Conforme Titã se prepara para seu verão do hemisfério norte, os cientistas estão tentando identificar sinais de ventos em sua superfície. Nesse fim de semana, a sonda Cassini se lançou em direção a famosa lua de Saturno, e se tudo der certo, irá verificar se existem ou não ondas em seu imenso mar de hidrocarbonetos.
Recentemente, a missão Cassini transmitiu diversas imagens (ainda sem tratamento) de seu ponto de vista de Saturno para a lua Titã.
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Imagem sem tratamento da lua Titã, feita pela sonda Cassini no dia 14 de setembro de 2014.
Créditos: NASA / JPL
A sonda Cassini fará o seu sobrevoo de número 105 na lua Titã, o que deve acontecer hoje, dia 22 de setembro, a fim de explorar a atmosfera, os mares da lua e até uma cratera. A nave espacial irá examinar os mares e lagos da região polar norte, incluindo Kraken e Ligeia com resolução superior a 5 km por pixel. Praticamente todo o líquido encontrado em Titã está localizado no hemisfério norte da lua, e esse é o motivo principal para que a nave espacial tenha essa região como seu destino de exploração.
Além de áreas líquidas de Titã, Cassini também deverá apontar suas câmeras para as dunas e pra cratera relativamente nova, a Sinlap, onde os cientistas esperam obter uma imagem de alta resolução. Os líderes da missão também planejam criar um mosaico da zona brilhante ao sul do Equador, a Tsegihi, e também da área de dunas escuras, a Fensal. Além disso, a espaçonave irá examinar a transparência das neblinas na atmosfera de Titã.
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Imagem sem tratamento de Saturno feita pela sonda Cassini no dia 15 de setembro de 2014.
Créditos: NASA / JPL
A sonda Cassini-Huygens é uma missão não tripulada que tem o intuito de estudar principalmente a superfície e atmosfera de Saturno, assim como de outros planetas e luas do Sistema Solar. Lançada em 15 de outubro de 1997, ela entrou na órbita de Saturno em 1° de julho de 2004, e sua missão está prevista para ter fim no ano de 2017.
Para os cientistas, Titã é um dos objetos mais interessantes do Sistema Solar, em parte porque sua química é muito parecida com a química do planeta Terra quando mais jovem, ideal para o surgimento da vida como a conhecemos.
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