quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

COMETA INCOMUM FAZ UM ENCONTRO RASANTE COM O SOL



cometa rasante no Sol

No dia 19 de fevereiro um objeto passou raspando a coroa solar. Era mais um cometa contornando o astro rei, porém, desta vez, o cometa que fez essa máxima aproximação não estava relacionado a qualquer grupo ou família de cometas que se tem registro. Segundo Karl Battams, do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, essa aproximação não é muito comum. Ele não veio de um lugar conhecido. Karl Battams disse ainda que o cometa recebeu o nome extra-oficial de SOHO-2875, justamente por ter sido o cometa de número 2875 a ser descoberto pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO).
A maioria dos cometas que a sonda SOHO vê pertence à família Kreutz. Os cometas rasantes Kreutz são fragmentos de um único cometa gigante, que existia a muitos séculos atrás. Os cometas Kreutz receberam o nome de Heinrich Kreutz, astrônomo alemão do século 19 que os estudou em detalhe. Mas, como foi dito, o cometa SOHO-2875 não é um membro dessa família.
Ainda segundo Karl, apesar de não serem comuns, cometas não pertencentes aos grupos conhecidos são avistados algumas vezes por ano, mas este em questão é consideravelmente mais brilhante, e está se movendo com uma velocidade surpreendente.
É possível observar esse cometa?
Infelizmente não será possível observar esse cometa. Primeiro porque ele tem apenas alguns metros ou algumas dezenas de metros de diâmetro, e alguns fragmentos que passam pelo campo de visão da SOHO são maiores do que ele.
Até esse cometa emergir do Sol a ponto de o avistarmos, seu nível de atividade já terá caído drasticamente. Nessa ocasião, estima-se que nem mesmo os telescópios mais poderosos da Terra teriam uma chance real de observação. Ou seja, o fato de podermos assistir esse cometa dar um rasante no Sol é uma oportunidade única.
Imagens: SOHO / Heloioviewer / Lasco

sábado, 21 de fevereiro de 2015

COMETA LOVEJOY É ATINGIDO POR TEMPESTADE SOLAR E SUA CAUDA FICA DEFORMADA



Você pode até conferir o impacto do vento solar com o cometa no quintal de sua casa!
Observadores do brilhante cometa Lovejoy (C / 2014 Q2) estão relatando uma atividade sinuosa e diferente na cauda azul de íons do cometa, que pôde ser vista por diversas pessoas ao redor do mundo. No dia 13 de fevereiro, Michael Jäger de Dorfstetten, na Áustria, utilizou um telescópio no quintal de sua casa para capturar essa onda de plasma em sua cauda, parte mais afastada do núcleo do cometa:
cometa lovejoy cauda deformada
cometa lovejoy com a cauda deformada
Foto mostra a cauda de íons (azul) do cometa C/2014 Q2 Lovejoy e sua deformação causada pelo impacto do vento solar.
Créditos: Michael Jäger
O que fez isso com o cometa Lovejoy?
Essa curiosa onda pode na verdade ser um sinal de uma tempestade magnética em andamento. Diversos observadores de cometas testemunham frequentemente esse tipo de interferência, que normalmente se devem a Ejeções de Massa Coronal (EMC) após explosões solares. As rajadas de vento solar, em casos extremos, podem até arrancar completamente a cauda do cometa.
A física que torna isso possível é semelhante a de tempestades geomagnéticas na Terra. Quando os campos magnéticos em torno do cometa colidem com o magnetismo de uma EMC, eles podem se dobrar, fazer ondas, rupturas, ou até serem arrancados. Quando essas EMCs atingem a Terra, acontece um processo semelhante na magnetosfera do planetas, e dentre os efeitos, temos as auroras polares.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

COMPARAÇÃO: SE A TERRA FOSSE DO TAMANHO DE UM GRÃO DE FEIJÃO, QUE TAMANHO SERIA O SISTEMA SOLAR?


