segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SERÁ QUE ESTAMOS FINALMENTE NOS PREPARANDO PARA UMA COLISÃO DE ASTEROIDE


Várias nações se juntam com um único objetivo: proteger a Terra de asteroides
Com um mandato da ONU, A Agência Espacial Europeia (ESA) e outras agências espaciais de todo o mundo estão prestes a criar um grupo de alto nível para ajudar a coordenar a resposta global dada a um asteróide que um dia, venha em direção à Terra.
 Pela primeira vez, as agências espaciais da América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia e África irão trabalhar juntas com o intuito de estabelecer um grupo de peritos e de criar uma defesa real para possíveis ameaças de colisões de asteróides, que poderiam um dia atingir a Terra.
Dos mais de 600.000 asteróides conhecidos do nosso Sistema Solar, mais de 10.000 são classificados como objetos próximos da Terra (NEOs), isso porque suas órbitas estão relativamente próximas da órbita da Terra.

Rastro de asteróide sobre Chelyabinsk, na Rússia. Créditos: ESA
 Uma prova dramática de que qualquer um destes objetos pode colidir com o nosso planeta aconteceu há cerca de um ano. No dia 15 de fevereiro de 2013, um objeto desconhecido, com diâmetro aproximado de 17 ou 20 metros explodiu acima de Chelyabinsk, na Rússia. A sua velocidade no momento da aproximação era de 66.000 km/h, e sua explosão foi 25 vezes mais potente do que a bomba atômica de Hiroshima.
 A onda de choque resultante causou danos generalizados e lesões, tornando-se o maior objeto natural conhecida por ter entrado na atmosfera desde o evento Tunguska, em 1908, que destruiu uma área de floresta remota da Sibéria.
Coordenar os esforços globais

Centro de controle da Agência Espacial Europeia, em Tenerife.
Créditos: ESA   /  
Um grupo de planejamento (SMPAG) foi criado juntamente com um fórum técnico, com um mandato do Comitê das Nações Unidas para o uso pacífico do espaço exterior (UNCOPUOS). Esse grupo irá desenvolver uma estratégia para reagir a uma possível ameaça de impacto de um asteróide.
"A SMPAG também irá desenvolver e aperfeiçoar um conjunto de missões individuais e cooperativas para interceptar um asteróide ", afirma Detlef Koschny, Chefe do segmento dos objetos próximos da Terra (NEO) e oficial do escritório Space Situational Awareness (SSA) da ESA.
 "Devemos executar missões de teste e avialiação, para testar a nossa tecnologia antes que uma ameaça real aconteça".
A primeira reunião organizada pela ESA aconteceu no início de fevereiro, no centro de operações em Darmstadt, na Alemanha.
Mais de trinta representantes de 13 agências espaciais, sete ministros do governo e da ONU deverão compartilhar conhecimentos e pesquisas recentes relacionadas a impactos de objetos com o planeta Terra, e deverão então, desenvolver um plano para os próximos dois anos.
"Como primeiro passo, o grupo vai estudar as capacidades organizacionais e operacionais de cada agência, tecnologias específicas e habilidades científicas, e verificar o que cada um pode fazer de melhor para contribuir com esse importante trabalho", completa Detlef.
Fonte: ESA

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