terça-feira, 5 de janeiro de 2016
AUSTRALIANOS DESCOBREM PLANETA POTENCIALMENTE HABITÁVEL MAIS PRÓXIMO DA TERRA
Descoberta foi realizada com o telescópio do Observatório Europeu do Sul, em La Silla, no Chile.
Cientistas da Austrália descobriram o planeta mais próximo da Terra que poderia ser potencialmente habitável, informaram nesta quinta-feira (17) fontes acadêmicas.
O planeta Wolf 1061c é um dos três que foram descobertos por uma equipe da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW, sigla em inglês) fora do Sistema Solar, a cerca de 14 anos luz de distância da Terra.
"É fascinante ver a imensidão e pensar que uma estrela, tão próxima de nós, um vizinho próximo, poderia alojar um planeta habitável", disse em comunicado Duncan Wright, que liderou a pesquisa.
Os três planetas, que orbitam ao redor da estrela anã "Wolf 1061" em órbitas de 5, 18 e 67 dias, têm massas que superam, respectivamente, 1,4, 4,3 e 5,2 vezes a da Terra.
O maior dos planetas está fora da zona habitável, também conhecida zona de "Cachinhos Dourados" (do inglês Goldilocks), que se refere a uma região que não é "nem muito quente, nem muito fria" e que reúne as condições necessárias para a vida, enquanto o menor está perto demais da estrela que orbita para ser habitável.
No entanto, "o planeta médio, Wolf 1061c, se encontra na zona 'Cachinhos Dourados', onde poderia existir água líquida e, inclusive, vida", acrescentou Wright.
A descoberta, que será publicada na revista "The Astrophysical Journal Letters", se baseou nas observações da estrela anã "Wolf 1061" realizadas com o telescópio do Observatório Europeu do Sul, em La Silla, no Chile.
Os pequenos planetas rochosos como a Terra parecem existir em abundância no espaço, mas a maioria deles parece estar a centenas ou milhares de anos luz de distância da Terra, com a exceção de Gliesse 667Cc, que está a 22 anos luz e cuja órbita ao redor de sua estrela dura 28 dias o que é considerado rápido demais.
A localização da estrela Wolf 1061 (Imagem: Universidade de Nova Gales do Sul)
Foto: Universidade de Nova Gales do Sul / BBCBrasil.com
Wittenmyer afirmou à BBC Brasil que a equipe de cientistas só poderá analisar a atmosfera do planeta quando ele passar em frente à estrela.
"Vamos usar nosso telescópio Minerva para procurar por trânsitos em fevereiro, quando a estrela poderá ser observada de novo. Se (o planeta) transitar (em frente à estrela) será a melhor chance, pois (o sistema) está tão perto (da Terra)."
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