segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A PROCURA DE PLANETAS FORA DO NOSSO SISTEMA SOLAR




Os tênues sinais descobertos pelo HARPS não passariam de 'simples ruído' se fossem observados pela maior parte do espectrógrafos atualmente disponíveis."
Michel Mayor, Observatório de Genebra, co-descobridor do primeiro planeta extrasolar em torno de uma estrela de sequência principal.
A procura de planetas exteriores ao nosso Sistema Solar constitui um elemento chave da questão que é, possivelmente, a mais profunda para a Humanidade: existirá vida noutros locais do Universo?
Os observatórios do ESO estão equipados com todo um arsenal de instrumentos únicos capazes de detectar, estudar e monitorizar estes chamados 'exoplanetas'.
Usando o VLT, os astró(ô)nomos conseguiram pela primeira vez observar o té(ê)nue brilho de um planeta fora do nosso Sistema Solar, tirando a primeira fotografia da história de um planeta extrasolar. Este novo mundo é um gigante gasoso, com cerca de cinco vezes a massa de Júpiter. Essa observação é um passo de gigante na direção de um dos objetivos mais importantes da astronomia moderna: caracterizar a estrutura física e a composição química dos planetas gigantes e, eventualmente, de planetas semelhantes à Terra. Veja a Nota de Imprensa do ESO eso0507.
Com o instrumento HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Searcher) os astró(ô)nomos descobriram nada mais nada menos do que quatro planetas com massa inferior à de Neptuno, em órbita de uma estrela próxima. Entre estes planetas, inclui-se um com 2 massas terrestres - o menor planeta descoberto até agora - e outro com 7 vezes a massa da Terra, que reside na zona de habitabilidade da estrela que orbita. Este planeta orbita a sua estrela em 66 dias e os astró(ô)nomos têm evidências para acreditar que está coberto de água – um mundo de água. Esta descoberta ficará como um marco pioneiro na procura de planetas que podem albergar vida. Veja a Nota de Imprensa do ESO eso0915.
Outro telescópio em La Silla, usando uma técnica inovadora conhecida como microlente gravitacional, trabalhou em conjunto com outros telescópios espalhados pelo mundo inteiro. Desta colaboração surgiu a descoberta de um novo planeta extrasolar, muito mais parecido com a Terra do que qualquer outro descoberto até ao momento. O planeta, que tem apenas cinco vezes mais massa do que a Terra, orbita a sua estrela em cerca de 10 anos e tem claramente uma superfície de rocha e gelo. Veja a Nota de Imprensa do ESO eso0603.

domingo, 30 de agosto de 2015

ABELL 1033: CHANDRA OBSERVA NUVENS ENERGIZADAS RENASCIDOS EM COLISÃO GALÁTICA


A "Phoenix rádio" foi descoberto usando raios-X, rádio e dados ópticos.
Este sistema contém a colisão de dois aglomerados de galáxias localizados cerca de 1,6 bilhões de anos luz da Terra.
A colisão ré-energizada faz uma regeneração de vastas nuvens de partículas de alta energia que irradiam principalmente em frequências de rádio.
Entender como estes aglomerados de galáxias crescem ao longo do tempo, incluindo através de colisões, é muito importante para a cosmologia.
Astrônomos descobriram evidências de uma nuvem de elétrons desbotada que quer "voltar à vida", muito parecido com o mítico pássaro Phoenix, depois que dois aglomerados de galáxias colidiram. Este "Phoenix rádio", assim chamado porque os elétrons de alta energia irradiam principalmente em freqüências de rádio, é encontrado em Abell 1033. O sistema está localizado cerca de 1,6 bilhões de anos luz da Terra.
Ao combinar os dados do Observatório de Raios-X da NASA Chandra, o telescópio de rádio Westerbork Synthesis nos Países Baixos, da NSF Karl Jansky Very Large Array (VLA), e do Sloan Digital Sky Survey (SDSS), os astrônomos foram capazes de recriar a narrativa científica por trás dessa intrigante história cósmica da Phoenix rádio.
Aglomerados de galáxias são as maiores estruturas no Universo unidas pela gravidade. Eles consistem de centenas ou mesmo milhares de galáxias individuais, a matéria escura invisível, e enormes reservatórios de gás quente que brilham na luz em raios-X.
Entender como os clusters crescem é crucial para rastrear como o próprio Universo de como ele evoluiu ao longo do tempo.
Os astrônomos acreditam que o buraco negro supermassivo perto do centro de Abell 1033 entrou em erupção no passado. Fluxos de elétrons de alta energia encheu uma região centenas de milhares de anos-luz de diâmetro e produziu uma nuvem de emissão de rádio brilhante. Esta nuvem desvaneceu-se ao longo de um período de milhões de anos, como os elétrons perdem energia enquanto a nuvem é expandida.
O Phoenix rádio surgiu quando um outro aglomerado de galáxias bateu no cluster original, enviando ondas de choque através de todo o sistema. Estas ondas de choque, semelhante à estrondos sônicos produzidos por jatos supersônicos, passou através da nuvem de elétrons dormente. As ondas de choque comprimido nuvem e a re-energizou os elétrons, o que causou a ativação da nuvem para mais uma vez brilhar em freqüências de rádio.
Um novo retrato deste Phoenix rádio é capturou esta imagem de multi comprimento de onda de Abell 1033. Os raios X de Chandra em estão em rosa e dados de rádio do VLA são de cor verde. A imagem de fundo mostra observações ópticas do SDSS. Um mapa da densidade de galáxias, feita a partir da análise de dados ópticos, é visto em azul. Passe o mouse sobre a imagem acima para ver a localização da Phoenix rádio.
Os dados do Chandra mostram o gás quente nos clusters, o que parece ter sido perturbado durante a mesma colisão que causou a re-ignição da emissão de rádio no sistema. O pico da emissão de raios-X é visto para o sul (parte inferior) do cluster, talvez porque o núcleo denso de gás no sul está sendo arrancada por gás circundante que como ele se move. O cluster no norte pode não ter entrado na colisão com um núcleo denso, ou talvez seu núcleo foi interrompido de forma significativa durante a fusão. No lado esquerdo da imagem, uma chamada de ângulo amplo de uma radiogaláxia a cauda brilha no rádio. Os lobos de plasma ejetado pelo buraco negro supermassivo em seu centro são dobrados pela interação com o gás do cluster que como a galáxia se move através dele.
Os astrônomos pensam que estão vendo o Phoenix rádio logo depois que tinha renascido, uma vez que estas fontes irão desaparecer muito rapidamente quando localizado perto do centro do aglomerado, como este que está em Abell 1033. Por causa da intensa densidade de pressão e campos magnéticos próximos o centro de Abell 1033, a Phoenix rádio é esperado apenas para durar algumas dezenas de milhões de anos.
Um papel que descreve estes resultados foi publicado em uma edição recente da Monthly Notices da Royal Astronomical Society e uma pré-publicação está disponível online. Os autores são Francesco de Gasperin, da Universidade de Hamburgo, Alemanha; Georgiana Ogrean e Reinout van Weeren a partir do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica; William Dawson do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, em Livermore, Califórnia; Marcus Brüggen e Annalisa Bonafede, da Universidade de Hamburgo, Alemanha, e Aurora Simionescu da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão em Sagamihara, Japão.
Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo de Chandra.
Fatos para Abell 1033:
Crédito de raios-X: NASA / CXC / Univ of Hamburg / F. de Gasperín et ai; Optical: SDSS; Rádio: NRAO / VLA
Data de lançamento 26 ago 2015
Escala da imagem é de cerca de 17 minutos de arco em todo (cerca de 7,5 milhões de anos-luz)
Categoria Grupos e aglomerados de galáxias
Coordenadas (J2000) RA 33.70s 10h 31m | dezembro + 35 ° 04 '33,96 "
Constelação Leo Minor
Data de Observação 19 e 21 de fevereiro, 2013
Tempo de observação de 17 horas 35 min.
Obs. ID 15084, 15614
Instrumento ACIS
Referências de Gasperin, F. et al, 2015, MNRAS (aceite); arXiv: 1.501,00043
Código de cores X-ray (rosa); Optical (Vermelho, Verde, Azul); Radio (verde); Densidade Mapa (azul)
RadioOpticalX-ray
Distância Estimativa aproximadamente 1,62 bilhões de anos luz (z = 0,1259)

sábado, 29 de agosto de 2015

A RESSURREIÇÃO DE UMA ANÃ BRANCA

A ressurreição de uma anã branca
A estrela brilhante no centro desta imagem não é a estrela deste espetáculo. Na regiãoa inferior da imagem ao centro encontra-se uma simples mancha vermelha que é, de fato, um objeto raro e valioso.
Descoberto inicialmente por um astrônomo amador japonês, Yukio Sakurai, em 1996, e anotado como sendo um objeto do tipo de uma nova, a descoberta de Sakurai revelou-se muito mais interessante do que a supernova que ele pensava ter descoberto inicialmente.
Este objeto é, na realidade, uma pequena estrela anã branca que passa por um flash de hélio - sendo este um dos poucos que está a ser observado pelos astrônomos.
Normalmente, a fase de anã branca é a última no ciclo de vida de uma estrela de pequena massa. No entanto, em alguns casos, a estrela volta a “inflamar-se” num flash de hélio e expande-se voltando à fase de gigante vermelha e ejetando enormes quantidades de gás e poeira no processo antes de, uma vez mais, tornar a contrair-se numa anã branca.
Trata-se de uma série de eventos dramáticos e de curta duração e o Objeto de Sakurai deu aos astrônomos a oportunidade rara de estudar este fenômeno em tempo real. A anã branca emite radiação ultravioleta suficiente para iluminar o gás que foi expelido, o qual pode ser visto na imagem sob a forma de um anel de material vermelho.
Esta imagem foi obtida com o instrumento FORS, montado no Very Large Telescope do ESO.
Crédito: ESO

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

SONDA CURIOSITY REVELA GRANDES DESCOBERTAS EM MARTE


Pesquisas feitas há mais de 1 ano foram finalmente reveladas pela Agência Espacial Norte Americana 
Após perfurar o solo de Marte e analisar amostras de seu material, a sonda Curiosity da NASA descobriu compostos orgânicos, os blocos de construção da vida que contém carbono, no subsolo do Planeta Vermelho. E não pára por aí! Além disso, os instrumentos da sonda detectaram água no subsolo de Marte, isso tudo após anunciarem a detecção de um grande pico de gás metano na atmosfera do Planeta Vermelho!
Apesar das grandes descobertas não servirem como prova de que a vida existiu ou existe em Marte, os investigadores afirmam que essa é a primeira vez que orgânicos foram confirmados em rochas do Planeta Vermelho, o que conclui um dos grandes objetivos da missão!"Este é realmente um grande momento para essa missão", comenta John Grotzinger, cientistas da missão Curiosity, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, EUA.
O instrumento SAM do rover detectou clorobenzeno e vários outros compostos de carbono contendo cloro em amostras de uma rocha chamada "Cumberland", que a sonda havia perfurado em maio de 2013.

