terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CIENTISTAS DESCOBREM O MENOR SISTEMA PLANETÁRIO DO UNIVERSO

Ilustração que representa a estrela KOI-961, anã vermelha menor do que o Sol - Nasa/Divulgação
Nasa/Divulgação Ilustração que representa a estrela KOI-961, anã vermelha menor do que o Sol.
Uma equipe de astrônomos encontrou o menor sistema planetário detectado até agora, formado por três planetas rochosos que giram ao redor de uma única estrela, que está a 130 anos-luz na constelação Cygnus, informou a Nasa (agência espacial americana).
Com os dados do observatório espacial Kepler, os astrônomos encontraram três pequenos planetas orbitando ao redor da estrela chamada KOI-961, uma anã vermelha com diâmetro seis vezes menor que o Sol.   Os três parecem ser rochosos, como a Terra, mas estão mais perto de sua estrela, tornando-se quente demais para a existência água líquida, um dos elementos fundamentais para a vida.
Dos mais de 700 planetas confirmados que orbitam outras estrelas, denominados exoplanetas, poucos são rochosos, no entanto, a Nasa destaca que já que as anãs vermelhas são o tipo mais comum de estrela na Via Láctea, esta descoberta aponta que, apesar de serem menos comuns, a galáxia poderia estar cheia de planetas rochosos similares.
O Kepler vigia mais de 150 mil estrelas na busca por planetas ou candidatos a planetas, que detecta pelo descenso no brilho dos astros causado pelo cruzamento ou trânsito de planetas.   O principal pesquisador da missão Kepler no Instituto de Ciências Exoplanetárias da Nasa em Pasadena, John Johnson, confirmou que é "o menor sistema solar encontrado até agora".
Johnson destacou que, este sistema se parece mais com Júpiter e suas luas, que qualquer outra descoberta até agora, o que demonstra "a diversidade de sistemas planetários em nossa Galáxia".
O anúncio da descoberta foi realizado durante a reunião anual da Sociedade Astronômica Americana, que este ano acontece em Austin, no Texas.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

KEPLER ANUNCIA 11 SISTEMAS PLANETÁRIOS COM 26 PLANETAS


Diagrama que mostra os planetas e seus tamanhos dos sistemas recém-confirmados.
Crédito: NASA, Ames/Jason Steffen, Centro Fermilab para Astrofísica de Partículas

Esta imagem mostra as órbitas dos planetas nos sistemas com planetas 
múltiplos recém-confirmados pelo Kepler.
Crédito: NASA, Ames/Dan Fabrycky, Universidade da Califórnia


A missão Kepler da NASA descobriu 11 novos sistemas planetários contendo 26 planetas confirmados. Estas descobertas quase que duplicam o número de planetas verificados pelo Kepler e triplicam o número de estrelas que se sabe terem mais que um planeta que transita, ou passa em frente, da sua estrela-mãe. Tais sistemas vão ajudar os astrónomos a melhor compreender como é que os planetas se formam.
Os planetas orbitam perto das suas estrelas e variam de tamanhos entre 1,5 vezes o raio da Terra e maiores que Júpiter. Quinze deles têm tamanhos entre o da Terra e de Neptuno, e serão precisas mais observações para determinar quais são rochosos como a Terra e quais têm espessas atmosferas como Neptuno. Os planetas orbitam as suas estrelas uma vez entre cada 6 a 143 dias. Todos estão mais perto da sua estrela do que Vénus está do nosso Sol.
"Antes da missão Kepler, conhecíamos aproximadamente 500 exoplanetas no total," afirma Doug Hudgins, cientista do programa Kepler na sede da NASA em Washington, EUA. "Agora, em apenas dois anos a olhar para uma única zona do céu não muito maior que um punho à distância de um braço esticado, o Kepler descobriu mais de 60 planetas e mais de 2300 candidatos a planeta. Isto diz-nos que a nossa Galáxia está possivelmente recheada de planetas de todos os tamanhos e órbitas."
O Kepler identifica candidatos a planeta ao medir repetidamente a diminuição no brilho de mais de 150.000 estrelas em ordem a detectar quando um planeta passa em frente da estrela. Esta passagem provoca uma pequena "sombra" na direcção da Terra e do observatório Kepler.
"A confirmação de que a pequena diminuição no brilho de uma estrela é devida à passagem de um planeta, requer observações adicionais e análises demoradas," afirma Eric Ford, professor associado de astronomia da Universidade da Flórida e autor principal do artigo que confirma Kepler-23 e Kepler-24. "Verificámos estes planetas usando novas técnicas que dramaticamente aceleraram a descoberta."
Cada dos novos sistemas planetários confirmados contém entre dois e cinco planetas que transitam espaçadamente a sua estrela. Em sistemas planetários mais fechados, a força gravítica dos planetas uns sobre os outros faz com que um planeta acelere e outro trave ao longo da sua órbita. A aceleração faz com que o período orbital de cada planeta mude. O Kepler detecta este efeito ao medir as mudanças, as Variações Temporais de Trânsito (VTTs).
Os sistemas planetários com VTTs podem ser verificados sem necessitar muitas observações terrestres, acelerando a confirmação de candidatos a planeta. A técnica de detecção de VTTs também aumenta a capacidade do Kepler em confirmar sistemas planetários em torno de estrelas mais distantes e ténues.
"Ao cronometrar com precisão quando cada planeta transita a sua estrela, o Kepler detectou o puxo gravitacional dos planetas uns sobre os outros, suportando o caso para dez recém-anunciados sistemas planetários," afirma Dan Fabrycky, membro do Hubble da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e autor principal do artigo que confirma Kepler-29, 30, 31 e 32."
Cinco dos sistemas (Kepler-25, Kepler-27, Kepler-30, Kepler-31 e Kepler-33) contêm um par de planetas onde o planeta mais interior orbita a estrela duas vezes durante cada órbita do planeta mais exterior. Quatro dos sistemas (Kepler-23, Kepler-24, Kepler 28 e Kepler-32) contêm um par onde o planeta mais exterior orbita duas vezes por cada três órbitas do planeta mais interior.
"Estas configurações ajudam a ampliar as interacções gravíticas entre os planetas", salienta Jason Steffen, pós-doutorado de Brinson no Centro Fermilab para Astrofísica de Partículas em Batavia, no estado americano do Illinois, e autor principal do estudo que confirma Kepler-25, 26, 27 e 28.
O sistema com o maior número de planetas entre estas descoberta é Kepler-33, uma estrela mais velha e mais massiva que o Sol. Kepler-33 tem cinco planetas, com tamanhos que variam entre 1,5 e 5 vezes o da Terra, todos localizados mais perto da estrela do que, comparativamente, qualquer outro planeta está do Sol.
As propriedades de uma estrela fornecem pistas para a detecção planetária. A diminuição no brilho da estrela e a duração de um trânsito planetário, combinados com as propriedades da sua estrela-mãe, apresentam uma assinatura reconhecível. Quando os astrónomos detectam candidatos a planeta que exibem assinaturas semelhantes em torno da mesma estrela, a probabilidade de qualquer um destes candidatos ser um falso positivo é muito baixa.
"O método usado para verificar os planetas de Kepler-33 mostra que a confiança global de candidatos do Kepler a sistemas múltiplos é muito alta," afirma Jack Lissauer, cientista planetário do Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, Califórnia, e autor principal do artigo que confirma Kepler-33. "Esta é uma validação por multiplicidade."

domingo, 29 de janeiro de 2012

UMA VISÃO DO LADO OCULTO DA NOSSA LUA


Não parece a Lua? É porque esta foto é do lado oculto da Lua, que não pode ser visto da Terra.

ESTA VISÃO É SEMELHANTE A LUA COMO NÓS A VEMOS  DAQUI DA TERRA
A Lua é o único satélite natural do planeta Terra, que completa uma volta a cada 29,5 dias (período que usamos para dividir o ano em meses). É, proporcionalmente, o maior satélite natural do nosso Sistema Solar.
Sua massa é tão significativa em relação à massa da Terra que o eixo de rotação do sistema Terra-Lua encontra-se muito longe do eixo central de rotação da Terra.  Não há um consenso sobre sua origem, mas as similaridades entre o teor dos elementos que encontramos na Terra e na Lua sugerem que ambos os corpos podem ter tido uma origem comum. Neste aspecto, a Lua poderia ter surgido dos restos de uma violenta colisão entre a Terra e um outro planeta menor (que teria se desintegrado no choque), ou poderia ter se desprendido da Terra devido à força centrífuga, quando esta ainda era um proto-planeta, feito de massa liquefeita girando muito rápido.
A Lua possui um movimento de rotação com período igual ao seu período de translação, o que faz o satélite exibir sempre a mesma face para o planeta, fato que gerou inúmeras especulações a respeito do "lado escuro" da Lua, que na verdade fica iluminado quando estamos no período de Lua Nova. Provavelmente o seu período de rotação já foi inferior ao seu período de translação, mas as chamadas forças de maré exercidas pela Terra foram desacelerando a sua rotação até atingir este sincronismo que vemos hoje, que é estável.
A superfície da Lua é coberta por uma camada de sedimento fino e esbranquiçado, produzido principalmente por impactos de meteoritos. A Lua sofre mais do que a Terra com impactos de meteoritos por causa da ausência de atmosfera, que poderia desintegrá-los ou diminuir suas velocidades, como acontece na Terra. A face voltada para a Terra possui uma camada de sedimentos mais fina porque sofreu menos impactos de meteoritos, onde se concentram os "mares", que são regiões mais planas e escuras, formadas por material vulcânico.
Do espaço, percebemos que a Lua tem sempre uma metade iluminada pelo Sol, mas da perspectiva da Terra vemos uma variação cíclica de sua iluminação, que dividimos em quatro fases. Quando a Lua está entre a Terra e o Sol, ela fica a "contra-luz" e não podemos vê-la, quando a chamamos de "Lua Nova". Conforme ela se afasta do Sol, em sua órbita em torno da Terra, começamos a ver uma pequena parte da sua metade iluminada, que vai aumentando dia-a-dia, quando a chamamos de "Lua Crescente". No meio desta fase, no ponto chamado "Quarto Crescente", vemos metade da sua metade iluminada, o indica que a Lua está cruzando o caminho da órbita da Terra, o ponto do espaço onde a Terra esteve há aproximadamente 3h30. A Lua então continua "crescendo" até que podemos ver toda a sua metade iluminada, quando a chamamos de "Lua Cheia". Depois da lua cheia, a Lua começa então a se aproximar do Sol, no seu caminho em torno da Terra, e começamos a perceber uma diminuição diária de sua iluminação, quando a chamamos de "Lua Minguante". No meio desta fase, o chamado "Quarto Minguante", vemos novamente metade da sua metade iluminada, indicando que a Lua está cruzando novamente o caminho da órbita da Terra, mas agora a sua frente, no ponto do espaço onde a Terra estará em aproximadamente 3h30. A Lua então continua "minguando" até que atinja novamente a região entre a Terra e Sol, onde não podemos mais vê-la (a Lua Nova) e reinicia o ciclo.   Se o plano da órbita da Lua em torno da Terra fosse alinhado com o plano da órbita da Terra em torno do Sol, teríamos eclipses solares e lunares totais a cada duas semanas, alternadamente, pois a Lua se alinharia perfeitamente com a Terra e o Sol duas vezes durante sua órbita. Mas o plano da órbita da Lua em torno da Terra é inclinado em cerca de 5 graus em relação ao plano da Terra em torno do Sol, o que faz a Lua passar a maior parte do ano por baixo e por cima da linha Terra-Sol, alinhando-se apenas duas vezes por ano, quando ocorrem eclipse solares e lunares (duas semanas depois).