Em Astronomia, é comum ver e ouvir números grandes, muito grandes... mas por mais que a gente tente, o nosso cérebro não consegue dimensionar coisas tão grandes assim. A nossa capacidade de compreensão se limita a quilômetros, e mesmo assim, quando os números são muito extensos, novamente fica complicado de entendê-los de verdade.
Por isso preparamos essa matéria especial, e finalmente você vai entender de uma vez por todas o quão grande é o nosso Sistema Solar através de uma escala incrível, além de se surpreender com seus tamanhos e distâncias.
Tamanhos dos planetas em escala
Primeiramente, vamos aos números reais: Tamanhos dos planetas (e do Sol) do nosso Sistema Solar em escala.
Sol - 1,39 milhão de km                     Mercúrio - 4.880 km                         Vênus - 12.100 km

Terra - 12.700 km                              Marte - 6.790 km                              Júpiter - 143.000 km

Saturno - 121.000 km                        Urano - 51.100 km                            Netuno - 49.500 km

Distâncias reais do Sistema Solar (a partir do Sol)

Mercúrio                              Vênus
57,9 milhões de km              108 milhões de km

Terra                                    Marte
150 milhões de km               228 milhões de km

Júpiter                                  Saturno
779 milhões de km               1.430 bilhão de km

Urano                                   Netuno
2.880 bilhões de km             4.500 bilhões de km

Você consegue imaginar a distância real entre o Sol e o planeta Saturno? Ou sequer a distância do Sol ao planeta Terra? O que sabemos até agora é que a Terra fica a 150 milhões de km do Sol. Mas qual é a dimensão disso?
Pra ficar tudo mais fácil, vamos diminuir o tamanho do Sol em escala, até que ele fique do tamanho de uma "bola grande" de 1 metro de diâmetro, como essa da imagem ao lado.
Então, se o Sol fosse do tamanho dessa bola, veja como seriam os tamanhos e as distâncias do Sistema Solar, e veja como fica bem mais fácil entender o quão grande ele é:
Mercúrio                                                                   Vênus
tamanho: 3,51 mm (metade de um grão de arroz)    tamanho: 8,7 mm (um grão de arroz)
distância do Sol: 41,6 metros                                    distância do Sol: 77,7 metros

Terra                                                                        Marte
tamanho: 9,15 mm (um grão de feijão)                    tamanho: 4,88 mm (metade de um grão de feijão)
distância do Sol: 107 metros                                    distância do Sol: 164 metros

Júpiter                                                                     Saturno
tamanho: 10,3 cm (uma goiaba)                               tamanho: 8,66 cm (uma bola de baseball)
distância do Sol: 559 metros                                    distância do Sol: 1,03 km


Urano                                                                       Netuno
tamanho: 3,67 cm (bola de tênis de mesa)               tamanho: 3,56 cm (um ovo de codorna)
distância do Sol:2,07 km                                           distância do Sol: 3,24 km

