terça-feira, 31 de maio de 2011

                      O PLANETA MERCÚRIO




Mercúrio é um dos quatro planetas telúricos do Sistema Solar e seu corpo rochoso como a Terra. É o menor planeta do sistema solar, com um raio equatorial de 2 439,7 km. Mercúrio é até menor que os dois maiores satélites naturais do sistema solar, as luas Ganimede e Titã, embora seja mais massivo. O planeta é formado de aproximadamente 70% de material Mercúrio
metálico e 30% de silicatos. Sua densidade é a segunda maior do sistema solar, de 5,427 g/cm³, um pouco menor apenas do que a terrestre, de 5,515 g/cm³. Se o efeito da compressão gravitacional fosse ponderado, os materiais constituintes de Mercúrio seriam mais densos, com uma densidade não-comprimida de 5,3 g/cm³, contra a terrestre de 4,4 g/cm³.
A densidade de Mercúrio pode ser utilizada para inferir detalhes de sua estrutura interna. Enquanto a alta densidade terrestre resulta da apreciável compressão gravitacional, particularmente no núcleo planetário, Mercúrio é muito menor e suas regiões internas não são tão fortemente comprimidas. Portanto, para ter a densidade que apresenta, seu núcleo deve ser relativamente maior e rico em ferro.

Representação da estrutura interna de Mercúrio:
1. Crosta—100–300 km de espessura
2. Manto—600 km de espessura
3. Núcleo—1,800 km de raio.
Os geólogos estimam que o núcleo de Mercúrio ocupe aproximadamente 42% de seu volume, enquanto na Terra a proporção é de 17%. Pesquisas recentes sugerem que seu núcleo seja fundido. O núcleo é cercado por um manto com 500–700 km de espessura constituído de silicatos. Baseado nos dados da missão da Mariner 10 e de observações terrestres, acredita-se que a crosta do planeta tenha entre 100 e 300 km de espessura. Um dos detalhes característicos da superfície do planeta é a presença de numerosas cristas estreitas, que podem se estender por centenas de quilômetros. Acredita-se que essas estruturas foram formadas quando o núcleo e manto se resfriaram e contraíram numa época em que a crosta já estava solidificada.
O núcleo de Mercúrio tem um teor de ferro maior que qualquer outro planeta no Sistema Solar, e várias teorias foram propostas para explicar esta característica. A mais amplamente aceita sugere que Mercúrio tinha originalmente uma razão metal/silicato similar a meteoros condritos, considerados como matéria-prima do Sistema Solar, e uma massa aproximadamente 2,25 vezes a atual. Entretanto, no início da história do Sistema Solar, o planeta pode ter sido atingido por um planetesimal de aproximadamente um sexto de sua massa e várias centenas de quilômetros. Este impacto pode ter removido grande parte da crosta e manto original, deixando o núcleo como o componente majoritário. Um processo similar foi sugerido para explicar a formação da Lua (ver Big Splash).
Outra teoria sugere que Mercúrio tenha sido formado da nebulosa solar antes que a energia solar tenha se estabilizado. O planeta teria inicialmente duas vezes a massa atual, mas à medida que o proto-Sol se contraiu, as temperaturas perto de Mercúrio poderiam estar entre 2 500 e 3 500 K, e possivelmente até superiores a 10 000 K. Grande parte da superfície rochosa do planeta teria se vaporizado a tais temperaturas, formando uma atmosfera de "vapor de rocha" que teria sido levada pelo vento solar.
Uma terceira hipótese sugere que a nebulosa solar provocou o arrasto das partículas a partir das quais Mercúrio vinha acretando, o que significa que as partículas leves foram perdidas do material acretante. Cada uma destas hipóteses conduz a uma composição diferente da superfície e duas missões espaciais, MESSENGER e BepiColombo, têm como objetivo fazer observações para verificar sua constituição.


