segunda-feira, 30 de novembro de 2015
CIENTISTAS OBSERVAM UM PLANETA SE FORMANDO PELA PRIMEIRA VEZ
Pela primeira vez, os cientistas conseguiram observar um planeta sendo formado.
Além disso, os astrônomos capturaram imagens de partículas de poeira e gás se acumulando para formar um protoplaneta (condensação de matéria da fase inicial na evolução de um planeta) em um sistema solar distante.
Pesquisadores dos EUA e da Austrália observaram o fenômeno no sistema solar, em torno de uma estrela chamada LkCa 15, localizada a 450 anos-luz de distância da Terra. Observar um planeta em formação pela primeira vez foi particularmente emocionante para os astrônomos, pois, dos quase 2.000 exoplanetas até agora identificados, nenhum deles está em processo de formação.
“Esta é a primeira vez que temos de um planeta que podemos dizer que ainda está se formando", disse Stephanie Sallum, astrônoma da Universidade do Arizona, nos EUA, que liderou o estudo com a colega, Kate Follett, pesquisadora da Universidade de Stanford. “Sempre houve explicações alternativas, mas, neste caso, tivemos uma imagem direta, e é difícil de contestar isso”, acrescentou Kate.
Os resultados, publicados na revista Nature, descrevem como LkCa15 é cercada por um tipo especial de disco protoplanetário, que se forma em torno de estrelas jovens nos restos que permanecem após a estrela ter se formado.
A hipótese dos pesquisadores, agora apoiada por suas imagens, é que os planetas se formam no interior do disco, junto dos escombros e poeira. “O motivo pelo qual observávamos este sistema é porque ele é construído em torno de uma estrela muito jovem que tem material de sobra para o processo de formação estelar. É como um grande donut”, acrescentou Kate.
LkCa15 possui, aproximadamente, 2 milhões de anos, sendo relativamente jovem para uma estrela, e recente o bastante para que o sistema ainda apresente um disco de detritos a sua volta, capaz de dar origem a novos planetas. Até três planetas estão em processo de formação em torno da estrela, segundo os pesquisadores, que acompanham o movimento planetário local entre 2009 e 2015, utilizando ferramentas avançadas, incluindo o maior telescópio do mundo, o Grande Telescópio Binocular (LBT), no Arizona, e o telescópio Magellan, no Chile.
Usando os telescópios e um sistema de adaptação ótica, os pesquisadores foram capazes de distinguir as impressões digitais espectrais de dois brilhantes e quentes objetos vermelhos como a estrela em formação e o planeta que estava se formando. “Este tom escuro de luz vermelha é emitido tanto pelo planeta quanto pela estrela, à medida que passam pelo mesmo processo de crescimento. Fomos capazes de separar a luz do fraco planeta a partir da luz da estrela mais brilhante e vimos que ambos estavam crescendo e brilhando neste tom, muito distinto de um vermelho comum”, contou Kate.
Não se sabia explicar, anteriormente, o que seriam tais diferenças, mas agora que os pesquisadores identificaram com sucesso as formações que ocorrem no LkCa 15, podem tornar a identificação mais simples para os cientistas, com formações semelhantes em sistemas de estrelas distantes. “Esta foi uma tempestade perfeita de um problema observacional. Estamos tentando ver planetas muito tênues através do brilho de uma estrela”, disse um dos pesquisadores, Peter Tuthill, da Universidade de Sydney, na Austrália.
domingo, 29 de novembro de 2015
DESCOBERTO AQUI AO LADO UM EXOPLANETA ROCHOSO – AINDA MAIS ÁRIDO QUE TATOOINE
Impressão de artista de GJ 1132b, um exoplaneta rochoso muito parecido com a Terra no que toca ao tamanho e massa, que orbita uma anã vermelha.
Cientistas descobriram um novo exoplaneta que, na linguagem da saga “Guerra das Estrelas”, seria o oposto do frio planeta Hoth e ainda mais inóspito que os desertos de Tatooine.
Mas, em vez de residir numa galáxia muito, muito distante, este novo mundo fica, galacticamente falando, praticamente aqui ao lado.
O novo planeta, chamado GJ 1132b, é do tamanho da Terra e rochoso, orbita uma pequena estrela localizada a uns meros 39 anos-luz da Terra, tornando-o no mais próximo exoplaneta do tamanho da Terra já descoberto.
Os astrofísicos publicaram estes resultados na última edição da revista Nature.
Com base nas suas medições, os cientistas determinaram que o planeta é um forno com 260°C e provavelmente tem bloqueio de marés – mantém sempre a mesma face virada para a estrela – o que significa que é permanentemente dia num lado e permanentemente noite no outro, tal como a Lua em relação à Terra.
Devido às suas altas temperaturas, GJ 1132b provavelmente não consegue reter água líquida à superfície, tornando-o inabitável para a vida como a conhecemos.
No entanto, os cientistas dizem que é suficientemente frio para albergar uma atmosfera substancial.
O planeta também está suficientemente perto da Terra para que os cientistas possam, em breve, saber mais sobre as suas características, como por exemplo a composição da sua atmosfera e o padrão dos seus ventos – até mesmo a cor do pôr-do-Sol.
“Se nós descobrirmos que este planeta quente conseguiu agarrar a sua atmosfera durante os milhares de milhões de anos da sua existência, isso será um bom augúrio para o objetivo a longo prazo de estudar planetas mais frios que possam ter vida,” afirma Zachory Berta-Thompson, pós-doutorado do Instituto Kavli do MIT para Astrofísica e Pesquisa Espacial.
“Finalmente temos um alvo para apontar os nossos telescópios e examinar mais profundamente o funcionamento de um exoplaneta rochoso”, diz Berta-Thompson.
Berta-Thompson e os colegas descobriram o planeta usando o Observatório MEarth-Sul, uma rede de oito telescópios robóticos com 40 cm de abertura da Universidade de Harvard localizados nas montanhas do Chile.
A rede estuda pequenas estrelas vizinhas, chamadas anãs M, que estão espalhadas por todo o céu noturno.
Os cientistas determinaram que estes tipos de estrelas são frequentemente orbitadas por planetas, mas ainda não tinham encontrado exoplanetas do tamanho da Terra suficientemente perto para os estudar em profundidade.
Anatomia de um planeta
Desde o início de 2014, a rede telescópica tem vindo a recolher dados quase todas as noites, obtendo medições da luz das estrelas a cada 25 minutos em busca de diminuições reveladoras no brilho que possam indicar a passagem de um planeta em frente de uma estrela.
No dia 10 de maio, um telescópio captou um leve mergulho em GJ 1132, uma estrela localizada a 12 parsecs, ou 39 anos-luz, da Terra.
“A nossa Galáxia mede cerca de 100.000 anos-luz,” explica Berta-Thompson. “Portanto, é uma estrela definitivamente na nossa vizinhança solar.”
Com base na quantidade de luz estelar que o planeta bloqueia, e no raio da estrela, os cientistas calcularam que o planeta GJ 1132b tem cerca de 1,2 vezes o tamanho da Terra.
A partir da medição da oscilação da sua estrela-mãe, estimam que a massa do planeta ronde as 1,6 massas terrestres.
Dada a sua dimensão e massa, puderam determinar a sua densidade – e pensam ser rochoso, como a Terra. No entanto, é no tamanho e na composição que as parecenças com o nosso planeta terminam.
Ao calcularem o tamanho e a proximidade à estrela, o grupo determinou uma estimativa da temperatura média do planeta: uns tórridos 227º C.
“A temperatura do planeta é tão quente quanto um forno,” observa Berta-Thompson.
“É demasiado quente para ser habitável – não pode existir água líquida à superfície. Mas também é bastante mais frio que outros planetas rochosos que conhecemos.”
“Dos milhares de milhões de sistemas estelares na Via Láctea, apenas cerca de 500 estão mais próximos que GJ 1132,” realça Berta-Thompson.
Jonathan Fortney, professor de astronomia e física na Universidade da Califórnia em Santa Cruz, EUA, diz que o novo planeta é bem mais frio que outros planetas rochosos próximos descobertos até agora.
“O que é tremendamente emocionante, é que este planeta pode ser um ‘primo’ de Vénus e da Terra,” comenta Fortney, que não esteve envolvido na investigação.
“Penso que a atmosfera deste planeta, quando formos capazes de determinar a sua composição, será um ponto interessante de dados para a compreensão da diversidade de composição atmosférica de planetas do tamanho da Terra”, diz o astrofísico.
“No nosso Sistema Solar, só temos dois pontos de dados: a Terra e Vénus. Antes de percebermos a habitabilidade, precisamos de compreender a gama de atmosferas que a Natureza consegue produzir, e porquê.”
Fonte.CCVAlg
sábado, 28 de novembro de 2015
CIENTISTAS ENCONTRAM UMA ÓRBITA DE ORIGEM INEXPLICÁVEL NO SISTEMA SOLAR
Novembro, 2015 por ZAP NASA
Astrônomos norte-americanos descobriram a órbita insólita do objeto mais distante do sistema solar, três vezes mais longe do Sol do que Plutão. A órbita parece ter sido submetida ao impacto de outros planetas desconhecidos ou estrelas próximas.
O novo planeta-anão, chamado V774104, foi descoberto em outubro de 2015. O V774104 encontra-se a uma distância de 15,4 mil milhões de quilómetros (103 unidades astronómicas) do Sol, relata a revista New Scientist.
“Ainda não sabemos nada sobre a sua órbita”, comenta Scott Sheppard, do Instituto Carnegie de Washington, Estados Unidos, cuja equipe descobriu o novo objeto do sistema solar.
“Sabemos apenas que é o objeto mais distante conhecido“, acrescenta o cientista.
Tendo em conta o brilho do objeto a esta distância, calcula-se que tenha entre 500 e 1.000 quilômetros de diâmetro – menos da metade do tamanho de Plutão.
Além do V774104, os astrônomos descobriram ainda, com o telescópio Subaru no Havaí e o Dark Energy Survey Câmera no Chile, mais de uma dezena de objetos entre 80 e 90 unidades astronômicas do Sol.
Tendo em conta que estes corpos se movem no céu lentamente, os cientistas consideram precisar de pelo menos um ano para determinar com precisão a sua órbita – e as suas origens.
Sheppard anunciou a descoberta a 10 de novembro numa reunião da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana, realizada em National Harbor, no estado de Maryland.
ZAP / RT
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
AGORA PODEMOS COMPARAR O TAMANHOS DAS NEBULOSAS PLANETÁRIAS PELA PRIMEIRA VEZ
É como se estivéssemos conhecendo o Universo de uma outra forma: a correta!
Apesar do nome, as nebulosa planetárias não têm nada a ver com planetas, e também são diferentes de outros tipos de nebulosas que encontramos no Universo. Essas belíssimas formações receberam esses nomes pelos primeiros astrônomos cujos telescópios mostravam apenas grandes objetos esféricos e brilhantes, assim como os planetas. Sabemos agora que as nebulosas planetárias são, na verdade, a fase final da atividade de estrelas parecidas com o nosso Sol, que quando chegam no fim de suas vidas, ejetam a maior parte de sua atmosfera para o espaço, deixando pra trás um núcleo quente e denso. A luz a partir desse núcleo reflete nessa gigantesca nuvem de gás em expansão, iluminando-a em diferentes cores. Como seus gases estão se expandindo, suas formas devem desaparecer ao longo de dezenas de milhares de anos...
