quarta-feira, 12 de outubro de 2011

BETELGELSE, QUE MISTÉRIO É ESSE?


Novas Imagens revelam nebulosa, Enorme plumas em Torno da Famosa estrela supergigante.
Utilizando o instrumento VISIR montado no Very Large Telescope do ESO (VLT), os astrónomos obtiveram imagens, com o maior detalhe até agora conseguido, de uma nebulosa complexa e brilhante em torno da estrela supergigante Betelgeuse. Esta estrutura que se assemelha as chamas emitidas pela estrela forma-se à medida que o objeto liberta material para o espaço.Betelgeuse, uma supergigante vermelha da constelação de Orion, é uma das estrelas mais brilhantes do céu nocturno. É também uma das maiores, sendo quase do tamanho da órbita de Júpiter - cerca de quatro vezes e meia o diâmetro da órbita da Terra. A imagem do VLT mostra a nebulosa em torno da estrela, a qual é muito maior que a própria estrela, estendendo-se para lá de 60 mil milhões de quilómetros desde a superfície estelar -  cerca de 400 vezes a distância da Terra ao Sol.
Estrelas supergigantes vermelhas como a Betelgeuse representam uma das últimas fases da vida de uma estrela de grande massa. Durante esta fase, de curta duração, a estrela aumenta de tamanho e expele as suas camadas exteriores para o espaço a uma taxa prodigiosa - expele enormes quantidades de material (correspondentes aproximadamente à massa do Sol) em apenas 10 000 anos.
O processo pelo qual o material é ejetado por uma estrela como a Betelgeuse envolve dois fenómenos distintos. O primeiro corresponde à formação de enormes plumas de gás (embora muito mais pequenas do que a nebulosa que observamos nesta imagem) que se estendem no espaço a partir da superfície da estrela. Estas plumas foram previamente detectadas pelo instrumento NACO montado no VLT. O outro, que é o motor da ejeção das plumas, é o movimento vigoroso, para cima e para baixo, de bolhas gigantes presentes na atmosfera de Betelgeuse - tal qual água a ferver que circula numa panela (eso0927).
O novo resultado mostra que as plumas observadas próximo da estrela estão provavelmente ligadas a estruturas na nebulosa exterior, nebulosa essa que se vê na imagem infravermelha do VISIR. A nebulosa não se observa no visível, já que Betelgeuse é tão brilhante que a ofusca completamente. A forma assimétrica e irregular do material indica que a estrela não ejetou material de forma simétrica. As bolhas de material estelar e as plumas gigantes que estas bolhas originam podem ser responsáveis pelo aspecto nodoso da nebulosa.
O material visível na nova imagem é muito provavelmente composto de poeira de silicato e alumina. É o mesmo material que forma a maior parte da crosta da Terra e doutros planetas rochosos. Em determinada altura do passado distante, os silicatos da Terra foram formados por uma estrela de grande massa (agora extinta) semelhante à Betelgeuse. 
Nesta imagem composta, as observações anteriores das plumas obtidas com o instrumento NACO aparecem no disco central. O pequeno círculo vermelho no centro tem um diâmetro de cerca de quatro vezes e meia a órbita da Terra e representa a posição da superfície visível da Betelgeuse. O disco negro corresponde à parte extremamente brilhante da imagem que teve que ser tapada para que a nebulosa mais ténue pudesse ser observada. As imagens do VISIR foram obtidas através de filtros infravermelhos sensíveis à radiação a diferentes comprimentos de onda, com o azul correspondente aos comprimentos de onda menores e o vermelho aos maiores. O tamanho do campo de visão é 5.63 X 5.63 segundos de arco.