Buraco feito pela sonda Curiosity da NASA, local ondeas amostras foram coletadas no dia 19 de maio de 2013. Créditos: NASA / JPL-Caltech / MSSS
O instrumento utiliza um forno minúsculo para "cozinhar" as amostras, e em seguida, analisa os gases que são produzidos. As rochas e o solo marciano são ricos em perclorato, que pode destruir ou alterar os compostos orgânicos durante esse processo de aquecimento, o que complicou a detecção da sonda Curiosity.
"Esta é a primeira detecção de compostos orgânicos em amostras de Marte", comenta Caroline Freissinet, do Goddard Space Flight Center da NASA. Freissinet também é autora principal do artigo que detalha os resultados de Cumberland, publicados no Journal of Geophysical Research.
A presença de perclorato em Marte é tão grande que fica difícil saber se a amostra de Cumberland original continha clorobenzeno e os outros compostos do cloro, ou alguns outros tipos de produtos orgânicos.
No que diz respeito a "vida em Marte", até agora é impossível dizer se os orgânicos detectados em Cumberland foram produzidos por organismos vivos. A NASA está planejando uma nova missão para o Planeta Vermelho, que deverá acontecer em 2020. Ela terá como objetivo a coleta de amostras e um possível retorno à Terra. Em 2020, os cientistas esperam ter amostras de materiais rochosos de Marte, e estudá-las de maneira muito mais profunda.
Sobre as outras grandes descobertas feitas pela sonda Curiosity, a detecção de um pico intrigante e misterioso de gás metano na atmosfera de Marte (observado entre o final de 2013 e o início de 2014) sugere que podem haver formas de vida que produziram essa grande quantidade repentina de metano, porém, até o momento, não há como dizer se essa grande produção de metano tem origem biológica ou não. Outra grande descoberta revelada pela missão trata da proporção de hidrogênio para deutério (também conhecido como "hidrogênio pesado") nas amostras de Cumberland, que fornecem pistas importantes sobre quando o Planeta Vermelho perdeu sua água de superfície.
A sonda Curiosity pousou em Marte em agosto de 2012, e agora está explorando a região do Monte Sharp, que se eleva a 5,5 km a partir do centro da enorme cratera Gale.
Fonte: NASA
Imagens: NASA / JPL-Caltech / MSSS

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

FORAM DESCOBERTOS NOVE GRANDE OBJETOS CELESTES AO REDOR DA VIA LÁCTEA

novas galáxias satélites anãs recém descobertas
Novas galáxias satélites da Via Láctea foram descobertas.  Apesar de estarem muito próximas, elas nunca tinham sido observadas... até agora!
Cientistas do Dark Energy Survey (projeto que busca compreender a expansão do Universo), descobriram nada mais nada menos do que nove objetos celestes tênues, próximos da nossa Galáxia, a Via Láctea. As evidências foram observadas através de fotografias de uma das câmeras mais poderosas do mundo, de 570 megapixel, chamada Dark Energy Camera, acoplada no telescópio de 4 metros Victor M. Blanco, localizado no Observatório de Cerro Tololo, no Chile.
Os sinais indicam que os 9 objetos são prováveis galáxias satélites anãs, a forma menor e mais próxima de galáxias conhecidas.
De todos os nove objetos recém-descobertos, o mais próximo encontra-se a uma distância de 80.000 anos-luz, e o mais distante está a 700.000 anos-luz. Esses objetos brilham cerca de 1 bilhão de vezes mais fraco do que a Via Láctea, e são 1 milhão de vezes menos massivos. A menor dessas galáxias anãs possui cerca de 500 estrelas.
Galáxias satélites são muito menores que as galáxias comuns, e são conhecidas por orbitarem galáxias maiores, como a nossa. Essas galáxias anãs podem ter menos do que 1.000 estrelas, muito diferente da Via Láctea que possui bilhões de estrelas.
Os cientistas acreditam que as galáxia maiores são formadas a partir de pequenas galáxias, que podem ser ricas em energia escura, substância que compõe cerca de 70% do total de matéria e energia do Universo. Portanto, as galáxias satélites anãs são consideradas as chaves para a compreensão da energia escura, e claro, para entendermos o processo pelo qual as galáxias maiores são formadas.
novas galáxias satélites da Via Láctea foram descobertas
A ilustração abaixo mostra a distribuição das 9 pequenas galáxias descobertas recentemente (em vermelho):Créditos: S. Koposov / V. Belokurov / Cambridge
O principal objetivo da missão Dark Energy Survey (DES), como sugere seu nome, é compreender a natureza da energia escura, material misterioso que compõe cerca de 70% da matéria e da energia do Universo. O cientistas acreditam que ao compreendermos a energia escura, entenderemos também porque a expansão do Universo está acelerando. Nessa busca por respostas, a missão DES observa milhares de galáxias, e esses dados observacionais podem ser usados tanto para a energia escura quanto para a matéria escura, que pode ser responsável por manter as galáxias unidas.
Já foram detectadas mais de 20 possíveis galáxias satélites anãs, sendo que 17 foram feitas apenas pela missão DES. Nem todas foram confirmadas, e novas observações deverão ser feitas. A maior parte dessas pequenas galáxias localizam-se na área sul, e estão relativamente próximas da Pequena e da Grande Nuvem de Magalhães, as duas maiores galáxias satélites da Via Láctea, localizadas a cerca de 208.000 anos-luz e 158.000 anos-luz, respectivamente. É possível ainda que pelo menos algumas das nove galáxias satélites recém descobertas sejam na verdade satélites dessas outras galáxias satélites maiores, o que seria uma outra grande descoberta.
Esses achados foram feitos observando apenas 1/8 do céu! Quantas outras galáxias satélites poderão ser encontradas? Quantas pequenas galáxias podem estar pairando próximo da Via Láctea neste exato momento?

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

OBSERVAÇÃO DO CLUSTER DE ABEL 1689 COM UMA RIQUEZA EM DETALHES

Abell 1689
Abell 1689, que é mostrada nesta imagem composta, é um conjunto maciço de galáxias localizado a cerca de 2,3 mil milhões de anos-luz de distância da Terra, que mostra sinais de atividade de fusão. O gás que cerca o ambiente tem uma temperatura de cem milhões de graus detectado pelo Observatório de raios-X Chandra da NASA que é mostrado como roxo nesta imagem, enquanto as galáxias com os  dados ópticos observados pelo telescópio espacial Hubble são de cor amarela. A emissão de raios-X tem uma aparência lisa, ao contrário de outros sistemas de fusão tais como o conjunto  MAC J0025.4-1222. O padrão de temperatura através de Abell 1689 é mais complicada, no entanto, possivelmente tem a necessidade de várias temperaturas com diferentes temperaturas.
Os arcos longos na imagem óptica são causados ​​por lentes gravitacionais de galáxias de fundo pela matéria no aglomerado de galáxias, e este é o maior sistema de arcos já encontrado. Mais estudos deste conjunto são necessários para explicar a falta de acordo entre as estimativas de massa com base nos dados de raios-X e no efeito da lente gravitacional. Trabalhos anteriores sugerem que as estruturas semelhantes a filamentos de galáxias estão localizados perto de Abell 1689 ao longo da nossa linha de visão para este cluster, o que pode dar estimativas de massa  usando estas lentes gravitacionais.
Fatos para Abell 1689:
Crédito de raios-X: NASA / CXC / MIT / E. Peng-H et al; Óptico: NASA / STScI
Data de lançamento 11 de setembro de 2008
Escala da imagem é de 3,2 arcmin transversalmente.
Categoria Grupos e aglomerados de galáxias, Fundo Cosmologia / Campos Profundos de raios-X /
Coordenadas (J2000) RA | dezembro
Constelação de Virgem
Observação Data 2004/04/15 - 03/09/2006 com cinco pointings
Tempo de observação 53 horas
Obs. ID 540, 1663, 5004, 6930, 7289
Instrumento ACIS
Código de cores X-ray (Purple); Optical (amarelo)
OpticalX raio-
Distância estimam que cerca de 2,2 bilhões (z = 0,18) anos-luz

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O MISTÉRIO DA GRANDE MANCHA VERMELHA POR QUE ELA AINDA EXISTE?


"Com base em teorias atuais, essa grande tempestade de Júpiter deveria ter desaparecido há várias décadas" - Pedram Hassanzadeh, geofísico da Universidade de Harvard
A Grande Mancha Vermelha é a característica mais notável sobre a superfície de Júpiter, mas o que para a maioria é somente algo bonito de se observar, para os pesquisadores trata-se de um enorme quebra-cabeças, quase tão grande quanto a própria mancha na superfície do gigante gasoso. De acordo com os cientistas, astrônomos e meteorologistas, ela deveria ter desaparecido a séculos atrás.
O mistério da Grande Mancha Vermelha de Júpiter não ter desaparecido há séculos pode finalmente ter sido resolvido, e os resultados poderiam ajudar a revelar mais pistas sobre os vórtices nos oceanos da Terra e os berçários de estrelas e planetas, dizem os pesquisadores.
A Grande Mancha Vermelha de Jùpiter é uma tempestade de cerca de 20.000 km de comprimento e 12,000 km de largura, cerca de duas a três vezes maior que a Terra. Os ventos por lá podem chegar a até 680 km/h. Esta tempestade gigante foi registrada pela primeira vez em 1831, mas pode ter sido descoberta pela primeira vez em 1665.
"Com base em teorias atuais, a Grande Mancha Vermelha deveria ter desaparecido há várias décadas", comenta o pesquisador Pedram Hassanzadeh, geofísico da Universidade de Harvard. "Em vez disso, essa grande tempestade está acontecendo há centenas de anos".