Geologia da superfície


Primeira imagem de alta resolução de Mercúrio enviada pela sonda MESSENGER.
A aparência da superfície do planeta é bem similar à da Lua, com extensos mares planos e grandes crateras, indicando que a atividade geológica está inativa há bilhões de anos. Uma vez que o conhecimento obtido da geologia de Mercúrio está baseado nas observações da sonda Mariner em 1975 e de observações terrestres, é o planeta telúrico menos compreendido. À medida que os dados da missão MESSENGER sejam processados este conhecimento aumentará. Como exemplo, foi descoberta uma cratera incomum com calhas radiantes, a qual os cientistas batizaram de "a aranha"Albedos se referem a áreas de refletividade marcadamente diferentes, como visto por observação telescópica. Mercúrio possui Dorsas (também chamadas de "cristas enrugadas"), terras altas, Montes (montanhas), planícies ou planos, Escarpas e Vallis (Vales).
Mercúrio foi intensamente bombardeado por cometas e asteroides durante e logo depois da sua formação há 4,6 bilhões de anos, como também durante um possível episódio subsequente denominado "Intenso bombardeio tardio", que se encerrou há 3,8 bilhões de anos. Durante esse período de intensa formação de crateras, o planeta recebeu impactos sobre toda a sua superfície, o que foi facilitado pela ausência de qualquer atmosfera que diminuísse os impactos. Durante esse período o planeta teve atividade vulcânica e bacias como a Caloris foram preenchidas por magma do interior planetário, que produziram planícies suaves similares aos mares lunares.
Dados do sobrevoo da MESSENGER de outubro de 2008 forneceram aos pesquisadores uma melhor avaliação da natureza confusa da superfície mercuriana. Sua superfície é mais heterogênea que a marciana ou lunar, as quais contêm falhas significativas de geologia similar, como os mares e platôs.

Bacias de impacto e crateras


A Bacia Caloris de mercúrio é uma das maiores características de impacto do sistema solar.
As crateras de impacto em Mercúrio variam de um diâmetro menor que uma bola a bacias de impacto com multi-anéis de centenas de quilômetros de tamanho. Elas aparecem em todos os estados de degradação, de relativamente novas a altamente degradadas crateras remanescentes. Crateras mercurianas diferem sutilmente das lunares em função da ação de uma força gravitacional mais forte.
A maior cratera conhecida é a Bacia Caloris, que possui um diâmetro de 1 550 km. O impacto que criou a bacia Caloris foi tão forte que causou erupções de lava e deixou um anel concêntrico com mais de 2 km de altura em volta do local do impacto. Na antípoda da bacia Caloris existe uma grande região conhecida como "Terreno Esquisito". Uma das hipóteses de sua origem seria que as ondas de choque geradas pelo impacto na bacia Caloris viajaram em torno do planeta, convergindo na antípoda da bacia. O resultado foi uma superfície altamente fraturada por estresse. Outra teoria sugere que o terreno foi formado com um resultado da convergência da ejecta nesta antípoda da bacia.
Ao todo, aproximadamente 15 bacias de impacto foram identificadas na área mapeada de Mercúrio. Uma bacia notável é a Bacia Tolstoj, com 400 km de tamanho e multi-anéis, que teve material ejetado cobrindo uma extensão de mais de 500 km da sua borda e um piso que foi preenchido por materiais de planícies suaves. A bacia Beethoven tem um tamanho similar de material ejetado e uma borda de 625 km de diâmetro. Assim como a Lua, a superfície de Mercúrio sofreu os efeitos de processos de erosão espacial, incluindo o vento solar e impactos de micrometeoritos.

Planícies


A região chamada de "Terreno Esquisito" foi formada pelo impacto na bacia Caloris no ponto antipodal.
Existem duas regiões planas geologicamente distintas em Mercúrio. Planícies suavemente onduladas nas regiões entre as crateras de Mercúrio são as mais antigas superfícies visíveis, anteriores aos terrenos com muitas crateras. Essas planícies inter-crateras são distribuídas uniformemente por toda a superfície do planeta e parecem ter obliterado muitas crateras anteriores, e mostram uma escassez geral de crateras menores de 30 km de diâmetro. Ainda não está claro se estas são de origem vulcânica ou originadas de impactos.
Planícies suaves são áreas achatadas espalhadas que preenchem depressões de vários tamanhos e têm uma forte semelhança com os mares lunares. Notavelmente, elas preenchem um largo anel em torno da bacia Caloris. Ao contrário dos mares lunares, as planícies suaves de Mercúrio têm o mesmo albedo que as mais antigas inter-crateras. Apesar da ausência de características vulcânicas inequívocas, a localização e formato redondo destas planícies suportam fortemente sua origem vulcânica. Todas essas planícies suaves foram formadas significativamente depois da bacia Caloris, como evidenciado pela menor densidade de crateras onde houve ejeção de material de Caloris. O piso da bacia Caloris é preenchido por uma planície geologicamente distinta, quebrada por rugas e fraturas em um padrão aproximadamente poligonal. Não está claro se são lavas vulcânicas induzidas pelo impacto, ou um grande lençol derretido pelo impacto.
Uma característica típica da superfície do planeta são as numerosas dobras de compressão, ou Rupes, que cruzam as planícies. À medida que o interior do planeta se resfriou, pode ter se contraído e sua superfície começou a se deformar, criando estas formações. As dobras podem ser vistas no topo de outras formações, tais como crateras e planícies, indicando que as dobras são mais recentes. A superfície planetária sofre significativo efeito de marés provocado pelo Sol, que é 17 vezes mais forte que o efeito da Lua sobre a Terra.

