quarta-feira, 27 de julho de 2016

IMAGEM PROFUNDA DA GRANDE E PEQUENA NUVEM DE MAGALHÃES

Imagem profunda da Grande e Pequena Nuvens de Magalhães
Embora esta imagem pareça ter sido obtida por um telescópio de grande porte, na realidade foi capturada a partir do Observatório de La Silla com uma montagem portátil constituída por uma câmera CCD SBIG STL-11000M e uma lente Canon com distância focal fixa.
Cada um dos milhares de pontos desta nova imagem representa uma estrela distante e os buracos azuis brilhantes mostram partes das nossas galáxias vizinhas, a Grande e a Pequena Nuvens de Magalhães.  Esta montagem foi descrita num artigo científico em paralelo com simulações de ponta, num exemplo de como uma pequena câmera, uma lente rápida, um longo tempo de exposição e um dos melhores locais para a observação astronômica podem revelar enormes estruturas tênues melhor do que um telescópio grande.
Esta imagem profunda foi capturada utilizando o método LRGB e mostra-nos o processo real da criação de belas astrofotografias. As pessoas que tentam fotografar o céu noturno deparam-se com muitos desafios, incluindo a interferência de outras fontes de luz e a necessidade de capturar objetos astronômicos com profundidade suficiente.
Tentar maximizar o sinal recebido do alvo, ao mesmo tempo que se minimiza a emissão de outras fontes — o chamado ruído — é um aspecto crucial da astrofotografia. A otimização da razão sinal/ruído consegue-se mais facilmente em preto e branco do que a cores. Por isso, um dos truques normalmente utilizados para capturar imagens de alta qualidade consiste numa exposição que produz imagens monocromáticas muito detalhadas como a que aqui apresentamos. Os detalhes coloridos de imagens obtidas através de filtros coloridos podem depois ser sobrepostos ou incorporados, como é o caso das Nuvens de Magalhães da imagem.
Artigo científico Crédito: ESO

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