Mas apesar de intensos estudos, os cientistas têm lutado para medir uma de suas principais propriedades: seu tamanho.
"Por muitas décadas, a medição de tamanho das nebulosas planetárias tem sido um grave problema quase sem solução, devido à natureza extremamente diversa das nebulosas e de suas estrelas centrais", disse Dr. Frew, principal autor do estudo. "Mas determinar essas dimensões é crucial se quisermos compreender a sua verdadeira natureza propriedades físicas ".
Comparação de tamanhos de Nebulosas Planetárias
Comparar o tamanho dessas nebulosas planetárias pode ser divertido e empolgante, além de cientificamente útil, mas nem sempre foi assim. A colagem acima mostra 22 nebulosas planetárias artisticamente dispostas em ordem de tamanho. A barra de escala representa 4 anos-luz. O tamanho de cada nebulosa é calculado a partir de uma nova escala de distância, que é aplicável a todas as nebulosas, de todas as formas, tamanhos e brilhos. A maior nebulosa planetária conhecida atualmente tem cerca de 20 anos-luz de diâmetro, e considerando a escala acima, cobriria toda a tela do seu computador (a não ser que você esteja vendo isso em uma TV HD).
O novo método de medição foi apresentado por três astrônomos da Universidade de Hong Kong: Dr. David Frew, Prof. Quentin Parker e Dr. Ivan Bojicic, e seu trabalhos foram publicados nas Notícias Mensais da Sociedade Astronômica Real (Royal Astronomical Society). O novo método permite aos astrônomos calcular o tamanho das nebulosas planetárias com até 5 vezes mais precisão do que nos métodos anteriores. "Nossa nova escala é a primeira a determinar com precisão o tamanho das nebulosas planetárias mais fracas", disse o Dr. Frew.
A solução apresentada pelos astrônomos é simples. Seu método requer apenas uma estimativa de três propriedades: o escurecimento em direção ao objeto (causado por intervenção de gás e poeira interestelar), o tamanho previsto do objeto no céu (retirado das últimas pesquisas de alta resolução) e uma medida do quão brilhante o objeto é (obtida a partir da melhor imagem moderna).
O resultado chamado de "relação de superfície-brilho" tem conseguido mensurar mais de 300 nebulosas planetárias cujos tamanhos exatos foram determinados através de meios independentes e confiáveis. O professor Parker explicou que "a técnica básica não é nova, mas o que marca esse trabalho é que agora temos as medições mais confiáveis de todas as três propriedades."
As nebulosas planetárias representam uma fase fascinante (e breve) do fim da vida de uma estrela de médio porte. Ao entendermos melhor suas dimensões, os cientistas terão uma visão muito melhor de como elas se formaram e se desenvolveram. Poderemos ter uma noção mais ampla de como as estrelas se formam, e como elas chegam ao fim.
Para ver a diferença de cálculos entre os métodos antigos e o método atual, vejamos duas nebulosas planetárias altamente evoluídas. A nebulosa planetária PuWe 1 (número 1) e Abell 21 (número 2).
Novo método de medição de nebulosas planetárias
De acordo com as escalas anteriores (direita), podemos ver que as dimensões desses objetos eram subestimadas. De acordo com o método atual (esquerda), podemos ver que os objetos são maiores do que pensávamos, ultrapassando 4 anos-luz de diâmetro.
A imagem acima representa perfeitamente o que o novo método de medição de nebulosas planetárias pôde fazer para a humanidade: trazer esses objetos espetaculares ainda mais próximos de nós, e assim, quem sabe, resolver seus mistérios, entendo cada vez mais desse vasto e infinito cosmos.
Fonte: Oxford University Press / Royal Astronomical Society
Imagens: (capa ) / Ivan Bojicic / David Frew / Quentin Parker / ESA / Hubble / NASA / ESO
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
O PLANETA MAIS PRÓXIMO DO NOSSO SISTEMA SOLAR DESAPARECEU
Novembro, 2015 por ZAP L. Calçada, N. Risinger / ESO
Conceito artístico do exoplaneta Alpha Centauri Bb (à direita), em óribta de Alpha Centauri B, a estrela mais próxima do Sol (ao fundo)
Alpha Centauri Bb é um planeta parecido com a Terra, em orbita da estrela mais próxima do nosso sistema solar. Melhor dizendo, era um planeta parecido com a Terra.
Os astrónomos já não têm a certeza de que o planeta mais próximo do nosso sistema solar ainda exista. Aparentemente, Alpha Centauri Bb desapareceu.
Um novo estudo sugere agora que Alpha Centauri Bb foi, desde sempre, apenas um erro de dados.
O planeta foi descoberto por uma equipa internacional de astrónomos, da qual fazia parte o português Nuno Santos, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto.
A descoberta foi publicada em 2012, na revista Nature.
De acordo com os cálculos dos astrónomos, o novo planeta parecia ter uma massa semelhante à da Terra e orbitava a sua estrela a uma distância semelhante à de Mercúrio em relação ao sol.
O melhor de tudo, acerca deste planeta, é que estava a apenas 4,3 anos-luz de distância de nós, muito mais perto do que a maioria dos restantes exoplanetas semelhantes à Terra.
Isso, claro, se realmente existir.
Um ano depois da sua descoberta, um outro grupo de investigadores pôs em causa a sua existência, considerando não haver provas ou indícios suficientemente fortes de que o planeta fosse real.
Recentemente, uma outra equipa conseguiu mostrar que subtis padrões de luz causados por acontecimentos não planetários do sistema de estrelas – por exemplo, a atracção de outras estrelas ou actividade na superfície da estrela – poderiam ser confundidos com um planeta.
Assim, segundo o líder da equipa, Vinesh Rajpaul, investigador da Universidade de Oxford, no Reino Unido, “Alpha Centauri Bb pode não passar de um erro de interpretação nos dados”.
Rajpaul e os colegas demonstraram esse efeito criando uma simulação de uma estrela com nenhum planeta e, em seguida, observando-a aleatoriamente.
“Quando gerámos dados sintéticos, apareceu um planeta – mesmo que não houvesse nenhum planeta”, explicou Rajpaul à National Geographic.
A nova pesquisa vai ser publicada na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Xavier Dumusque, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos EUA, que liderou a equipa que em 2012 descobriu Alpha Centauri bb, admite que Rajpaul tem um bom argumento.
“É realmente um bom trabalho”, diz Dumusque. “Não temos 100% de certeza, mas provavelmente o planeta afinal não está lá”.
Este desfecho serve de alerta aos muitos astrofísicos em busca de exoplanetas em órbita de estrelas distantes.
Os planetas são geralmente detectados de duas formas.
Uma das formas é a observação de uma diminuição no brilho de uma estrela, um sinal de que um planeta está em órbita, a passar à sua frente.
A outra forma de descobrir planetas é pela identificação de uma “oscilação”, o que sugere que a estrela está a ser puxada em torno de um planeta na sua órbita.
A percepção de oscilação, anteriormente conhecida como método de velocidade radial, foi a técnica utilizada para detectar Alpha Centauri Bb, e foi no passado usada para identificar com segurança vários planetas maiores.
Mas planetas pequenos como a Terra dificultam muito mais a identificação de um sinal genuíno do ruído de fundo, especialmente se o sistema estelar não está a ser monitorizado em permanência, como era o caso de Alpha Centauri Bb.
Felizmente, a maioria dos exoplanetas não está em risco deste tipo de erro, pois foram detectados pelo Kepler, o super-telescópio espacial que há anos observa constantemente os céus à procura de sinais de novos planetas.
Conceito artístico do exoplaneta Alpha Centauri Bb (à direita), em óribta de Alpha Centauri B, a estrela mais próxima do Sol (ao fundo)
Alpha Centauri Bb é um planeta parecido com a Terra, em orbita da estrela mais próxima do nosso sistema solar. Melhor dizendo, era um planeta parecido com a Terra.
Os astrónomos já não têm a certeza de que o planeta mais próximo do nosso sistema solar ainda exista. Aparentemente, Alpha Centauri Bb desapareceu.
Um novo estudo sugere agora que Alpha Centauri Bb foi, desde sempre, apenas um erro de dados.
O planeta foi descoberto por uma equipa internacional de astrónomos, da qual fazia parte o português Nuno Santos, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto.
A descoberta foi publicada em 2012, na revista Nature.
De acordo com os cálculos dos astrónomos, o novo planeta parecia ter uma massa semelhante à da Terra e orbitava a sua estrela a uma distância semelhante à de Mercúrio em relação ao sol.
O melhor de tudo, acerca deste planeta, é que estava a apenas 4,3 anos-luz de distância de nós, muito mais perto do que a maioria dos restantes exoplanetas semelhantes à Terra.
Isso, claro, se realmente existir.
Um ano depois da sua descoberta, um outro grupo de investigadores pôs em causa a sua existência, considerando não haver provas ou indícios suficientemente fortes de que o planeta fosse real.
Recentemente, uma outra equipa conseguiu mostrar que subtis padrões de luz causados por acontecimentos não planetários do sistema de estrelas – por exemplo, a atracção de outras estrelas ou actividade na superfície da estrela – poderiam ser confundidos com um planeta.
Assim, segundo o líder da equipa, Vinesh Rajpaul, investigador da Universidade de Oxford, no Reino Unido, “Alpha Centauri Bb pode não passar de um erro de interpretação nos dados”.
Rajpaul e os colegas demonstraram esse efeito criando uma simulação de uma estrela com nenhum planeta e, em seguida, observando-a aleatoriamente.
“Quando gerámos dados sintéticos, apareceu um planeta – mesmo que não houvesse nenhum planeta”, explicou Rajpaul à National Geographic.
A nova pesquisa vai ser publicada na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Xavier Dumusque, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos EUA, que liderou a equipa que em 2012 descobriu Alpha Centauri bb, admite que Rajpaul tem um bom argumento.
“É realmente um bom trabalho”, diz Dumusque. “Não temos 100% de certeza, mas provavelmente o planeta afinal não está lá”.
Este desfecho serve de alerta aos muitos astrofísicos em busca de exoplanetas em órbita de estrelas distantes.
Os planetas são geralmente detectados de duas formas.
Uma das formas é a observação de uma diminuição no brilho de uma estrela, um sinal de que um planeta está em órbita, a passar à sua frente.
A outra forma de descobrir planetas é pela identificação de uma “oscilação”, o que sugere que a estrela está a ser puxada em torno de um planeta na sua órbita.
A percepção de oscilação, anteriormente conhecida como método de velocidade radial, foi a técnica utilizada para detectar Alpha Centauri Bb, e foi no passado usada para identificar com segurança vários planetas maiores.
Mas planetas pequenos como a Terra dificultam muito mais a identificação de um sinal genuíno do ruído de fundo, especialmente se o sistema estelar não está a ser monitorizado em permanência, como era o caso de Alpha Centauri Bb.
Felizmente, a maioria dos exoplanetas não está em risco deste tipo de erro, pois foram detectados pelo Kepler, o super-telescópio espacial que há anos observa constantemente os céus à procura de sinais de novos planetas.
MARTE ESTÁ DESTRUINDO SUA PRÓPRIA LUA
A Lua Phobos está sendo "puxada" pela gravidade do planeta vermelho
"De acordo com o Mirror, a NASA revelou que Marte está matando sua maior lua lentamente.
A Phobos está sendo ‘puxada’ gradualmente para o planeta, um processo que eventualmente vai destruir a lua.
Os cientistas identificaram “marcas de elasticidade” distintas que mostram que a lua terá um futuro desagradável.