Comparação de tamanhos entre a grande mancha vermelhade Júpiter e a Terra. /  Créditos: Michael Carroll
Vórtices como o da Grande Mancha Vermelha podem se dissipar por conta de vários fatores. Por exemplo, ondas e turbulências resultantes de seus ventos liberam muita energia. Ele também perde energia irradiando calor. Além disso, a Grande Mancha Vermelha se encontra entre duas poderosas correntes de ar de sua atmosfera, que fluem em direções opostas e podem retardar a sua rotação.
Alguns pesquisadores sugerem que esses grandes vórtices ganham energia e sobrevivem através da absorção de vórtices menores. No entanto, "isso não acontece com freqüência suficiente para explicar a longevidade da Grande Mancha Vermelha", diz o pesquisador Philip Marcus, cientista planetário da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
A Grande Mancha Vermelha não é a única tempestade misteriosa. Na verdade, os vórtices em geral, incluindo os de oceanos e atmosfera da Terra, muitas vezes, permanecem por muito mais tempo do que as teorias atuais poderiam explicar.
Para ajudar a resolver o mistério de resistência da Grande Mancha Vermelha , Hassanzadeh e Marcus desenvolveram um novo modelo 3D de alta resolução para simulação de grandes vórtices.
Os pesquisadores agora acreditam que os fluxos verticais são a chave para a longevidade da Grande Mancha Vermelha. Quando a tempestade perde energia, os fluxos verticais movem os gases quentes e frios para dentro e para fora da tempestade, restaurando parte da energia do vórtice. Seu modelo também prevê fluxos radiais que sugam ventos das correntes de alta velocidade para o centro do vórtice, fazendo com que a tempestade dure mais tempo.
De acordo com esses estudos, tanto os vórtices de Júpiter quanto os da Terra podem durar até 100 vezes mais do que os pesquisadores acreditavam anteriormente.
Vórtices como o da Grande Mancha Vermelha também acontecem em escalas muito maiores, e podem contribuir para os processos de formação de estrelas e planetas, o que exigiria que eles durassem por vários milhões de anos. Ambos os vórtices oceânicos e astrofísicos são submetidos a processos de dissipação, e o mecanismo descrito aqui para a longevidade da Grande Mancha Vermelha também apresenta uma explicação muito plausível para a longevidade dos vórtices que formam estrelas e planetas".
 Os cientistas advertem que o modelo estudado não explica inteiramente a longa vida útil da Grande Mancha Vermelha. Eles sugerem que as fusões ocasionais com vórtices menores podem ajudar a prolongar a vida da tempestade gigante. Com isso, serão feitas modificações no modelo 3D, e esses efeitos serão adicionados para que essa hipótese seja analisada.
Os cientistas comunicaram suas descobertas na reunião anual da Sociedade Americana de Física, em Pittsburgh.
A Grande Mancha Vermelha de Júpiter também será um dos alvos de observações das futuras missões espaciais, incluindo a missão Juno da NASA.
Fonte: JPL / NASA / Space

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

NGC 7027: RAIOS- X A VISTA DE UMA NEBULOSA PLANETÁRIA JOVEM

NGC 7027
Uma bolha de gás a Celsius 3 milhões grau com um comprimento de cerca de mais de cem vezes  ao tamanho do nosso sistema solar é mostrado nesta imagem.
Imagem de NGC 7027 de Chandra representa a primeira detecção de raios-X a partir desta nebulosa planetária jovem que é cerca de 3.000 anos-luz da Terra. 
 A imagem é mais brilhante no canto superior direito - o lado da nebulosa mais próximo da Terra - onde há material menos obscurecimento para bloquear a emissão de raios-X.
NGC 7027 é os restos de uma estrela semelhante ao Sol que tem ejetado muito de sua massa para expor seu núcleo quente. Os raios X são pensados ​​para ser produzido quando um vento "rápido" a partir do núcleo quente colide com o vento "lento" que foi expulso no início durante a fase de gigante vermelha da estrela. Esta colisão aquece o assunto a vários milhões de graus para que ele brilha em raios-X.
Chandra dados sugerem que existe um excesso de hélio, carbono, azoto, magnésio e silício presente em NGC 7027. Isto é consistente com as teorias que predizem que nebulosas planetárias semear o espaço com elementos de "pesados" (isto é, qualquer elemento mais pesado do que hidrogênio e hélio), produzida por reações nucleares durante a evolução da estrela.
Estas observações foram feitas por uma equipe de cientistas liderada por Joel Kastner, do Instituto de Tecnologia de Rochester.
Fatos para NGC 7027:
Fatos para NGC 7027:
Crédito NASA / RIT / J.Kastner et al.
Escala da imagem é de 22 segundos de arco de diâmetro.
Categoria Branca Anões & Planetary Nebulosas
Coordenadas (J2000) RA 01.60s 21h 07m | dezembro + 42 ° 14 '09,70 "
Constelação Cygnus
Observação Datas 01 de junho de 2000
Tempo de observação cinco horas
Obs. IDs 588
Código de Cores Intensidade da banda larga (0,3-3 keV) emissão de raios-X
Instrumento ACIS
Distância Estimativa 3.000 anos-luz
Data de lançamento 13 de junho de 2001

domingo, 23 de agosto de 2015

UM NOVO PANORAMA REVELA MAIS DE MIL BURACOS NEGROS



Comparação de quantidade de buracos negros num espaço pouco maior que a lua para observação. Crédito: Raio-X: NASA / CXC / CfA / R.Hickox et al .; Lua: NASA / JPL
Um novo panorama de campo amplo revela mais de mil buracos negros supermassivos nos centros das galáxias, alguns até vários bilhões de vezes a massa do sol. Essa pesquisa, feita em uma região da constelação de Bootes, envolveu 126 exposições Chandra separadas de 5.000 segundos cada, tornando-o o maior campo contíguo já obtidos pelo observatório. Em 9,3 graus quadrados, é mais de 40 vezes maior que a Lua cheia vista no céu noturno, que também é mostrado neste gráfico para escala. Nesta imagem, o vermelho representa raios-X de baixa energia, verde mostra a médio alcance, e azul os raios-X de energia mais elevado.
Material de cair nesses buracos negros a taxas elevadas gera enormes quantidades de luz que podem ser detectados em diferentes comprimentos de onda. Estes sistemas são conhecidos como núcleos galácticos ativos, ou AGN. Quando combinado com dados do Spitzer Space Telescope e Kitt Peak 4 metros Mayall e os telescópios ópticos MMT 6,5 metros, estes resultados dão astrônomos um instantâneo de um período crucial, quando esses monstros buracos negros estão crescendo, e fornecer insights sobre os ambientes em que ocorrem.
Em vez de ficar olhando para uma parte relativamente pequena do céu por um longo tempo, como acontece com o Chandra Campos Profundos - duas das exposições mais longas obtidos com o observatório - e outras pesquisas concentradas, esta estratégia empregada uma técnica que verificou uma muito maior porção com exposições mais curtas. Uma vez que os maiores buracos negros alimentar a AGN mais brilhantes, eles podem ser vistos em grandes distâncias, mesmo com exposições curtas.
A pesquisa dá um novo teste de um modelo popular para AGN em que um buraco negro supermassivo é cercado por uma região em forma de anel, ou toro, de gás. Um observador da Terra teria sua visão bloqueada por este toro por quantidades diferentes, dependendo da orientação do toro, de modo que alguns dos núcleos será obscurecida e alguns não. Este estudo identificou mais de 600 obscurecida e 700 desafogada AGN, localizado entre cerca de seis a 11 bilhões de anos-luz da Terra. As fontes vermelhas são na sua maioria AGN desafogada e as fontes verdes e azuis são dominados por obscurecida AGN.
Fatos para Bootes campo:
Crédito de raios-X: NASA / CXC / CfA / R.Hickox et al .; Lua: NASA / JPL
Imagem Chandra escala é de 148 por 198 arcmin.
Categoria quasares e galáxias ativas, Fundo Cosmologia / Campos Profundos de raios-X /
Coordenadas (J2000) RA 00.00s 14h 32m | dezembro + 34º 06 '00.00 "
Constelação Boötes
Observação Datas 126 pointings entre março - abril 2003
Tempo de observação 175 horas
Obs. IDs 3596-3660, 4218-4282
Cor Code Red (0,5-1,3 keV); Azul (1,3-2,5 keV); Green (2,5-7 keV)
Instrumento ACIS
Referências Hickox et al. (2007), APJ, apresentada
Distância estimar o intervalo de 1.000 a 11.000 milhões de anos-luz
Data de lançamento 12 de março de 2007

sábado, 22 de agosto de 2015

O MISTÉRIO DA GRANDE MANCHA VERMELHA DE JÚPITER PODE SER REVELADO EM LABORATÓRIO

A Grande Mancha Vermelha de Júpiter
Os cientistas da NASA estão tentando descobrir os mistérios da Grande Mancha Vermelha de Júpiter, e sobretudo, entender o que faz com que sua coloração seja avermelhada. "Mas como eles vão fazer isso", você deve estar se perguntando. E a resposta é simples: em um laboratório!
Apesar de mais de 150 anos de estudos, a Grande Mancha Vermelha de Júpiter ainda é um grande mistério. O que sabemos é que trata-se de uma tempestade gigantesca, que percorre o maior planeta do Sistema Solar, com ventos que chegam a atingir cerca de 644 km/h. Contudo, o que poderia estar causando essa grande tempestade ainda é um grande mistério.
Em uma tentativa de entender melhor a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, os pesquisadores Mark Loeffler e Reggie Hudson, da NASA, estão fazendo alguns experimentos com componentes da atmosfera de Júpiter junto com radiação, imitando os raios cósmicos a fim de determinar se eles poderiam produzir a cor avermelhada da Grande Mancha Vermelha.
Observar a atmosfera e determinar a cor da tempestade não é uma tarefa fácil. As camadas de nuvens do gigante gasoso fazem com que a observação de sua baixa atmosfera seja um verdadeiro desafio, e até mesmo sua alta atmosfera não é fácil de ser decifrada. Estudos prevêem que a atmosfera superior de Júpiter é composta por nuvens de amônia, hidrossulfeto de amônio e água, mas os cientistas não sabem se esses componentes químicos poderiam fornecer a cor avermelhada a tempestade, tampouco como eles poderiam se combinar, afinal, eles simbolizam uma pequena fração da atmosfera.

mistérios da grande mancha vermelha de jupiter
A Grande Mancha Vermelha de Júpiter é tão grande que o planeta Terra caberia dentro dela.
Créditos: NASA / JPL / SSI      
Enquanto o hidrossulfureto de amônio poderia ser uma das causas, a coloração também pode vir de vários fatores na atmosfera de Júpiter. "Devemos entender os componentes da atmosfera de Júpiter, e misturá-los na temperatura certa, e depois simular irradiá-los nos níveis certos", disse Amy Simon, especialista de atmosfera planetária da NASA. "Ou seja, replicar as condições da superfície de Júpiter é a chave para encontrar as respostas".
A tempestade maciça de Júpiter tem sido estudada há pelo menos 150 anos, ou talvez até mais. Astrônomos de 1600 identificaram recursos semelhantes em Júpiter, mas não se sabe se esses recursos eram de fato a Grande Mancha Vermelha. De qualquer maneira, essa grande tempestade já dura muito mais tempo do que qualquer outra que conhecemos aqui na Terra...
Ao contrário do nosso planeta, Júpiter é um gigante de gás, com um oceano líquido de hidrogênio em torno de seu núcleo; um ambiente dominado por hidrogênio e hélio. Não existe base sólida para a tempestade ser freada, o que permite que a Grande Mancha Vermelha dure mais de um século.
Estudar essa tempestade de longa duração pode ajudar os cientistas a entender melhor o sistema climático do nosso próprio planeta, disse Amy Simon. Afinal, o clima e o tempo em ambos os planetas funcionam sob as mesmas leis da física. Ela também disse que estudar Júpiter pode melhorar a compreensão dos planetas fora do Sistema Solar.
"Quando olhamos para a luz refletida de um planeta fora do nosso Sistema Solar, podemos não compreendê-lo exatamente", disse Amy. "Mas analisar diferentes climas e superfícies do nosso Sistema Solar poderia permitir-nos, em seguida, aplicar esse conhecimento para os planetas extrassolares."

