraco negro.
“A polarização é uma propriedade importante da luz muito usada na vida diária, por exemplo nos óculos de sol ou nos óculos 3D no cinema”, diz Ivan Marti-Vidal, o autor principal deste trabalho. “Quando produzida naturalmente, a polarização pode ser usada para medir campos magnéticos, uma vez que a radiação muda a sua polarização quando viaja através de um meio magnetizado. Neste caso, a radiação detectada pelo ALMA viajou através da matéria situada muito próximo do buraco negro, um local cheio de plasma altamente magnetizado”.
Os astrônomos aplicaram uma nova técnica de análise desenvolvida para os dados ALMA e descobriram que a direção da polarização da radiação vinda do centro da PKS 1830-211 girou. Estes foram os comprimentos de onda mais curtos já usados neste tipo de estudo, o que permitiu que se investigassem regiões muito próximas do buraco negro central.
“Descobrimos sinais claros da rotação da polarização, que são centenas de vezes maiores do que os maiores já encontrados no Universo”, diz Sebastien Muller, co-autor do artigo científico que descreve estes resultados. “A nossa descoberta constitui um enorme passo à frente em termos de frequência observada, graças ao uso do ALMA, e em termos de distância ao buraco negro onde estudamos o campo magnético - da ordem de apenas alguns dias-luz do horizonte de eventos. Estes resultados, assim como estudos futuros, ajudarão a perceber o que é que se passa realmente na vizinhança imediata dos buracos negros supermassivos.”