Terry Hurford, que trabalha na NASA, acredita que “a Phobos já começou a falhar, e o primeiro sinal disso é a produção das marcas”. A Phonos é a lua mais perto do seu planeta no sistema solar, orbitando apenas a 5.954 quilômetros.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
PLANETA COM VENTOS MAIS RÁPIDOS QUE O SOM E TEMPERATURA DE 1.200 GRAUS C.
Universidade de Warwick Uma ilustração do HD 189733b, um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos.
Pesquisadores britânicos descobriram um exoplaneta no qual os ventos sopram a uma velocidade de 8.690 quilômetros por hora, sete vezes acima da velocidade do som, e com temperatura ambiente de 1.200 graus.
O HD 189733b fica a 63 anos-luz da Terra, fora do Sistema Solar, na constelação Vulpecula. Ele foi descoberto em 2005, mas apenas agora os cientistas da Universidade de Warwick conseguiram observar o clima no planeta.
"Esta é o primeiro mapa meteorológico de fora do nosso Sistema Solar. Já sabíamos que havia vento em exoplanetas, mas nunca conseguimos medir e mapear diretamente um sistema meteorológico", afirmou Tom Louden, do Grupo de Astrofísica da universidade britânica.
Os ventos no HD 189733b são 20 vezes mais velozes dos que os mais rápidos já registrados em nosso planeta.
A medição da velocidade foi feita graças a observações do telescópio Harps, no observatório La Silla, no Chile.
"A velocidade (do vento) no HD 189733b foi medida usando uma espectroscopia de alta resolução de absorção do sódio presente na atmosfera. Como parte da atmosfera do HD 189733b se aproxima e afasta da Terra (por causa da órbita e outros movimentos), o efeito Doppler muda o comprimento de onda deste elemento, o qual permite medir a velocidade", acrescentou Louden.
O efeito Doppler é a mudança da frequência de uma onda produzida pelo movimento relativo da fonte em relação ao seu observador. Neste caso, o objeto em movimento é o exoplaneta.
"A superfície da estrela (em torno da qual o exoplaneta gira) é mais brilhante no centro do que na borda", disse Louden.
"E como o planeta se move em frente à estrela, a quantidade relativa de luz que ficava bloqueada em diferentes partes da atmosfera muda."
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"Pela primeira vez usamos esta informação para medir as velocidades em lados opostos do planeta de forma independente, o que nos deu nosso mapa de velocidades", acrescentou o cientista.
O clima em outros planetas
Os pesquisadores afirmam que este trabalho pode ajudar a estudar com mais detalhes as correntes de vento em outros planetas parecidos com a Terra e que estão fora do Sistema Solar.
"Estamos muito animados por termos descoberto uma forma de mapear sistemas meteorológicos em planetas distantes. Quando desenvolvermos mais a técnica, conseguiremos estudar o fluxo do vento com mais detalhe e fazer mapas meteorológicos de planetas menores. Esta técnica vai permitir que façamos imagens de sistemas meteorológicos de planetas parecidos com a Terra", afirmou Peter Wheatley, que também faz parte do Grupo De Astrofísica da Universidade de Warwick.
O HD 189733b pertence a uma categoria de planetas conhecidos como "júpiteres quentes".
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Eles são chamados assim porque têm uma massa parecida com a de Júpiter e podem percorrer sua órbita em menos de três dias.
No caso do HD 189733b, ele é 10% maior que Júpiter e tem uma temperatura de 1.200 graus.
Devido ao seu tamanho e ao fato de estar relativamente perto de nosso Sistema Solar, ele é um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
O VLT MAPEIA OS RESTOS DA REFEIÇÃO DE UMA ANÃ BRANCA
O halo resplandecente de uma estrela zumbi em comparação com o planeta Saturno.
Os restos de uma interação fatal entre uma estrela morta e um asteroide foram estudados pela primeira vez em detalhes por uma equipe de astrônomos que utilizou o Very Large Telescope situado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile. Este estudo ajuda-nos a prever como será o futuro distante do Sistema Solar.
Uma equipe de pesquisadores liderada por Christopher Manser, um estudante de doutorado da Universidade de Warwick no Reino Unido, utilizou dados do Very Large Telescope do ESO (VLT) e outros observatórios para estudar os restos destruídos de um asteroide em torno de uma estrela morta — uma anã branca chamada SDSS J1228+1040 .
Usando vários instrumentos, incluindo o Ultraviolet and Visual Echelle Spectrograph (UVES) e o X-shooter, ambos montados no VLT, a equipe obteve observações detalhadas da radiação emitida pela anã branca e pelo material que a rodeia durante um período de 12 anos — entre 2003 e 2015. Foram necessárias observações de longa duração para estudar o sistema sob vários aspectos.
“A imagem que criamos a partir dos dados processados mostra-nos que estes sistemas são claramente do tipo de discos e revela muitas estruturas que não poderiam ter sido detectadas com uma única observação,” explica o autor principal do trabalho Christopher Manser.
A equipe utilizou uma técnica chamada tomografia Doppler — semelhante à tomografia médica que é utilizada para observar o corpo humano — a qual permitiu mapear em detalhe, e pela primeira vez, a estrutura gasosa resplandescente que resta da "refeição" da anã branca e que a orbita.
Enquanto as estrelas grandes — mais massivas do que dez vezes a massa do Sol — sofrem no final das suas vidas um clímax espetacularmente violento sob a forma de explosão de supernova, as estrelas menores não têm um fim tão dramático. Quando as estrelas como o Sol chegam ao final das suas vidas, consomem todo o seu combustível, expandem-se nas chamadas gigantes vermelhas e mais tarde expelem as suas camadas exteriores para o espaço. Os seus núcleos quentes e muito densos — uma anã branca— é tudo o que resta do objeto.
Mas poderão os planetas, asteroides e outros corpos do sistema sobreviver a tal provação? O que restará? As novas observações ajudam a responder a estas questões.
É raro as anãs brancas terem em órbita discos de material gasoso — até hoje foram encontradas apenas sete nestas condições. A equipe concluiu que um asteroide se aproximou perigosamente da estrela morta, tendo sido desfeito pelas enormes forças de maré a que foi sujeito, formando por isso o disco de matéria que vemos agora.
O disco que orbita a estrela formou-se de maneira semelhante aos fotogênicos anéis que vemos em torno de planetas próximo de nós, como Saturno. No entanto, apesar da J1228+1040 ter um diâmetro sete vezes menor que o de Saturno, tem uma massa 2500 vezes superior. A equipe descobriu que a distância entre a anã branca e o seu disco é também muito diferente — Saturno e os seus anéis caberiam confortavelmente no espaço entre eles .
O novo estudo de longo duração efetuado com o VLT permitiu à equipe observar a precessão do disco sob a influência do forte campo gravitacional da anã branca. A equipe descobriu ainda que o disco está ligeiramente torto e não se tornou ainda circular.
“Quando descobrimos este disco de detritos em órbita da anã branca em 2006, não podíamos imaginar os detalhes extraordinários que vemos agora nesta imagem, criada a partir de 12 anos de dados — valeu definitivamente a pena esperar,” acrescentou Boris Gänsicke, co-autor do estudo.
Restos como a J1228+1040 dão-nos pistas importantes para compreender o meio que se forma quando as estrelas chegam ao fim das suas vidas. Este fato ajuda os astrônomos a perceber melhor os processos que ocorrem em sistemas exoplanetários e até a prever o destino do Sistema Solar quando o Sol chegar ao fim dos seus dias daqui a cerca de sete bilhões de anos.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O VISTA DESCOBRE UM NOVO COMPONENTE DA VIA LÁCTEA
Com o auxílio do telescópio VISTA instalado no Observatório do Paranal do ESO, astrônomos descobriram uma componente que era anteriormente desconhecida da Via Láctea. Ao mapear a localização de uma classe de estrelas que variam em brilho chamadas Cefeidas, foi descoberto um disco de estrelas jovens enterradas por trás de espessas nuvens de poeira no bojo central.
O rastreio público do ESO VISTA Variables in the Vía Láctea (VVV) usa o telescópio VISTA instalado no Observatório do Paranal para obter imagens múltiplas em épocas diferentes das regiões centrais da nossa Galáxia nos comprimentos de onda do infravermelho. O rastreio está descobrindo uma enorme quantidade de novos objetos, incluindo estrelas variáveis, aglomerados e estrelas em explosão (eso1101, eso1128, eso1141).
Uma equipe de astrônomos, liderada por Istvan Dékány da Pontificia Universidad Católica de Chile, utilizou dados deste rastreio, obtidos entre 2010 e 2014, para fazer uma descoberta notável — um componente anteriormente desconhecido da Via Láctea, a Galáxia que nos acolhe.
“Acredita-se que o bojo central da Via Láctea é constituído por imensas estrelas velhas. No entanto, os dados VISTA revelaram algo novo — e muito jovem em termos astronômicos!” diz Istvan Dékány, autor principal deste novo estudo.
Ao analisar os dados do rastreio, os astrônomos descobriram 655 candidatos a estrelas variáveis do tipo Cefeidas. Estas estrelas expandem-se e contraem-se periodicamente, levando entre alguns dias a meses a completar um ciclo e apresentando variações significativas de brilho durante o ciclo.
O tempo que uma Cefeida leva a tornar-se muito brilhante e depois a apagar-se outra vez é maior para as estrelas que são mais brilhantes e menor para as que são mais fracas. Esta relação precisa notável, descoberta em 1908 pela astrônoma americana Henrietta Swan Leavitt, faz do estudo das Cefeidas um dos meios mais eficazes de medir distâncias e mapear as posições de objetos distantes na Via Láctea e além dela.
No entanto, há um senão — as Cefeidas não são todas iguais — pertencem a duas classes diferentes, uma muito mais jovem que a outra. Da amostra de 655 objetos observados, a equipe identificou 35 estrelas pertencentes ao sub-grupo das Cefeidas clássicas — estrelas brilhantes e jovens, muito diferentes das mais velhas normalmente residentes no bojo central da Via Láctea.
A equipe recolheu informação sobre o brilho e período de pulsação destes objetos e deduziu as distâncias a estas 35 Cefeidas clássicas. Os períodos de pulsação, que estão intimamente ligadas à idade, revelaram a juventude surpreendente destas Cefeidas.
“As 35 Cefeidas clássicas descobertas têm menos de 100 milhões de anos de idade. As Cefeidas mais jovens podem ter apenas cerca de 25 milhões de anos, embora não possamos excluir a presença de Cefeidas ainda mais jovens e brilhantes,” explica o segundo autor do estudo Dante Minniti, da Universidad Andres Bello, Santiago, Chile.
As idades destas Cefeidas clássicas fornecem evidências sólidas de que tem havido um reabastecimento contínuo, não confirmado anteriormente, de estrelas recém formadas na região central da Via Láctea nos últimos 100 milhões de anos. Esta não foi, no entanto, a única descoberta notável feita a partir desta base de dados do rastreio.
Ao mapear as Cefeidas descobertas, a equipe traçou uma estrutura completamente nova na Via Láctea — um disco fino de estrelas jovens que se estende ao longo do bojo galáctico. Esta nova componente da nossa Galáxia tinha permanecido desconhecida e invisível em rastreios anteriores, uma vez que está enterrada por trás de espessas nuvens de poeira. A sua descoberta demonstra o poder único do VISTA, que foi precisamente concebido para estudar as estruturas profundas da Via Láctea através de imagens de grande angular de alta resolução nos comprimentos de onda do infravermelho.