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

NÉVOA MISTERIOSA É OBSERVADA EM MARTE E CIENTISTAS FICAM INTRIGADOS

nuvem misteriosa em marte
Algumas descobertas trazem mais perguntas do que repostas" - Antonio Garcia Muñoz, cientista da Agência Espacial Europeia
O que alguns astrônomos amadores têm visto em Marte está intrigando cientistas de todo mundo. Uma espécie de névoa que parece orbitar o Planeta Vermelho foi registrada pela primeira vez em março de 2012, no hemisfério sul do planeta, e agora, ela parece ter voltado.
Os cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) foram os primeiros a analisar as imagens, e perceberam que a estranha neblina se estende por mais de 1.000 km sobre o planeta. O assunto gerou tanta polêmica que ganhou destaque na famosa revista Nature, que disse que a neblina misteriosa poderia ser uma grande nuvem, ou até mesmo uma aurora excepcionalmente brilhante, porém as duas hipóteses não foram confirmadas.
Segundo Antonio Garcia Muñoz, cientista da ESA, esse é o tipo de descoberta que traz mais perguntas do que respostas... e não é difícil concordar com ele.
Um dos primeiros astrônomos amadores a capturar imagens desse estranho fenômeno foi Damian Peach. "Quando notei essa formação que parecia sair do planeta, eu achei que era um problema com o meu telescópio, ou com a minha câmera", disse ele. "Mas assim que analisei as amostras com mais atenção, percebi que aquilo era real, e claro, foi uma grande surpresa!".
Quando vista pela primeira vez, a estranha névoa brilhante se desenvolveu em menos de 10 horas, e durou cerca de 10 dias. Após um mês, ela reapareceu novamente, ficando visível por outros 10 dias. Nenhuma outra formação desse tipo foi vista desde então.
estranha nuvem em marte
Misteriosa pluma em Marte. A imagem superior está com o hemisfério sul para cima. As outras quatro fotosmostram detalhes da névoa em 21 de março de 2012.Créditos: W. Jaeschke and D. Parker
Um hipótese para explicar esse mistério em Marte é que a névoa pode ser uma nuvem de dióxido de carbono ou partículas de água, mas o que faz com que o mistério se torne ainda maior é o fato de que a água já foi observada em Marte, mas nunca acima de uma altitude de 100 km.
Já a explicação das possíveis auroras também tem suas complicações. "Nós sabemos que nunca foram relatadas auroras nessa região de Marte", comenta Muñoz. "Além disso, a intensidade dessa névoa é muito maior do que qualquer aurora já vista na Terra ou em Marte".
Segundo os pesquisadores, se qualquer uma dessas teorias estiver certa, significa que a nossa compreensão atual da atmosfera de Marte está errada.
 A intenção principal da publicação desse fenômeno, segundo Muñoz, é a de atrair a atenção de outros cientistas ao redor do mundo, e quem sabe, conseguir colaboração nos estudos e pesquisas. Se isso não acontecer a tempo, os astrônomos terão de esperar o retorno dessas névoas ao redor de Marte, se é que elas retornarão num futuro próximo. Os pesquisadores pretendem ainda utilizar dados de sondas e de telescópios que orbitam o planeta, afinal, qualquer informação adicional se torna uma peça importante para desvendar esse grande quebra-cabeças.
Fonte: BBC / ESA
Imagens: (capa-imagem original) / W.Jaeschke / D. Parker)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

CIENTISTAS REVELAM QUE JÚPITER E SATURNO ESTÃO REPLETOS DE DIAMANTES



 Os pesquisadores calcularam que diamantes podem ser encontrados nas partes mais interiores dos dois planetas
Um trabalho recente de cientistas planetários indicou que as partes mais profundas de Júpiter e de Saturno podem conter pedaços de diamantes flutuando em hidrogênio e hélio líquido.
Os cientistas Mona L. Delitsky e Kevin H. Baines, da Universidade de Wisconsin, compilaram dados recentes sobre o diagrama de fases de carbono e os combinou com adiabats (diagramas de pressão e temperatura) dos dois planetas, e os resultados revelaram que diamantes realmente podem ser encontrados em estado estável nas profundezas de Saturno e de Júpiter. Além disso, em certas altitudes, as pressões e temperaturas são tão grandes a ponto de derreter o diamante, o que possibilita chuvas de diamante líquido.
O diamante mantém a sua estrutura até cerca de 36.000 quilômetros de profundidade. Uma vez que se chega a este ponto, a temperatura é mais quente do que a superfície do Sol, e o diamante é destruído. "Naquele momento, o diamante se transforma em uma espécie de líquido", disse Baines.
Saturno
Saturno
Planeta Saturno. Créditos: Hubble Space Telescope / NASA
Baines estima que a maioria das peças de diamante são menores do que um milímetro de diâmetro, com cerca de 1% atingindo um centímetro e outros poucos chegando até 10 centímetros. No geral, estimativas mostram que relâmpagos em Saturno produzem cerca de 1.000 toneladas de diamante a cada ano. Não poderia haver outras fontes de carbono, Baines observa, e seus cálculos não levam em conta estas fontes. O mesmo processo ocorre em Júpiter, mas as condições não são tão favoráveis para a produção de diamantes como em Saturno.
Apesar de ser conhecido há 30 anos que diamantes podem existir nos núcleos de Urano e Netuno, acreditava-se que Júpiter e Saturno não tinham condições adequadas para que eles existissem em estado sólido, por conta de suas altas temperaturas por exemplo. Já os núcleos de Urano e Netuno são muito frios para derreter o diamante. Os novos dados disponíveis confirmam que os diamantes podem flutuar em Saturno, e alguns podem até crescer ao ponto de serem chamados de "diamondbergs" (icebergs de diamantes).