segunda-feira, 11 de maio de 2015

OBSERVAÇÕES COM VLT MOSTRA QUE GALAXIAS GIGANTES MORREM DE DENTRO PARA FORA


Observações do VLT e do Hubble mostram que a formação estelar “desliga-se” primeiro nos centros das galáxias elípticas
Astrônomos mostraram pela primeira vez como é que a formação estelar em galáxias “mortas” Que se desligou há bilhões de anos atrás. O Very Large Telescope do ESO e o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA revelaram que três bilhões de anos após o Big Bang, estas galáxias ainda formavam estrelas nas suas periferias, mas isso já não acontece nos seus interiores. O desligar da formação estelar parece ter-se iniciado nos núcleos das galáxias, espalhando-se depois para as regiões mais externas. Estes resultados foram publicados a 17 de abril de 2015 na revista Science.
A galáxia elíptica IC 2006
A galáxia elíptica IC 2006 Crédito: ESA/Hubble & NASA Reconhecimento Image: Judy Schmidt e J. Blakeslee (Observatório Astrofísico Dominion). Note que a imagem não está relacionada com a liberação de conteúdo de ciências. Reconhecimento Ciência: M. Carollo (ETH, na Suíça)
Esta imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra a galáxia elíptica conhecida como IC 2006. Essas galáxias elípticas massivas são bastante comuns no Universo atual, mas como é que estas galáxias “desligaram” as suas taxas de formação estelar, que eram bastante elevadas no passado, permanece um mistério da astrofísica. Agora o Very Large Telescope do ESO e o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA revelaram que três bilhões de anos após o Big Bang, estas galáxias ainda formavam estrelas nas suas periferias, mas isso já não acontecia nos seus interiores. O desligar da formação estelar parece ter-se iniciado nos núcleos das galáxias, espalhando-se depois para as regiões mais externas.
Um dos principais mistérios da astrofísica prende-se com o fato de saber como é que as galáxias elípticas massivas adormecidas, são bastante comuns no Universo atual, extinguiram antes as suas intensas taxas de formação estelar. Tais galáxias colossais, muitas vezes também chamadas de esferoides devido à sua forma, possuem tipicamente dez vezes mais estrelas nas suas regiões centrais do que as que tem como a nossa galáxia, a Via Láctea, e contêm também cerca de dez vezes mais massa.
Os astrônomos referem-se a estas galáxias como sendo vermelhas e mortas, uma vez que possuem uma enorme abundância de estrelas vermelhas velhas, mas falta-lhes estrelas azuis jovens, e não mostram sinais de formação estelar recente. As idades estimadas das estrelas vermelhas sugerem que as suas galáxias hospedeiras deixaram de formar novas estrelas há cerca de dez bilhões de anos atrás. Este desligar da formação estelar começou logo após o pico de formação estelar no Universo, quando muitas galáxias ainda estavam formando estrelas a uma taxa cerca de vinte vezes maior do que atualmente.
“Estas galáxias esferoides muito massivas contêm cerca de metade de todas as estrelas que o Universo produziu durante toda a sua vida”, disse Sandro Tacchella do ETH Zurich na Suíça, autor principal do artigo que descreve estes resultados. “Não podemos dizer que compreendemos como é que o Universo evoluiu e se tornou no que hoje é, se não compreendermos primeiro como é que estas galáxias evoluíram”.
Tacchella e colegas observaram um total de 22 galáxias de massas diferentes, numa época que corresponde a cerca de três bilhões de anos depois do Big Bang . O instrumento SINFONI montado no Very Large Telescope do ESO (VLT) coletou radiação desta amostra de galáxias, mostrando de modo preciso onde é que se encontravam as estrelas recém formadas. O SINFONI pode fazer estas medições detalhadas de galáxias distantes graças ao seu sistema de ótica adaptativa, que consegue cancelar a maior parte dos efeitos de distorção da atmosfera terrestre.
Os pesquisadores apontaram também o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA à mesma amostra de galáxias, tirando partido da posição do telescópio no espaço, acima da atmosfera do nosso planeta. A câmara WFC3 do Hubble obteve imagens no infravermelho próximo, revelando a distribuição espacial das estrelas mais velhas nestas galáxias.
“O que é extraordinário é que o sistema de ótica adaptativa do SINFONI pode contrabalançar em grande parte os efeitos atmosféricos e nos dizer onde é que as novas estrelas estão nascendo, fazendo-o com a mesma precisão com que o Hubble nos dá a distribuição de massas estelares”, comenta Marcella Carollo, também do ETH Zurich e co-autora do estudo.
De acordo com os novos dados, as galáxias mais massivas da amostra mantiveram uma produção estável de novas estrelas nas suas periferias. Contudo, nos seus centros densamente povoados, a formação estelar já se encontrava desligada nesta época.
“Esta interrupção da formação estelar ocorrendo de dentro para fora em galáxias massivas, que é agora demonstrada, deverá ajudar-nos a compreender os mecanismos subjacentes envolvidos, os quais têm sido extensivamente debatidos desde há muito tempo na comunidade astronômica“, diz Alvio Renzini, do Observatório de Pádua, Instituto Nacional de Astrofísica italiano.
Uma teoria promissora para explicar este fenômeno é que os materiais necessários à formação das estrelas que são espalhados por enxurradas de energia liberadas pelo buraco negro supermassivo central da galáxia, à medida que este devora enormes quantidades de matéria. Outra ideia diz que o gás deixa de fluir para o interior da galáxia, deixando-a sem combustível para formar novas estrelas e transformando-a num esferoide vermelho e morto.
“Há muitas sugestões teóricas diferentes para explicar os mecanismos físicos que levaram à morte destes esferoides massivos”, diz a co-autora Natascha Förster Schreiber, do Max-Planck-Institut für extraterrestrische Physik em Garching, Alemanha. “Descobrir que a extinção da formação estelar começou nos centros, tendo depois progredido para o exterior da galáxia é um passo muito importante para compreender como é que o Universo se transformou no que hoje é”.