Superfície e exosfera


Imagem de radar do polo norte de Mercúrio.
A temperatura média da superfície de Mercúrio é de 169,35 °C (442,5 K) , mas varia numa faixa de -173,15 °C (100 K) a 426,85 °C (700 K)  devido à ausência de atmosfera e um abrupto gradiente de temperatura entre o equador e os polos. O ponto subsolar alcança aproximadamente 700 K durante o periélio e então cai para 550 K durante o afélio. No lado escuro do planeta, a temperatura média é de 110 K (-163,15 °C). A intensidade da luz solar na superfície varia entre 4,59 e 10,61 vezes a constante solar (1 370 W·m−2).
Apesar das temperaturas geralmente extremas em sua superfície, as observações feitas sugerem fortemente a presença de gelo no planeta. Os pisos de crateras profundas no solo nunca são expostos diretamente à luz solar, e a temperatura ali permanece abaixo de 102 K, bem abaixo da temperatura média global O gelo reflete com grande intensidade o radar, e observações doObservatório Goldstone e do VLA no início da década de 1990 revelaram a presença de áreas com grande reflexão do radar perto dos polos. Embora o gelo não seja a única causa possível dessas regiões reflexivas, os astrônomos acreditam que seja a mais provável.
Acredita-se que as regiões tenham aproximadamente 1014 a 1015 kg de gelo, e podem estar cobertas de uma camada de regolitos que inibe a sublimação. Em comparação, a camada de gelo sobre a Antártica tem uma massa de aproximadamente 4×1018 kg e a calota polar do sul de Marte tem 1016 kg de água. A origem do gelo em Mercúrio ainda não é conhecida, mas as duas fontes mais prováveis são degaseificação do interior do planeta ou a deposição de gelo pelo impacto de cometas.

Comparação do tamanho dos planetas telúricos, da esquerda para a direita: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
Mercúrio é muito pequeno para sua gravidade reter qualquer atmosfera significativa por um longo período de tempo, entretanto possui uma "tênue exosfera na superfície" contendo hidrogênio,hélio, oxigênio, sódio, cálcio e potássio. Essa exosfera não é estável — átomos são continuamente perdidos e repostos de várias fontes. O hidrogênio e o hélio provavelmente provêm do vento solar, difundido na magnetosfera mercuriana antes de escapar de volta para o espaço. O decaimento radioativo de elementos do interior da crosta é outra fonte de hélio, assim como de sódio e potássio. A sonda MESSENGER encontrou altas proporções de cálcio, hélio, hidróxidos,magnésio, oxigênio, silício e sódio na exosfera. O vapor de água presente provém de uma combinação de processos tais como cometas atingindo a superfície, pulverização catódica através do hidrogênio do vento solar e oxigênio do solo e sublimação de reservatórios de gelo na sombra permanente das crateras polares. A detecção de grandes quantidades dos íons O+, OH-, e H2O+ foi uma surpresa, por causa da quantidade que foi detectada no ambiente espacial de Mercúrio. Os cientistas supõem que essas moléculas foram arrancadas da superfície do planeta ou exosfera pelo vento solar.
O sódio e o potássio foram descobertos na atmosfera durante as década de 1980 e 1990 e acredita-se que sejam primariamente o resultado da vaporização da superfície da rocha pelo impacto de micrometeoritos. Devido à capacidade destes elementos em difundir a luz solar, observações terrestres puderam facilmente detectar sua composição na atmosfera. Estudos indicam que às vezes emissões de sódio são localizadas em locais que correspondem ao dipolo magnético do planeta, indicando a interação entre a magnetosfera e a superfície do planeta.



sábado, 28 de maio de 2011

                  NEBULOSA CABEÇA DE BRUXA

IC 2118 (também conhecida como Nebulosa Cabeça de Bruxa, devido à sua forma), é uma nebulosa  extremamente fraca. Acredita-se que um resíduo de supernova antiga ou nuvem de gás iluminada por estrelas próximas a supergigante Rigel da constelação de Órion. Fica na constelação Eridanus, cerca de 900 anos-luz da Terra. A natureza das partículas de poeira, refletindo a luz azul melhor do que o vermelho, é um fator em dar o Cabeça de Bruxa sua cor azul. Observações mostram que a emissão de monóxido de carbono em toda parte substancial desta nebulosa é um indicador da presença de nuvens moleculares e a formação de estrelas na nebulosa.