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

ESO OBSERVA A REGIÃO DE FORMAÇÃO ESTELAR NGC 2035

Imagem da região de formação estelar NGC 2035 obtida pelo Very Large Telescope do ESO
Este retrato da vida e morte se esconde dentro de um dos vizinhos mais próximos da Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães (LMC). Ele pode ser encontrado cerca de 160 mil anos-luz da Terra, na constelação de Dorado.
Apesar de seu tamanho pequeno (pelo menos em relação à Via Láctea e outras galáxias espirais), a Grande Nuvem de Magalhães tem muitas extremamente belas estrelas formando-regiões, incluindo a Nebulosa da Tarântula (também conhecida como 30 Doradus) e N11. Este é decididamente mais obscuro, mas muito bonito, no entanto.
Tecnicamente, existem duas áreas distintas de interesse; na parte inferior, temos NGC 2035 (por vezes referido como Nebulosa Cabeça do Dragão). É um imensamente grande nuvem nebulosa, conhecido para estar no processo de forjamento a quente muitas estrelas, de alta massa. Como eles fizeram a transição do proto-estrelas para a fase de sequência principal de evolução estelar, eles fervorosamente emitida radiação ultravioleta, que mudou fundamentalmente as nuvens ao redor.
Em frente de que (acima, em vermelho) vemos o lado da morte do espectro. Estas estruturas complexas filamentosos foram moldadas pelos caprichos de fogo de uma supernova-um evento que segue a implosão de uma estrela maciça, que depois ejeta quaisquer materiais gasosos que permanecem no espaço.
Image Credit: SSRO
Imagem da região de formação estelar NGC 2035 obtida pelo Very Large Telescope do ESO
A Grande Nuvem de Magalhães é uma das galáxias mais próximas da nossa. Os astrónomos usaram o poder do Very Large Telescope do ESO para explorar com grande detalhe a NGC 2035, umas das suas regiões menos bem conhecidas. Esta nova imagem mostra nuvens de gás e poeira onde estrelas quentes se estão a formar, ao mesmo tempo que esculpem formas estranhas no seu meio circundante. Mas a imagem mostra também os efeitos da morte das estrelas - filamentos criados por uma explosão de supernova (à esquerda da imagem).
Crédito: ESO

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

SAGITÁRIO A: CHANDRA OBSERVA O PASSADO VIOLENTO DO GIGANTE BURACO NEGRO DA VIA LÁCTEA


Um novo estudo mostra que o buraco negro supermassivo da Via Láctea tinha pelo menos duas grandes explosões nos últimos séculos.
Ao estudar a luz de raios-X que tem saltou fora nuvens de gás, os cientistas podem juntar atividade passada do buraco negro.
Este é um fenômeno chamado de "eco de luz" e dá aos cientistas um vislumbre do passado.
Observações do Chandra mais de 12 anos foram usados ​​para fazer esta conclusão.
Pesquisadores usando o Observatório de Raios-X Chandra da NASA encontraram evidências de que a região normalmente dim muito perto do buraco negro supermassivo no centro da galáxia da Via Láctea inflamou-se com pelo menos duas explosões luminosas nos últimos cem anos.
Esta descoberta vem de um novo estudo das variações rápidas na emissão de raios-X a partir de nuvens de gás que rodeiam o buraco negro supermassivo, também conhecido como Sagitário A *, ou Sgr A * para breve. Os cientistas mostram que a interpretação mais provável destas variações é que eles são causados ​​por ecos de luz.
Os ecos de Sgr A * provavelmente foram produzidos quando grandes pedaços de material, possivelmente a partir de uma estrela ou planeta interrompido, caiu no buraco negro. Alguns dos raios X produzidos por esses episódios, em seguida, saltou fora nuvens de gás cerca de trinta a cem anos-luz de distância do buraco negro, semelhante à forma como o som da voz de uma pessoa pode saltar fora paredes do cânion. Assim como ecos de som reverberar por muito tempo após o ruído original foi criado, assim também fazer ecos de luz no espaço de repetição do evento original.
Enquanto ecos de luz de Sgr A * foram vistos antes em raios-X Chandra e por outros observatórios, esta é a primeira vez que a evidência para duas explosões distintas foi visto dentro de um único conjunto de dados.
Mais do que apenas um truque de magia cósmica, ecos de luz fornecer os astrônomos uma oportunidade para reunir o que objetos como Sgr A * estavam fazendo muito antes havia telescópios de raios-X para observá-los. Os ecos de raios-X sugerem que a área muito perto de Sgr A * foi, pelo menos, um milhão de vezes mais brilhante dentro dos últimos cem anos. Raios-X das explosões (como visto no prazo da Terra) que seguiram um caminho reto teria chegado a Terra nessa época. No entanto, os raios-X reflectidos nos ecos de luz tomou um caminho mais como eles ricocheteou nas nuvens de gás e só chegou Chandra nos últimos anos.
A nova animação mostra imagens do Chandra que foram combinados de dados obtidos entre 1999 e 2011. Esta seqüência de imagens, onde a posição de Sgr A * é marcado com uma cruz, mostrar como os ecos de luz se comportam. Como a sequência de jogos, a emissão de raios-X parece estar se movendo para longe do buraco negro em algumas regiões. Em outras regiões fica dimmer ou mais brilhante, como os raios-X passam para ou longe de material reflector. Note-se que existe um campo de vista ligeiramente menor no final da sequência de modo que o desaparecimento aparente de emissão no canto superior esquerdo não é verdadeira.
fluorescência
A emissão de raios-X mostrado aqui é a partir de um processo chamado de fluorescência. Átomos de ferro em estas nuvens têm sido bombardeado por raios-X, batendo para fora elétrons perto do núcleo e fazendo com que os elétrons mais para fora para preencher o buraco, emitindo raios-X no processo. Outros tipos de emissão de raios-X existe nesta região, mas não são mostradas aqui, explicando as áreas escuras.
Esta é a primeira vez que os astrônomos têm visto tanto aumentando e diminuindo a emissão de raios X nas mesmas estruturas. Porque a mudança de raios-X tem a duração de apenas dois anos em uma região e mais de dez anos em outros, este novo estudo indica que, pelo menos, duas explosões separadas foram responsáveis ​​pelos ecos de luz observados a partir de Sgr A *.
Existem várias causas possíveis das chamas: um jato de curta duração produzido pela ruptura parcial de uma estrela por Sgr A *; o rasgar de um planeta por Sgr A *; a coleção por Sgr A * de detritos de encontros próximos entre duas estrelas; e um aumento do consumo de material por Sgr A * devido a aglomerações no gás ejectado por estrelas massivas que orbitam Sgr A *. Mais estudos das variações são necessários para decidir entre essas opções.
Os pesquisadores também examinaram a possibilidade de que um magnetar - uma estrela de nêutrons com um campo magnético muito forte - recentemente descoberto perto de Sgr A * pode ser responsável por essas variações. No entanto, isso exigiria uma explosão que é muito mais brilhante do que o alargamento magnetar mais brilhante já observada.
Um papel que descreve estes resultados foi publicado no outubro 2013 edição da revista Astronomy and Astrophysics e está disponível online. O primeiro autor é Maica Clavel de AstroParticule et Cosmologie (APC) em Paris, França. Os co-autores são Régis Terrier e Andrea Goldwurm do APC; Mark Morris, da Universidade da Califórnia, Los Angeles, CA; Gabriele Ponti do Max-Planck Instituto de Física Extraterrestre, em Garching, Alemanha; Simona Soldi da APC e Guillaume Armadilha do Palais de la Découverte - Universcience, Paris, França.
Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Ala., Administra o Programa de Chandra para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian controla as operações científicas e de voo de Chandra de Cambridge, Mass.
Fatos de Sagitário A *:
Crédito NASA / CXC / APC / Université Paris Diderot / M.Clavel et al
Data de lançamento 24 de outubro de 2013
Escala da imagem é de cerca de 18,5 arcmin todo (cerca de 140 anos-luz)
Categoria buracos negros, Via Láctea
Coordenadas (J2000) 40 RA 17h 45m | dezembro -29 ° 00 '28.00 "
Constelação de Sagitário
Data de Observação 54 pointings entre 21 de setembro de 1999 e 29 de julho de 2011
Observação Hora 477 horas 21 min (19 dias 21 horas 21 min).
Obs. ID 242, 945, 1561, 2273, 2276, 2282, 2284, 2943, 2951-2954, 3392, 3393, 3549, 3663, 3665, 4500, 4683, 4684, 5360, 5950-5954, 6113, 6363, 6639-6646 , 7048, 7554-7559, 9169-9174, 10556, 11843, 12949, 13438, 13508
Instrumento ACIS
Também conhecido como Centro Galáctico
Referências Clavel, M. et al, 2013, A & A 558, A32; arXiv: 1307.3954
Cor Código de raios-X (azul)
Raio X
Distância estimam que é cerca de 26.000 anos-luz