“Este estudo é uma demonstração poderosa das capacidades inigualáveis do telescópio VISTA para investigar as regiões galáticas extremamente obscuras que não podem ser observadas por nenhuns outros rastreios atuais ou planejados.” comenta Dékány.
“Esta parte da Galáxia era completamente desconhecida até o rastreio VVV a ter encontrado!” acrescenta Minniti.
Investigações subsequentes são agora necessárias para determinar se estas Cefeidas nasceram próximo do local onde se encontram atualmente ou se tiveram origem noutro local. Compreender as suas propriedades fundamentais, interações e evolução é crucial para compreender a evolução da Via Láctea e os processos da evolução galática como um todo.
domingo, 22 de novembro de 2015
UM AGLOMERADO DE GALÁXIAS ESTÁ ENVOLVIDA NA MAIS PODEROSA EXPLOSÃO DEPOIS DO BIG BANG
Apesar de ser assustadoramente poderosa, a explosão é hipnótica! Encoberto por rosa e azul fluorescente,
Essa grande explosão já está ativa por pelo menos 100 milhões de anos, e ainda está acontecendo, liberando mais energia do que centenas de milhões de explosões de raios gama. É algo realmente assustador, e difícil de mensurar.
A explosão é criada pelo maior buraco negro conhecido no Universo: um monstro com poder gravitacional extremo, com mais de 10 bilhões de vezes a massa do nosso Sol. Para criar uma explosão tão poderosa, os astrônomos calculam que esse gigante consumiu uma massa de aproximadamente 600 milhões de sóis.
a maior explosão do Universo desde o big bang
Imagem combinada do aglomerado de galáxias MS 0735.6+7421 com dados em raio-X, rádio e luz visível. Podemos ver a erupção contínua da maior explosão do Universo após o Big Bang.
Créditos: Chandra / VLA / ESO / NASA / University of Waterloo
Para criar a imagem, os astrônomos combinaram dados em raio-X, ondas de rádio e imagens feitas na luz visível. Os dados em raio-X (em azul) foram detectados pelo Observatório Chandra, da NASA, e indicam o gás quente que compõe a maior parte da massa desse enorme aglomerado de galáxias.
Já as regiões em rosa, detectadas pelo Observatório Very Large Array, no Chile, são grandes cavidades com mais de 600.000 anos-luz de diâmetro, arrancadas por poderosos jatos supersônicos da galáxia gigantesca. Já os dados registrados através da luz visível foram feitos pelo Telescópio Espacial Hubble.
Estas cavidades foram criadas após o deslocamento de uma quantidade enorme de massa, de aproximadamente 1 trilhão de sóis, e foram preenchidas por eletrons magnetizados de alta energia, que emitem ondas de rádio.
A maior parte das galáxias nessa imagem, se não todas, abrigam buracos negros supermassivos em seus centros. Os astrônomos ainda estão tentando determinar o que se forma primeiro, se são as galáxias ou seus buracos negros centrais.
O aglomerado de galáxias MS 0.735,6+7421 está localizado a 2,6 bilhões de anos-luz de distância, na constelação Camelopardalis, mais conhecida como constelação da Girafa.
Fonte: ABC / DSpace
Imagens: (capa-imagem composta) / Chandra / VLA / ESO / NASA / University of Waterloo
sábado, 21 de novembro de 2015
DESCOBERTA DE NOVO OBJETO NO SISTEMA SOLAR INDICA A EXISTÊNCIA DE UM PLANETA ESCONDIDO
Novo objeto no Sistema Solar - V774104. Seriam novas evidências do Planeta X?
Uma equipe internacional de astrônomos confirmou a descoberta de um novo objeto nos confins do Sistema Solar. Trata-se do objeto mais distante já observado dentro do nosso próprio sistema, a cerca de 15.5 bilhões de km do Sol, e sua órbita é cerca de 3 vezes mais distante que a de Plutão! Isso significa que ele está a 103 UA, ou seja, 103 vezes a distância média entre a Terra e o Sol. É muito, muito distante!
Nomeado V774104, esse novo corpo do Sistema Solar tem entre 500 metros e 1 km de diâmetro, e os cientistas acreditam se tratar de um corpo rochoso. Objeto V774104 - imagem de telescópio
Imagem feita com o Telescópio Subaru mostra o objeto V774104.
Créditos: Subaru Telescope / Scott Sheppard / Chad Trujillo / David Tholen.
A descoberta foi detalhada no 47° Encontro Anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana, e é resultado de observações feitas por Scott Sheppard, do Instituto Carnegie de Ciências, e Chat Trujillo, do Observatório Gemini, no Havaí.
De acordo com os cientistas, ainda não se sabe muito sobre a órbita de V774104, e mais observações são necessárias a fim de compreendê-la perfeitamente. Quando os astrônomos conseguirem traçar a trajetória que esse corpo faz ao redor do Sol, ele deverá ser incluído em uma de duas categorias:
Se sua órbita o coloca muito próximo do Sol de tempos em tempos, ele se juntará ao grupo de objetos cuja órbitas irregulares são resultado da atração gravitacional de Netuno;
Por outro lado, se a órbita de V774104 o coloca ainda mais distante do Sol, ele se juntará ao grupo de objetos da teorética Nuvem de Oort interior, um cinturão de objetos que habitam o extremo do Sistema Solar, a mais de 1.000 UA de distância, como Sedna e 2012 VP113.
Especulações do Planeta X ganham força
Sedna e VP113 são os únicos objetos do Sistema Solar que têm órbitas inexplicáveis de acordo com os modelos atuais. Uma explicação para as estranhas órbitas desses distantes objetos é a presença de um planeta grande, rochoso e escuro, que ainda não teria sido identificado.
Ilustração da Nuvem de Oort com relação ao Sistema Solar interior e a órbita de Sedna.
Créditos: divulgação
Se esse planeta realmente existir, ele teria sido lançado para a extremidade do Sistema Solar por conta de alguma interação gravitacional (efeito estilingue), e especula-se que sua poderosa influência gravitacional ainda estaria afetando a órbita de pequenos mundos de gelo.
Especula-se também que a estranha órbita desses objetos distantes seria o resultado de influências gravitacionais de "berçário de estrelas" quando o Sistema Solar ainda estava se formando. Alguns acreditam inclusive que muitos objetos da Nuvem de Oort podem ter sido atraídos por essas estrelas.
Não importa qual seja o caso, o fato é que os astrônomos estão ansiosos por finalmente desvendar os segredos e as misteriosas influências gravitacionais que vemos nos confins do Sistema Solar. Compreender a órbita de V774104 será como ganhar uma nova peça desse grande quebra-cabeças.
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
VISTA IDENTIFICA AS PRIMEIRAS GALÁXIAS GIGANTES
O telescópio de rastreio VISTA do ESO encontrou uma horda de galáxias massivas anteriormente ocultas por poeira, que existiram quando o Universo era ainda bebê. Ao descobrir e estudar uma grande quantidade deste tipo de galáxias, os astrônomos descobriram, exatamente e pela primeira vez, quando é que tais monstros apareceram pela primeira vez no Universo.
O simples fato de contar o número de galáxias que existem em determinada área do céu permite aos astrônomos testar teorias de formação e evolução galática. No entanto, uma tarefa aparentemente tão fácil torna-se mais difícil quando tentamos contar galáxias cada vez mais distantes e tênues e é mais complicada ainda devido ao fato das galáxias mais brilhantes e fáceis de observar — as mais massivas no Universo — se tornarem mais raras à medida que os astrônomos observam o passado do Universo, enquanto que as galáxias menos brilhantes, mas muito mais numerosas, são ainda mais difíceis de detectar.
Uma equipe de astrônomos liderada por Karina Caputi do Instituto Astronômico Kapteyn da Universidade de Groningen, descobriu muitas galáxias distantes que não tinham sido detectadas anteriormente. A equipe utilizou imagens do rastreio UltraVISTA, um dos seis projetos que usam o VISTA para mapear o céu no infravermelho próximo, e fez um censo das galáxias tênues quando a idade do Universo estava compreendida entre 0,75 e 2,1 bilhões de anos.
Desde dezembro de 2009 que o rastreio UltraVISTA tem feito imagens da mesma região do céu, com um tamanho de quase quatro vezes a Lua Cheia. Esta é a maior área no céu da qual se fez imagens no infravermelho com esta profundidade até hoje. A equipe combinou as observações UltraVISTA com observações do Telescópio Espacial Spitzer da NASA, o qual investiga o cosmos a comprimentos de onda ainda maiores, na região do infravermelho médio [1].
A obtenção de imagens do cosmos no infravermelho próximo deu aos astrônomos a possibilidade de observar objetos que estão simultaneamente obscurecidos por poeira e se encontram extremamente distantes, criados quando o Universo era muito jovem.
“Descobrimos 574 novas galáxias massivas — a maior amostra jamais reunida deste tipo de galáxias, anteriormente ocultas, no Universo primordial,” explica Karina Caputi. “Estudá-las irá nos permitir responder a uma questão simples mas importante: quando é que apareceram as primeiras galáxias massivas?”
A equipe descobriu um enorme aumento nos números destas galáxias num espaço de tempo muito curto. Uma grande fração das galáxias massivas que vemos atualmente no Universo próximo já tinham sido formadas apenas 3 bilhões de anos após o Big Bang.
“Não encontramos evidências destas galáxias massivas mais cedo do que cerca de um bilhão de anos após o Big Bang, por isso estamos confiantes que esta é a época em que as primeiras galáxias massivas se formaram,” conclui Henry Joy McCracken, co-autor do artigo científico que descreve estes resultados.
Adicionalmente, os astrônomos descobriram que existem mais galáxias massivas do que o que se pensava anteriormente. As galáxias que estavam anteriormente escondidas pela poeira são cerca de metade do número total das galáxias massivas presentes no Universo quando este tinha entre 1,1 e 1,5 bilhões de anos. Estes novos resultados contradizem, no entanto, os atuais modelos que explicam como é que as galáxias evoluíram no Universo primordial, os quais não prevêem a existência de galáxias grandes tão cedo no Universo.
Para complicar ainda mais as coisas, se as galáxias massivas forem mais empoeiradas no Universo primordial do que o esperado, então nem o UltraVISTA as conseguirá detectar. Neste caso, a teoria atual que explica como é que as galáxias se formaram no Universo primordial teria que ser completamente revista.
O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) irá também procurar estas galáxias empoeiradas, que podem fazer alterar as regras do “jogo”. Se forem encontradas, serão também objetos a observar pelo telescópio de 39 metros do ESO, o European Extremely Large Telescope (E-ELT), que possibilitará a obtenção de observações detalhadas de algumas das primeiras galáxias do Universo.
FORMA DE PIRÂMIDE NO PLANETA CERES INTRIGA OS ESPECIALISTAS
O que poderia ter formado uma montanha tão bizarra com formato piramidal?
Quanto mais nos aproximamos de Ceres, mais intrigante se torna o planeta anão. Novas imagens de Ceres, feita pela sonda Dawn da NASA, fornece pistas sobre suas misteriosas manchas brilhantes, e ainda revela algo estranho: um pico em forma de pirâmide que eleva-se sobre a paisagem relativamente plana do planeta anão.
Pirâmide em Ceres. Imagem feita pela sonda Dawn no dia 6 de junho de 2015 inclui montanha com forma piramidal na parte superior direita.