sábado, 28 de janeiro de 2012

A VISTA PELO BURACO DA FECHEDURA


A Nebulosa Buraco da Fechadura recebe o seu nome devido à sua estranha forma. Com o nome oficial de NGC 3324, é uma região mais pequena sobreposta à maior Nebulosa Eta Carina. Estas nebulosas foram criadas pela estrela Eta Carina, que é dada a erupções violentas durante os seus séculos finais. Observada e discutida em 1840 quando uma espectacular explosão se tornou visível, o sistema Eta Carina parece agora passar por um esquisito período de mudança. Uma nebulosa de emissão que contém muito pó, a Nebulosa Buraco de Fechadura situa-se aproximadamente a 9,000 anos-luz de distância. Este fotogénico objecto pode ser visto até por um pequeno telescópio. Recentemente descobriu-se que a Nebulosa Buraco da Fechadura contém nuvens altamente estruturadas de gás molecular.
Crédito: NOAO, NSF; AURA

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

NOVA IMAGEM EM DETALHES DA NEBULOSA CALIFÓRNIA




- Navegando à deriva no braço de Orionte da nossa Via Láctea, esta nuvem cósmica por acaso assemelha-se à costa Oeste da Califórnia dos EUA. O nosso Sol também se situa no mesmo braço, apenas a 1,500 anos-luz da Nebulosa Califórnia. Também conhecida como NGC 1499, esta clássica nebulosa de emissão mede cerca de 100 anos-luz. Brilha com a cor avermelhada característica dos átomos de hidrogénio que se recombinam com electrões, ionizados pela luz estelar energética. Neste caso, a estrela será a brilhante, quente e azul Xi Persei, para a direita da nebulosa, no centro da imagem.
Crédito: Caltech, Observatório de Palomar, Digitized Sky Survey, Scott Kardel

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ESTUDO: SUPER BURACOS NEGROS "MATARAM" AS MAIORES GALÁXIAS


Imagem mostra, em vermelho, as galáxias a 10 bilhões de anos-luz. Foto: ESO/Divulgação
Uma equipe de astrônomos afirma ter descoberto o que pode ter "matado" as galáxias de maiores massas conhecidas. Segundo esses cientistas, os culpados são so buracos-negros supermassivos. Essas galáxias, segundo os pesquisadores, eram muito ativas na formação de estrelas no universo primitivo. Contudo, abruptamente viram essa produção parar e hoje têm apenas estrelas que estão envelhecendo e se destinam a morrer.
Os cientistas combinaram observações dos telescópios Apex e VLT, do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), e do Spitzer, da Nasa - a agência espacial americana - para observar como galáxias distantes (a cerca de 10 bilhões de anos luz) e brilhantes formam grupos e aglomerados.
Como a luz demora 10 bilhões de anos para chegar na Terra, o que vemos é um registro do universo em seus primeiros bilhões de anos, quando as galáxias tinham uma produziam estrelas mais intensamente, o que se chama de formação estelar explosiva. Ao redor desses aglomerados, se forma um halo de matéria escura. Ao estudar esse halo e como eles crescem como tempo, através de um modelo em computados, os pesquisadores chegaram à conclusão que esses aglomerados acabam por formar galáxias elípticas gigantes - as de maior massa do universo atual.
"Esta é a primeira vez que conseguimos mostrar de maneira clara a relação que existe entre as galáxias mais energéticas que apresentam formação estelar explosiva no Universo primordial e as galáxias de maior massa presentes no Universo atual", diz Ryan Hickox (do Darthmouth College, nos Estados Unidos, e da Universidade Durham, no Reino Unido), que lidera a equipe. Segundo as observações dos astrônomos, a formação explosiva dura apenas 100 milhões de anos, mas é o suficiente para duplicar o número de estrelas de uma galáxia. "Sabemos que as galáxias elípticas de elevada massa pararam de produzir estrelas de modo súbito há muito tempo atrás, encontrando-se agora bastante passivas. Os cientistas tentam imaginar o que poderia ser suficientemente poderoso para conseguir desligar a formação estelar explosiva duma galáxia inteira", diz Julie Wardlow das universidades da Califórnia-Irvine (EUA) e Durham.
Os resultados indicam que essas galáxias se aglomera de forma parecida com os quasares - estes são encontrados em halos semelhantes de matéria escura e emitem intensa radiação alimentada por um buraco negro supermassivo em seus centros. Os astrônomos descobrem cada vez mais evidências de que a formação explosiva também acontece nos quasares, com grandes quantidades de matérias sugadas pelos buracos negros. Os buracos negros, por sua vez, "limpam" o gás do quasar e sem gás não há formação de estrelas.
"Em poucas palavras, a intensa formação estelar dos dias de glória das galáxias acabou também por ser a sua perdição ao alimentar os buracos negros nos seus centros, os quais rapidamente limpam ou destroem as nuvens de formação estelar", explica David Alexander, da Durham, membro da equipe.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

NASA FLAGRA COMETA CAINDO NO SOL

NASA flagra cometa caindo no Sol 
O cometa C/2011 N3 estava viajando a cerca de 650 quilômetros por segundo, e conseguiu chegar a 100 mil quilômetros 
da superfície do Sol antes de evaporar.[Imagem: SOHO (ESA/NASA)]
Mergulho do cometa no Sol. Um cometa foi flagrado fazendo algo que nunca havia sido visto ao vivo antes: dando seu mergulho mortal rumo ao Sol.Que cometas encontram seu destino final assim não é nenhuma surpresa - mas a chance de ver isto acontecendo em primeira mão surpreendeu até mesmo os observadores de cometa mais experientes."Os cometas geralmente são tênues demais para serem observados no brilho da luz do Sol", explica Dean Pesnell, da NASA.
Cometa brilhante
Mas a sonda SDO (Solar Dynamic Observatory), a mesma que descobriu o Efeito Borboleta atuando no Sol, conseguiu a proeza.
O golpe de sorte ocorreu graças ao mergulho de um cometa ultra brilhante, de um grupo conhecido como cometas Kreutz.
O cometa pode ser visto claramente movendo-se no lado direito do Sol, desaparecendo 20 minutos mais tarde, conforme se evapora com o calor escaldante.Tamanho dos cometa O filme é mais do que uma mera curiosidade.Conforme detalhado em um artigo na revista Science, publicado hoje, acompanhar a morte de um cometa fornece um novo modo de calcular o tamanho e a massa de um cometa.Fazendo as contas, os astrônomos descobriram que o finado cometa tinha algo entre 45 e 90 metros de comprimento, e uma massa similar à de um porta-aviões.Nas imagens da sonda SDO, o cometa estava viajando a cerca de 650 quilômetros por segundo, e conseguiu chegar a 100 mil quilômetros da superfície do Sol antes de evaporar. Antes de sua "cremação", nos últimos 20 minutos de sua existência, quando foi visível pela SDO, o cometa tinha cerca de 45 milhões de quilogramas.
Ele então se dividiu em uma dúzia de pedaços grandes, com tamanhos entre 10 e 50 metros, incorporados em um "envoltório" - a nuvem difusa em torno do cometa - de aproximadamente 1.400 quilômetros de diâmetro, seguido por uma cauda brilhante de cerca de 16 mil quilômetros de comprimento.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A POPULAÇÃO DE EXOPLANETAS NO UNIVERSO É ABUNDANTE

                                         Planetas em torno de estrelas são a regra e não a exceção
Uma equipe internacional, incluindo três astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO), usou a técnica da microlente gravitacional para medir como os planetas são comuns na Via Láctea. Após uma pesquisa de seis anos que pesquisou milhares de estrelas, a equipe conclui que os planetas ao redor de estrelas são a regra e não a exceção. Os resultados aparecerão na revista Nature em 12 de Janeiro de 2012.  Nos últimos 16 anos, os astrónomos detectaram mais de 700 exoplanetas confirmados  e já começaram a sondar os espectros ( eso1002 ) e atmosferas ( eso1047 ) desses mundos. Enquanto estudava as propriedades de planetas extra-solares individuais é inegavelmente valioso, uma questão muito mais básica permanece: como comuns são planetas na Via Láctea?