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

ENCONTRADO O MENOR EXOPLANETA OBSERVADO ATRAVÉS DE TELESCÓPIOS

planeta extrassolar encontrado através de telescópios
Astrônomos descobriram o menor planeta fora do Sistema Solar através de observações feitas por um telescópio na Terra: um gigante de gás metano, parecido com um jovem Júpiter!
O planeta extrassolar recém descoberto, chamado 51 Eridani b, orbita uma estrela a cerca de 96 anos-luz da Terra em um sistema planetário que pode ser muito parecido com o nosso Sistema Solar. A descoberta pode lançar luz sobre como ocorreu a formação do nosso Sistema Solar, segundo os cientistas.
Ao longo dos últimos 20 anos, os astrônomos confirmaram a existência de cerca de 2.000 planetas que orbitam outras estrelas. Muitos desses mundos são completamente diferentes de tudo que temos aqui no Sistema Solar. Como exemplo, os chamados "Júpiteres Quentes" são gigantes gasosos que orbitam suas estrelas hospedeiras a uma distância menor do que Mercúrio orbita o Sol.
A maioria dos exoplanetas são descobertos através de métodos indiretos, como nos chamados "trânsitos planetários", quando um planeta passa na frente do disco de sua estrela, e nossos instrumentos de medições registram uma tênue perda de luz dessas estrelas... no entanto, esse novo exoplaneta foi descoberto através do Gemini Planet Imager, instrumento instalado no Telescópio Gemini no sul do Chile, que detecta exoplanetas de maneira direta, ao observar a luz de suas estrelas refletidas em seus planetas.
Este é o menor exoplaneta já fotografado
A luz dos Exoplanetas são muito fracas em comparação comas estrelas, e é por isso que os exoplanetas diretamente detectados até agora eram muito grandes, sendo pelo menos 5 vezes maior do que Júpiter. Porém, o Imageador de Planetas Gemini consegue captar esse brilho tênue dos planetas próximos de suas estrelas... algo realmente incrível!
O gerador de imagens, que tem o tamanho aproximado de um carro, está instalado no topo do Telescópio Gemini de 8 metros. É basicamente um sistema de espelhos deformáveis conhecidos como "ótica adaptativa", para melhorar imagens de estrelas, que em seguida, mascara sua luz. Qualquer luz recebida além da luz da estrela, é analisada, e com sorte, essa luz ínfima será um novo exoplaneta.
Comparação de tamanhos entre 51 Eridani b, Júpiter e Terra
Comparação de tamanhos entre 51 Eridani b, Júpiter e Terra.
Créditos: SETI / Space
Os cientistas focaram na estrela 51 Eridani, uma estrela anã com cerca de 1,5 vezes a massa e o diâmetro do Sol, localizada a cerca de 96 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Eridanus. Essa estrela, também conhecida como 51 Eri, é muito jovem, e tem apenas 20 milhões de anos de idade... o que pode ser considerada recém nascida se comparada com o nosso Sol, que tem 4,6 bilhões de anos. Para se ter uma ideia, essa estrela só passou a existir cerca de 40 milhões de anos após a extinção dos dinossauros!
51 Eri é apenas uma das 600 estrelas jovens dentro de uma distância de até 300 anos-luz da Terra que o Imageador de Planetas Gemini está programado para analisar nos próximos três anos, o que representa uma grande chance para entendermos com mais clareza quais foram os primeiros passos no desenvolvimento do nosso próprio Sistema Solar.
O planeta 51 Eridani b, ou 51 Eri b, é mais de 1 milhão de vezes menos brilhante do que sua estrela, e ainda abriga o calor de sua criação. Esse exopaneta orbita sua estrela a uma distância de 13 UA (1 Unidade Astronômica é igual a distância média entre a Terra e o Sol), o que seria equivalente a um ponto entre Saturno e Urano até o Sol. O que torna essa descoberta aind amais empolgante é que o exoplaneta 51 Eri b foi descoberto após um mês de operações do Imageador de Planetas Gemini, que iniciou suas operações em 2014. 51 Eri b também é o primeiro planeta a ser descoberto por tal equipamento.
51 Eri b tem apenas cerca de duas vezes a massa de Júpiter.
Os segredos de 51 Eridani b
As imagens feitas diretamente não são apenas meras fotografias, pois os comprimentos de onda de luz de um planeta podem revelar uma variedade de segredos, tais como a sua composição química. Os pesquisadores descobriram que a atmosfera de 51 Eri b é dominada por metano, muito parecido com Júpiter.
Imagem do nexoplaneta 51 Eridani b
Imagem da descoberta do exoplaneta 51 Eridani b, próxima do infravermelho. A estrela 51 Eridani encontra-se no centro.
Créditos: J. Rameau / C. Marois / Gemini
Os astrônomos acreditam que os planetas gigantes gasosos do Sistema Solar surgiram a partir de núcleos rochosos crescentes, e em seguida, puxaram enormes quantidades de hidrogênio e outros gases para criar uma grande atmosfera. No entanto, os gigantes gasosos que foram fotografados diretamente até agora, têm cerca de 650°C, que é muito diferente se comparados com Júpiter, com cerca de -145°C. Esse calor sugere que esse gigante de gás se formaram muito mais rapidamente do que os gigantes de gás do nosso Sistema Solar, com seus ingredientes se atraindo gravitacionalmente e entrando em colapso rapidamente para torná-los extremamente quentes.
Por sua vez, o exoplaneta 51 Eridani b é relativamente diferente dos outros, com temperatura de aproximadamente 430°C. Apesar de ser quente o suficiente para derreter chumbo, é frio o suficiente para ser consistente com o mecanismo de formação conhecido, disseram os pesquisadores.
Os pesquisadores disseram que em breve deverão acontecer novas observações de 51 Eri b, assim que ele emergir de trás do Sol, a fim de traçar a orbita exata do planeta. "Se ele tiver uma órbita relativamente circular, assim como a de Júpiter, será muito empolgante... e se sua órbita for excêntrica, fazendo com que ele se aproxime e se distancie drasticamente de sua estrela, será uma descoberta ainda mais surpreendente", disseram os pesquisadores.
Fonte: Science Mag / Space
Imagens: (capa-ilustração/SETI) / SETI / Space / J. Rameau / C. Marois / Gemini

terça-feira, 18 de agosto de 2015

MAPEANDO A MORTE DO UNIVERSO

Imagens de galáxias do rastreio GAMA
 Uma equipe internacional de astrônomos estudou mais de 200 000 galáxias e mediu a energia gerada numa enorme região do espaço com a maior precisão até hoje. 
Esta imagem representa a estimativa mais completa de produção de energia no Universo próximo. A equipe confirmou que a energia produzida nesta região do Universo de hoje é apenas cerca de metade da produzida há dois bilhões de anos atrás e descobriu que este enfraquecimento ocorre em todos os comprimentos de onda que vão desde o ultravioleta ao infravermelho longínquo. O Universo está morrendo lentamente.
O estudo envolve muitos dos telescópios mais poderosos do mundo, incluindo o VISTA e o VST — os telescópios de rastreio do ESO, instalados no Observatório do Paranal, no Chile. Observações de suporte foram obtidas por dois telescópios espaciais operados pela NASA (GALEX e WISE) e por um outro pertencente à Agência Espacial Europeia (Herschel).
Este trabalho realizou-se no âmbito do projeto Galaxy And Mass Assembly (GAMA), o maior rastreio já realizado em múltiplos comprimentos de onda.
“Usamos tantos telescópios terrestres e espaciais quanto nos foi possível para medir a produção de energia de cerca de 200 000 galáxias ao longo do maior intervalo de comprimentos de onda possível,” disse Simon Driver (ICRAR, The University of Western Australia), que lidera a enorme equipe GAMA.
Os dados do rastreio, apresentados aos astrônomos de todo o mundo hoje, incluem medições de produção de energia de cada galáxia em 21 comprimentos de onda, que cobrem a região que vai desde o ultravioleta ao infravermelho longínquo. Esta base de dados ajudará os cientistas a compreender melhor como é que os diferentes tipos de galáxias se formam e evoluem.
Toda a energia do Universo foi criada durante o Big Bang, sendo que uma parte foi criada como massa. As estrelas brilham ao converter massa em energia, tal como descrito na famosa equação de Einstein E=mc2. O estudo GAMA pretendeu mapear e modelizar toda a energia gerada no interior de um enorme volume de espaço, hoje e em diferentes épocas do passado.
“Enquanto a maior parte da energia espalhada pelo Universo surgiu no seguimento do Big Bang, energia adicional está sendo constantemente criada pelas estrelas à medida que estas fusionam elementos como o hidrogênio e o hélio,” disse Simon Driver. “Esta nova energia, ou é absorvida pela poeira à medida que viaja pela sua galáxia hospedeira, ou escapa para o espaço intergalático e viaja até atingir alguma coisa, como por exemplo outra estrela, um planeta ou, muito ocasionalmente, um espelho de telescópio.”
O fato do Universo estar em declínio lento é algo conhecido desde o final da década de 1990, mas este trabalho mostra que este processo está acontecendo em todos os comprimentos de onda desde o ultravioleta ao infravermelho, representando assim a estimativa mais completa de produção de energia no Universo próximo.
“O Universo irá declinar a partir de agora, aproximando-se lentamente da velhice. Basicamente podemos dizer que o Universo se sentou no sofá, cobriu os joelhos com uma manta e está prestes a adormecer, caindo no sono eterno,” conclui Simon Driver.
A equipe de pesquisadores espera poder expandir este trabalho mapeando a produção de energia ao longa de toda a história do Universo, utilizando para isso uma quantidade de novas instalações, incluindo o maior rádio telescópio do mundo, o Square Kilometre Array, o qual será construído na Austrália e na África do Sul durante a próxima década.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

ESO OBSERVA O FANTASMA DE UMA ESTRELA MORIBUNDA

A nebulosa planetária ESO 378-1
Esta é a melhor imagem feita até hoje de ESO 378-1, um objeto pouco conhecido, e foi obtida com o Very Large Telescope do ESO no norte do Chile denominada de eso1532pt-br.
 Embora esta bolha extraordinária, que brilha como o fantasma de uma estrela na vastidão negra do espaço, pareça sobrenatural e misteriosa, trata-se simplesmente de um objeto astronômico familiar: uma nebulosa planetária, isto é os restos de uma estrela moribunda.
Conhecida por Nebulosa da Coruja do Sul, esta orbe reluzente é uma nebulosa planetária com um diâmetro de quase quatro anos-luz. Este nome informal tem a ver com a sua "prima visual" que se encontra no hemisfério norte, a Nebulosa da Coruja. A ESO 378-1, também catalogada como PN K 1-22 e PN G283.6+25.3, situa-se na constelação da Hidra.
Tal como todas as nebulosas planetárias, a ESO 378-1 trata-se de um fenômeno relativamente curto, com uma duração de apenas algumas dezenas de milhares de anos — isto comparado com a vida típica de uma estrela que é de vários bilhões de anos .
As nebulosas planetárias formam-se a partir de gás que é ejetado por estrelas moribundas e que se expande. Embora sejam objetos brilhantes e intrigantes nas fases iniciais da sua formação, estas bolhas desvanecem à medida que o seu gás constituinte se afasta e a estrela central se vai tornando cada vez mais tênue.
Para que uma nebulosa planetária se forme, a estrela que lhe dá origem tem que ter uma massa inferior a 8 vezes a massa do Sol. Estrelas com mais massa do que este valor terminarão as suas vidas de forma dramática em explosões de supernovas.
À medida que estas estrelas menos massivas vão envelhecendo começam a perder as suas camadas de gás mais exteriores sob a forma de ventos estelares. Após a dissipação da maioria destas camadas exteriores, o núcleo estelar quente que resta começa a emitir radiação ultravioleta que, por sua vez, ioniza o gás circundante. Esta ionização faz com que a concha de gás em expansão comece a brilhar em cores vivas.
Depois do desvanecimento da nebulosa planetária, o resto estelar que sobra irá ainda queimar o que lhe resta de combustível durante cerca de um bilhão de anos, transformando-se depois numa minúscula, mas quente e muito densa anã branca que irá arrefecendo lentamente ao longo de bilhões de anos. O Sol dará origem a uma nebulosa planetária daqui a vários bilhões de anos, transformando-se posteriormente numa anã branca.
As nebulosas planetárias desempenham um papel crucial no enriquecimento químico e evolução do Universo. Estes objetos devolvem o material das estrelas, onde novos elementos tais como o carbono e o nitrogênio, assim como outros elementos pesados, foram criados, ao meio interestelar. É deste material que se formam novas estrelas, planetas e eventualmente vida. Daí a famosa frase do astrônomo Carl Sagan: “Somos feitos de poeira de estrelas.”
Esta imagem foi obtida no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO, uma iniciativa que visa obter imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atrativos, utilizando os telescópios do ESO, para efeitos de educação e divulgação científica. O programa utiliza tempo de telescópio que não pode ser usado em observações científicas. Todos os dados obtidos podem ter igualmente interesse científico e são por isso postos à disposição dos astrônomos através do arquivo científico do ESO.

sábado, 15 de agosto de 2015

RGG 118: BURACO NEGRO FORNECE PISTAS DE FORMAÇÃO E CRESCIMENTO


Astrônomos identificaram o menor buraco negro supermassivo, situado no centro de uma galáxia.
A massa do buraco negro é cerca de 50.000 vezes a massa do Sol, usando dados do telescópio de 6.5 metros de Clay.
Raios-X de roda de gás quente para o buraco negro foi detectado pelo Chandra.
O buraco negro pode nos ajudar a entender a formação de buracos negros supermassivos muito maiores.
Os astrônomos usando o Observatório de Raios-X Chandra da NASA e do telescópio de 6.5 metros de argila no Chile identificaram o menor buraco negro supermassivo já detectado no centro de uma galáxia, como descrito em nosso mais recente lançamento de imprensa. Este objeto paradoxal poderia fornecer pistas sobre como muitos e maiores buracos negros formados juntamente com suas galáxias hospedeiras que se formaram a 13.000.000.000 anos luz ou mais no passado.
Os astrônomos estimam esse buraco negro supermassivo é de cerca de 50 mil vezes a massa do Sol Isso é menos que a metade da menor massa anterior para um buraco negro no centro de uma galáxia.
O minúsculo buraco negro pesado está localizado no centro de uma galáxia anã disco, chamada RGG 118, cerca de 340 milhões de anos-luz da Terra. Nosso gráfico mostra uma imagem Sloan Digital Sky Survey de RGG 118 eva inserção mostra uma imagem de Chandra do centro da galáxia. A fonte ponto de raios-X é produzido pela roda de gás quente em torno do buraco negro.
Os pesquisadores estimaram a massa do buraco negro, estudando o movimento de gás frio perto do centro da galáxia utilizando dados de luz visível do telescópio Clay. Eles usaram os dados do Chandra para descobrir o brilho em raios-X de roda de gás quente em direção ao buraco negro. Eles descobriram que o empurrão para fora da pressão de radiação deste gás quente é de cerca de 1% da tração para dentro do buraco negro da gravidade, combinando as propriedades de outros buracos negros supermassivos.