Créditos: NASA / JPL-Caltech / UCLA
Como se não bastassem os misteriosos pontos brilhantes em Ceres, imagens recentes divulgadas pela NASA mostram essa estranha montanha com declives acentuados, com formato piramidal, que se eleva em uma área relativamente plana da superfície do planeta anão.
A "Pirâmide de Ceres", como ficou conhecida, é uma estrutura realmente intrigante, e tem cerca de 5 quilômetros de altura, tamanho aproximado do Monte Kilimanjaro, que é pico mais alto do continente Africano.
Qual é a explicação pra essa bizarra pirâmide em Ceres?
A estrutura em forma de pirâmide já ganhou destaque em diversos sites de "teorias conspiratórias" e afins, mas claro, explicações plausíveis devem surgir com o tempo. Por enquanto, os cientistas dizem que trata-se apenas de uma montanha, e que o formato em forma de pirâmide pode muito bem ser um jogo de luz, ou fruto do fenômeno chamado pareidolia, que é quando vemos objetos e formas conhecidas em figuras aleatórias. A pareidolia acontece porque o nosso cérebro utiliza seu banco de dados de imagens o tempo todo, e compara tudo aquilo que observamos. Quando vemos uma figura com um formato que não faz muito sentido, logo o nosso cérebro utiliza seu banco de dados e atribui algo familiar para aquela imagem sem sentido.
Em breve, Dawn ficará ainda mais próxima de Ceres, e novas observações serão divulgadas, o que poderá nos dar novas pistas sobre a origem da bizarra montanha de forma piramidal.
Fonte: NASA / Dawn
Imagens: (capa-Dawn / NASA - Edição: Galeria do Meteorito) / NASA / JPL-Caltech / UCLA
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
VULCÕES DE GELO PODEM ESTAR ATIVOS EM PLUTÃO
Plutão continua surpreendendo os especialistas com sua grande complexidade...
Quem não se lembra daquele famoso Coração de Plutão?! Pois é... o fato é que, ao sul dessa região bem conhecida, os cientistas encontraram algo bastante incomum, que parece ser um enorme vulcão de gelo!
Imagens da sonda New Horizons da NASA identificaram não apenas um, mas dois picos que se elevam a cerca de 6 quilômetros de altura sobre a superfície do planeta anão, e no topo desses picos enormes, podemos ver buracos profundos, e até onde se sabe, essas características são encontradas apenas em vulcões.
Vulcão em Plutão.Imagem feita pela sonda New Horizons mostra um possível vulcão de gelo na superfície de Plutão.Chamado de Wright Mons, ele possui 160 quilômetros de largura e 4 km de altura. No centro da imagem (pico do monte) podemos ver a cratera de abertura do possível vulcão.
Créditos: NASA / New Horizons / SRI
Como um minúsculo mundo gelado nos confins do Sistema Solar, Plutão permaneceu praticamente desconhecido até julho de 2015, quando a sonda espacial New Horizons se aproximou do planeta anão mostrando sua características pela primeira vez. Antes de conhecermos Plutão de perto, os cientistas acreditavam que ele era gelado demais, e não tinha meios para manter um calor interno suficiente para alimentar processos geológicas, como fluxos de geleira e vulcanismo. Mas a medida que os dados da sonda chegam na Terra, os cientistas se surpreendem com sua superfície, que é mais jovem do que se esperava, o que sugere processos geológicos e camadas internas quentes.
E para provar que Plutão não é apenas uma simples bola de gelo do Sistema Solar, encontramos duas enormes montanhas com centenas de quilômetros de diâmetro, ao sul do "Coração de Plutão". As montanhas foram informalmente chamadas de Wright Mons e Piccard Mons, e cada um dos picos hospeda uma cratera central.
'Vulcões de Gelo' no Sistema Solar
"Estas são duas características extraordinárias", disse Oliver White, pesquisador da missão New Horizons no Centro de Pesquisa Ames da Nasa. "Nada como isso já foi visto no Sistema Solar."
Os vulcões do nosso planeta expelem rocha derretida, mas os vulcões de gelo em Plutão podem expelir algo como água congelada, nitrogênio, amônia ou metano.
Existem outros corpos que possuem vulcões no Sistema Solar, como Io, lua de Júpiter por exemplo, que é o corpo com a maior quantidade de vulcões ativos em todo o nosso sistema Solar. Mas vulcões de gelo são muito raros.
A lua congelada Enceladus, de Saturno, é conhecida por ejetar material congelado em seu pólo sul, mas a fonte vem de fissuras no chão, e não de montanhas como vulcões. Vulcanismo de gelo também foi uma hipótese levantada em Titã, lua de Saturno, mas como Oliver salientou, eles foram identificados por radar, e não foram claramente vistos como esses de Plutão. "Esta é a primeira vez que vemos grandes estruturas vulcânicas de gelo, com aparência igual a dos vulcões que temos na Terra", disse Oliver White.
Créditos: NASA / New Horizons / SRI
Seriam mesmo vulcões de gelo? "Seja o que for, elas são muito estranhas", disse Oliver. "Vulcões é a hipótese menos estranha no momento."
Embora as características suportem uma forte semelhança com vulcões, o pesquisador da New Horizons, Jeff Moore, disse que a NASA ainda não estava pronta para anunciar de forma conclusiva a descoberta de vulcões ativos em Plutão.
Os cientistas ainda não sabem o que poderia estar gerando o calor interno em Plutão, necessário para criar vulcões em sua superfície. Uma possibilidade apresentada é de que exista um manto com um tipo de pasta de amônia e água abaixo da superfície. Outra possibilidade é de que o núcleo rochoso, inicialmente aquecido durante a formação do planeta anão, tenha calor necessário para derreter o gelo, mas não para liberar lava, o que em teoria, poderia acontecer nesse vulcão.
Outro ponto curioso é que grande parte de Plutão não apresenta crateras de impacto, o que sugere uma superfície nova, de apenas alguns milhões de anos, e não de 4 bilhões de anos, quando ocorreu a formação do planeta anão. Seria culpa desses dois vulcões?
Os cientistas ainda contam com a possibilidade de que esses dois grandes picos sejam apenas uma pequena parte de uma grande cadeia de vulcões em Plutão, mas infelizmente, o campo de visão da New Horizons não teria registrado essas áreas. Portanto, não há como identificar essas regiões com os dados adquiridos durante o voo rasante da sonda New Horizons. "Nós teremos que voltar lá daqui a cem anos e conferir", disse Oliver.
Fonte: NASA / Space / Dailygalaxy / New Horizons
Imagens: (capa-ilustração/Galeria do Meteorito) / NASA / New Horizons / SRI
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
ASTEROIDE PASSOU RASPANDO NA TERRA POUCAS HORAS APÓS A SUA DESCOBERTA
Ele chegou mais próximo do que os satélites geoestacionários, e foi descoberto apenas algumas horas antes de sua máxima aproximação!
Uma pequena rocha espacial descoberta no dia 14 de novembro passou muito perto da Terra, apenas algumas horas depois de ser detectada.
O asteroide 2015 VY105 estava se movendo a uma velocidade de mais de 62.000 km/h quando passou sobre o Oceano Pacífico no dia 15 de novembro de 2015 às 02h47 UTC (11h47 do dia 14 pelo horário de Brasília). Durante essa grande máxima aproximação. a rocha passou a apenas 34.000 quilômetros da Terra, ou seja, mais próximo do que satélites de televisão, satélites meteorológicos e outros tipos de satélites geoestacionários, que orbitam nosso planeta a cerca de 36.000 km acima da superfície.
Órbita do asteroide 2015 VY105. Créditos: NASA / JPL
O Observatório Catalina Sky Survey, no Arizona, foi o primeiro a observar asteroide 2015 VY105. Quando o Minor Planet Center da União Astronômica Internacional anunciou sua descoberta, disseram que se tratava de um asteroide do tipo Apollo, uma classe de objetos que às vezes intercepta a órbita da Terra. O asteroide 2015 VY105 parece ter um tamanho entre 3 e 9 metros de diâmetro.
A Terra foi ameaçada?
Na verdade não (dessa vez). Pelo tamanho do objeto, a maior parte dele iria se desintegrar na atmosfera, gerando uma super bola de fogo impressionante nos céus. E como a superfície do nosso planeta é composta por 70% de água, as chances seriam, caso houvesse alguma colisão do asteroide 2015 VY105, que ela teria ocorrido em algum dos imensos oceanos, e ainda assim, não seria suficiente para gerar tsunamis ou algo parecido.
Ilustração de asteroide próximo da Terra.Créditos: ESA / P. Carril
Quanto aos nossos satélites, o espaço entre eles é muito grande, o que torna improvável que um deles seja atingido por um objeto, mas claro, não é impossível. Em 2009, os operadores do satélite Iridium 33 perderam comunicação, e algumas horas depois, as agências que rastreiam detritos espaciais encontraram o satélite Iridium 33 em vários pedaços. Ele foi atingido em cheio pelo Kosmos 2251, um satélite russo que estava perdendo altura lentamente.
Em outubro de 2008, um pequeno asteroide chamado 2008 TC3 entrou na atmosfera da Terra e se desintegrou sobre o Sudão, na África, apenas 19 horas após ser detectado pela primeira vez. Seu tamanho era de aproximadamente 4 metros, e não causou nenhum dano. No entanto, vários fragmentos resultantes da explosão na atmosfera foram encontrados na região.
Recentemente, um asteroide muito maior passou a cerca de 1,3 distâncias lunares. O 2015 TB145, que tinha aproximadamente 600 metros de diâmetro, foi observado por astrônomos profissionais e amadores, que observaram o ponto de sua máxima aproximação. Ele ficou conhecido como o Asteroide do Dia das Bruxas (Halloween Asteroid em inglês).
Apesar de ter passado mais distante, o asteroide 2015 TB145 foi detectado apenas 3 semanas antes de sua maior aproximação.
Eventos assim nos mostram que devemos melhorar ainda mais o nosso sistema de detecção. Podemos nos considerar extremamente sortudos, afinal, com tantos objetos passando próximos da Terra, percebemos que o fato de não sermos atingidos (ainda) é mais uma questão de sorte...
terça-feira, 17 de novembro de 2015
POSSÍVEL MEGA ESTRUTURA PODE ESTAR SE COMUNICANDO,MAS NÃO COM A TERRA
Afirma SETI mega estrutura alienigena estrela kic 8462852. Vários telescópios já estão apontados para a estrela em questão. Mas o que foi captado?
Se existem civilizações alienígenas fazendo transmissões de dados ao redor de uma estrela distante, os sinais são fracos demais para serem detectados por nós aqui na Terra.
A estrela KIC 8462852 chamou a atenção do mundo em outubro de 2015, quando cientistas anunciaram evidências de escurecimento periódico de 20% ou mais, o que algumas pessoas teorizaram que seriam causados pela sombra de uma mega estrutura alienígena. No entanto, as observações de KIC 8462852 feitas por pesquisadores do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence ou Busca por Inteligência Extraterrestre) na Califórnia, não conseguiram até agora capturar sinais de rádio que poderiam indicar algum tipo de transmissão alienígena.
ATA telescope - SETI Allen Telescope Array (ATA) usado para detectar possíveis sinais de uma hipotética civilização extraterrestre avançada ao redor da estrela KIC 8462852.