Exoplanetas mais conhecidos atualmente foram encontrados tanto por detectar o efeito da força gravitacional do planeta sobre sua estrela-mãe ou pela captura do planeta que passa em frente da sua estrela e um pouco escurece-lo. Ambas as técnicas são muito mais sensíveis aos planetas que são ou maciça ou próximos de suas estrelas, ou ambos, e muitos planetas serão perdidos.Uma equipe internacional de astrônomos tem procurado exoplanetas utilizando um método totalmente diferente - microlente gravitacional - que pode detectar planetas em uma ampla faixa de massa e aqueles que estão muito além de suas estrelas.  Arnaud Cassan (Institut dAstrophysique de Paris), principal autor do artigo da Nature, explica: . "Temos procurado evidências de exoplanetas em seis anos de observações de microlente Surpreendentemente, esses dados mostram que os planetas são mais comuns do que estrelas em nossa galáxia ele. também descobriu que os planetas mais leves, como Neptunes super-Terras ou fria, deve ser mais comum do que os mais pesados. "
Os astrônomos usaram observações, fornecido pelo planeta  e OGLE  equipes, em que exoplanetas são detectados pela maneira que o campo gravitacional de suas estrelas hospedeiras, combinado com o de possíveis planetas, atua como uma lente, aumentando a luz de uma estrela de fundo. Se a estrela que age como uma lente tem um planeta em órbita em torno dele, o planeta pode dar uma contribuição detectável para o efeito brilho na estrela de fundo. Jean-Philippe Beaulieu (Institut d'Astrophysique de Paris), líder da colaboração PLANET acrescenta: "A colaboração PLANET foi criado para acompanhar eventos de microlente promissores com uma rede-mundo rodada de telescópios localizados no hemisfério sul, a partir de Austrália e África do Sul para telescópios Chile. ESO contribuiu grandemente para essas pesquisas. " Microlente é uma ferramenta muito poderosa, com potencial para detectar exoplanetas que nunca poderiam ser encontrados de outra forma. Mas um alinhamento oportunidade muito rara de um fundo e estrela lente é necessário para um evento de microlente para ser visto em tudo. E, para detectar um planeta durante um evento, um alinhamento oportunidade adicional de órbita do planeta também é necessário. Embora, por estas razões descoberta de um planeta por microlente está longe de ser uma tarefa fácil, no vale o de seis anos de dados de microlente utilizados na análise, três exoplanetas foram realmente detectado no PLANETA e buscas OGLE: a super-Terra  , e planetas com massas comparáveis ​​à de Netuno e Júpiter. Pelos padrões de microlente, este é um curso impressionante. Na detecção de três planetas, tanto os astrônomos eram incrivelmente sortudo e tinha atingido o jackpot a despeito dos enormes contra eles, ou planetas são tão abundantes na Via Láctea que era quase inevitável .
Os astrônomos então combinados informações sobre os três detecções exoplaneta positiva com sete detecções adicionais de trabalho anterior, bem como o enorme número de não-detecções nos vale a seis anos de dados - não-detecções são tão importantes para a análise estatística e são muito mais numerosos. A conclusão foi que uma em cada seis das estrelas estudadas hospeda um planeta de massa similar a Júpiter, Netuno tem uma meia massa da Terra e dois terços têm super-Terras. A pesquisa foi sensível aos planetas entre 75.000 mil quilômetros e 1,5 bilhão de quilômetros de suas estrelas (no Sistema Solar esta faixa deve incluir todos os planetas de Vênus a Saturno) e com massas que variam de cinco vezes a da Terra até dez vezes Júpiter.
Combinando os resultados sugerem fortemente que o número médio de planetas em torno de uma estrela é maior que um. Eles são a regra e não a excepção. "Nós costumávamos pensar que a Terra pode ser único em nossa galáxia. Mas agora parece que há literalmente bilhões de planetas com massas semelhantes à Terra orbitando estrelas na Via Láctea ", conclui Daniel Kubas, co-autor do papel.

domingo, 22 de janeiro de 2012

A MITOLOGIA ASTRONÔMICA DE CERES


Ceres a cores.jpg
Imagem de ceres Planeta Anão em comparação com a Lua  da terra. 
Ceres é um planeta anão que se encontra no cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter. Ceres tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço dessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço do total da massa do cinturão.
Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo da Terra, pouco se sabe sobre Ceres. A superfície ceriana é enigmática: em imagens de 1995, pareceu-se ver um grande ponto negro que seria uma enorme cratera; em 2003, novas imagens apontaram para a existência de um ponto branco com origem desconhecida, não se conseguindo assinalar a cratera inicial.
A própria classificação mudou mais de que uma vez: na altura em que foi descoberto foi considerado como um planeta, mas após a descoberta de corpos celestes semelhantes na mesma área do sistema solar, levou a que fosse reclassificado como um asteroide por mais de 150 anos.
No início do século XXI, novas observações mostraram que Ceres é um planeta embrionário com estrutura e composição muito diferentes das dos asteroides comuns e que permaneceu intacto provavelmente desde a sua formação, há mais de 4,6 bilhões de anos. Pouco tempo depois, foi reclassificado como planeta anão. Pensava-se, também, que Ceres fosse o corpo principal da "família Ceres de asteroides". Contudo, Ceres mostrou-se pouco aparentado com o seu próprio grupo, inclusive em termos físicos. A esse grupo é agora dado o nome de "família Gefion de asteroides".
NA  MITOLOGIA
Ceres, na mitologia romana, equivalente à deusa grega, Deméter, filha de Saturno e Cibele , amante e irmã de Júpiter, irmã de Juno , Vesta, Netuno e Plutão, e mãe de Proserpina com Júpiter.
Patrona da Sicília, Ceres pediu a Júpiter para que a Sicília fosse colocada nos céus; como resultado, e porque a ilha tem forma triangular, criou a constelação Triangulum, um dos antigos nomes era Sicilia.
Ceres era a deusa das plantas que brotam (particularmente dos grãos) e do amor maternal. Diz-se que foi adotada pelos romanos em 496 a.C. durante uma fome devastadora, quando os livros Sibilinos avisaram para que se adotassem a deusa grega Deméter, Cora (Perséfone) e Dionísio.
A deusa era personificada e celebrada por mulheres em rituais secretos no festival de Ambarvalia, em Maio. Existia um templo dedicado a Ceres no monte Aventino em Roma. O seu primeiro festival era a Cereália ou Ludi Ceriales ("jogos de Ceres"), instituidos no século III a.C. e celebrados anualmente de 12 de Abril a 19 de Abril. A veneração de Ceres ficou associada às classes plebeias, que dominavam o comércio de cereais. Sabe-se muito pouco sobre os rituais de veneração a Ceres; um dos poucos costumes que foram registados era uma prática de apertar ligas nas caudas das raposas e que eram largadas no Circo Máximo.
Ela tinha doze deuses menores que a assistiam, e estavam encarregues de aspectos específicos da lavoura.
Ceres era retratada na arte com um cetro, um cesto de flores e frutos e tinha uma coroa feita de orelhas de trigo.
A palavra cereal deriva de Ceres, comemorando a associação da deusa com os grãos comestíveis. O nome Ceres provém de "ker", de raiz Indo-Europeia e que significa "crescer", também é a raiz das palavras "criar" e "incrementar". O asteróide Ceres levou o nome desta deusa, o mesmo aconteceu com o elemento químico Cerium.
Ceres também é relacionada à cerveja, que em latim é grafada Cervisiae, batizada pelos romanos em homenagem à deusa.Empresta seu nome também ao famoso lêvedo de cerveja cujo nome científico é Saccharomyces cerevisiae.

BEM GENTE AQUI TERMINA AS POSTAGENS MITOLÓGIAS COM VINTE DIAS SEGUIDOS
DE MITOLOGIAS,  IMAGENS E SIGNIFICADOS:  O UNIVERSO OBSERVADO CONTINUARÁ
COM  POSTAGENS DO NOSSO UNIVERSO OBSERVADO,TEMOS MUITAS IMAGENS LINDAS
E MARAVILHOSAS E COM MUITA INFORMAÇÃO,  É COMO EU DIGO SEMPRE: ISSO TUDO
É POR VOCÊS...
OBRIGADO E FIQUE LIGADO!!!!!!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A HISTÓRIA MITOLÓGICA DE PÉGASUS



Pegasus constellation map.png
Durante o outono, nós podemos ser guiados pelo grande quadrado formado pela  constelação de Pegasus para mover entre as estrelas. A constelação de Pégaso está fora da Via Láctea, e é por isso sua Estrelas sobressair de forma tão clara contra o céu escuro.
Pegasus (Peg), o Cavalo Alado, é uma constelação do hemisfério celestial norte. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Pegasi.
As constelações vizinhas são Andromeda, Lacerta, Cygnus, Vulpecula, Delphinus, Equuleus, situando-se a norte de Aquarius e Pisces.
Alpha Pegasi (Markab), Beta Pegasi (Beta-Scheat), e Gamma Pegasi (Gama-Algenil), em conjunto com Alpha Andromedae (Alpheratz, Sirrah ou alfa-Andrómeda-Sirrah) formam o grande asterismo conhecido como Quadrado do Pégaso. A estrela 51 Pegasi é notável por ser a primeira estrela parecida com o Sol a ter um planeta extrassolar conhecido.