Nebulosa Cabeça da Bruxa ou IC 2118
Este é o caso aqui Rigel que inunda a poeira de luz de radiação da cabeça da bruxa.
As estrelas da nebulosa de reflexão não são quentes o suficiente para ionizar o gás que compõe, em contraste com nebulosas de emissão.
A distinção entre estes dois tipos de nebulosas foi feita por Edwin Hubble em 1922.
Rigel é a estrela mais brilhante sétimo lugar no céu e encontra-se entre 650 e 950 anos-luz do sol.
A estimativa da magnitude absoluta de -6,7 é Rigel é uma supergigante azul, 55.000 vezes mais brilhante que o sol.

Com um diâmetro de cerca de 116.000 mil quilômetros, é 84 vezes maior do que o Sol.
Como muitos supergigantes, brilho Rigel varia de 3 a 30%, de forma irregular ao longo de um período de 25 dias em média.
Essa variabilidade pode ser explicada pela pulsações da superfície da estrela.
A Nebulosa Cabeça de Bruxa 2118 ou IC.
Rigel, o centro da estrela da foto, é a sétima estrela mais brilhante no céu e encontra-se entre 650 e 950 anos-luz do sol.
Credit & Copyright: Rogelio Bernal Andreo
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

               NEBULOSA CABEÇA DE CAVALO

nebulosa Cabeça de Cavalo (ou Barnard 33) é uma nebulosa escura na constelação deOrion. 
A nebulosa está localizada logo abaixo de Zeta Orionis, a estrela que faz parte do cinturão de Órion. Está a aproxidamente 1500 anos-luz da Terra. É uma das nebulosas mais identificáveis devido à forma de sua nuvem escura de poeira e gases, que é semelhante à de uma cabeça de cavalo. Foi observada pela primeira vez em 1888 por Williamina Fleming na chapa fotográfica B2312 do observatório da Universidade de Harvard.
O brilho vermelho se origina do hidrogênio, gás que predomina por trás da nebulosa, ionizado pela próxima estrela brilhante Sigma Orionis. A escuridão da Cabeça de Cavalo é causado principalmente por uma poeira espessa. Tem cerca de 16 anos-luz de extensão e uma massa total de 300 massas solares.
               O QUE SÃO NEBULOSAS
Nebulosas são nuvens de poeira, hidrogênio e plasma. São chamadas de ''berçarios estelares'', por serem onde as estrelas nascem por um processo conhecido como contração gravitacional. Existem quatro tipos: Nebulosas de reflexão são aquelas formadas por átomos de hidrogênio neutro, que brilham apenas por reflexão da luz de estrelas próximas. Nebulosas de emissão que são aquelas formadas por hidrogênio ionizado, brilham por emissão de seu gás ionizado pela radiação ultravioleta. Nebulosas escuras ou moleculares são as mais propícias para a formação estelar por serem mais frias e densas. A maioria das nebulosas são vistas juntas e chamadas nebulosas difusas.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Imagem mostra tempestade em Saturno


  A atmosfera do planeta Saturno normalmente parece plácida e calma, mas uma vez a cada ano de Saturno (cerca de 30 anos da Terra), conforme a primavera chega ao hemisfério Norte do planeta gigante, há um movimento profundo que leva a um dramático distúrbio.

A última dessas tempestades foi primeiro detectada por rádio e por ondas de plasma pela sonda Cassini, em órbita ao redor do planeta e também rastreada por astrônomos amadores em dezembro de 2010.
Esta é apenas a sexta dessas enormes tempestades observadas desde 1876 e a primeira a ser estudada com infravermelho — para ver as variações de temperatura da tempestade — e a primeira a ser observada por uma sonda em órbita.
— Este distúrbio no hemisfério Norte de Saturno criou uma gigantesca e violenta erupção de nuvem luminosa que se espalhou e cercou todo o planeta — explica o autor do estudo Leigh Fletcher, da Universidade de Oxford.
A tempestade pode ter começado no fundo das nuvens de água, onde um fenômeno semelhante ao de uma tempestade levou a criação de uma nuvem gigante: assim como o ar quente sobe em uma sala aquecida, essa massa de gás foi para cima e explodiu na atmosfera de Saturno. Estes distúrbios interagiram com os ventos em movimento leste e oeste e causaram mudanças dramáticas de temperatura no alto da atmosfera.
— Nossa observação mostra que a tempestade teve mais efeito na atmosfera, transportando energia por grandes distâncias, modificando os ventos atmosféricos e mexendo com a evolução sazonal lenta de Saturno — diz Glenn Orton, outro membro da equipe, do Laboratório Jet Propulsion, em Pasadena, EUA.