Créditos: Seth Shostak / SETI
"A história da astronomia nos mostra que todas as vezes que pensamos ter encontrado um fenômeno ligado a atividades extraterrestres, estávamos errados", comenta o astrônomo Seth Shostak do instituto SETI. "Mas embora seja muito provável que trata-se apenas de um comportamento estranho e natural da estrela, é prudente verificarmos os fatos para ter certeza."
"Não há evidências claras"
O telescópio espacial Kepler tem a missão de encontrar planetas em torno de estrelas distantes, através das quedas de brilho das estrelas quando seus planetas passam na sua frente. As observações feitas na estrela KIC 8462852 mostraram que ela estava escurecendo de uma maneira muito peculiar, e extremamente diferente de tudo que já vimos antes. Por conta desse escurecimento estranho, alguns astrônomos deduziram que poderia ser alguma estrutura gigantesca que passava na frente da estrela durante nossas observações.
Além disso, foram propostas várias explicações naturais, incluindo a presença de um enxame de cometas que orbitam a estrela. KIC 8462852 encontra-se a 1.480 anos-luz da Terra na constelação de Cygnus (Cisne), entre as estrelas Deneb e Rukh, próximo do aglomerado de estrelas NGC 6866, como mostra na imagem abaixo:
Localização da estrela KIC 8462852 na constelação do Cisne, próximo do aglomerado de estrelas NGC 6866 Créditos: Wikimedia Commons / Roberto Mura.
Mas considerando todas as possibilidades, a que cativou a atenção do público em geral foi a ideia de que a estrela estudada por Kepler poderia hospedar mega-estruturas alienígenas em órbita, que seriam construídas por civilizações tecnologicamente avançadas.
Com esta possibilidade em mente, o Instituto SETI apontou o Allen Telescope Array (ATA) para a estrela em questão, observando-a por mais de duas semanas.
O telescópio ATA examinou a estrela em dois tipos diferentes de sinais:
Banda estreita - compõem a maioria das pesquisas do SETI, e são consideradas plausíveis para as sociedades avançadas como uso de um "sinal de saudações" no caso de presença de outras civilizações;
Banda larga - poderia vir de espaçonaves alienígenas em manutenção ou qualquer outro projeto em torno da estrela, e poderia haver vazamento de feixes intensos de microondas na espaçonave.
"Esta é a primeira vez que usei o Allen Telescope Array para procurar sinais de banda larga, um tipo de emissão que, geralmente, não é considerado em pesquisas do SETI", disse Gerry Harp, cientista do instituto SETI.
Mas apesar dos grandes esforços, o SETI anunciou em um comunicado feito no dia 05 de novembro que não havia nenhuma evidência clara de qualquer sinal de civilizações extraterrestres. A pesquisa exclui transmissores omnidirecionais que usam uma quantidade mínima de energia para transmitir o seu sinal. Esse mínimo é de cerca de 100 vezes a quantidade total de energia usada atualmente na Terra (via terrestre) para os sinais de banda estreita, e 10 milhões de vezes maior do que para as emissões de banda larga, disseram os pesquisadores.
Os resultados não eliminam a possibilidade de que estejam ocorrendo comunicações alienígenas em torno da estrela, mas sim que, se existem, elas são fracas demais para serem captadas aqui na Terra através da tecnologia que utilizamos. A principal limitação seria a grande distância entre a Terra e a estrela, de cerca de 1.480 anos-luz, disseram os cientistas.
Estrela KIC 8462852 no infravermelho e no ultravioleta.Créditos: 2MASS survey / GALEX
No entanto, os investigadores notam que se alguma civilização extraterrestre ao redor da estrela KIC 8462852 estivessem enviando sinais deliberadamente na direção do nosso Sistema Solar, ele saberiam qual seria a quantidade de energia necessária para ser captada aqui na Terra. Os pesquisadores observam que qualquer sociedade capaz de construir uma tecnologia tão avançada, deveria ter a capacidade de utilizar uma intensidade forte o suficiente, de centenas de bilhões de watts.
As observações da estrela vão continuar, não apenas pelo instituto SETI, mas também por diversos outros telescópios terrestres, e futuramente, por telescópios espaciais também. Mas os pesquisadores alertam: se alguma civilização alienígena avançada estiver lá fora, ao redor dessa estrela, seus habitantes não parecem estar se comunicando diretamente com a Terra.
Fonte: Wikipedia / Space
Imagens: (capa-ilustração/divulgação) / Seth Shostak / SETI / Wikimedia Commons / Roberto Mura / 2MASS survey / GALEX
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
QUANDO O SOL SE TORNAR UMA GIGANTE VERMELHA O QUE ACONTECERÁ COM A TERRA?
Bilhões de anos no futuro, quando o nosso Sol inchar em uma gigante vermelha, ele irá se expandir e poderá consumir a órbita da Terra. Mas, muito antes disso em 5 milhões de anos a Terra sofrerá com altas temperaturas e escassez de recursos mesmo com a mudança da órbita da Terra ... o que vai acontecer ao nosso querido planeta? Será que vai ser devorado como o pobre Mercúrio e Vênus?
Os astrônomos têm confundido esta questão há décadas. Quando o sol se torna uma gigante vermelha, o cálculo simples seria colocar seu equador para o passado de Marte. Todos os planetas internos seriam consumidos.
No entanto, quando o Sol chega a esta fase final de sua evolução estelar, ele perderá uma tremenda quantidade de massa através de poderosos ventos estelares. À medida que cresce, perde massa, fazendo com que os planetas orbitem em espiral desgovernados. Então a questão é: será que o Sol em expansão alcançará os planetas que espiralam para fora, ou a Terra vai (e talvez até mesmo Vênus) possa escapar de seu alcance.
K.-P Schroder e Robert Smith são dois pesquisadores que tentam chegar ao fundo desta questão. Eles executam os cálculos com os modelos mais atuais de evolução estelar, e publicaram uma pesquisa intitulada futuro distante do Sol e da Terra. Ele foi aceito para publicação no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.
De acordo com Schroder e Smith, quando o Sol se tornar uma estrela gigante vermelha 7,59 bilhões de anos, ele vai começar a perder massa rapidamente. No momento em que atinge o seu raio maior, 256 vezes o seu tamanho atual, terá apenas 67% da sua massa atual.
Quando o Sol começar a inchar, ele vai rapidamente, varrendo o Sistema Solar interior em apenas 5 milhões de anos. Entrará então na sua relativamente mas breve (130 milhões anos) a fase de queima de hélio. Ela irá expandir além da órbita de Mercúrio, e, em seguida, Vênus. No momento em que se aproximar da Terra, ele vai estar perdendo 4.9 x 1020 toneladas de massa por ano (8% da massa da Terra).
Mas a zona habitável terá morrido muito mais cedo. Os astrônomos estimam que vai expandir passando da órbita da Terra em apenas um bilhão de anos. O aquecimento irá evaporar os oceanos da Terra á distância, e, em seguida, a radiação solar vai detonar o hidrogênio a partir da água. A Terra nunca terá oceanos novamente e ela acabará por tornar-se novamente derretida.
Um benefício colateral interessante para o Sistema Solar. Mesmo que a Terra, a uns meros 1,5 de unidades astronômicas, não estará mais na zona habitável do Sistema Solar estará. A nova zona habitável vai esticar de 49,4 até 71,4 UA, bem dentro do Cinturão de Kuiper. Os mundos gelados conhecidos até então derreterão, e água líquida estará presente para além da órbita de Plutão. Talvez Eris será o novo planeta natal.
E volta para a pergunta ... a Terra sobreviverá?
De acordo com Schroder e Smith, a resposta é não. Mesmo que a Terra pudesse ser lançada para uma órbita de 50% maior do que a órbita atual de hoje, ela não terá a chance. A expansão solar poderá engolir a Terra antes de atingir a ponta da fase de gigante vermelha. E o Sol ainda teria mais 0,25 UA e 500.000 anos para crescer.
Uma vez dentro da atmosfera do Sol, a Terra irá colidir com as partículas de gás. Sua órbita irá decair, e será atraída em espiral para dentro.
Se a Terra fosse um pouco mais longe do Sol, em 1,15 UA, seria capaz de sobreviver à fase de expansão. Embora seja ficção científica, os autores sugerem que as tecnologias futuras poderiam ser usadas para acelerar a Terra em espiral para fora da Sol.
Eu não sei por que, mas pensar sobre este futuro distante da Terra dá uma visão sobre a psicologia humana. As pessoas estão genuinamente preocupados com um futuro de bilhões de anos de distância. Mesmo sabendo que a Terra será queimada muito mais cedo, e seus oceanos sendo fervido mesmo estando afastada, ela se transformará em uma bola de rocha derretida,esta é a destruição precoce pelo Sol e que o fim se torne tão triste.
domingo, 15 de novembro de 2015
ESTUDO DIZ: QUE O BIG BANG FOI APENAS UMA MIRAGEM E QUE PODE NUNCA TER EXISTIDO
'O Big Bang foi apenas uma miragem' afirma novo estudo, o big bang nunca existiu?
A singularidade pode estar com seus dias contados...
"Como todos os físicos sabem, dragões poderiam voar pra fora da singularidade", disse Niayesh Afshordi, astrofísico do Instituto Perimeter de Física Teórica em Waterloo, no Canadá. O Big Bang teria sido apenas uma miragem do desmoronamento de uma estrela de dimensão superior, propõem os físicos teóricos.
Embora existam provas suficientes sobre "a expansão do Universo", os físicos estão deixando aberto a origem, ou seja, como tudo aconteceu. Um novo estudo pode nos mostrar como essa inflação foi provocada, e talvez nos mostre que isso seja o movimento do Universo através de uma realidade de dimensão elevada
Para entendermos a ideia da "dimensão superior", podemos pegar como exemplo um buraco negro. Seu "horizonte de eventos" (região em que a gravidade é tão forte que não há mais retorno) é uma superfície esférica, como uma bolha, mas em um Universo de dimensão superior, um buraco negro poderia ter um horizonte de eventos tridimensional, o que poderia gerar um novo Universo a medida que ele crescesse.
Segundo especulações dos cosmólogos, o Universo que conhecemos poderia ter se formado a partir de restos ejetados quando uma estrela de quatro dimensões entrou em colapso com um buraco negro, um cenário que ajudaria a explicar por que o Cosmos parece tão uniforme em todas as direções. Talvez a teoria do Big Bang esteja com seus dias contados...
explosão do big bang
O modelo padrão do Big Bang diz que o Universo surgiu após a explosão de um ponto infinitamente denso, ou singularidade. Mas o que teria desencadeado essa explosão? As leis que conhecemos na física não conseguem explicar o que teria acontecido. E já que o Big Bang ocorreu há relativamente pouco tempo, como ele criou um Universo com temperatura quase completamente uniforme? Não haveria tempo da temperatura se equilibrar...
Para a maioria dos cosmologistas, a explicação mais plausível para a uniformidade é que, logo após o início dos tempos, uma forma desconhecida de energia fez o jovem Universo inflar a uma taxa mais rápida que a velocidade da luz. Dessa forma, uma pequena região com temperatura aproximadamente uniforme teria se esticado e formado o vasto Cosmos que vemos hoje. Segundo Niayesh, com o Big Bang deveria ter sido o oposto, uma vez que um evento tão caótico não conseguiria homogeneizar a temperatura durante a expansão.
A equipe de Niayesh percebeu que se o Universo continha suas estrelas 4D, elas fariam igual as estrelas que conhecemos: explodiriam como supernovas violentamente, ejetando suas camadas exteriores, enquanto suas camadas internas em colapso criariam um buraco negro.