domingo, 10 de maio de 2015

NOVO EXOPLANETA GIGANTE ENCONTRADO SURPREENDE OS CIENTISTAS E DESAFIA REGRAS DE FORMAÇÃO PLANETÁRIA

exoplaneta gigante muito próximo de sua estrela-mãe
 Exoplaneta gigante muito próximo de sua estrela-mãe
 De acordo com nossas regras e teorias, o exoplaneta HATS-6b não poderia existir...
A descoberta de um exoplaneta estranho que orbita uma pequena estrela fria a 500 anos-luz de distância é um verdadeiro desafio na compreensão de como os planetas se formam. "Nós encontramos uma pequena estrela, com um planeta gigante do tamanho de Júpiter que orbita muito perto dela", disse o pesquisador George Zhou da Escola de Pesquisa de Astrofísica e Astronomia da Universidade Nacional da Austrália. "Ele deve ter se formado mais longe da estrela, e com o passar do tempo, migrado para uma órbita mais próxima, mas até agora, as nossas teorias não conseguem explicar como isso aconteceu".
Nas últimas duas décadas, mais de 1.800 planetas extra-solares (ou exoplanetas) foram descobertos fora do nosso Sistema Solar, orbitando em torno de outras estrelas. A estrela hospedeira do último exoplaneta, HATS-6 (também conhecida como MASS 05523523-1901539), é classificada como uma anã M, um dos mais numerosos tipos de estrelas na Galáxia. Embora sejam comuns, estrelas anãs-M são frias e difíceis de serem observadas, o que as torna objetos pouco compreendidos.
A estrela HATS-6 emite apenas um vigésimo da luz do nosso Sol, e mesmo assim, os astrônomos conseguiram detectar uma diferença sutil em seu brilho, e foi aí que seu planeta foi descoberto. O mais incrível é que tudo isso foi observado por pequenos telescópios robóticos e também o telescópio de Siding Spring, do Observatório ANU.
Observatório Siding Spring
Observatório Siding Spring, Austrália. Créditos: Fred Kamphues
Para confirmar que aquele sinal realmente tratava-se de um planeta, e não apenas de algum tipo de atividade estelar, o Dr. Bayliss pediu ajuda para um dos maiores telescópios do mundo, o Magellan Telescope, no Chile, além da ajuda de um astrônomo amador, TG Tan, que opera a partir de seu quintal, em Perth, na Austrália.
"O astrônomo TG Tan tem sido muito útil em nossos projetos. Ele foi capaz de registrar o trânsito do planeta, depois que ele já havia se posto em nosso horizonte", disse Zhou.
Observações subsequentes do telescópio chileno, e espectros retirados do telescópio ANU de 2,3 metros em Siding Spring, confirmaram que o planeta, designado HATS-6b, orbita sua estrela hospedeira a uma distância assustadora de apenas um décimo da distância de Mercúrio para o Sol, completando uma órbita a cada 3,3 dias.
"O planeta tem uma massa semelhante a de Saturno, mas seu raio é semelhante ao de Júpiter. Como sua estrela-mãe é muito fria, ela não aquece o planeta consideravelmente, o que é muito diferente de tudo que conhecemos até agora", disse Zhou. "A atmosfera desse incrível planeta será um alvo interessante para ser estudada no futuro".
A descoberta teve ajuda de um grupo internacional de astrônomos australianos, chilenos, alemães, húngaros e estadunidenses, e somente com o apoio de vários países, foi possível descobrir e catalogar mais um planeta fora do nosso Sistema Solar, e diga-se de passagem, um tipo bastante intrigante...

sábado, 9 de maio de 2015

OBSERVADA A MAIOR EXPLOSÃO SOLAR REGISTRADA NESTE ANO

 maior explosão solar de 2015
Maior explosão solar de 2015 é registrada. Créditos: NASA / SDO
Após um longo período de calmaria, o Sol produziu uma grande explosão, sendo a mais forte do ano de 2015 até a data do ocorrido. A mancha solar AR2339 emergiu e desencadeou uma intensa explosão solar de classe X2 (as classes mais potentes) no dia 5 de maio, às 22h11 UTC (19h11 BRT). O Observatório Solar Dynamics da NASA capturou o flash ultravioleta dessa explosão extrema:
A explosão também lançou uma Ejeção de Massa Coronal (EMC) para o espaço. A nuvem em expansão foi ejetada a uma velocidade de 1.100 km/s, e não foi direcionada para a Terra.
Tempestade solar extrema? A Terra já escapou de várias, e outras podem acontecer a qualquer momento. Entenda
Um pulso de radiação UV e raios-X causou um grande apagão de rádio sobre o Pacífico da Terra. No mapa é possível ver a extensão do apagão, que afetou frequências abaixo de 20MHz. Navegantes, aviadores e operadores de rádio amador puderam perceber a perturbação com facilidade.
Apagão de rádio explosão solar
notícias sobre a atividade solar
As áreas vermelhas foram as mais atingidas, as verdes perceberam um impacto moderado,
enquanto que as pretas não sofreram perturbações. Confira a escala de intensidades na parte inferior da imagem. Créditos: NOAA 

