terça-feira, 11 de agosto de 2015
ASTRÔNOMOS CRIAM MAPA 3D DO CENTRO DA VIA LÁCTEA
Mapa 3D da Via Láctea esta impressão artística mostra qual a forma da Via Láctea quando vista praticamente de perfil e de uma perspectiva completamente diferente da que temos a partir da Terra. [Imagem: ESO/NASA/JPL-Caltech/M. Kornmesser/R. Hurt]
Dois grupos de astrônomos usaram os telescópios do ESO para fazer um mapa em três dimensões das zonas centrais da Via Láctea.
As equipes descobriram que a forma da região interna da nossa galáxia varia conforme o ângulo de que é vista - por alguém que possa vê-la de fora. De um determinado ângulo, ela se parece com um amendoim, mas toma a forma de X quando vista de uma perspectiva diferente.
O chamado bojo galáctico é uma das regiões mais importantes e de maior massa da nossa galáxia. Esta enorme nuvem central, com cerca de 10 bilhões de estrelas, tem uma dimensão de milhares de anos-luz, mas sua estrutura e origem não são bem compreendidas.
Infelizmente, a partir do interior da galáxia - que é a posição da Terra - a vista desta região central - a cerca de 27.000 anos-luz de distância - fica fortemente obscurecida por nuvens densas de gás e poeira. Os astrônomos apenas conseguem obter uma boa vista do bojo observando a grandes comprimentos de onda, como em radiação infravermelha, que consegue penetrar as nuvens de poeira.
Esta é a parte central da Via Láctea vista da Terra. [Imagem: ESO/S. Brunier]
Movimentos de estrelas
Agora, dois grupos de cientistas utilizaram novas observações de vários telescópios, com técnicas diferentes, para obter uma vista muito mais clara da estrutura do bojo da Via Láctea.
O primeiro grupo, do Instituto Max Planck, na Alemanha, usou o rastreio no infravermelho próximo, conseguindo observar estrelas 30 vezes mais tênues do que nas observações anteriores - eles identificaram 22 milhões de estrelas pertencentes à classe das gigantes vermelhas, cujas propriedades bem conhecidas permitem calcular as suas distâncias.
A segunda equipe, liderada Sergio Vásquez, da Pontifícia Universidade Católica do Chile, utilizou uma abordagem diferente.
Ao comparar imagens obtidas com um intervalo de onze anos, a equipe pôde medir os minúsculos desvios no céu devido aos movimentos das estrelas do bojo. Estes desvios foram combinados com medições dos movimentos das mesmas estrelas ao aproximarem-se ou afastarem-se da Terra, mapeando assim os movimentos de mais de 400 estrelas em três dimensões.
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