UMA SUPERNOVA ESPETACULAR
Por mais que você se esforce

um telescópio sempre lhe mostrará as estrelas como pontos de luz. Chega e ser decepcionante. Nenhum detalhe da superfície, nenhuma mancha será vista. É praticamente o mesmo ponto de luz que você vê no céu noturno a olho nu.
A menos que você esteja olhando para Betelgeuse. Ela é uma das maiores estrelas conhecidas e foi a primeira, além do Sol, a se conseguir uma foto “de corpo inteiro”.

betelgeuse
PRIMEIRA VEZ  A atmosfera de Betelgeuse vista pela indiscreta câmera ultravioleta do Telescópio Espacial Hubble, no dia 3 de março de 1995. Boa parte do Sistema Solar caberia no interior dessa estrela supergigante.
Se Betelgeuse fosse uma pessoa famosa, faria a alegria dos paparazzi. Misteriosa, mas reveladora e com um comportamento grandioso, ela não se incomoda com o assédio – segura de que sua fama não diminuirá com isso. Muito pelo contrário.

Supercoração
Betelgeuse é principal estrela (Alfa) da famosa constelação de Órion, onde está o não menos popular asterismo das “Três Marias”. Você pode localizá-la no céu noturno hoje mesmo. Ela é visível de quase todos os lugares do mundo. Literalmente uma celebridade celestial.
Betelgeuse é uma estrela variável, com mudanças tanto de brilho quanto de tamanho. E que tamanho! Se estivesse no lugar do Sol, ocuparia todo o espaço até a órbita de Saturno em seu diâmetro máximo, e seria do tamanho da órbita de Júpiter em seu mínimo. O mesmo que de 550 a 920 vezes o diâmetro do Sol.
betelgeuse
BETELGEUSE, BETELGEUSE, BETELGEUSE!
 A estrela Betelgeuse, uma supergigante vermelha também chamada de Alfa Órion, localizada na constelação de Órion, tem uma cauda de gás do tamanho do nosso Sistema Solar, indicaram fotos de uma precisão sem precedente publicadas  pelo Observatório de Paris. É uma estrela de brilho variável sendo a 10ª ou 12ª estrela mais brilhante no firmamento.
Ela brilha por 60 mil sóis e só ocupa a décima posição no ranking das mais estrelas mais brilhantes porque está a 425 anos-luz de distancia. Ela seria muito mais brilhante se você enxergasse em infravermelho, já que apenas 13% de sua energia é emitida na forma de luz visível.
A luminosidade de Betelgeuse varia num longo período. A razão ainda é um mistério. Tudo indica que suas camadas mais externas se expandem durante vários anos, para em seguida se retrair. Fazendo isso, a temperatura da estrela aumenta e diminui alternadamente, assim como seu brilho. Essa pulsação é comum em supergigantes, como se Betelgeuse tivesse também um supercoração.Na verdade, sua atmosfera não é lá muito estável. Quando se contrai, absorve mais energia e se aquece e expande. Mas ao aumentar de tamanho, se torna menos densa e a energia escapa mais facilmente, esfriando-a. Com isso a estrela diminui novamente e o ciclo recomeça.
Porém, esse “coração” de Betelgeuse pulsa em arritmia. Ela é uma estrela vermelha, que já transformou a maior parte de seu Hidrogênio em Helio, e agora começa a fundir o próprio Helio no seu núcleo quente. Betelgeuse está morrendo.


Betelgeuse (Alfa de Órion)
Cor
 
Classe
espectral
Distância
(anos-luz)
Luminosidade
(Sol=1)
Massa
(Sol=1)
Temperatura
superficial
Idade
(milhões de anos)
VermelhaM2Iab43063.000143.500 K10


Explosão de luz
Mas como para toda celebridade que se preze, sua morte também será um grande acontecimento. Betelgeuse explodirá, num evento formidável chamado supernova. Ninguém sabe quando, mas todos concordam que será uma supernova espetacular.
Distante de nós, essa explosão não representará risco algum. Mesmo assim, a estrela poderá ser vista no céu pelo menos 10 mil vezes mais brilhante que hoje. Talvez tão brilhante quanto uma lua crescente. Durante meses Betelgeuse ficará visível inclusive à luz do dia.
Depois, ela se apagará lentamente até sumir. Dela não restará nada senão uma nebulosa, visível somente com telescópios. Seu espetáculo terá terminado e ficaremos apenas recordando os melhores momentos, até que os olhos de todos os seus admiradores tenham se fechado também. Afinal, tudo passa no Universo.





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