Endeavour se acopla à Estação Espacial Internacional


O ônibus espacial  Endeavour, com seis astronautas a bordo,e se acoplou à Estação Espacial Internacional (ISS) nesta quarta-feira, em sua última missão antes da aposentadoria. O acoplamento aconteceu às 10H14 GMT (7H14 de Brasília), segundo a Nasa, que exibiu ao vivo as manobras em seu canal de televisão.

A abertura da escotilha que une as duas naves aconteceu às 11H38 GMT (8H38 de Brasília), uma hora antes do previsto. "A tripulação de 12 membros - seis do Endeavour e seis da ISS - estará junta até 23 de maio, quando os membros da ISS Dmitry Kondratyev, Cady Coleman e Paolo Nespoli desacoplarão o Endeavour e retornarão para a Terra",informou a NASA.

O Endeavour decolou na segunda-feira do Centro Espacial Kennedy, para uma missão de 16 dias. Este é o último voo do Endeavour antes da aposentadoria. O programa dos ônibus espaciais será concluído em 2010, após o último voo do Atlantis, previsto para meados de julho.

A FORMAÇÃO DO UNIVERSO APÓS O BIG BANG





Trezentos mil anos após o Big-Bang a luz surgiu, em meio a uma mistura negra de gases 
primordiais e imersa em um oceano de matéria invisível. Centenas de milhares de anos depois, o Universo foi lentamente mergulhando em trevas, uma fase desconhecida da formação do Universo conhecida como “Idade das Trevas” que durou quase meio bilhão de anos. Então em meio às camadas de gás (hidrogênio, hélio e pequena quantidade de lítio) houve um acúmulo desses gases em nuvens difusas até que, à medida que se esfriavam, passaram a se concentrar no centro de cada nuvem em aglomerados do tamanho do nosso Sol. Atraindo cada vez mais gás circundante, cada aglomerado transformou-se em um gigante astro, cerca de 100 vezes maior que o nosso Sol, e a intensa compressão de seus núcleos desencadeou as reações de fusão nuclear do hidrogênio que deram origem às primeiras estrelas do Universo. Com uma vida breve de cerca de alguns milhões de anos, elas se extinguiram em explosões (supernovas), lançando no Universo elementos mais pesados, como o oxigênio e o carbono, sementes de futuras estrelas e planetas. Dessa forma, 2 bilhões de anos depois do Big-Bang já tínhamos as primeiras galáxias, com seus buracos negros e quasares, e, 4 bilhões de anos depois, as estrelas em seus vários tipos: supernovas, gigantes vermelhas, gigantes azuis e anãs marrons. Estima-se que em aproximadamente 100 trilhões de anos cintilará a última estrela formada de maneira convencional e uma nova era terá início. Existem duas maneiras possíveis para a formação dos astros. Na primeira, a nuvem de gás e pó interestelares inicia a sua contração quando o campo magnético que a percorre começa a se reduzir, em virtude de sua difusão para fora dos limites da mesma. A força magnética, assim reduzida, pode chegar a um ponto em que se torna demasiadamente débil para conseguir se opor à força da gravidade da nuvem, a qual, ao contrário, cresce com o aumento da densidade durante o colapso. A este tipo de formação estelar dá-se o nome de espontânea, em oposição ao nascimento de estrelas “induzido” por acontecimentos exteriores como, por exemplo, os ventos solares, a pressão da radiação, ou ainda, as ondas de choque. Em resumo, o nosso Sistema Solar pode ter nascido de um disco protoplanetário, devido à ação do vento estelar ou da explosão de uma estrela maciça próxima. Ou pode ser que a herança preservada no interior dos meteoritos primitivos nos tenha sido legada por uma família inteira de estrelas maciças que terminaram a sua vida numa espécie de fogos de artifício cósmicos de supernovas. Em tais condições, não existe nenhum rastro que nos permita identificar de onde, nem como, terá surgido o Sistema Solar. Será que novamente deixaremos ao acaso o motivo de toda essa ordenação obtida após o tumulto. Não será possível que haja uma Consciência Cósmica diretora desses fatos? A palavra ordenação implica a existência de “ordem”. Ordem faz pressupor a existência de Algo ou Alguém que ordene. Algo ou Alguém ordena e a criação se faz. Durante os seus primeiros 100 milhões de anos, o gás e a poeira que giravam no disco protoplanetário ao redor do Sol foram se aglomerando, até que há cerca de 4,6 bilhões de anos começou a história de nosso planeta. Em geral, planetas como a Terra são formados durante dezenas de milhões de anos, mas recentemente pesquisadores da Espanha, Alemanha e EUA fotografaram pela primeira vez 18 corpos celestes na constelação de Órion que parecem ser planetas “flutuantes”, pois não orbitam nenhuma estrela. Esses astros detectados teriam sido formados num curto espaço de tempo (a constelação tem “apenas” 5 milhões de anos), graças ao colapso gravitacional de partes de uma nuvem molecular, também composta por gases e poeira. Atualmente eles são bolas gigantes de gás, com massa entre 8 e 15 vezes maior que a de Júpiter. Contudo, esses “aglomerados” não ficaram grandes o suficiente para iniciarem as reações de fusão nuclear típicas de estrelas (queima de hidrogênio) ou de anãs marrons (estrelas pequenas que queimam deutério, um dos isótopos mais frágeis do hidrogênio). Por definição, um planeta tem até 13 Mj (Massa de Júpiter), e uma anã marrom, entre 13 e 75 Mj. Acima de 75 Mj, há energia suficiente para o início da fusão nuclear, a fornalha que alimenta as estrelas e as faz emitir uma luz mais intensa. No núcleo dessas estrelas, os prótons colidem entre si e um deles se transforma em nêutron convertendo o átomo de hidrogênio em hélio e liberando um fóton. Na migração para a superfície o fóton de luz vai colidindo com os átomos de hidrogênio e hélio, gerando calor, e empurrando-os para fora contra a força gravitacional da estrela que os puxa para o centro. Estima-se que cada fóton, produzido no nosso Sol, demore 1 milhão de anos para sair dele