No nosso Universo, um buraco negro é delimitado por uma superfície esférica chamada de horizonte de eventos. Considerando que, no espaço tridimensional comum existe um objeto bidimensional (uma superfície) para criar uma fronteira de um buraco negro, no modelo superior, um buraco negro 4D teria um horizonte de eventos 3D, uma forma chamada hiperesfera. Apesar de ser muito difícil entender esse conceito, veja como seria a ideia de uma hiperesfera:
E assim, quando a equipe de Niayesh modelou a morte de uma estrela 4D, eles descobriram que o material ejetado formaria uma brana ao redor do horizonte de eventos 3D, e lentamente se expandiria.
Os autores acreditam que o Universo 3D em que vivemos pode ser apenas uma brana, e que nós detectamos o crescimento dessa expansão cósmica. "Os astrônomos mediram a expansão do Universo e pensaram que tudo começou com o Big Bang, mas isso é apenas uma miragem", comenta Niayesh.
O modelo também explica que um Universo 4D poderia ter existido por um tempo infinitamente longo no passado, suficiente para que houvesse um equilíbrio no volume 4D, e que o nosso Universo 3D teria herdado.
Apesar do estudo ter sido publicado na renomada revista Nature, muitos astrônomos ainda insistem no modelo anterior, onde tudo teria começado "quase do nada". E mesmo com algumas ressalvas, há quem diga que a teoria do Big Bang era mais fácil de ser compreendida... Será que uma explicação tão fácil está com seus dias contados? A singularidade teria sido apenas uma ilusão?
Fonte: DailyGalaxy / Nature / Perimeter Institute
Imagens: (capa-ilustração/divulgação/DailyGalaxy) / divulgação / YouTube
sábado, 14 de novembro de 2015
NASA REVELA GRANDE DESCOBERTA SOBRE A ATMOSFERA E O CLIMA MARCIANO
O Sol teve um grande papel na mudança drástica de todo o clima marciano...Assim como a NASA havia prometido em um comunicado oficial, a agência espacial norte-americana revelou uma grande descoberta sobre a atmosfera de Marte.
A missão MAVEN (que estuda a evolução da atmosfera volátil de Marte) identificou o processo que pode ter desempenhado um papel fundamental na mudança drástica da atmosfera marciana, de quente e úmida (que poderia ter abrigado vida) para a superfície fria e árida que conhecemos hoje.
Os dados obtidos pela MAVEN mostram que a atmosfera de Marte atualmente está perdendo gás para o espaço por conta dos fortes ventos solares. Os resultados revelam que a erosão da atmosfera de Marte aumenta significativamente durante as tempestades solares. Os resultados científicos da missão foram publicados na revista Science and Geophysical Research Letters.
"Marte parece ter tido uma espessa atmosfera quente o suficiente para suportar água líquida, ingrediente fundamental para a vida que conhecemos", disse John Grunsfeld, astronauta e administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da NASA. "Entender o que aconteceu com a atmosfera de Marte nos trará o conhecimento sobre a dinâmica e a evolução de qualquer atmosfera planetária."
As medições da sonda MAVEN indicam que os ventos solares arrancam o gás da atmosfera marciana a uma taxa de aproximadamente 100 gramas por segundo. "Como o roubo de algumas moedas de uma caixa registadora todos os dias, a perda se torna significativa ao longo do tempo", disse Bruce Jakosky, investigador principal da missão MAVEN na Universidade do Colorado, Boulder. "Nós vimos que a erosão da atmosfera aumenta significativamente durante as tempestades solares, então isso nos leva a crer que a taxa de perda foi muito maior a bilhões de anos atrás, quando o Sol era jovem e muito mais ativo."
Uma série de tempestades solares intensas atingiram a atmosfera de Marte em março de 2015, e a missão MAVEN descobriu que a perda atmosférica foi acelerada.
O vento solar é uma corrente de partículas, composta principalmente por prótons e elétrons, que flui da atmosfera do Sol a uma velocidade de cerca de 1,6 milhões de km/h. O campo magnético de Marte, quando atingido pelo vento solar, pode gerar um campo elétrico, o que acelera átomos de gás eletricamente carregados, chamados íons, na atmosfera superior de Marte, e os ejeta para o espaço.
Os cientistas também examinaram como vento solar e a luz ultravioleta arranca parte da atmosfera marciana, e os resultados indicam que essa perda acontece principalmente em 3 regiões do Planeta Vermelho: abaixo da cauda (atrás de Marte); acima dos pólos (como uma nuvem polar) e ao redor de um gás que circunda todo o planeta. A equipe determinou que 75% dos íons que escapam vêm da direção da cauda, e quase 25% são dos pólos, e apenas uma pequena fração vem do gás que envolve todo o planeta.
Regiões antigas em Marte possuem sinais de que o Planeta Vermelho já foi rico em água líquida, com rios, lagos e talvez até oceanos. Recentemente, pesquisadores usando a sonda Mars Reconnaissance Orbiter da NASA observaram o aparecimento de sais hidratados indicando água líquida salgada em Marte. No entanto, a atmosfera de Marte atualmente é muito fria e fina para suportar quantidades grandes e extensas de água líquida por muito tempo.
A missão MAVEN da NASA foi lançada em novembro de 2013, e tem o intuito de determinar como a atmosfera de Marte se perdeu no espaço, e como a água líquida desapareceu de forma significativa. MAVEN é a primeira missão dedicada a compreender como o Sol pode ter influenciado as mudanças atmosféricas no Planeta Vermelho, e sua principal missão científica terminará em 16 de novembro de 2016.
Entender a perda da atmosfera marciana é importante para compreender o mecanismo que fez com que o Planeta Vermelho se tornasse em um deserto gelado. Entender esse conceito nos dará um vislumbre de como outros planetas podem perder sua atmosfera, e portanto, perder a habilidade de hospedar vida como a que conhecemos. Além disso, entender o que aconteceu com a atmosfera e com o clima marciano é importante para compreender melhor qual será o futuro do nosso próprio planeta.
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
OBSERVAÇÃO DE COLISÃO GALÁTICA DE ARP 299
No painel do centro, os dados de raios-X de alta energia NuStar aparecem em várias cores sobrepostas em uma imagem de luz visível do telescópio espacial Hubble da NASA. O painel à esquerda mostra os dados NUSTAR sozinho, enquanto a imagem de luz visível é na extrema direita.
Antes do NUSTAR, os astrônomos sabiam que a cada uma das duas galáxias Arp 299 realizou um buraco negro supermassivo em seu coração, mas eles não tinham certeza se um ou ambos estavam mastigando ativamente em gás em um processo chamado de acreção. Os novos dados de raios-X de alta energia revelam que o buraco negro supermassivo da galáxia da direita é de fato o faminto, liberando raios X energéticos como gás que consome. Nesta imagem, os raios X com energias de 4 a 6 volts kiloelectron são vermelhos, as energias de 6 a 12 volts kiloelectron são verdes, e de 12 a 25 volts kiloelectron são azuis.
Esta nova imagem do telescópio espectroscópica Nuclear matriz da NASA mostra duas galáxias em colisão, coletivamente chamadas Arp 299, localizado 134 milhões de anos-luz de distância. Cada uma das galáxias tem um buraco negro supermassivo em seu coração.
NUSTAR revelou que o buraco negro localizado à direita do par é excessiva ingestão ativamente no gás, enquanto o seu parceiro está dormente ou escondido sob gás e poeira.
As descobertas estão ajudando os pesquisadores a entender como a fusão de galáxias podem provocar buracos negros para iniciar a alimentação, um passo importante na evolução das galáxias.
"Quando galáxias colidem, o gás é sovado e conduzidos em seus respectivos núcleos, alimentando o crescimento de buracos negros ea formação de estrelas", disse Andrew Ptak do Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, principal autor de um novo estudo aceito para publicação no Astrophysical Journal. "Queremos entender os mecanismos que desencadeiam os buracos negros para ligar e começar a consumir o gás."
NUSTAR é o primeiro telescópio capaz de identificar onde os raios-X de alta energia estão vindo nas galáxias emaranhadas de Arp 299. observações anteriores de outros telescópios, incluindo o Observatório de Raios-X da NASA Chandra e XMM-Newton da Agência Espacial Europeia, que detectam raios-X de baixa energia, tinha indicado a presença de buracos negros supermassivos ativos em Arp 299. No entanto, não ficou claro a partir desses dados por si só, se um ou ambos os buracos negros estava alimentando, ou "acreção", um processo em que um buraco negro granéis em massa como a sua gravidade arrasta gás para ele.
Os novos dados de raios-X de NUSTAR - sobrepostas em uma imagem de luz visível do telescópio espacial Hubble da NASA - mostram que o buraco negro à direita é, de fato, o faminto. Como se alimenta de gás, processos energéticos perto do buraco negro elétrons e prótons de calor para cerca de centenas de milhões de graus, criando um plasma superhot, ou corona, que impulsiona a luz visível até aos raios-X de alta energia. Enquanto isso, o buraco negro no lado esquerdo quer seja "dormitante distância", em que é referido como um estado de repouso, ou latente, ou é enterrado no tanto gás e pó que os raios-X de alta energia não pode escapar.
"As probabilidades são baixas que ambos os buracos negros são ao mesmo tempo em um par de fusão de galáxias", disse Ann Hornschemeier, um co-autor do estudo que apresentou os resultados quinta-feira na reunião anual da Sociedade Astronômica Americana, em Seattle. "Quando os núcleos das galáxias chegar mais perto, no entanto, as forças de maré chapinhar do gás e das estrelas em torno vigorosamente, e, nesse ponto, ambos os buracos negros podem ligar."
NUSTAR é ideal para estudar buracos negros fortemente obscurecidas tais como aqueles em Arp 299. raios-X de alta energia pode penetrar o gás de espessura, enquanto que os raios X de baixa energia e luz ficar bloqueado.
Ptak disse: "Até agora, não foi possível identificar o verdadeiro monstro na fusão."
NUSTAR é uma missão Pequeno Explorador liderado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena e gerido pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, também, para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington. A espaçonave foi construída por Orbital Sciences Corporation, Dulles, Virginia. Seu instrumento foi construído por um consórcio que inclui Caltech; JPL; da Universidade da Califórnia, Berkeley; Universidade de Columbia, Nova York; Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland; da Universidade Técnica da Dinamarca na Dinamarca; Lawrence Livermore National Laboratory, Livermore, Califórnia; ATK Aerospace Systems, Goleta, na Califórnia, e com o apoio da Agência Espacial Italiana (ASI) Science Data Center.
Centro de operações da missão de NUSTAR é na UC Berkeley, com a ASI fornecendo sua estação terrestre equatorial situado em Malindi, no Quênia. Programa de extensão da missão é baseada em Sonoma State University, Rohnert Park, Califórnia. Programa Explorer, da NASA é gerenciado pelo Goddard. JPL é gerido pela Caltech para a NASA.
NASA está a explorar o nosso sistema solar e além de compreender o universo e nosso lugar nele. A agência pretende desvendar os segredos de nosso Universo, as suas origens e evolução, e procurar vida entre as estrelas.
Fonte: Whitney Clavin, Laboratório de Propulsão a Jato
Imagem: NASA / JPL-Caltech / GSFC
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
NUSTAR DA NASA COMEÇA A IDENTIFICA OS PRIMEIROS BURACOS NEGROS SUPERMASSIVOS
Uma imagem cor óptica de galáxias é visto aqui cobertas com dados de raios-X (magenta) do telescópio espectroscópica Nuclear matriz da NASA (NUSTAR).