Acreção de disco mostra o crescimento e o desenvolvimento de um buraco negro.
Anteriormente, a relação foi observada entre a massa dos buracos negros supermassivos e da gama de velocidades de estrelas no centro de sua galáxia hospedeira. Esta relação também é válida para RGG 118 e seu buraco negro.
O buraco negro na RGG 118 é cerca de 100 vezes menos massiva do que o buraco negro supermassivo, situado no centro da Via Láctea. Também é cerca de 200.000 vezes menos massiva do que os mais pesados ​​buracos negros encontrados nos centros de outras galáxias.
Os astrônomos estão a tentar compreender a formação de buracos negros de bilhões de massas solares que foram detectados a partir de menos de um bilhão de anos após o Big Bang. O buraco negro na RGG 118 dá aos astrônomos uma oportunidade para estudar uma vizinha pequeno buraco negro supermassivo no lugar da primeira geração de buracos negros que não são detectáveis ​​com a tecnologia atual.
Os astrônomos acreditam que buracos negros supermassivos podem se formar quando uma grande nuvem de gás, pesando cerca de 10.000 a 100.000 vezes a do Sol, cai em um buraco negro. Muitas destas sementes de buracos negros, em seguida, se fundem para formar buracos negros supermassivos muito maiores. Como alternativa, uma semente buraco negro supermassivo poderia vir de uma estrela gigante, cerca de 100 vezes a massa do Sol, que em última análise constitui em um buraco negro depois que ele fica sem combustível e colapsados.
Os pesquisadores vão continuar a olhar para outros buracos negros supermassivos que são comparáveis ​​em tamanho ou ainda menor do que o de RGG 118 para ajudar a escolher entre as duas opções mencionadas acima e refinar sua compreensão de como esses objetos crescem.
A pré-publicação desses resultados está disponível online. O outro co-autor do papel é Jenny Greene, da Universidade de Princeton, em Princeton, New Jersey. Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Ciência Missão Direcção da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo de Chandra.
Fatos para RGG 118:
Crédito de raios-X:   NASA / CXC / Univ of Michigan / VFBaldassare, et al; Optical: SDSS
Data de lançamento   11 de agosto de 2015
Escala da imagem   é de 3,2 arcmin de diâmetro (cerca de 317 mil anos-luz)
Categoria quasares   e galáxias ativas
Coordenadas (J2000)   RA 05.00s 15h 23m | dezembro + 11 ° 45 '53,60 "
Constelação   Serpens
Data de Observação   26 de dezembro de 2014
Tempo de observação   5 horas 30 min
Obs.   ID 17538
Instrumento   ACIS
Referências Baldassare,   V.F. et al, 2015, APJ (aceite); arXiv: 1.406,07531
Cor Código   Inset de raios-X (rosa); Optical: (Vermelho, Verde, Azul)
Imagem Optical   X raio-
Distância estimamada   que cerca de 340 milhões de anos-luz

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O QUEBRA-CABEÇAS DOS ANÉIS DE SATURNO FOI FINALMENTE SOLUCIONADO

quebra-cabeças dos anéis de Saturno
quebra-cabeças dos anéis de Saturno
Astrônomos finalmente decifraram um enigma que tem durado décadas...
Em um estudo inovador, uma equipe internacional de cientistas, incluindo o professor Nikolai Brilliantov, da Universidade de Leicester, resolveu um antigo enigma científico, considerado um verdadeiro quebra-cabeças na Astronomia planetária. O que deixou os astrônomos "queimarem seus neurônios" por tantos anos era pensar como acontecia a distribuição simétrica e quase planejada dos anéis de Saturno, que são constituídos de partículas que variam de centímetros até cerca de 10 metros. Havia alguma física? Uma lei? Ou era apenas mero acaso?
O professor Brilliantov, do Departamento de Matemática da Universidade de Leicester explica: "Os anéis de Saturno são relativamente bem estudados, e sabemos que eles consistem de pequenas partículas de gelo que variam de tamanho de alguns centímetros até 10 metros, com alta probabilidade de serem restos de um grande impacto cósmico do passado distante."
Os anéis de Saturno - fragmentos e rochas
Ilustração artística mostra um olhar mais próximo dos anéis de Saturno.
Créditos: SolarSystemVideos
"Finalmente desvendamos esse grande quebra-cabeças", comentou o professor. "E o que é surpreendente é como essa abundância de partículas de diferentes tamanhos se distribuem com uma precisão incrível, seguindo a lei matemática chamada de 'Cubos Inversos'. Portanto, a abundância de partículas de 2 metros é oito vezes menor do que as partículas de 1 metro, e a abundância de partículas de 3 metros é 27 vezes menor, e assim por diante... Isso vai até as partículas de 10 metros, e em seguida, acontece uma queda abrupta na abundância. E é justamente essa distribuição quase planejada que intrigou os cientistas por anos... mas que agora finalmente foi compreendida.
"Nós finalmente resolvemos o enigma da distribuição de tamanho de partículas dos anéis de Saturno", disse Brilliantov. "Além disso, nossos estudos mostram que essa mesma regra se aplica em nível Universal, e acontece com todos os anéis planetários que possuem partículas de natureza similar."
A maioria dos planetas do Sistema Solar têm satélites naturais, que são corpos menores que os orbitam. Alguns deles, como Saturno, Júpiter, Urano e Netuno, também possuem anéis planetários além dos corpos menores. E não é somente na nossa vizinhança: sistemas de anéis também cercam planetas que orbitam outras estrelas fora do nosso Sistema Solar.
Grandes asteroides, como Chariklo e Chiron, com algumas centenas de quilômetros de diâmetro, também são cercados por anéis.
O professor Brilliantov acrescentou: "O modelo matemático apresentado no estudo também pode ser aplicado com sucesso em outros sistemas, onde as partículas se fundem ao colidir lentamente, e se despedaçam ao colidir com partículas maiores e mais velozes.
Fonte: Universidade de Leicester / DailyGalaxy
Imagens: (capa-ilustração/divulgação) / SolarSystemVideos

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

ASTRÔNOMOS REGISTRAM GALÁXIAS EM FORMAÇÃO APENAS 800 MILHÕES DE ANOS APÓS O BIG BANG

galáxia bdf 3299 - galáxia no início do Universo
Fotos de galáxias do inicio do universo pouco após o big bang.
É como voltar no tempo e olhar para o passado, quando a Terra nem sequer existia...
Utilizando o as antenas do Observatório ALMA do ESO (Observatório Europeu do Sul), os astrônomos conseguiram um feito inédito ao detectar as mais ditantes e antigas nuvens de gás de formação estelar já observadas. Isso é fascinante, pois estamos olhando para um passado remoto, quando o Universo estava em seu início, logo que as primeiras galáxias começaram a se formar... É como voltar no tempo!
Alguns centenas de milhões de anos após o Big Bang, o Universo estava repleto de nevoeiros de hidrogênio gasoso, mas conforme as estrelas se formavam, esse nevoeiro foi desaparecendo, fazendo com que o Universo ficasse cada vez mais transparente à radiação ultravioleta. Na Astronomia, essa período é chamado de "época da reionização", e até agora pouco se sabe sobre essas primeiras galáxias, pois conseguíamos ver apenas manchas opacas e difusas, mas essas novas observações feitas pelo grande radio telescópio ALMA estão mudando essa história.
Simulação do Big Bang
Simulação do Big Bang Ilustração artística do Big Bang. Imagem: Divulgação
Roberto Maiolino, da Universidade de Cambridge e do Laboratório de Cavendish, do Reino Unido, liderou uma equipe de astrônomos para o estudo. Eles apontaram as antenas do ALMA para galáxias extremamente distantes, e viram o Universo quando tinha passado apenas cerca de 800 milhões de anos do Big Bang. A equipe pretendia estudar a interação entre uma geração de estrelas jovens e os gases dessas primeiras galáxias.
A equipe não estava a procurar de estrelas e de outros objetos brilhantes, como quasares e galáxias com alta formação de estrelas, mas sim em galáxias comuns que reionizaram o Universo, criando a maior parte das estrelas que vemos a nossa volta.
Dentre tantas galáxias, a chamada BDF 3299 chamou a atenção dos pesquisadores, pois o radio telescópio captou um sinal fraco de carbono brilhante, porém o brilho não vinha do centro da galáxias, mas sim de sua extremidade.
fotos de galáxias do inicio do universo
Galáxia bdf 3299 - galáxia no início do Universo. Observação da Galáxia BDF 3299 (em laranja no centro) quando o Universo tinha menos de 800 milhões de anos Créditos: ESO / R. Maiolino .
Essa imagem é uma combinação de dados do ALMA e do VLT. A nuvem vermelha opaca, logo abaixo da nuvem vermelha central é uma nuvem de material que está criando uma nova galáxia no início do Universo.
"Essa é a detetcção mais distante desse tipo de emissão de uma galáxia comum, observada a menos de 1 bilhão de anos após o Big Bang. Isso nos dá a oportunidade de observar a formação das primeiras galáxias do Universo", disse a co-autora do estudo, Andrea Ferrara, da Scuola Normale Superiore, na Itália. "Estamos vendo pela primeira vez as galáxias primordiais, e não como pequenos pontos, mas sim como verdadeiras estruturas."
Além disso, ao combinar essas observações feitos com o ALMA com simulações de computador, os astrônomos conseguiram entender detalhes importantes sobre como ocorreram as primeiras galáxias. Além disso, os pesquisadores poderão agora calcular os efeitos da radiação emitida por essas estrelas, a evolução das nuvens moleculares, e como a radiação ionizante escapou, assim como compreender o complexo maio interestelar. A galáxia BDF 3299 provavelmente é um exemplo típico das primeiras galáxias do Universo.
Segundo Roberto Maiolino, esse estudo não seria possível sem um grande instrumento como o ALMA, que tem a resolução e a sensibilidade necessária para observar coisas tão distantes no Universo. "Essa foi uma das observações mais profundas já feitas com o ALMA, mas estamos longe de utilizar todo o potencial desse grande observatório", comentou Roberto. "No futuro, o ALMA fará imagens ainda mais precisas das galáxias primordiais, e poderemos compreender o início do Universo com detalhes incríveis".
Fonte: ESO
Imagens: (capa-ESO) / divulgação / ESO

