sábado, 14 de janeiro de 2012

A HISTORIA MITOLOGICA DE ATLAS

IMAGEM DO PLANETA TERRA TRAZENDO A LUA EM SUA ÓRBITA
Terceiro planeta a partir do Sol e quinto em tamanho dos nove que compõem o Sistema Solar.
6 586 242 500 000 000 000 000 toneladas este é o peso da Terra. Isto é: seis sextilhões, 586 quintilhões, 242 quatrilhões e 500 trilhões de toneladas. Seu volume é de 1 083 319 780 000 quilômetros cúbicos. Para saber o que isso significa, basta imaginar um trilhão e 83 bilhões e ainda 319 milhões e 780 mil cubos justapostos, um junto ao outro, e cada um deles com um quilômetro de altura e de comprimento. Muitas cidades caberiam inteirinhas dentro de cada cubo de tais dimensões, e ainda sobraria espaço.
A distância média da Terra ao Sol é de 149.503.000 km. É o único planeta conhecido  mantém vida.                                                          
                                                                  NA  MITOLOGIA
São muitos - e variados - os detalhes sobre a lenda de Atlas, ou Atlante. Segundo Hesíodo, poeta grego que viveu provavelmente no século 7 a.C. e escreveu a Teogonia, uma coletânea das lendas mais antigas sobre o nascimento e os feitos dos deuses, o titã Atlas, de tamanho maior que qualquer mortal, pertencia à geração divina dos seres desproporcionados, violentos, monstruosos, encarnação das forças selvagens da natureza nascente, dos cataclismos iniciais com que a terra se arrumava para poder receber os humanos.
Filho de Jápeto e da oceânida Climene, neto de Urano, sobrinho de Saturno e irmão de Prometeu e Epimeteu, ele lutou ao lado os Gigantes contra a rebelião dos deuses olímpicos liderada por Zeus (Júpiter), razão pela qual, após a derrota das forças que apoiava, foi condenado por sua cumplicidade a sustentar nos ombros a abóbada celeste.
            Diz-se que Atlas era o pai de Electra, Celeno, Taigete, Maia, Mérope, Asterope e Dríope, as sete Plêiades que, cansadas de serem assediadas pelo caçador Órion, pediram a Zeus que as transformasse em uma constelação; e também das Hiades, nascidas de sua união com Etra, transformadas em estrelas pela compaixão dos deuses sensibilizados pela dor que elas sentiram ao perder o irmão Hias, estraçalhado por uma leoa; e ainda, segundo algumas versões, de Egle, Erítia e Hipera, as Hespérides porque foram nascidas de Hesperis, e a Noite, que cuidavam das árvores dos pomar de ouro postas sob a guarda de Ladon, um dragão de cem cabeças.
Ocorreu que durante a realização do décimo primeiro de seus trabalhos, Hércules, ou Heracles, se aproximou de Atlas para poder pegar as maçãs douradas que nasciam da árvore no Jardim das Hésperides. O titã Prometeu o havia avisado de que o herói não deveria colher as frutas, mas deixar que isso fosse feito por outro, e assim, seguindo as instruções recebidas, Hércules suportou os pilares do céu enquanto Atlas recolhia as maçãs desejadas. Aliviado do peso descomunal que ele sustentava por castigo divino, o titã penalizado não pareceu disposto a retomar o seu posto, e disse então que ele mesmo entregaria as maçãs a Eurystheus. Mas percebendo qual era o verdadeiro intento do gigante, Hércules pediu-lhe que segurasse o céu por um momento, apenas, para que pudesse colocar um suporte sobre os ombros a fim de aliviar a pressão do enorme peso. E quando Atlas voltou a ter sobre si a imensa carga, o semideus aproveitou o momento para pegar as maçãs e ir-se embora, devolvendo a Atlas a penosa e cansativa tarefa de suportar o peso dos céus.
Outra versão sobre a lenda de Atlas diz que quando Perseu retornava para a ilha de Seriphus, levando consigo a cabeça da Medusa, percebeu que a noite se aproximava rapidamente, e como não queria ser apanhado pela escuridão em terra desconhecida, solicitou a hospitalidade de Atlas, que mantinha o jardim das maçãs de ouro das Hespérides rodeado por grande muro e guardado por uma enorme serpente. Ali não era  permitida a entrada de nenhum estranho, e tal cuidado procurava impedir a realização da profecia - “Chegará o dia, Atlas, em que sua árvore será saqueada de seu ouro, e um filho de Zeus receberá a glória por haver tomado de ti tal espólio”.
Por esse motivo ele negou-se a atender ao pedido de Perseu, ameaçando-o caso insistisse em ficar. Insultado, mas ciente de que não conseguiria enfrentar a força do titã, Perseu segurou a cabeça da Medusa diante dos olhos de Atlas, transformando-o no imenso bloco de pedra que passou a ser conhecido como Monte Atlas,  situado na hoje denominada “porta de entrada do Saara argelino”, a 750 metros de altitude e distante 400 quilômetros de Argel, capital da Argélia. Sobre essa passagem mitológica, versos dizem que "Sua barba e seus cabelos se transformaram em árvores. / Suas mãos e ombros se transformaram nos cumes das montanhas, / E o que havia sido sua cabeça era agora o topo mais alto da montanha / E todo o céu com suas incontáveis estrelas descansava sobre ele”.
Segundo outra das versões existentes, Atlas foi posteriormente libertado de seu fardo e tornou-se guardião dos Pilares de Hércules, sobre os quais os céus foram colocados, e que também eram a passagem para o lar oceânico de Atlântida (o Estreito de Gibraltar). Além de dar nome às coletâneas de cartas geográficas, o vocábulo Atlas também identifica a primeira vértebra da coluna cervical, aquela sobre a qual se apóia a cabeça, uma clara referência ao local onde a criatura mitológica sustentava o gigantesco peso a que fora condenado a suportar.

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