Além de causar um grande apagão de rádio, o alargamento também causou uma explosão de rádio. Imediatamente após a explosão solar, um rugido alto de estática berrou nos alto-falantes de aparelhos receptores de ondas curtas no Pacífico e em partes do oeste da América do Norte.
O astrônomo amador Thomas Ashcraft, dos EUA, ouviu a explosão através de um rádio-receptor, e disse que o som de estática foi muito alto: "Não foi nada agradável escutar isso com fones de ouvido", comentou.
O que causou essa grande explosão de estática?
apagão de rádio explosão solar
A mesma explosão magnética que causou o alargamento também produziu feixes de elétrons. Conforme os elétrons passam através da atmosfera do Sol, eles geram uma onda de rádio-alta de plasma. Os astrônomos classificam rajadas de rádio solar em cinco tipos, sendo que essa foi uma mistura entre os tipos III e V.
Qual a diferença de tempestade solar, flare e Ejeção de Massa Coronal?
Existem diversos tipos de erupções solares. As explosões solares, também chamadas de flares, envolvem grande liberação de energia, assim como a Ejeção de Massa Coronal (EMC), porém, esses dois eventos são diferentes.

Tanto a explosão solar quanto a Ejeção de Massa Coronal (EMC), ambas podem ocorrer ao mesmo tempo (o que é o mais comum), porém, uma explosão solar pode não gerar uma EMC, e vice-versa. Os dois fenômenos emitem coisas diferentes, parecem diferentes, viajam em velocidades diferentes e causam impactos diferentes nos planetas.
Apesar de não ter sido direcionada para o nosso planeta, a Ejeção de Massa Coronal, decorrente da explosão solar, causou uma pequena tempestade geomagnética na Terra no dia 6 de maio.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

CHANDRA DA NASA OBSERVA 3 QUASARES E SUGERE INGESTÃO EXCESSIVAS DE MATÉRIA DE SEUS BURACOS NEGROS


Um novo estudo Chandra indica a existência de uma população de buracos negros que está consumindo grandes quantidades de material.
, Os discos em forma de anel pode ser de espessura em torno dos buracos negros, impedindo a maior parte da luz que seria emitida.
Os buracos negros no esses quasares pode estar crescendo a um ritmo extraordinariamente rápido.
Os astrónomos estudaram 51 quasares com o Observatório de raios-X Chandra da NASA e descobriu que eles podem representar uma população incomum de buracos negros que consomem quantidades excessivas de matéria, como descrito em nosso mais recente lançamento de imprensa. Quasares são objetos que possuem buracos negros supermassivos que também brilhar muito intensamente em diferentes tipos de luz. Ao examinar as propriedades de raios-X Chandra com, e combiná-los com os dados a partir de observações de luz ultravioleta e visível, os cientistas estão tentando determinar exatamente como esses grandes buracos negros crescem tão rapidamente no início do Universo.
Os quasares neste estudo - incluindo os três como imagens do Chandra na parte inferior do gráfico - estão localizados entre cerca de 5 bilhões e 11,5 bilhões de anos-luz da Terra. Estes quasares foram selecionados porque eles tinham emissão invulgarmente fraco de certos átomos de carbono, em especial, nos comprimentos de onda ultravioletas. Além disso, cerca de 65% dos quasares neste novo estudo verificou-se ser muito mais fraco em raios-X, por cerca de 40 vezes, em média, do que quasares típicos.
As fracas emissões de raios-X e fluxos atômicos ultravioleta destes objetos pode ser uma pista importante para a questão de como um buraco negro supermassivo puxa assunto. As simulações de computador mostram que, a taxas de vazões baixas, a matéria redemoinhos em direção ao buraco negro em um disco fino. No entanto, se o caudal de entrada é elevada, o disco pode inchar dramaticamente em toro ou um anel, que circunda a parte interna do disco.
Isto é mostrado na ilustração do artista na parte superior do gráfico principal. Raios-X, produzidos na região branco muito perto do buraco negro, são substancialmente bloqueada pela parte em forma de anel grosso do disco, fazendo com que o quasar invulgarmente fraco em raios-X. Os raios X são também impedidas de golpear as partículas que estão a ser soprado a partir das partes exteriores do disco em um vento. Isso resulta em mais fraca emissão de ultravioleta a partir de elementos como o carbono.
A implicação importante é que esses quasares "espessura do disco" pode abrigar buracos negros crescem a um ritmo extraordinariamente rápido. Os estudos anteriores e atuais queridos por equipes diferentes sugerem que tais quasares poderia ter sido mais comuns no início do Universo, apenas cerca de um bilhão de anos após o Big Bang. Tal crescimento rápido também pode explicar a existência de enormes buracos negros às vezes até mesmo anteriores.
Um papel que descreve estes resultados aparece na próxima edição do The Astrophysical Journal e está disponível online. Os autores são Bin Luo (Penn State University), Niel Brandt (Penn State), Patrick Hall (Universidade de York), Wu Jianfeng (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics), Scott Anderson (Universidade de Washington), Gordon Garmire (Penn State) , Robert Gibson (Universidade de Washington), Richard Plotkin (Universidade de Michigan), Gordon Richards (Universidade Drexel), Don Schneider (Penn State), Ohad Shemmer (University of North Texas), e Yue Shen (Carnegie Observatories).
Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Ciência Missão Direcção da agência em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo de Chandra.
Fatos para 152.156,48 + 520.238,5:
Crédito de raios-X:
NASA / CXC / Penn State / B.Luo et al .; Ilustração: NASA / CXC / M.Weiss
Data de lançamento
30 de abril de 2015
Imagem de escala é de
1 arcmin transversalmente. (1,64 milhões de anos-luz)
Categoria
quasares e galáxias ativas
Coordenadas (J2000)
RA 56.50s 15h 21m | dezembro + 52 ° 02 '38.50 "
Constelação
Boötes
Observação
Datas 22 de outubro de 2013
Tempo de observação
10 horas 23 min
Obs.
IDs 15334
Instrumento
ACIS
Referências
Luo, B. et al, 2015, APJ (no prelo); arXiv: 1.503,02085
Código de Cores
Intensidade Raio X
Distância estimam
que cerca de 10.750 milhões de anos-luz