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

SUPERNOVA 1984 D OBSERVADA EM NGC 4526

Supernova 1994D in the galaxy NGC 4526
NGC 4526 é uma galáxia lenticular na constelação de Virgem, que é visto quase de lado. A classificação morfológica é SAB (s) 0 °, o que indica uma estrutura lenticular com um fraco bar em frente ao centro e braços espirais puros, sem um anel.
 Esta Galáxia pertence ao aglomerado de Virgem nosso grupo local e é um dos mais brilhantes conhecidas galáxias lenticulares.  O núcleo interior desta Galaxia exibe um aumento no movimento orbital estelar que indica a presença de uma massa gravitacional central. O melhor modelo de ajuste para o movimento de gás molecular na região do núcleo sugere que há um buraco negro supermassivo com cerca de 4,5 + 4,2
-3,0 × 108 (450 milhões) vezes a massa do Sol. Este é o primeiro objectivo de ter a sua massa buraco negro estimado através da medição da rotação das moléculas de gás em torno do seu centro com um interferómetro Astronomical (neste caso, o Matriz combinado para Pesquisa em Astronomia Millimeter-wave).
Supernova SN 1969E foi descoberto nesta galáxia em 1969, atingindo um pico de magnitude 16. Em 1994, uma supernova tipo 1a foi descoberto cerca de duas semanas antes de atingir o brilho máximo. SN 1994D designado, ele foi causado pela explosão de uma estrela anã branca composta de carbono e oxigênio.
Uma supernova só dura um instante, é como uma calamidade súbita em uma escala colossal. Dado que a galáxia é provavelmente com cerca de 100.000 anos-luz de diâmetro, qualquer onda de choque da nova iria viajar lento demais para afetar qualquer coisa nesta escala, mas os sistemas de estrelas locais na vizinhança de uma super t. Seria realmente um risco viver em um desses lugares. No resto da Galáxia poderia ver outra estrela tão brilhante como o sol por alguns meses antes de ele desaparecer.
Além disso, a galáxia ira se manter girando por muitos milhares de milhões de anos, antes de se fundir com outras galáxias e reiniciar e manter o ciclo de supernovas  frequente novamente.

Supernova SN 1994D (inferior esquerdo), nos arredores de NGC 4526
Dados de observação (J2000 período)
Constelação de Virgem
Direita 03.029s 34m ascensão 12h [1]
Declinação + 07 ° 41 '56.90 "[1]
Redshift 0.001494 ± 0.000027
Velocidade radial Helio 448 ± 8 km / s [2]
Distância 55 ± 5 Mly (16,9 ± 1,6 Mpc) [3]
Tipo SAB (s) 0 ° [4]
Dimensões aparentes (V) 7'.2 2'.4 × [2]
Magnitude aparente (V)
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

terça-feira, 11 de agosto de 2015

ASTRÔNOMOS CRIAM MAPA 3D DO CENTRO DA VIA LÁCTEA

Astrônomos criam mapa 3D do centro Via Láctea
 Mapa 3D da Via Láctea esta impressão artística mostra qual a forma da Via Láctea quando vista praticamente de perfil e de uma perspectiva completamente diferente da que temos a partir da Terra. [Imagem: ESO/NASA/JPL-Caltech/M. Kornmesser/R. Hurt]
Dois grupos de astrônomos usaram os telescópios do ESO para fazer um mapa em três dimensões das zonas centrais da Via Láctea.
As equipes descobriram que a forma da região interna da nossa galáxia varia conforme o ângulo de que é vista - por alguém que possa vê-la de fora. De um determinado ângulo, ela se parece com um amendoim, mas toma a forma de X quando vista de uma perspectiva diferente.
O chamado bojo galáctico é uma das regiões mais importantes e de maior massa da nossa galáxia. Esta enorme nuvem central, com cerca de 10 bilhões de estrelas, tem uma dimensão de milhares de anos-luz, mas sua estrutura e origem não são bem compreendidas.
Infelizmente, a partir do interior da galáxia - que é a posição da Terra - a vista desta região central - a cerca de 27.000 anos-luz de distância - fica fortemente obscurecida por nuvens densas de gás e poeira. Os astrônomos apenas conseguem obter uma boa vista do bojo observando a grandes comprimentos de onda, como em radiação infravermelha, que consegue penetrar as nuvens de poeira.
Astrônomos criam mapa 3D do centro Via Láctea
Esta é a parte central da Via Láctea vista da Terra. [Imagem: ESO/S. Brunier]
Movimentos de estrelas
Agora, dois grupos de cientistas utilizaram novas observações de vários telescópios, com técnicas diferentes, para obter uma vista muito mais clara da estrutura do bojo da Via Láctea.
O primeiro grupo, do Instituto Max Planck, na Alemanha, usou o rastreio no infravermelho próximo, conseguindo observar estrelas 30 vezes mais tênues do que nas observações anteriores - eles identificaram 22 milhões de estrelas pertencentes à classe das gigantes vermelhas, cujas propriedades bem conhecidas permitem calcular as suas distâncias.
A segunda equipe, liderada Sergio Vásquez, da Pontifícia Universidade Católica do Chile, utilizou uma abordagem diferente.
Ao comparar imagens obtidas com um intervalo de onze anos, a equipe pôde medir os minúsculos desvios no céu devido aos movimentos das estrelas do bojo. Estes desvios foram combinados com medições dos movimentos das mesmas estrelas ao aproximarem-se ou afastarem-se da Terra, mapeando assim os movimentos de mais de 400 estrelas em três dimensões.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

GALÁXIAS ANÃS QUE ORBITAM ANDRÔMEDA E A VIA LÁCTEA DESAFIAM A TEORIA ACEITA

via láctea já está em colisão com a galáxia de andrômeda
Contradições observadas em simulações geram um certo desconforto entre os cientistas
As galáxias anãs que orbitam a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda desafiam o modelo aceito de formação de galáxias, e as recentes tentativas de entendê-las já falharam, relata uma equipe internacional de astrofísicos. Os estudo evidenciou falhas na compreensão atual da formação de galáxias, e questiona o modelo aceito da origem e evolução do Universo. De acordo com o paradigma padrão, 23% da massa do Universo é formada por partículas invisíveis conhecidas como matéria escura.

"O modelo prevê que galáxias anãs devem se formar no interior de pequenos aglomerados de matéria escura, e que esses aglomerados devem ser distribuídos aleatoriamente sobre sua galáxia principal", disse David Merritt, professor de astrofísica do Rochester Institute of Technology. "Mas o que se observa é muito diferente. As galáxias anãs que pertencem à Via Láctea e à Galáxia de Andrômeda são vistas orbitando em enormes estruturas em forma de disco fino".
O estudo, liderado por Marcel Pawlowski da Universidade Case Western Reserve critica três trabalhos recentes de diferentes equipes internacionais, os quais concluíram que as galáxias satélites suportam o modelo padrão. A crítica por Merritt e seus colegas encontraram "problemas sérios" com todos os três estudos. A equipe de 14 cientistas de seis diferentes países replicaram as análises anteriores usando os mesmos dados e simulações cosmológicas, mas os resultados observados foram bem diferentes.
descoberta na Grande Nuvem de Magalhães
"Os trabalhos anteriores encontraram estruturas nas simulações, mas essas estruturas realmente não se pareciam muito com as estruturas observadas", disse Merritt.
O modelo cosmológico padrão é o quadro de referência aceito para muitas gerações de cientistas, mas aluns grupos estão começando a questionar sua capacidade de reproduzir com precisão o que se observa no Universo próximo. Merritt se considera parte desse pequeno e crescente grupo que está questionando os paradigmas aceitos. "Quando você tem uma clara contradição como esta, você deve se concentrar nele", comenta Merritt. "É assim que é feito o progresso científico ".
Merritt é co-autor do estudo intitulado "As estruturas de galáxias satélites orbitais ainda estão em conflito com a distribuição de galáxias anãs primordiais", a ser publicado na próxima edição da Monthly Notices da Royal Astronomical Society.
O estudo recente conclui que a matéria escura em galáxias anãs é distribuída ao invés de ser aglomerada em seus centros. Isto contradiz simulações utilizando o modelo cosmológico padrão. Um estudo por Matt Walker (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics) e co-autor Jorge Peñarrubia (University of Cambridge, Reino Unido). O estudo foi aceito para publicação na revista The Astrophysical Journal. O autor principal, Matt Walker, disse: "Depois de concluir este estudo, sabemos menos sobre a matéria escura do que antes".
A imagem no topo da página é a concepção de um artista de uma galáxia anã vista da superfície de um exoplaneta hipotético.
Fonte: Dailygalaxy / Rochester Institute of Technology
Imagem: David A. Aguilar (CfA)