quarta-feira, 25 de maio de 2011

CONHECENDO O NOSSO SISTEMA SOLAR

O Sistema Solar
É constituído pelo Sol e por um conjunto de objetos astronômicos que se ligam ao Sol através da gravidade. Acredita-se que esses corpos tenham sido formados por meio de um colapso de uma nuvem molecular gigante há 4,6 bilhões de anos atrás. Entre os muitos corpos que orbitam ao redor do Sol, a maior parte da massa está contida dentro de oito planetas relativamente solitários, cujas órbitas são quase circulares e se encontram dentro de um disco quase plano, denominado de "plano da eclíptica". Os quatro menores planetas (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são conhecidos como planetas telúricos ou sólidos, encontram-se mais próximos do Sol e são compostos principalmente de metais e rochas. Os quatro maiores planetas (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) encontram-se mais distantes do Sol e concentram mais massa do que os planetas telúricos, sendo também chamados de planetas gasosos. Os dois maiores, Júpiter e Saturno, são compostos em sua maior parte de hidrogênio e hélio. Urano e Netuno, conhecidos também como "planetas ultraperiféricos", são cobertos de gelo, sendo às vezes referidos como "gigantes de gelo", apresentando também em suas composições água, amônia,metano, etc.
O Sistema Solar também é o lar de outras duas regiões povoadas por objetos menores. O cinturão de asteroides está situado entre Marte e Júpiter e sua composição se assemelha à dos planetas sólidos. Além da órbita de Netuno, encontram-se os
"objetos transnetunianos"

Com uma composição semelhante a dos planetas gasosos. Dentro destas duas regiões, existem outros cinco corpos individuais. São eles:Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, denominados de planetas anões. Além de milhares de corpos pequenos nestas duas regiões, vários outras populações de pequenos corpos que viajam livremente entre as regiões, como cometas, centauros.O vento solar, fluxo de plasma do Sol, é responsável por criar uma bolha no meio interestelar conhecida como heliosfera, que se estende até a borda do disco disperso. A hipotética nuvem de Oort, que atua como fonte de cometas durante um longo período, pode estar a uma distância de aproximadamente dez mil vezes maior do que a heliosfera.Seis dos planetas e três planetas anões são orbitados por satélites naturais, normalmente conhecidos como "luas", depois da Lua da Terra. Os planetas gasosos são cercados por anéis planetários compostos de poeira e outras partículas.