domingo, 5 de abril de 2015

A VIDA NOS PLANETAS DE ANÃS VERMELHAS PODE SER MAIS EVOLUÍDA DO QUE A NOSSA; DIZ ASTROFÍSICO


Apesar de não haver qualquer evidência de vida fora da Terra, astrônomos acreditam que caso ela exista, poderia ser mais avançada em planetas ao redor de anãs vermelhas. Você sabe por quê?
"Pensávamos que teríamos de procurar em locais infinitamente distantes para encontrar um planeta como a Terra. Agora, percebemos que uma 'outra Terra' pode estar provavelmente em nosso próprio quintal, esperando para ser descoberta", disse Courtney Dressing, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (CfA).
Como as estrelas anãs vermelhas vivem muito mais tempo do que as estrelas do tipo do Sol, temos uma possibilidade interessante. Se essas estrelas vivem muito mais tempo, então seus planetas também acompanham esse ritmo, e logo, a vida nesses planetas (caso existam) teria mais tempo para evoluir, e quem sabe, ser até mais desenvolvida do que a nossa aqui na Terra.
Astrônomos do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian descobriram que 6% das estrelas anãs vermelhas têm planetas do tamanho da Terra. As anãs vermelhas são as estrelas mais comuns na nossa Galáxia; cerca de 75% das estrelas mais próximas são anãs vermelhas. Um planeta idêntico a Terra poderia estar a apenas 13 anos-luz de distância, segundo cálculos de Dressing.
As estrelas anãs vermelhas são menores, mais frias, e mais fracas do que o nosso Sol. Uma anã vermelha média tem apenas 1/3 do tamanho do sol, e seu brilho é de apenas um milésimo se comparado com a nossa estrela mãe. A equipe de astrônomos revirou catálogos Kepler de cerca de 158.000 possíveis estrelas para verificar quais poderiam ser anãs vermelhas, e também para verificar seus tamanhos e temperaturas mais precisamente. Eles descobriram que quase todas essas estrelas eram menores e mais frias do que se pensava anteriormente.
A tarefa de localizar planetas semelhantes ao nosso e que estejam relativamente próximos pode exigir um pequeno telescópio espacial dedicado, ou uma grande rede de telescópios terrestres. Estudos de acompanhamento com instrumentos como o Telescópio Giant Magellan ou o Telescópio Espacial James Webb poderiam nos fornecer informações ainda mais precisas sobre as anãs vermelhas mais próximas, e principalmente, sobre seus planetas.
O estudo intitulado "A taxa de ocorrência de pequenos planetas em torno de estrelas pequenas" foi liderado por Courtney D. Dressing e David Charbonneau, e divulgado no jornal The Astrophysical Journal.
Fonte: Dailygalaxy / Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics
Imagem: US Alaska / Deviantart.com

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