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

CHANDRA DA NASA PESA O MAIS MACIÇO CLUSTER GALÁTICO NO UNIVERSO DISTANTE



O cluster de galáxias de grande massa mais distante, localizado a cerca de 9,6 bilhões de anos-luz da Terra, foi encontrado e estudado.
Os astrônomos apelidaram esse objeto a "Gioello" (italiano para "Jewel") Cluster.
Usando dados do Chandra, os pesquisadores foram capazes de determinar com precisão a massa e outras propriedades deste cluster.
Resultados como estes ajudam os astrônomos a entender como aglomerados de galáxias evoluíram ao longo do tempo.
Um aglomerado de galáxias recém-descoberto é o mais massivo já detectado com uma idade de 800 milhões de anos, ou mais jovens. Usando dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA, astrônomos determinaram com precisão a massa e outras propriedades deste cluster, conforme descrito em nossa última versão de imprensa. Este é um passo importante na compreensão de como aglomerados de galáxias, as maiores estruturas do Universo unidas pela gravidade, têm evoluído ao longo do tempo.
Uma imagem composta mostra o aglomerado de galáxias distantes e maciça que é oficialmente conhecido como XDCP J0044.0-2033. Os pesquisadores, no entanto, já apelidado de "Gioiello", que é italiano para "jóia". Eles escolheram esse nome porque uma imagem do cluster contém muitas cores cintilantes do, raio-X quente que emite gás e várias galáxias formadoras de estrelas dentro do cluster. Além disso, a equipe de pesquisa se reuniram para discutir os dados do Chandra, pela primeira vez no Villa il Gioiello, uma vila do século 15 perto do Observatório de Arcetri, que foi a última residência de proeminente astrônomo italiano Galileu Galilei. Nesta nova imagem do Gioiello Cluster, raios-X de Chandra são roxo, os dados infravermelhos do telescópio espacial Herschel da ESA aparecem como grandes halos vermelhos ao redor algumas galáxias, e os dados ópticos do telescópio Subaru, em Mauna Kea, no Havaí são vermelho, verde, e azul.
Os astrônomos detectaram pela primeira vez o Gioiello Cluster, localizado a cerca de 9,6 bilhões de anos-luz de distância, usando o observatório XMM-Newton da ESA. Em seguida, foram aprovados para estudar no cluster com Chandra em observações que foram equivalentes a mais de quatro dias de tempo. Esta observação é a mais profunda de raios-X ainda feito num cluster além de uma distância de cerca de 8 mil milhões de anos luz.
O longo tempo de observação permitiu aos pesquisadores reunir dados suficientes de raios-X de Chandra que, quando combinado com modelos científicos, fornece um peso exato do cluster. Eles determinaram que o Gioiello Cluster contém uma gritante 400000000000000 vezes a massa do Sol
Anteriormente, os astrônomos tinham encontrado um cluster enorme galáxia, conhecido como "El Gordo", a uma distância de 7 bilhões de anos-luz de distância e alguns outros grupos grandes e distantes. De acordo com o melhor modelo atual de como o Universo evoluiu, há uma pequena chance de encontrar aglomerados mais massivo que o Gioiello Cluster e El Gordo. As novas descobertas sugerem que pode haver problemas com a teoria, e estão seduzindo os astrônomos a procurar outros aglomerados massivos e distantes.
Estes resultados estão sendo publicados no The Astrophysical Journal disponível online. O primeiro autor é Paolo Tozzi, do Instituto Nacional de Astrofísica (INAF), em Florença, Itália. Os co-autores são Johana Santos, também do INAF em Florença, Itália;
James Jee, da Universidade da Califórnia, em Davis; Rene Fassbender do INAD, em Roma, Itália; Piero Rosati, da Universidade de Ferrara em Ferrara, Itália; Alessandro Nastasi pela Universidade de Paris-Sud, em Orsay, França; William Forman do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CfA), em Cambridge; MA; Barbara Sartoris e Stefano Borgani da Universidade de Trieste em Trieste, Itália; Hans Boehringer, do Instituto Max Planck de Astrofísica, em Garching, Alemanha; De Bruno Altieri da Agência Espacial Europeia, em Madrid, Espanha; Gabriel Pratt da CEA Saclay em Cedex, França; Mario Nonino, da Universidade de Trieste em Trieste, Itália e Christine Jones de CfA.
Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra for Science Mission Directorate da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e os voos de Chandra.
Fatos para il Gioiello Cluster (XDCP J0044.0-2033):
Crédito X-ray:
NASA / CXC / INAF / P.Tozzi, et al; Optical: NAOJ / Subaru e ESO / VLT; Infrared: ESA / Herschel
Data de lançamento
18 de dezembro de 2014
Escala da imagem
de cerca de 3,7 arcmin todo (cerca de 6,2 milhões de anos-luz)
Categoria
Grupos e aglomerados de galáxias
Coordenadas (J2000)
05.20s RA 00h 44m | dezembro -20 ° 33 '59,70 "
Constellation
Cetus
Data de Observação
6 pointings entre 08 de setembro e 24 de novembro de 2013
Tempo de Observação
103 horas 13 min (4 dias 7 horas 13 min)
Obs.
ID 15093-15095, 16366, 16491, 16413
instrumento
ACIS
Referências
Tozzi, P. et al, APJ, 2014 (aceito); arXiv: 1412.5200
Cor Código
X-ray (roxo); Optical (Red, Green, Blue); Infravermelho (vermelho)
IROpticalX-ray
Distância estimada
cerca de 9,6 bilhões de anos-luz (z = 1.579)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