domingo, 9 de agosto de 2015

A VIA LÁCTEA É MUITO MAIS MASSIVA E GIRA MAIS RÁPIDO DO QUE PENSÁVAMOS

Mapa da Via Váctea (http://www.atlasoftheuniverse.com/galaxy.html)
Os cientistas revisaram profundamente a massa da Via Láctea e descobriram que nossa galáxia é 50% mais massiva que se pensava anteriormente.
A Via Láctea não é mais a “irmã-menor” da galáxia Andrômeda, agora concluiu-se que ela está emparelhada com Andrômeda em termos de massa, ou seja, como massa equivalente a 3 trilhões de vezes a massa do Sol.
Além disso, constatou-se que a Via Láctea gira sobre seu centro muito mais rápido.
Vamos ver a seguir como chegaram a essa conclusão…
Os astrônomos chegaram a estimativa da nossa massa galáctica usando a rede de radiotelescópios VLBA (Very Long Baseline Array) pertencente a National Science Foundation. Foram feitas imagens detalhadas da estrutura da galaxia, medindo distâncias e movimentos de diversas áreas da Via Láctea. Essas medidas de alta precisão, apresentadas no 213º encontro da AAS (American Astronomical Society) demonstram que a velocidade apurada na posição no nosso sistema Solar (a uma distância de 28.000 anos-luz do centro da galáxia) é cerca de 160.000 km/h (44.444 m/s) mais rápida. Nessa distância, a novas medidas mostram que a galáxia está rodando a 965.600 km/h (268.222 m/s), comparada com a estimativa prévia de 804.672 km/h (223.500 m/s). O aumento da velocidade de rotação da Via Láctea acarreta um aumento de 50% em sua massa, segundo comentou Mark Reid do Harvard-Smithsonian Center de Astrophysics.
A nova massa estimada da Via Láctea é de cerca de 3 trilhões de massas-solares, Reid confirmou, e tal massa significa um aumento na força gravitacional exercida pela Via Láctea, aumentando a probabilidade de colisões com Andrômeda e outras galáxias menores nas proximidades. O time usou o VLBA, um sistema com 10 radiotelescópios espalhados do Havaí até a Nova Inglaterra e Caribe, para observar regiões de formação prolífica de estrelas através da Via Láctea. O gás ionizado fortalece a emissão natural das ondas de rádio nessas regiões.
Os astrônomos rastrearam essas áreas, denominadas “cosmic masers” (MASER é a sigla de “Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation”), observando-as quando a Terra estava em lados opostos de sua órbita em torno do Sol. O desvio aparente da luz (paralaxe) pode ser medido comparando com os objetos de fundo mais distantes para triangular as distâncias e movimentos do objeto mais próximo investigado. As observações também trouxeram uma luz sobre o formato espiral da Via Láctea, uma vez que os “cosmic masers” definem os braços espirais galácticos. As medições mostraram que a “maioria das regiões de formação estelar não segue um caminho circular em sua órbita em torno do centro galáctico. Ao contrário, encontramos essas regiões movendo-se mais lentamente que outras áreas em órbitas elípticas”, ressalta Reid. As órbitas circulares são o que denominamos densas ondas espirais de choque, que podem afetar o gás em uma órbita circular, comprimí-lo para formar estrelas e movê-los para uma nova órbita elíptica reforçando a estrutura elíptica da galáxia.
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As observações realizadas através da rede de radiotelescópios VLBA também trouxeram mais surpresas sobre a estrutura espiral galáctica: “Essas medições indicaram que nossa galáxia provavelmente tem 4 e não 2 braços espirais de gás e poeira cósmica que formam estrelas”, completa Reid.
Pesquisas recentes através do telescópio espacial Spitzer da NASA sugerem que as estrelas mais velhas são encontradas em sua maioria apenas em 2 braços espirais. A razão pela qual não as encontramos em outros braços é uma questão que irá requisitar mais pesquisas, observações e medições. Em uma notícia separada a NASA anunciou uma fantástica nova imagem que é a mais nítida visão em infravermelho já obtida do núcleo galáctico. Esta imagem composta do centro da Via Láctea revela uma nova população de estrelas massivas e novos detalhes de estruturas completas no gás ionizado girando em torno do núcleo da Via Láctea (que mede um diâmetro de cerca 300 anos-luz).

sábado, 8 de agosto de 2015

ESO OBSERVA O NÚCLEO ROSA E ESFUMAÇADO DA NEBULOSA ÔMEGA

O núcleo rosa e esfumaçado da Nebulosa Ômega
A nova imagem da Nebulosa Ômega, obtida pelo Very Large Telescope do ESO (VLT) é uma das imagens mais nítidas deste objeto, captada a partir do solo. A imagem mostra as regiões centrais rosadas e esfumaçadas desta famosa maternidade de estrelas e revela com um detalhe extraordinário a paisagem cósmica composta por nuvens de gás, poeira e estrelas recém-nascidas.
O gás colorido e a poeira escura da Nebulosa Ômega servem de matéria prima na criação da próxima geração de estrelas. Nesta região particular da nebulosa, as estrelas mais jovens - brilhando de forma ofuscante em tons branco-azulados - iluminam todo o conjunto. As zonas de poeira da nebulosa, semelhantes a brumas, contrastam visivelmente com o gás brilhante. As cores vermelhas dominantes têm origem no hidrogênio, que brilha sob a influência da intensa radiação ultravioleta emitida pelas estrelas quentes jovens.
A Nebulosa Ômega tem muitos nomes, dependentes de quem a observou, quando e do que julgou ter visto. Entre esses nomes inclui-se: Nebulosa do Cisne, Nebulosa da Ferradura e ainda Nebulosa Lagosta. Este objeto foi também catalogado como Messier 17 (M17) e NGC 6618. A nebulosa situa-se entre 5000 e 6000 anos-luz de distância na direção da constelação de Sagitário. Um alvo bastante popular entre os astrônomos, este campo de poeira e gás brilhante é uma das mais jovens e mais ativas maternidades estelares na Via Láctea, onde nascem estrelas de grande massa.
A imagem foi obtida com o instrumento FORS (Focal Reducer and Spectrograph) montado no telescópio Antu, um dos quatro grandes telescópios que compõem o VLT. Para além do enorme tamanho do telescópio, o fato da atmosfera se ter mantido excepcionalmente estável durante as observações, apesar da existência de algumas nuvens, contribuiu de forma decisiva para a ótima nitidez da imagem, resultando por isso numa das melhores imagens desta região da Nebulosa Ômega, obtida a partir do solo.

Esta imagem é uma das primeiras imagens obtidas no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

AGLOMERADO EL GORDO UM AGLOMERADO DE GALÁXIAS DISTANTE


Um aglomerado de galáxias jovem extremamente quente e de elevada massa - o maior já observado no Universo longínquo - foi estudado por uma equipe internacional de astrônomos que utilizou o Very Large Telescope (VLT) do ESO, instalado no deserto do Atacama no Chile, juntamente com o Observatório de raios-X Chandra da NASA e o Atacama Cosmology Telescope. Os novos resultados são anunciados no dia 10 de Janeiro de 2012 no Encontro da Sociedade Astronômica Americana, que se realiza em Austin, Texas.
O aglomerado de galáxias recentemente descoberto foi apelidado de El Gordo. É composto por dois sub-aglomerados separados de galáxias em colisão com uma velocidade de vários milhões de quilômetros por hora, e que se encontram tão afastados de nós que a sua luz teve que viajar durante sete bilhões de anos para chegar até à Terra.
“Este aglomerado tem mais massa, é mais quente e emite mais raios-X do que qualquer outro aglomerado encontrado a esta distância ou a distâncias ainda maiores,” disse Felipe Menanteau da Universidade Rutgers, que liderou este estudo. “Dedicámos muito do nosso tempo de observação ao El Gordo e estou contente por termos conseguido descobrir este espantoso aglomerado em colisão.”
Os aglomerados de galáxias são os maiores objetos mantidos pela força da gravidade que existem no Universo. O processo da sua formação, a partir de grupos de galáxias mais pequenos que se fundem, depende muito da quantidade de matéria escura e energia escura do Universo nesse momento. Por isso mesmo, o estudo dos aglomerados ajuda-nos a compreender melhor estas misteriosas componentes do cosmos.
El Gordo: a massive distant merging galaxy cluster
“Aglomerados de galáxias gigantescos como este são exatamente o que estávamos à procura,” disse o membro da equipe Jack Hughes, também da Universidade Rutgers. “Queremos ver se conseguimos compreender como se formam estes objetos tão extremos, utilizando os melhores modelos cosmológicos disponíveis hoje em dia.”
A equipe, liderada por astrônomos chilenos e da Universidade Rutgers, descobriu o El Gordo ao detectar uma distorção da radiação cósmica de fundo de microondas. Este brilho tênue é o resto da primeira radiação vinda do Big Bang, a origem do Universo muito densa e extremamente quente há cerca de 13,7 bilhões de anos. Esta radiação que resta do Big Bang, interage com os eletróns do gás quente dos aglomerados de galáxias, distorcendo a aparência do brilho de fundo de microondas visto a partir da Terra.  Quanto maior e mais denso for o aglomerado, maior será este efeito. O El Gordo foi descoberto num rastreio da radiação de fundo feito pelo Atacama Cosmology Telescope.
O Very Large Telescope do ESO foi utilizado pela equipe para medir as velocidades das galáxias nesta enorme colisão de aglomerados e também para medir a sua distância à Terra. Adicionalmente, o Observatório de raios-X Chandra da NASA foi utilizado para estudar o gás quente no aglomerado.
Embora o tamanho e distância do aglomerado El Gordo sejam bastante incomuns, os autores dizem que os novos resultados são, ainda assim, consistentes com a atual ideia de um Universo que começou com o Big Bang e que é essencialmente constituído por matéria escura e energia escura.
O El Gordo formou-se, muito provavelmente, de forma semelhante ao aglomerado Bala, o espetacular aglomerado de galáxias em interação que se encontra a quase quatro bilhões de anos-luz mais próximo da Terra. Em ambos os aglomerados há evidências de que a matéria normal, constituída principalmente por gás quente brilhando em raios-X, foi arrancada da matéria escura. O gás quente é desacelerado pela colisão, o mesmo não acontecendo à matéria escura.
“Esta é a primeira vez que encontramos um aglomerado como o aglomerado Bala a uma distância tão grande, “ disse Cristóbal Sifón, estudante da Pontificia Universidad Católica de Chile (PUC) em Santiago. “É como diz o velho provérbio: Se queres perceber para onde vais, tens primeiro de saber donde vieste.”

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

VLT OBSERVA NGC 6357 DE PERTO


O Very Large Telescope do ESO (VLT) obteve a imagem mais detalhada até hoje de uma região espetacular da maternidade estelar chamada NGC 6357. Esta imagem mostra muitas estrelas quentes jovens, nuvens brilhantes de gás e formações de poeira esculpidas de forma estranha por radiação ultravioleta e ventos estelares.
Nas profundezas da Via Láctea, na constelação do Escorpião, encontra-se NGC 6357, uma região do espaço onde novas estrelas estão se formando a partir de nuvens caóticas de gás e poeira. O Very Large Telescope do ESO observou as regiões exteriores desta vasta nebulosa, produzindo a melhor imagem obtida até agora da região.
A nova imagem mostra um largo "rio" de poeira que atravessa o centro e que absorve a radiação emitida pelos objetos mais distantes. À direita encontra-se um pequeno aglomerado de estrelas azuis-esbranquiçadas brilhantes, que se formaram a partir do gás. Estas estrelas têm provavelmente apenas alguns milhões de anos de idade, ou seja, são muito jovens em termos estelares. A intensa radiação ultravioleta emitida por estas estrelas cava um buraco no gás e poeira circundantes, esculpindo-os de forma estranha.
Visão de campo amplo na região de NGC 6357
Toda a imagem encontra-se coberta por traços escuros de poeira cósmica, mas algumas das formas escuras mais fascinantes aparecem em baixo à direita e na ponta direita da imagem. Nesta região, a radiação emitida pelas estrelas jovens brilhantes criou curiosas colunas de trombas de elefante, parecidas aos famosos "pilares da criação" da Nebulosa da Águia (opo9544a). A poeira cósmica é muito mais fina que a familiar poeira doméstica, parecendo-se com fumaça. Consiste essencialmente em pequeníssimas partículas de silicatos, grafite e gelo de água, que foram produzidas e expelidas para o espaço por gerações anteriores de estrelas.
A região central brilhante da NGC 6357 contém um aglomerado de estrelas de grande massa, estrelas essas que se encontram entre as mais brilhantes da nossa Galáxia. Esta região interior, que não vemos nesta nova imagem, foi já intensamente estudada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, o qual obteve muitas imagens da região (hei0619). Esta nova imagem mostra que, até as regiões exteriores menos bem conhecidas desta maternidade contêm estruturas fascinantes, as quais são reveladas pelo poder do VLT.
Esta imagem foi produzida no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO