Esse par mostra duas galáxias que não poderiam parecer mais diferentes à medida que a atração gravitacional mútua, vagarosamente as aproxima cada vez mais.
O pinguim do par, é a NGC 2336, que foi provavelmente alguma vez na sua história uma galáxia espiral com aparência normal, achatada como uma panqueca, com braços espirais simétricos. Rica com estrelas quentes recém-formadas, vistas na luz visível do Hubble como filamentos azulados, sua foram agora se apresenta distorcida e torcida à medida que ela responde à força gravitacional da sua vizinha. Fios de gás misturados com poeira aparecem como filamentos avermelhados, e foram detectados nos comprimentos mais longos da luz infravermelha pelo Spitzer.
O ovo, do par, é a galáxia NGC 2937, que se apresenta quase sem característica alguma. O brilho esverdeado distintamente diferente da luz das estrelas conta a história de uma população de estrelas muito mais velhas. A ausência de feições empoeiradas brilhando no vermelho nos informa que já se passou muito tempo desde que ela perdeu seu reservatório de gás e poeira a partir do qual novas estrelas se formam. Embora essa galáxia esteja certamente reagindo à presença da sua vizinha, sua distribuição suave de estrela obscurece qualquer óbvia distorção de forma.
Eventualmente essas duas galáxias irão se fundir formando um único objeto, com suas populações de estrelas, gás e poeira se misturando. Esse tipo de fusão foi provavelmente um significante passo na história da maioria das grandes galáxias que nós observamos ao nosso redor no universo próximo, inclusive para a nossa própria Via Láctea.
Localizadas a uma distância de aproximadamente 23 milhões de anos-luz, essas duas galáxias estão cerca de 10 vezes mais afastadas de nós do que o nosso maior vizinho galáctico, a galáxia de Andrômeda. A faixa azul na parte superior da imagem é uma galáxia de fundo não identificada, que está mais distante do que o par Arp 142.
Combinando a luz dos comprimentos de onda do visível e do infravermelho, os astrônomos conseguem contar a história complexa do ciclo de vida das galáxias. Enquanto que para fazer essa imagem é necessário combinar dados do Hubble e do Spitzer, espera-se que quando o James Webb for lançado ele seja capaz de fazer algo parecido, cobrindo todos esses comprimentos de onda e mostrando esse par sob um novo olhar.
O Telescópio Espacial Hubble, é um projeto de cooperação internacional entre a NASA, e a ESA. O Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland, gerencia o telescópio. O Space Telescope Science Institute (STScI), em Baltimore, Maryland, conduz as operações científicas do Hubble. O STScI é operado para a NASA pela Association of Universities for Research in Astronomy, Inc., em Washington, D.C.
O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena, na Califórnia, gerencia o Telescópio Espacial Spitzer para o Science Mission Directorate da NASA, em Washington. As operações científicas são conduzidas no Spitzer Science Center na Caltech em Pasadena, na Califórnia. As operações da sonda são baseadas na Lockheed Martin Space Systems Company, em Littleton, Colorado. Os dados são arquivados no Infrared Science Archive localizado no Infrared Processing and Analysis Center na Caltech. A Caltech gerencia o JPL para a NASA.
Credito da Imagem: NASA-ESA/STScI/AURA/JPL-Caltech
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