NA MITOLOGIA

Pegasus era um cavalo alado símbolo da imortalidade. Sua figura é originária da mitologia grega, presente no mito de Perseu e Medusa. Pégasus nasceu do sangue de Medusa quando ela foi decapitada por Perseu. Com uma patada, Pégasus fêz brotar a fonte Hipocrene, que tornou-se o símbolo da inspiração poética. Quem de suas águas bebesse se tornaria um poeta.
Belorofonte foi adotado por Glauco, da casa governante de Corinto, dono do cavalo alado. Com ajuda de Atena e da rédea de ouro, domou Pegasus. Belorofonte era um herói, filho de Poseídon, e tinha esse nome porque matou involuntariamente seu irmão Belero, chamado de Alcímenes, um tirano da sua cidade natal.
Considerado impuro devido a esta morte, teve de abandonar a cidade e procurar refúgio na corte do rei Preto, que o acolheu e o purificou. Mas Anteia, mulher do Rei Preto tentou seduzi-lo e tendo sido repudiada, foi queixar-se ao marido de que estava sendo assediada.
Agravado pela suposta afronta, o Rei Preto o enviou para a corte de seu sogro Ióbates, com o pedido de que o matasse. Ióbates, contudo, só leu o pedido do seu genro depois de ter recebido Belorofonte como hóspede e ter partilhado com ele uma refeição, logo, segundo a lei sagrada da hospitalidade, não o poderia matar.
Movido pelo desejo de seu genro, Iobates encarregou Belerofonte de várias tarefas das quais muito dificilmente sairia vivo. Encarregou-o de matar o monstro Quimera, que devastava a região, atacando rebanhos. Belerofonte, contudo, com o seu cavalo, voou sobre o monstro e matou Quimera facilmente, com um só golpe.
Ióbates encarregou-o, então, de várias outras tarefas arriscadas, tentando em vão que ele fosse morto. Envia-o em luta contra o povo guerreiro dos Sólimos, mas ele derrota-os e retorna. Novamente o envia para lutar contra as Amazonas, mas ele derrota-as e retorna. Sem saber como se livrar de Belorofonte, Ióbates organiza uma emboscada com alguns dos mais corajosos dos lídios, mas que perecem perante a bravura de Belerofonte.
O rei fica convencido, então, de que Belerofonte só pode ter origem divina e, justificando-se com seu genro, deu-lhe a mão da sua filha, Filonoé ou Anticleia, de quem teria os filhos Isendro e Hipóloco, e Laodamia, mãe de Sarpédon.
Orgulhoso dos seus feitos, decidiu voar até o Olimpo montando Pegasus, mas Zeus, ofendido, enviou uma vespa para picar Pegasus que atirou Belorofonte ao chão. Atena amaciou o chão e ele não morreu mas só conseguia se rastejar, e passou sua vida à procura de Pegasus. Porém Zeus havia transformando o cavalo Pégasus em uma constelação.
Na Constelação de Pegasus está a estrela fixa Markab a 23º Peixes , que é considerada de natureza Marte/Mercúrio por Ptolomeu. Simmonite considera de natureza Marte/Vênus; e  para Alvidas, tem natureza Júpiter quadrado Mercúrio/ com Saturno desde Peixes e Gêmeos.
Dá honra, riqueza, fortuna, mas também há perigo de febres, cortes, golpes, punhaladas e fogo, e uma morte violenta quando está em aspecto com Sol, Lua, Ascendente e M.C.; ou outras configurações que sejam mais determinantes no mapa natal.
NO ZODÍACO
A influência de Markab confere um espírito empreendedor, poder de resolução e mente determinada. Concede amor pelos discursos, bom julgamento, habilidades práticas e muita perícia, e reações rápidas. Provavelmente tenha habilidades precisas de corte ou uma oratória que impressiona, sabendo utilizar as situações a seu favor.
Ligada ao grau do sol indica atração por viagens, talentos artísticos e criativos e sucesso ao tratar com público. A aptidão para negócios pode proporcionar ganhos materiais, que podem vir por meio da habilidade de pensar e agir rapidamente.
Pode ter interesse em seguir uma profissão relacionada à educação superior, espiritualidade, filosofia e literatura. Porém Markat adverte contra a complacência e falta de entusiasmo, que talvez seja necessário superar. As características de irritabilidade, precipitação e ações prematuras, podem causar acidentes.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MITOLOGIA ASTRONÔMICA DE VÊNUS


Rotação: -243 dias
Translação: 224 dias e 17 horas
Diâmetro: 12012 km
Temp. Máxima: 482 C
Pressão atmosférica: - 92 bar
Luas: 0
Composição da atmosfera: Helio, Sódio e Oxigênio, dióxido de Carbono, enxofre, vapor d'água
Vênus, também conhecido por Estrela d'Alva ou Estrela do pastor, é o segundo planeta a contar do Sol e tem algumas características peculiares.
Vênus tem uma atmosfera 92 vezes mais densa que a Terra, o que equivale mergulhar mais de 900 metros de profundidade no mar. Além disso, sua atmosfera é composta principalmente de gás carbônico, o que provoca um forte efeito estufa que eleva a temperatura da superfície para 460ºC, tornando Vênus o planeta mais quente do sistema solar, mesmo estando mais afastado que Mercúrio.
A duração do dia venusiano é maior que o seu ano. Para dar uma volta ao redor do Sol, Vênus leva 224 dias e 17 horas terrestres, enquanto que para dar uma volta ao redor do seu próprio eixo demora 243 dias.
De todos os planetas do sistema solar, Vênus e Urano apresentam  movimento retrógrado, isto é, gira em sentido oposto. Em Vênus o Sol nasce no oeste e se pôe no leste.

CARACTERISTICAS  ENTRE VÊNUS E URANO

Algumas características astronômicas podem servir para que aproximemos ainda mais estes dois símbolos no plano astrológico. Por exemplo, existe um fenômeno que ocorre somente com Vênus e com Urano: ambos possuem rotação retrógrada, por conta de sua acentuada inclinação axial. Significa que, se estivéssemos em Vênus ou Urano, ao invés de ver o sol nascendo no leste e se pondo no oeste, veríamos o contrário! Não se sabe o que exatamente causou esta inclinação nos eixos desses dois planetas, ocorre é que no sistema solar somente eles giram dessa forma.
Outra característica muito interessante é o paralelo que existe entre os ciclos de Vênus e o ciclo de Urano. Para se perceber isso é necessária uma análise do grande ciclo de Vênus e do grande ciclo de Urano ao longo de séculos.Primeiro vamos entender como funciona o ciclo de Vênus:
Por estar muito próxima do Sol, mais próxima inclusive do que a própria Terra, uma translação de Vênus é um evento relativamente rápido, que se completa em apenas 240 dias. Mas quando observamos os movimentos de Vênus aqui da Terra, percebemos um ciclo maior, marcado pelas conjunções que este planeta faz periodicamente com o Sol. A cada 584 dias, vemos que Vênus, em movimento retrógrado, forma uma conjunção com o Sol, a chamada conjunção inferior. Daí que num espaço de 8 anos, aproximadamente, ocorrem 5 dessas conjunções inferiores em diferentes pontos do zodíaco, formando o desenho mostrado na seguinte animação:

Pentagrama Vênus
Vênus e a estrela de 5 pontas
Este é o pentagrama, a estrela de 5 pontas. Após 5 conjunções ocorridas em pontos distintos (A, B, C , D, E) a sexta conjunção ocorrerá novamente no ponto A, mas com uma diferença: Ela ocorrerá a 2° de longitude (aproximadamente) da conjunção anterior. Se marcarmos todas as conjunções que ocorrem ao longo dos séculos, perceberemos que este pentagrama de Vênus move-se ciclicamente, em movimento retrógrado. Significa dizer, que o “braço” A deste pentagrama após exatos 256 anos, retrogradará até o “braço” B, de forma que após 256 anos, a conjunção inferior do Braço A ocorrerá praticamente na mesma longitude (com diferença de poucos minutos) onde ocorria a conjunção do Braço B.
Por conta deste movimento, a cada exatos 251 anos veremos Vênus formando uma conjunção inferior com o Sol exatamente no mesmo grau. Pode observar nas efemérides: em 1759, a conjunção ocorre em 05° Escorpião, exatamente no mesmo ponto em que ocorreu a conjunção de 2010, no final de Outubro.
O ciclo de Urano é bem mais lento do que o de Vênus. Ele leva 84 anos para dar uma volta completa em torno do Sol. Significa que ele formará uma conjunção com o Sol, no mesmo grau, uma vez a cada 84 anos! Porém, a cada ciclo de 84 anos essa conjunção ocorre um pouquinho à frente. Se a conjunção de agora ocorrer em 00°32’ Áries, a próxima, 84 anos depois, ocorrerá em 01°42 Áries. Ao longo do tempo vai havendo um reajuste nos ciclos de Urano, de forma que depois de 251 anos, as conjunções voltam a ocorrer praticamente nos mesmos pontos, com diferença de poucos minutos. Pode olhar as efemérides de 1759 e 2010: Urano estará passando praticamente pelos mesmos graus, com diferença de poucos minutos.
Assim percebemos que a cada 251 anos, Vênus e Urano estão novamente nos mesmos locais - em relação ao Sol. Se vermos as posições heliocêntricas, elas são praticamente idênticas no que se refere a Vênus e Urano, a cada 251 anos.


NA MITOLOGIA
Gaia e UranoNo princípio havia somente o Caos, personificação do Nada, daquilo que existia antes da criação. O Caos gerou Gaia, e essa, sem cópula, gerou Urano. Gaia e Urano formaram o primeiro casal da mitologia grega, e deram origem a diversos filhos, dentre eles os Titãs. Gaia era a terra, seu ventre, o próprio Tártaro, e Urano, seu esposo e filho, o Céu. Urano detestava suas criações, e ao mesmo tempo não conseguia deixar de criar mais e mais filhos, todos odiados por ele. Seu ódio era tamanho que ele exigiu que todos permanecessem trancadas no ventre de Gaia, o Tártaro, causando a ela imensa dor e plantando nela a semente do ódio e da vingança.
Gaia então forjou uma foice especial com a qual iria castrar Urano, mas ela mesma não teria forças para tal feito, e implorou a todos os seus filhos que lhe ajudassem em seu plano. O único que atendeu ao pedido de Gaia foi Cronos (o Saturno romano). Munido da foice de Gaia, Saturno decepou a genitália do seu pai. O sangue originado da castração foi derramado sobre a terra, e deu origem a terríveis criaturas, dentre as quais a temível Medusa. O sêmem e os testículos caíram no oceano, gerando a espuma branca das ondas de onde surgiu Afrodite (a Vênus romana), personificação do Amor, imediatamente carregada por Zéfiro (a personificação do Vento) para Chipre, onde seu culto passou a ter centro. Nascida da conjunção das águas oceânicas com o sêmen do macho primordial (Urano), Afrodite é a primeira dentre as deusas do Olimpo, tendo vindo antes mesmo de Zeus e seus irmãos. É necessário, entretanto, levar em conta o fato de que este não é o único mito a tratar do nascimento de Afrodite, e que, na verdade, existiam dois cultos distintos dedicados a “diferentes Afrodites” na Grécia antiga, mas este é o mito primeiro que se apresenta. Uma outra versão aponta que Afrodite teria nascido da união entre Dione (filha de Urano com Tálassa) e Zeus.
Afrodite, a mais bela das imortais, causava muita comoção entre os deuses e despertava inveja entre as outras deusas. Punida por tramas da inveja, teve de se casar com Hefesto, o industrioso deus da Forja, a personificação que os gregos antigos deram para a tecnologia. Hefesto, que dominava o ferro e o fogo, construiu para si mesmo um palácio feito totalmente de bronze (metal de Afrodite) onde vários servos mecânicos que ele mesmo criou serviam ao casal. Hefesto não era belo (era coxo e seu rosto causava ojeriza em sua mãe Hera e estranheza em todos), mas mesmo assim ele e Afrodite se amavam imensamente. Mas o imenso amor não impedia que a deusa do amor volta e meia quisesse pular a cerca, principalmente com Ares (Marte) e com outros muitos deuses e mortais. Hefesto não possui um equivalente astrológico exato, mas pode ser associado ao signo de Aquário, e principalmente com Urano. Essa aproximação é ainda mais possível se lembrarmos que Hefesto é tanto o inventor como a aberração do Olimpo. Sendo senhor do fogo, podemos, no que queremos defender, compará-lo a Urano, para nós um planeta essencialmente do Fogo.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A MITOLOGIA ASTRONOMICA DE MARTE

