sábado, 1 de novembro de 2014
ESTRELA SOBREVIVE A EXPLOSÃO DE SUPERNOVA A QUEIMA ROUPA
29/10/14 - Ao que tudo indica, a estrela sobrevivente parece intacta!
Se você acha que está tendo um dia ruim, então você não conhece a história dessa estrela... ela vive em um sistema binário, e acaba de resistir a uma prova fatal, ou melhor, que poderia ser fatal, mas por algum motivo muito estranho, não foi. Uma das estrelas do sistema binário chegou no fim de sua vida, e detonou uma monstruosa explosão de supernova, mas ao que parece, sua estrela companheira resistiu a grande explosão!
O Observatório de Raios-X Chandra da NASA, e uma série de telescópios terrestres apontaram para a remanescente de supernova, e viram que sua estrela companheira, apesar de ter sido golpeada, ela ainda está "viva".
O remanescente de supernova DEM L241 é uma nuvem brilhante de gás e poeira na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã a 199.000 anos-luz de distância. Remanescentes de supernovas podem permanecer em altas temperaturas durante milhares de anos após a explosão, tornando-se um alvo perfeito para o Observatório Chandra estudar os alargamentos de raios-x da nebulosa.
Umas das estrelas do sistema binário ficou sem o combustível hidrogênio no final de sua vida útil, e explodiu. Os astrofísicos suspeitam que uma estrela de nêutrons (estrela hiper-densa que sobra do núcleo de uma estrela) ou um buraco negro pode ter ficado pra trás dessa explosão. Se isso for confirmado, este será o terceiro sistema binário entre uma estrela e um buraco negro/estrela de nêutrons já descoberto após uma supernova.
Imagem composta de raios-x e luz visível mostra a remanescente de supernova DEM L241.
Créditos: NASA / CXC / NAOA / DSS / Chandra
Através da análise de dados de raios-X do Chandra, os astrônomos descobriram que a nebulosa que sobrou dessa explosão é rica em oxigênio, neônio e magnésio, o que sugere que a estrela que resultou na explosão tinha uma massa entre 25-40 vezes a massa do nosso Sol.
Observatórios terrestres estão estudando o caso, e acompanhando as variações de velocidade orbital da estrela sobrevivente do sistema. Essa estrela tem um período orbital de apenas 10 dias, e através de cálculos precisos sobre a alteração de sua velocidade orbital, os astrônomos esperam determinar se ela está orbitando uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.
Em um futuro distante, a estrela sobrevivente também está prevista para explodir como uma supernova, potencialmente criando um sistema binário de estrela de nêutrons, um sistema entre uma estrela de nêutrons e um buraco negro, ou até mesmo um sistema binário de buracos negros.
Fonte: NASA / Chandra
Imagens: NASA / CXC / NOAO / DSS / Chandra
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