Descoberta acidental de NUSTAR neste campo, indicado pela seta, encontra-se à esquerda de uma galáxia, chamada IC751 , em que o telescópio originalmente destinado a olhar. Ambos os blobs magenta mostrar raios-X de buracos negros enterrado no coração de galáxias.
A imagem óptica é do Sloan Digital Sky Survey e uma composição colorida de imagens ao longo de três faixas de onda ópticos diferentes (o G, R, e eu bandas). Os dados NUSTAR mostra raios-X no 3-24 keV faixa de energia. Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech
Em um novo estudo, os cientistas relatam sobre os primeiros dez identificações de fontes serendipitously detectados pelo NUSTAR.
Sonda da NASA black-hole-caçador, a Telescope Array espectroscópica Nuclear, ou NUSTAR, tem "ensacados" seus 10 primeiros buracos negros supermassivos. A missão, que tem um mastro o comprimento de um ônibus escolar, é o primeiro telescópio capaz de focalizar a mais alta energia de luz de raios-X em imagens detalhadas.
As novas descobertas de buracos negros são o primeiro de centenas esperados da missão ao longo dos próximos dois anos. Estas estruturas gigantescas - buracos negros rodeados por discos grossos de gás - estão no coração de galáxias distantes entre 0,3 e 11,4 bilhões de anos-luz da Terra.
"Achamos que os buracos negros serendipitously", explicou David Alexander, um membro da equipe NUSTAR baseado no Departamento de Física da Universidade de Durham, na Inglaterra e autor de um novo estudo que aparecem 20 de agosto no Astrophysical Journal. "Nós estávamos olhando para alvos conhecidos e viu os buracos negros no fundo das imagens."
Achados fortuitos adicionais, tais como estes são esperados para a missão. Junto com levantamentos da missão mais focalizada dos patches selecionados do céu, a equipe NUSTAR planeja vasculhar centenas de imagens tiradas pelo telescópio com o objetivo de encontrar buracos negros capturados no fundo.
Uma vez identificados os 10 buracos negros, os pesquisadores passaram por dados anteriores tomadas pelo Observatório da NASA Chandra de raios-X XMM-Newton e por satélite da Agência Espacial Europeia, dois telescópios espaciais complementares que vêem de menor energia de luz de raios-X. Os cientistas descobriram que os objetos tinham sido detectados antes. Não foi até as observações NUSTAR, no entanto, que se destacou como excepcional, garantindo uma inspeção mais minuciosa.
Ao combinar observações feitas em toda a gama do espectro de raios X, os astrônomos esperam quebrar mistérios não resolvidos de buracos negros. Por exemplo, quantos deles povoar o universo?
"Estamos chegando mais perto de resolver um mistério que começou em 1962", disse Alexander. "Naquela época, os astrônomos notou um brilho de raios-X difusa no fundo do nosso céu, mas não tinham certeza de sua origem. Agora, sabemos que distantes buracos negros supermassivos são fontes de esta luz, mas precisamos NUSTAR para ajudar ainda mais a detectar e entender as populações de buracos negros. "
Esse brilho de raios-X, chamado de fundo cósmico de raios-X, picos em frequências de alta energia que NUSTAR é projetado para ver, assim que a missão é a chave para identificar o que está produzindo a luz. NUSTAR também pode encontrar os buracos negros supermassivos mais escondido, enterrado por grossas paredes de gás.
"Os raios-X de mais alta energia pode passar através até mesmo quantidades significativas de gás e poeira em torno dos buracos negros supermassivos ativos", disse Fiona Harrison, um estudo co-autor e investigador principal da missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia, Pasadena.
Os dados do Largo-campo da NASA Infrared Survey Explorer, ou WISE, e missões Spitzer também fornecem peças que faltam no quebra-cabeça de buracos negros por pesagem da massa de suas galáxias anfitriãs.
"Nossos resultados iniciais mostram que os mais distantes buracos negros supermassivos são encerradas em galáxias maiores", disse Daniel Stern, um co-autor do estudo e cientista do projeto para NUSTAR no Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, Pasadena, Califórnia. "Esta é a seja esperado. Voltar quando o universo era mais jovem, houve muito mais ação com maiores galáxias colidindo, fusão e crescimento. "
Observações futuras irão revelar mais sobre os acontecimentos brutais de buracos negros, perto e longe. Além de caça buracos negros remoto, NUSTAR também está à procura de outros objetos exóticos dentro de nossa galáxia da Via Láctea.
NUSTAR é uma missão Pequeno Explorador liderado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena e gerido pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, também, para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington. A espaçonave foi construída por Orbital Sciences Corporation, Dulles, Virginia. Seu instrumento foi construído por um consórcio que inclui Caltech; JPL; da Universidade da Califórnia, Berkeley; Universidade de Columbia, Nova York; Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland; da Universidade Técnica da Dinamarca na Dinamarca; Lawrence Livermore National Laboratory, Livermore, Califórnia; ATK Aerospace Systems, Goleta, na Califórnia, e com o apoio da Agência Espacial Italiana (ASI) Science Data Center.
Centro de operações da missão de NUSTAR é na UC Berkeley, com a ASI fornecendo sua estação terrestre equatorial situado em Malindi, no Quênia. Programa de extensão da missão é baseada em Sonoma State University, Rohnert Park, Califórnia. Programa Explorer, da NASA é gerenciado pelo Goddard. JPL é gerido pela Caltech para a NASA.
Fonte: Whitney Clavin, Jet Propulsion Laboratory; NASA
Imagem: NASA / JPL-Caltech
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
MISTÉRIO DE ALTA ENERGIA DE RAIOS X NO CENTRO DE NOSSA GALÁXIA
Telescópio espectroscópica Nuclear matriz da NASA, ou NUSTAR, conquistou uma nova visão de raios-X de alta energia (magenta) do movimentado centro de nossa galáxia da Via Láctea.
O círculo menor mostra a área onde a imagem NUSTAR foi feita - mesmo no centro de nossa galáxia, onde um buraco negro gigante reside. Essa região é ampliada para a direita, no círculo maior, para mostrar os dados NUSTAR.
NUSTAR da NASA detectou um brilho misterioso de raios-X de alta energia no centro da nossa Galáxia. Os astrônomos não tem certeza do que as fontes dos raios-X extras são, mas uma possibilidade é uma população de estrelas mortas.
Perscrutando o coração da galáxia da Via Láctea, o Telescópio espectroscópica Nuclear matriz da NASA (NUSTAR) avistou um brilho misterioso de raios-X de alta energia que, segundo os cientistas, poderia ser os "uivos" de estrelas mortas como eles se alimentam de stellar companheiros.
"Nós podemos ver um completamente novo componente do centro de nossa galáxia com imagens de NUSTAR", disse Kerstin Perez, da Universidade de Columbia, em Nova York, autor principal de um novo relatório sobre as conclusões na revista Nature. "Nós não podemos explicar definitivamente o sinal de raios-X ainda - é um mistério. Mais trabalho precisa ser feito ".
O centro da nossa galáxia Via Láctea está repleta de jovens e velhas estrelas, buracos negros menores e outras variedades de cadáveres estelares - todos pululam em torno de um buraco negro supermassivo chamado Sagitário A *.
NUSTAR, lançado ao espaço em 2012, é o primeiro telescópio capaz de capturar imagens nítidas dessa região frenética em raios-X de alta energia. As novas imagens mostram uma região em torno do buraco negro supermassivo cerca de 40 anos-luz de diâmetro. Os astrônomos se surpreenderam com as imagens, que revelam uma névoa inesperada de raios-X de alta energia dominando a atividade estelar habitual.
"Quase tudo o que pode emitir raios-X está no centro da galáxia", disse Perez. "A área está repleta de fontes de raios-X de baixa energia, mas a sua emissão é muito fraco quando você examiná-lo nas energias que NUSTAR observa, portanto, o novo sinal se destaca."
Os astrónomos têm quatro teorias possíveis para explicar o brilho de raios-X desconcertante, três dos quais envolvem diferentes classes de cadáveres estelares. Quando as estrelas morrem, eles nem sempre ir tranquilamente para a noite. Ao contrário de estrelas como o nosso sol, desabou estrelas mortas que pertencem a pares estelares, ou binários, pode sugar a matéria de seus companheiros. Este "alimentação" processo zumbi difere dependendo da natureza da estrela normal, mas o resultado pode ser uma erupção de raios-X.
De acordo com uma teoria, um tipo de zumbi estelar chamado de um pulsar poderia ser no trabalho. Os pulsares são os restos desmoronados de estrelas que explodiram em explosões de supernovas. Eles podem girar extremamente rápido e enviar feixes intensos de radiação. Como os pulsares giram, as vigas de varrer todo o céu, por vezes, interceptando a Terra, como faróis farol.
"Podemos estar testemunhando as balizas de uma população até então escondido dos pulsares em centro da galáxia," disse o co-autor Fiona Harrison, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena, e investigador principal do NUSTAR. "Isto significa que há algo de especial sobre o meio ambiente no centro da nossa galáxia."
Outros possíveis culpados incluem cadáveres estelares corpulento chamadas anãs brancas, que são os colapsados, restos queimados de estrelas maciças não o suficiente para explodir em supernovas. Nosso Sol é uma estrela, e está destinado a se tornar uma anã branca em cerca de cinco bilhões de anos. Porque estas anãs brancas são muito mais denso do que eram em sua juventude, eles têm gravidade mais forte e pode produzir raios-X de alta energia do que o normal. Outra teoria aponta para pequenos buracos negros que lentamente se alimentam de suas estrelas companheiro, irradiando raios-X como material cai para baixo em seus poços sem fundo.
Alternativamente, a fonte de raios-X de alta energia pode não ser cadáveres estelares em tudo, dizem os astrônomos, mas sim uma névoa difusa de partículas carregadas, chamadas raios cósmicos. Os raios cósmicos talvez tenham origem no buraco negro supermassivo no centro da galáxia, uma vez que devora material. Quando os raios cósmicos interagir com circundante, gás denso, eles emitem raios-X.
No entanto, nenhuma dessas teorias coincidir com o que é conhecido da pesquisa anterior, deixando os astrônomos em grande parte perplexo.
"Este novo resultado apenas nos lembra que o centro da galáxia é um lugar estranho," disse o co-autor Chuck Hailey, da Universidade de Columbia. "Da mesma forma como as pessoas se comportam de forma diferente andando na rua em vez de preso em um lotado hora do rush do metrô, objetos estelares apresentar um comportamento estranho quando amontoados em quartos próximos perto do buraco negro supermassivo."
A equipe diz que mais observações estão sendo planejados. Até então, os teóricos será ocupado a explorar os cenários acima ou chegando com novos modelos para explicar o que poderia estar emitindo o de alta energia brilho de raios-X intrigante.
"Toda vez que vamos construir pequenos telescópios como NUSTAR, que melhoram a nossa visão do cosmos em uma banda de comprimento de onda particular, podemos esperar surpresas como esta", disse Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica na sede da NASA em Washington.
NUSTAR é uma missão Pequeno Explorador liderada pelo Caltech e gerido pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia, para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington.
Publicação.: Kerstin Perez, et al, "emissão de raios-X-duro Extensão nos poucos parsecs internas do Galaxy", Nature 520, 646-649 (30 de Abril de 2015); doi: 10.1038 / nature14353
Fonte: Felicia Chou, NASA
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