Ficheiro:Mars Hubble.jpg

MARTE POSSUI DUAS CALOTAS POLARES COM ESTAÇÕES DEFINIDAS


Marte é o quarto planeta a contar do Sol e é o último dos quatro planetas telúricos no sistema solar, situando-se entre a Terra e a cintura de asteróides, a 1,5 UA do Sol (ou seja, a uma vez e meia a distância da Terra ao Sol). De noite, aparece como uma estrela vermelha, razão por que os antigos romanos lhe deram o nome de Marte, o deus da guerra. Os chineses, coreanos e japoneses chamam-lhe "Estrela de Fogo", baseando-se nos cinco elementos da filosofia tradicional oriental. Executa uma volta em torno do Sol em 687 dias terrestres (quase 2 anos terrestres)
Marte é um planeta com algumas afinidades com a Terra: tem um dia com uma duração muito próxima do dia terrestre e o mesmo número de estações.
Marte tem calotas polares que contêm água e dióxido de carbono gelados, o maior vulcão conhecido do sistema solar - o Olympus Mons, um desfiladeiro imenso, planícies, antigos leitos de rios secos, tendo sido recentemente descoberto um lago gelado. Os primeiros observadores modernos interpretaram aspectos da morfologia superficial de Marte de forma ilusória, que contribuíram para conferir ao planeta um estatuto quase mítico: primeiro foram os canais; depois as pirâmides, o rosto humano esculpido, e a região de Hellas no sul de Marte que parecia que, sazonalmente, se enchia de vegetação, o que levou a imaginar a existência de marcianos com uma civilização desenvolvida. Hoje sabemos que poderá ter existido água abundante em Marte e que formas de vida primitiva podem, de facto, ter surgido.
NA MITOLOGIA



De todos os deuses da mitologia grega, Ares (Marte) era o mais detestável, muitas vezes menosprezado por uma civilização que quanto mais avançava filosoficamente, mais se distanciava dos conflitos bélicos, comuns aos povos da antiguidade. Senhor absoluto da guerra, Ares tinha a crueldade como inspiração. Filho de Hera (Juno) e de Zeus (Júpiter), herdara da mãe a impetuosidade, a cólera e a teimosia. Para Ares a guerra representava a carnificina, o sofrimento, o derramamento do sangue, não importando os lados, longe da inteligência tática, era a verdade diante da armas, jamais da estratégia militar.
Companheiro eterno do medo, personificava a morte sem glória, à devastação sem o propósito da estratégia, não havendo merecimento na vitória, mas a força bruta como palavra final. Seus filhos representam a força destrutiva humana, sendo eles Fobos, o medo incessante; Deimos, o terror; e, Éris, a discórdia. Terror e Discórdia são seus companheiros eternos. O mais contestado pelos deuses do Olimpo, Ares tem na figura de Atena (Minerva), a sua grande rival. Ambos são deuses da guerra, mas Atena é a deusa da estratégia, da sabedoria na guerra, enquanto que Ares é apenas a destruição sem lógica.
Se na Grécia a figura de Ares é desprezada, em Roma ele é identificado com Marte, o deus da guerra justa e estratégica. A prole de Marte dará origem aos gêmeos Rômulo e Remo, fundadores da cidade eterna, o que lhe confere o estatuto de grande deus, o mais importante a ser cultuado pelos romanos. Ares e Marte, unificados em um só mito, são os que mais divergem na assimilação greco-romana.
O mito de Ares traz um deus forte, de músculos perfeitos, que vestindo armadura e elmo, empunha uma lança e um escudo; percorrendo os campos de guerra em um carro puxado por exuberantes cavalos. Mistura-se aos litigiosos, sem se ater a qualquer lado, à justiça ou às leis. Desfere golpes ao acaso, lançando um brado de terror. Quando termina, contempla a destruição absoluta. É o retrato ímpio da guerra, que transforma os campos em desertos e as cidades em ruínas. Ao contemplar o sangue derramado, Ares segue vitorioso no seu carro, desaparecendo nos céus do Olimpo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A MITOLOGIA ASTRONÔMICA DE URANO


Em astronomia, Urano é o sétimo planeta a partir do Sol, e tem o terceiro maior raio planetário e quarta maior massa planetária do Sistema Solar.
Urano foi nomeado em homenagem ao deus grego da antiguidade, o pai de Cronos (Saturno) e o avô de Zeus (Júpiter). Embora seja visível a olho nu assim como os cinco planetas clássicos, nunca foi reconhecido pelos astrônomos antigos com um planeta por causa de sua obscura e lenta órbita. ‘’Sir’’ William Herschel anunciou sua descoberta em 13 de maio de 1781, expandindo as fronteiras do Sistema Solar pela primeira vez na história moderna. Urano foi também o primeiro planeta descoberto com um telescópio.
O planeta tem uma composição similar à de Netuno e ambos os planetas são de uma composição química diferente dos maiores gigantes gasosos Júpiter e Saturno. Como tal, os astrônomos algumas vezes os colocavam em uma categoria em separado, os "gigantes de gelo". A atmosfera do planeta, embora similar a Júpiter e Saturno, é, primariamente, composta de hidrogênio e hélio, contendo mais "gelos" tais como água, amônia e metano, junto com traços de hidrocarbonetos. É a mais fria atmosfera planetária no Sistema Solar, com uma temperatura mínima de 49 K (–224 °C). Tem uma complexa estrutura de nuvens em camadas, com água que se acredita formar as nuvens mais baixas, e metano que se acredita formar as nuvens mais exteriores., ao contrário de seu interior que é formado principalmente de gelo e rochas.
Como os outros planetas gigantes, Urano tem um sistema de anéis, uma magnetosfera e vários satélites naturais. O sistema de Urano tem uma configuração única entre os outros planetas porque seu eixo de rotação é inclinado de lado, quase no plano de translação. Portanto, seus polos norte e sul estão quase onde os outros planetas têm os seus equadores . Visto da Terra, os anéis de Urano podem algumas vezes parecer circular o planeta como um alvo de arquearia e suas luas giram em torno dele como os ponteiros de um relógio, embora em 2007 e 2008 tenham aparecido anéis de lado. Em 1986, imagens da sonda Voyager 2 mostraram Urano como um planeta virtualmente sem características na luz visível sem as faixas de nuvens e tempestades associadas com outros planetas gigantes Entretanto, observações terrestres tem mostrado sinais de mudanças sazonais e aumento da atividade do tempo recentemente quando Urano se aproximou de seu equinócio. A velocidade de vento no planeta pode alcançar 250 metros por segundos (900 km/h).
URANO NA MITOLOGIA