quinta-feira, 7 de maio de 2015

NOVA ULTRA IMAGEM DO ALMA PRODUZ IMAGENS ESPETACULARES


Imagens de nitidez inigualável que mostram o quase perfeito anel de Einstein gravitacional de uma galáxia distante e a superfície do asteróide foram recentemente capturado pelo Atacama Large Millimeter / submillimeter Array (ALMA). Estas imagens impressionantes foram tomadas no final de 2014 como parte da linha de base do ALMA longo da campanha, que testou e verificou a capacidade do telescópio para ver os detalhes mais finos com sucesso. Isto é conseguido quando as antenas são na sua maior separação: até 15 quilómetros de distância.
Cinco alvos foram selecionados para estudo durante a Campanha do ALMA longo da linha de base. Eles incluíram o disco protoplanetário HL Tauri, o SDP.81 galáxia gravitacionalmente lensed, Juno asteróide, a estrela Mira, e o 3C138 quasar. The Astrophysical Journal Letters publicou quatro artigos científicos escritos por representantes de toda a equipe internacional da Parceria ALMA, detalhando estas observações.
SDP.81 é uma galáxia de formação estelar ativa quase visto numa altura em que o Universo tinha apenas 15 por cento de sua idade atual. Ele está sendo aconpanhado por uma galáxia em primeiro plano maciço que é  relativamente bem perto de quatro bilhões de anos-luz de distância. A lente gravitacional criou um anel quase perfeito Einstein. A resolução do ALMA com longas linhas de base nesta meta excede a de todos os outros telescópios que temos observado, inclusive Telescopios da NASA / ESA Hubble, e revela uma muito fina estrutura em anel que nunca foi visto antes.
O segundo objetivo era muito mais perto de casa. Uma série de imagens realizadas com ALMA proporcionou uma visão sem precedentes da superfície de Juno, um dos maiores membros do principal cinturão de asteróides do Sistema Solar. Ligados entre si em uma breve animação, estas imagens de alta resolução mostra a rotação do asteróide como ele brilha na luz milímetros de comprimento de onda.
A sequência completa de observações ALMA foi realizado ao longo de quatro horas, quando Juno foi de aproximadamente 295.000 mil km da Terra. A resolução das novas observações ALMA é uma grande melhoria sobre as observações anteriores feitas em comprimentos de onda semelhantes e é suficiente para resolver claramente a forma irregular do asteróide e potencialmente destrinchar características superficiais proeminentes.
Os cinco objetos foram escolhidos para mostrar o potencial científico da ALMA, o maior observatório terrestre do mundo, em sua configuração mais prolongado.