Diz a lenda que o deus Urano, ou Coelo, primeiro rei do Universo, personificava o céu. Para Hesíodo, poeta grego que viveu provavelmente no século 7 antes de Cristo, ele era, ao mesmo tempo, filho e marido de Geia, deusa nascida imediatamente depois do Caos original e também conhecida como Titéia, Ops, Telos, Vesta e Cibele. Em seu livro Teogonia, que trata da genealogia e filiação dos deuses, diz Hesíodo que dessa união nasceram vários deuses e semideuses, cerca de quarenta e cinco, segundo alguns autores. Entre eles Oceano, Jápeto, Têmis, Cronos, os Titãs, os Ciclopes e os hecantoquiros, os de “cem mãos”, três gigantes chamados Briareu, Coto e Giges, possuidores cem braços e cinqüenta cabeças, cada um, aos quais os romanos davam o nome de Centimanos.
Preocupado com tamanha fecundidade Urano passou a enterrar os filhos recém-nascidos no corpo de Geia, e esta, inconformada, lhes pediu que a vingassem por isso, mas somente Cronos a atendeu. Orientado pela mãe, ele um dia surpreendeu o pai e o castrou no momento em que se unia à esposa, e das gotas de sangue que caíram sobre ela nasceram as Erínias e os Gigantes. Diz a lenda que os testículos decepados de Urano flutuaram no mar e formaram uma espuma branca da qual nasceu Afrodite (Venus), a deusa do amor. Depois disso, Urano continuou a deitar-se sobre a terra todas as noites, mas como não podia mais fecundá-la, encheu-se de mágoa em conseqüência da mutilação de que fora vítima e acabou morrendo, sendo sucedido por Cronos no governo do mundo. Com o ato que praticara Cronos separara o céu da Terra e permitira com isso que o mundo adquirisse uma forma ordenada.
Sobre os hecantoquiros, Urano os hostilizava e por esse motivo acabou mandando-os para as entranhas de Gaia, mas esta, enfurecida, ajudou-os a escapar e a montar a rebelião que culminaria com a castração e queda de Urano. Cronos, que subiu ao poder logo em seguida, os aprisionou no Tártaro, de onde foram depois libertados por Zeus e o ajudaram a montar uma emboscada contra os Titãs: como possuíam cem braços, atiraram tantas pedras sobre os adversários que os mesmos acharam que a montanha por onde passavam estava desabando. Depois de derrotar os Titãs, eles se estabeleceram em palácios no rio Oceanus, como guardiões das portas do Tártaro, onde Zeus havia aprisionado os Titãs.
Na Grécia clássica não havia culto dedicado a Urano, identificado em Roma com o deus Céu. Alguns autores apontam que diversos elementos da narrativa sugerem uma origem pré-grega para ele, e que a harpe (cimitarra) usada por Cronos para mutilar o pai, indica fonte oriental para a história.
Sobre a mitologia grega,  publica-se “que ela foi de grande importância e influenciou toda a cultura ocidental. Os textos mais antigos que conservam informações sobre a mitologia grega são as obras atribuídas a Homero (Ilíada e Odisséia), elaboradas aproximadamente nos séculos XI ou VIII antes da era cristã, e as obras de Hesíodo, do final do século VIII antes de Cristo. Estas obras são poemas orais que passaram de gerações a gerações, transcritos posteriormente”.
“A antiga visão de mundo dos gregos era de que a Terra (a deusa Gaia ou Géia) era uma superfície circular, plana (exceto em suas irregularidades, como as montanhas), semelhante a um prato ou disco. O céu (o deus Urano) seria a metade de uma esfera oca, colocada sobre a Terra. Entre a Terra e o céu existiriam duas regiões: a primeira, mais baixa, que vai da superfície do solo até as nuvens, seria a região do ar e das brumas. A segunda seria o ar superior e brilhante, azul, que é visto durante o dia, e que era chamado de éter. Embaixo da Terra, existiria uma região sem luz, o Tártaros. Em volta do Tártaros, existiriam três camadas da noite. A noite é considerada como uma deusa assustadora, a quem todos os deuses respeitam”.
“A Terra conteria todas as regiões secas conhecidas na época (Europa, Ásia e África). Todas elas seriam cercadas por uma espécie de rio circular, o oceano, que iria até a borda onde o céu e a Terra se encontram. O oceano é descrito como a fonte e origem de todos os rios e mares, Homero chega a descrevê-lo como a origem de todas as coisas e dos próprios deuses”

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A MITOLOGIA DA CONTELAÇÃO DE GÊMEOS

os gêmeos, tal como eram visto na Antiguidade Clássica

As duas estrelas mais brilhantes da constelação dos Gêmeos, a α e a β, são Castor e Pólux. Representam as cabeças dos gêmeos. Na mitologia grega, eram irmãos da célebre Helena de Tróia.
Sob o ponto de vista da Astronomia, é interessante saber que afinal Castor não é uma estrela, mas sim, três que se confundem, aos nossos olhos. Elas orbitam em torno umas das outras. Mas, mais interessante ainda é que cada uma dessas três estrelas, são, na realidade, sistemas binários. Assim sendo, Castor é um sistema sextuplo, que nos parece uma só estrela!
Encontram-se a cerca de 50 anos-luz de nós. Pólux, essa, está a 35 anos-luz. ,  porque não há nenhuma relação entre a α e β. O que nós vemos da Terra, é apenas a sua projecção no fundo do écran do céu.
No espaço aparente ocupado pela constelação (que no céu é atravessada pela Elíptica – a linha vermelha), há a salientar um cúmulo aberto, o M 35, uma estrela de neutrões e a Nebulosa do Esquimó (NGC 2392), uma nebulosa planetária.

nebulosa esquimó

a Nebulosa do Esquimó (NGC2392) - 1.400 a 3.600 anos-luz. Apesar da sua magnitude ser de 10,0, é muito luminosa, tendo sido descoberta por William Herschel, em 1787.

NA MITOLOGIA

Castor, soldado e famoso domador de cavalos, e Pólux, campeão de boxe, eram filhos do deus grego Zeus. Para além de serem irmãos, eram também muitíssimo amigos e audazes. Certo dia, decidiram ir para o mar com a finalidade de atacarem os piratas que assaltavam os honestos marinheiros.Os irmãos foram tão bem sucedidos na sua missão contra os piratas que a população começou a considerá-los heróis de guerra e louvaram-nos gravando as suas imagens nas proas dos barcos. No mar alto, quando havia uma tempestade, os marinheiros olhavam para os mastros e cordas para observar se existiam relâmpagos a saltar entre eles. Quando viam dois relâmpagos era sinal de que Castor e Pólux estavam a proteger o navio e que iriam sair sãos e salvos daquela tempestade. O fenómeno foi apelidado de "Fogo de Santelmo".Durante um dos combates contra os piratas, Castor foi morto. Porém, Pólux era imortal, o que o levou a uma profunda tristeza, pedindo a Zeus que o deixasse ficar com Castor no mundo dos mortos para sempre. Zeus ficou sensibilizado com este pedido que demonstrava uma profunda amizade. Assim, aceitou o pedido, mas colocou-os aos dois no céu para que a sua verdadeira amizade pudesse ser recordada por todos os habitantes da Terra.

Astrologia
Gémeos é o terceiro signo do Zodíaco, situando-se entre Touro e Caranguejo. Na Astrologia, forma com os signos Balança e Aquário a triplicidade dos signos do Ar. É também um dos quatro signos mutáveis, juntamente com Virgem, Sagitário e Peixes. Com pequenas variações nas datas, dependendo do ano, as pessoas deste signo nascem entre 21 de Maio e 20 de Junho.
Astronomia
Actualmente, o Sol não entra na constelação de Pólux e de Castor a 21 de Maio, ao contrário do que a Astrologia e a tradição descrevem, devido ao efeito de precessão, isto é, a inclinação do eixo de rotação da Terra varia ao longo de um ciclo de 26.000 anos. Apenas entra na constelação dos Gémeos a 22 de Junho, saindo a 20 de Julho. Assim, as duas estrelas brilhantes que representam os dois irmãos são ainda visíveis em fins de Maio, após o ocaso do Sol. Os melhores meses para a sua observação são Janeiro, Fevereiro e Março.
É desta constelação que parecem provir as Gemínidas, a melhor chuva de estrelas de todo o ano.
O gémeo mais próximo de Caranguejo tem uma estrela brilhante na cabeça, outras estrelas brilhantes em cada um dos ombros, uma no cotovelo direito, uma na mão direita, uma em cada joelho e em cada pé. O outro gémeo possui uma estrela na cabeça, uma no ombro esquerdo, uma em cada peito, uma no cotovelo esquerdo, uma em cada mão, uma no joelho direito, uma em cada pé e outra, denominada Propus, no pé esquerdo.

domingo, 15 de janeiro de 2012

A HISTÓRIA MITOLÓGICA DE EUROPA


Europa é uma das quatro luas do planeta Júpiter conhecidas como luas de Galileu (quatro enormes e exóticas luas com o tamanho de planetas).Europa é única por si própria, apresenta-se com uma superfície gelada muito brilhante com riscos coloridos. Pensa-se que seja um mundo oceânico coberto por uma capa de gelo que protege o mar interior da adversidade do Espaço. Devido às condições existentes em seu interior, alguns cientistas julgam que lá poderá existir vida, tal como a que existe nas profundezas dos mares da Terra. Europa, juntamente com o planeta Marte, é o astro de melhor condição ambiental extraterrestre no Sistema Solar, podendo abrigar vida, existindo também uma pequena possibilidade em Titã.
A LENDA DE EUROPA


Há muito tempo atrás, havia no reino de Tiro um rei, Agenor, cuja filha era muito bela. O nome dela era Europa, e Zeus apaixonou-se perdidamente por sua beleza.— Que linda mulher! — exclamava o deus dos deuses, cuidando, no entanto, para não ser ouvido por Hera, sua ciumenta esposa. — Tenho de possuí-la, a qualquer preço.
Movido por essa determinação, Zeus decidiu utilizar-se de seu estratagema principal, ou seja, o de se metamorfosear em algum ser ou coisa. Por alguma razão, Zeus jamais aparecia diante das suas eleitas na sua forma pessoal, preferindo assumir sempre outra aparência qualquer. Assim, depois de muito pensar, decidiu transformar-se num grande touro, branco como a neve. Completada a transformação, Zeus desceu a Terra envolto numa grande nuvem.
Em uma das praias do rei de Tiro e pai de Europa, um rebanho dócil de touros pastava num relvado próximo ao mar sem que ninguém percebesse, uma grande nuvem foi se aproximando, ate que dela desceu o grande touro, indo colocar-se em meio aos demais. Os seus novos colegas de rebanho, a princípio assustados com aquela súbita aparição, abriram um espaço assim que ele pousou sobre a grama. No entanto, como o alvo touro se mostrasse manso e dócil, teve logo sua presença admitida, sem maiores contestações.
Ali esteve misturado aos demais, contrastando em relação ao pêlo escuro dos outros touros, ate que de repente a bela Europa surgiu com suas amigas, rindo e cantando por entre as areias da praia. As suas companheiras eram belas, também, mas assim como Zeus destacava-se em seu rebanho, a filha de Agenor destacava-se em meio ao seu encantador e animado grupo. Era uma manhã luminosa, o sol brilhava sem ferir os olhos, e o céu tinha um tom manso e azulado como os olhos do touro, que observavam, atentos, a aproximação de sua amada.
— Vejam só que belo rebanho! — exclamou Europa, ao ver os bois ajuntados. — Mas o que será aquela mancha branca em meio a eles?A jovem, destacando-se do grupo, avançou correndo, levantando a barra da sua túnica rendada, que lhe descia ate um pouco abaixo dos joelhos. Quando chegou perto de Zeus, seus seios arfavam sob a fina gaze de suas vestes. Os grandes olhos azuis do touro branco pousaram sobre a face corada de Europa, de tal modo que a moça não pode deixar de observar o seu intenso brilho.— Um touro branco! — disse a moça, encantada. — E que lindos olhos ele tem!
Todas as amigas ajuntaram-se em torno ao animal, que, no entanto, tinha seus grandes olhos azuis postos somente sobre a bela filha do rei. A moça, postando-se ao lado dele, começou a alisar o pelo sedoso de seu dorso branco, enquanto admirava os seus pequenos e delicados cornos, que tinham o brilho cristalino das melhores pérolas. Embora o aspecto do animal fosse suave, a sua musculatura era rija, o que Europa pôde comprovar ao alisar o seu pescoço. Alguns espasmos musculares percorriam o pêlo do touro a cada vez que Europa o acariciava. De vez em quando o animal inclinava a cabeça, fazendo-a deslizar discretamente pelo flanco de Europa, erguendo com suavidade suas vestes. A filha de Agenor, contudo, permitia tais liberdades por julgá-las apenas um brinquedo inocente do magnífico animal.
Retirando-o do grupo, Europa levou-o para passear nas areias da praia, dando-lhe com as mãos algumas flores, que o touro comeu alegremente. Depois, ele pôs-se a correr ao redor da moça, enquanto as outras o perseguiam, fazendo-lhe festas e agrados.
Como o sol começasse a se tornar quente demais — pois era o auge do verão —, as moças, cansadas momentaneamente da brincadeira, despiram-se para dar um breve mergulho no mar. Europa, entretanto, preferiu ficar na areia, a brincar com seu touro branco. Assim, enquanto suas amigas banhavam-se, Europa colhia outras flores, compondo com elas uma bela grinalda que depositou em seguida sobre os chifres do animal. Depois, montada sobre as suas costas, foi conduzida por ele num trote manso. Enquanto o animal a levava, emitia um pequeno mugido, em sinal de orgulho e satisfação.
As amigas de Europa, entretanto, ao verem a nova diversão que a filha do rei inventara, saíram todas correndo do mar, num passo rápido que fazia balançar seus pequenos seios molhados. Zeus, porém, ao vê-las avançarem para si, temeu que fossem desalojar Europa das suas costas. Realmente, logo uma delas tocou a cabeça do touro, com a mão coberta de sal: — Vamos, Europa, deixe-nos andar um pouco! — disse a moça, impaciente.Zeus, porém, aproveitando a relutância que Europa manifestava em descer, lançou-se para a frente, num salto ágil, tomando o rumo do mar.— Ei, esperem, aonde vão?... — exclamou uma das amigas de Europa, com as mãos pousadas na cintura.
Zeus, surdo aos gritos, arremeteu em meio às mulheres que avançavam pela água, obrigando-as a se afastarem, assustadas, para todos os lados.— Socorro! — gritava Europa, estendendo-Ihes as mãos, apavorada com o Ímpeto repentino do animal. O touro, entretanto, avançava mar adentro, deixando atrás de si as mulheres pela praia, a sacudir os braços, impotentes. Imaginando que o touro enlouquecera, temeram que tanto Europa quanto o animal terminariam afogados, logo que ultrapassassem a rebentação. Surpreendentemente, porém, o touro rompeu as ondas, lançando-se num trote ainda mais ágil do que aquele que usara nas areias fofas da praia. E assim se afastou cada vez mais da praia, enquanto Europa procurava manter-se agarrada aos chifres de seu seqüestrador.
— Pare!... Para onde está me levando? — perguntava Europa enquanto o touro permanecia firme no seu galope, saltando sobre as ondas com a mesma destreza de um golfinho. Vendo, porém, que o animal parecia determinado a conduzi-la para algum lugar, Europa começou a clamar por socorro, invocando a proteção de Netuno:
— O deus dos mares, veja em que aflição me encontro! — disse a moça, recebendo em seu corpo o vento e as ondas geladas.De repente, porém, tendo já avançado imensamente pelo oceano, o touro voltou para trás a cabeça e começou a conversar com a assustada Europa.
— Nada tema, bela Europa! — disse o animal. — Eu sou Zeus e a levo comigo para a ilha de Creta, onde casaremos e você será honrada com uma ilustre descendência.
Europa, mais calma, manteve-se agarrada aos chifres de seu futuro marido. Dentro em pouco chegaram ambos a ilha que o deus dos deuses anunciara. Tão logo teve os pés postos sobre o chão outra vez, Europa viu o touro branco assumir a forma esplendorosa de Zeus. Impaciente, o deus supremo carregou-a para dentro da ilha, enquanto Europa ainda tentava ensaiar alguma reação. Das núpcias deste casal surgiriam três lindos filhos, dentre os quais Minos, futuro rei de Creta.

sábado, 14 de janeiro de 2012

A HISTORIA MITOLOGICA DE ATLAS

IMAGEM DO PLANETA TERRA TRAZENDO A LUA EM SUA ÓRBITA
Terceiro planeta a partir do Sol e quinto em tamanho dos nove que compõem o Sistema Solar.
6 586 242 500 000 000 000 000 toneladas este é o peso da Terra. Isto é: seis sextilhões, 586 quintilhões, 242 quatrilhões e 500 trilhões de toneladas. Seu volume é de 1 083 319 780 000 quilômetros cúbicos. Para saber o que isso significa, basta imaginar um trilhão e 83 bilhões e ainda 319 milhões e 780 mil cubos justapostos, um junto ao outro, e cada um deles com um quilômetro de altura e de comprimento. Muitas cidades caberiam inteirinhas dentro de cada cubo de tais dimensões, e ainda sobraria espaço.
A distância média da Terra ao Sol é de 149.503.000 km. É o único planeta conhecido  mantém vida.                                                          
                                                                  NA  MITOLOGIA
São muitos - e variados - os detalhes sobre a lenda de Atlas, ou Atlante. Segundo Hesíodo, poeta grego que viveu provavelmente no século 7 a.C. e escreveu a Teogonia, uma coletânea das lendas mais antigas sobre o nascimento e os feitos dos deuses, o titã Atlas, de tamanho maior que qualquer mortal, pertencia à geração divina dos seres desproporcionados, violentos, monstruosos, encarnação das forças selvagens da natureza nascente, dos cataclismos iniciais com que a terra se arrumava para poder receber os humanos.
Filho de Jápeto e da oceânida Climene, neto de Urano, sobrinho de Saturno e irmão de Prometeu e Epimeteu, ele lutou ao lado os Gigantes contra a rebelião dos deuses olímpicos liderada por Zeus (Júpiter), razão pela qual, após a derrota das forças que apoiava, foi condenado por sua cumplicidade a sustentar nos ombros a abóbada celeste.
            Diz-se que Atlas era o pai de Electra, Celeno, Taigete, Maia, Mérope, Asterope e Dríope, as sete Plêiades que, cansadas de serem assediadas pelo caçador Órion, pediram a Zeus que as transformasse em uma constelação; e também das Hiades, nascidas de sua união com Etra, transformadas em estrelas pela compaixão dos deuses sensibilizados pela dor que elas sentiram ao perder o irmão Hias, estraçalhado por uma leoa; e ainda, segundo algumas versões, de Egle, Erítia e Hipera, as Hespérides porque foram nascidas de Hesperis, e a Noite, que cuidavam das árvores dos pomar de ouro postas sob a guarda de Ladon, um dragão de cem cabeças.
Ocorreu que durante a realização do décimo primeiro de seus trabalhos, Hércules, ou Heracles, se aproximou de Atlas para poder pegar as maçãs douradas que nasciam da árvore no Jardim das Hésperides. O titã Prometeu o havia avisado de que o herói não deveria colher as frutas, mas deixar que isso fosse feito por outro, e assim, seguindo as instruções recebidas, Hércules suportou os pilares do céu enquanto Atlas recolhia as maçãs desejadas. Aliviado do peso descomunal que ele sustentava por castigo divino, o titã penalizado não pareceu disposto a retomar o seu posto, e disse então que ele mesmo entregaria as maçãs a Eurystheus. Mas percebendo qual era o verdadeiro intento do gigante, Hércules pediu-lhe que segurasse o céu por um momento, apenas, para que pudesse colocar um suporte sobre os ombros a fim de aliviar a pressão do enorme peso. E quando Atlas voltou a ter sobre si a imensa carga, o semideus aproveitou o momento para pegar as maçãs e ir-se embora, devolvendo a Atlas a penosa e cansativa tarefa de suportar o peso dos céus.
Outra versão sobre a lenda de Atlas diz que quando Perseu retornava para a ilha de Seriphus, levando consigo a cabeça da Medusa, percebeu que a noite se aproximava rapidamente, e como não queria ser apanhado pela escuridão em terra desconhecida, solicitou a hospitalidade de Atlas, que mantinha o jardim das maçãs de ouro das Hespérides rodeado por grande muro e guardado por uma enorme serpente. Ali não era  permitida a entrada de nenhum estranho, e tal cuidado procurava impedir a realização da profecia - “Chegará o dia, Atlas, em que sua árvore será saqueada de seu ouro, e um filho de Zeus receberá a glória por haver tomado de ti tal espólio”.
Por esse motivo ele negou-se a atender ao pedido de Perseu, ameaçando-o caso insistisse em ficar. Insultado, mas ciente de que não conseguiria enfrentar a força do titã, Perseu segurou a cabeça da Medusa diante dos olhos de Atlas, transformando-o no imenso bloco de pedra que passou a ser conhecido como Monte Atlas,  situado na hoje denominada “porta de entrada do Saara argelino”, a 750 metros de altitude e distante 400 quilômetros de Argel, capital da Argélia. Sobre essa passagem mitológica, versos dizem que "Sua barba e seus cabelos se transformaram em árvores. / Suas mãos e ombros se transformaram nos cumes das montanhas, / E o que havia sido sua cabeça era agora o topo mais alto da montanha / E todo o céu com suas incontáveis estrelas descansava sobre ele”.
Segundo outra das versões existentes, Atlas foi posteriormente libertado de seu fardo e tornou-se guardião dos Pilares de Hércules, sobre os quais os céus foram colocados, e que também eram a passagem para o lar oceânico de Atlântida (o Estreito de Gibraltar). Além de dar nome às coletâneas de cartas geográficas, o vocábulo Atlas também identifica a primeira vértebra da coluna cervical, aquela sobre a qual se apóia a cabeça, uma clara referência ao local onde a criatura mitológica sustentava o gigantesco peso a que fora condenado a suportar.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A MITOLOGIA ASTRONÔMICA DE JÚPITER



Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, tanto em diâmetro quanto em massa e o quinto mais próximo do Sol. Possui menos de um milésimo da massa solar, mas 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas em conjunto. É um planeta gasoso junto com Saturno, Urano e Neptuno. Estes quatro planetas são por vezes chamados de planetas jupiterianos ou planetas jovianos. Júpiter é um dos quatro gigantes gasosos, isto é, não é composto primariamente de matéria sólida.
Júpiter é composto principalmente de hidrogênio e hélio. O planeta também pode possuir um núcleo composto por elementos mais pesados. Por causa de sua rotação rápida, de cerca de dez horas, ele possui o formato de uma esfera oblata. Sua atmosfera é dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades onde as faixas se encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data do século XVII, com ventos de até 500 km/h e possuindo um diâmetro transversal duas vezes maior do que a Terra.
Júpiter é observável a olho nu, com uma magnitude aparente máxima de -2,8, sendo no geral o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e de Vênus. Por vezes, Marte aparenta ser mais brilhante do que Júpiter. O planeta era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos nomearam o planeta de Júpiter, um deus de sua mitologia.

NA MITOLOGIA


Zeus, (Júpiter)  (em grego: Ζεύς, transl. Zeús, na mitologia grega, é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. Além de sua herança obviamente indo-europeia, o clássico "amontoador de nuvens", como era conhecido, também tem certos traços iconográficos derivados de culturas do antigo Oriente Médio, como o cetro. Zeus frequentemente era mostrado pelos artistas gregos em uma de duas poses: ereto, inclinando-se para a frente, com um raio em sua mão direita, erguida, ou sentado, em pose majestosa.
Zeus Cronida, tempestuoso, era filho de Cronos (Saturno) e Reia, o mais novo de seus irmãos. Na maioria das tradições ele era casado com Hera - embora, no oráculo de Dodona, sua consorte seja Dione, com quem, de acordo com a Ilíada, teve uma filha, Afrodite. É conhecido por suas aventuras, que resultaram em muitos descendentes, entre deuses e herois, como Atena, Apolo e Artêmis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dioniso, Perseu, Héracles, Helena, Minos e as Musas (com Mnemósine). Com Hera teria tido Ares, Hebe e Hefesto.
Seu equivalente na mitologia romana era Júpiter, e na mitologia etrusca era Tinia. Já se especulou sobre uma possível ligação com Indra, divindade da mitologia hindu que também tem um raio como arma.
Zeus sempre foi considerado um deus dos fenômenos naturais, com raios, trovões, chuvas e tempestades atribuídas a ele. Mais tarde, ele foi associado à justiça e à lei. Havia muitas estátuas erguidas em honra de Zeus, a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Originalmente, os Jogos Olímpicos eram realizados em sua honra.
Durante muito tempo quem governou a Terra foi Urano (o Céu). Até que foi destronado por Cronos, filho de Urano e pai de Zeus. Então Urano profetizou que Cronos também seria destronado por um de seus filhos. Cronos era casado com Réia, e quando seus filhos nasciam ele os devorava. Assim aconteceu com Hera, Hades, Poseidon, Héstia e Demeter. Quando nasceu o sexto filho, Réia decidiu salvá-lo, com a ajuda de Gaia (a Terra) que desgostava Cronos porque ele aprisionou os Hecatônquiros no Tártaro, temendo seu poder, esses gigantes possuíam cem braços e cinquenta cabeças.
Gaia leva Réia para parir secretamente esse filho na Caverna de Dicte (em outras versões foi no Monte Ida) em Creta. Lá Reia dá seu filho que se chama Zeus (tesouro que reluz) aos cuidados de Gaia e das Ninfas da Floresta (em outras versões Zeus fica com os centauros), Zeus cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando ela morreu, ele usou a sua pele para fazer um escudo conhecido por Égide. Logo Réia retorna ao Palácio de Cronos, local onde Reia e seu esposo viviam e enrola em panos uma pedra e começa a fingir um parto, depois dá ao seu marido esse embrulho e ele o engole achando ser o sexto filho. Em outras versões Réia dá um potro a Cronos.
Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai. Zeus disfarçou-se de viajante, dando-lhe a Cronos uma bebida que o fez vomitar todos os filhos que tinha devorado, agora adultos. Após libertar os irmãos, iniciou a guerra Titanomaquia. Cronos procurou seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que reuniram-se no Olimpo. A guerra duraria 100 anos até que seguindo um conselho de Gaia, Zeus liberta os Hecatônquiros, então os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro, em outras versões os aprisionaram embaixo de montanhas. Então partilhou-se o universo, Zeus ficou com o céu e a Terra, Poseidon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A MITOLOGIA DE PERSEU

IMAGENS DE ESTRELAS NASCENDO NA CONSTELAÇÃO DE PERSEU


O nascimento de uma estrela  na constelação de Perseus, a uma distância de mil anos-luz da Terra. Foto: NASA/JPL/Divulgação

Quando se olha para um céu estrelado, é difícil acreditar que aqueles astros se originaram há milhões e bilhões de anos a partir de nuvens escuras de poeira cósmica e que, um dia, eles simplesmente morrerão - ou até já podem ter morrido. É isso que nos conta a professora Thais Idiart, do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, . "As melhores condições para se formar estrelas são encontradas nas chamadas nuvens escuras, que podem ser de gás, de poeira ou moleculares". O tamanho dessas nuvens é da ordem de centenas de anos-luz - o que significa alguns bilhões de quilômetros - e a temperatura no interior delas equivale a aproximadamente -260ºC. É a partir delas que se originam não apenas uma, mas várias estrelas. "Elas quase sempre se formam em grupos, raramente isoladas". 
O processo de formação desses astros pode levar algumas dezenas de milhões de anos. "O primeiro estágio se dá quando uma massa grande da nuvem começa a se contrair. Devido a instabilidades gravitacionais, ela pode se fragmentar em pedaços menores que, por sua vez, também podem colapsar e continuar a se dividir, formando, eventualmente, dezenas ou centenas de estrelas", explica a professora. À medida que começam a se contrair, esses fragmentos iniciam uma fase de aquecimento e passam a ser denominados proto-estrelas. "Quando a temperatura no centro deles alcança um valor alto suficiente para começar a reação de fusão nuclear, a contração para e a estrela nasce"
A  MITOLOGIA
Perseu era filho de uma mortal, Danae, e do grande deus Zeus, rei do Olimpo. O pai de Danae, o rei Acrísio, havia sido informado por um oráculo de que um dia seria morto por seu neto e, aterrorizado, aprisionou a filha e afastou todos os seus pretendentes. Mas Zeus era deus e desejava Danae: entrou na prisão disfarçado em chuva de ouro, e o resultado dessa união foi Perseu. Ao descobrir que, apesar de suas precauções, tinha um neto, Acrísio fechou Danae e o bebê numa arca de madeira e os lançou ao mar, na esperança de que se afogassem. 
Mas Zeus enviou ventos favoráveis, que sopraram mãe e filho pelo mar e os levaram suavemente à costa. A arca parou numa ilha, onde foi encontrada por um pescador. O rei que comandava a ilha recolheu Danae e Perseu e lhes deu abrigo. Perseu cresceu forte e corajoso e, quando sua mãe se afligiu com as indesejadas investidas amorosas do rei, o jovem aceitou o desafio que este lhe fez: o de lhe levar a cabeça da Medusa, uma das Górgonas. Perseu aceitou essa missão perigosa não porque ambicionasse alguma glória pessoal, mas porque amava a mãe e estava disposto a arriscar a vida para protegê-la. 
A Górgona Medusa era tão hedionda que quem olhasse seu rosto transformava-se em pedra. Perseu precisaria da ajuda dos deuses para vencê-la, e Zeus, seu pai, certificou-se de que essa assistência lhe fosse oferecida: Hades, o rei do mundo subterrâneo, emprestou-lhe um capacete que tornava invisível quem o usasse; Hermes, o Mensageiro Divino, deu-lhe sandálias aladas; e Atena lhe deu uma espada e um escudo. Perseu pôde fitar o reflexo da Medusa e, assim, decepou-lhe a cabeça, sem olhar diretamente para seu rosto medonho. 
Com a cabeça monstruosa seguramente escondida num saco, o herói voltou para casa. Na viagem, avistou uma bela donzela acorrentada a um rochedo à beira-mar, à espera da morte pelas mãos de um assustador monstro marinho. Perseu soube que ela se chamava Andrômeda e estava sendo sacrificada ao monstro porque sua mãe havia ofendido os deuses. Comovido por sua aflição e sua beleza, o herói apaixonou-se por ela e a libertou, transformando o monstro marinho em pedra com a cabeça da Medusa. Em seguida, levou Andrômeda para conhecer sua mãe, que, na ausência dele, tinha sido tão atormentada pelas investidas do rei depravado que, desesperada, tinha ido se refugiar no templo de Atena. 
Mais uma vez, Perseu ergueu bem alto a cabeça da Medusa e transformou em pedra os inimigos da mãe. Depois, entregou a cabeça a Atena, que a incrustou em seu escudo, onde ela se tornou o emblema da deusa para sempre. Perseu também devolveu os outros presentes aos deuses que os haviam oferecido. Daí em diante, ele e Andrômeda viveram em paz e harmonia e tiveram muitos filhos. Sua única tristeza foi que, um dia, ao participar dos jogos atléticos, ele arremessou um disco que foi levado a uma distância excepcional por uma rajada de vento. O disco atingiu e matou acidentalmente um velho. Tratava-se de Acrísio, o avô de Perseu, e com isso, finalmente, cumpriu-se oráculo do qual um dia o velho tentara se livrar. 
Mas Perseu não tinha um espírito rancoroso ou vingativo e, por causa dessa morte acidental, não quis governar o reino que era seu por direito. Em vez disso, trocou de reino com seu vizinho, o rei de Argos, e construiu para si uma poderosa cidade, Mecenas, onde viveu uma longa vida com sua família, com amor e honradez.