OBSERVAÇÃO DO QUASAR HE 1013-2136 COM FORÇAS GRAVITACIONAIS DE MARÉ

Quasar HE 1013-2136 with Tidal Tails
Esta fotografia mostra uma imagem da Quasar HE 1013-2136 (centro) e seus arredores, como obtida com o FORS2 instrumento multi-modo no VLT telescópio KUEYEN 8.2-m em fevereiro de 2001. Mostra a cauda de maré com arco-like espetacular que se estende desde o quasar em direção sul-leste (inferior esquerdo) ao longo de uma distância de mais de 150 mil anos-luz de distância astronomicamente abseurda. Outra cauda  mais curta  de maré em direção ao leste-nordeste é pouco visível e que pode ser causado por jatos de matéria expelidos do centro do quasar.
Informações técnicas: esta imagem é baseada em uma imagem que foi obtido na manhã de 26 de Fevereiro de 2001, com o instrumento FORS2 sobre VLT KUEYEN. Ele é composto de oito exposições no filtro I-band (comprimento de onda de 768 nm eficaz; FWHM 138 nm), com duração total de 32 min. A imagem combinada tem um FWHM de 0,6 segundos de arco. O campo mostrado medidas 33 x 33 segundos de arco 2, ou 540.000 x 540.000 anos-luz projetada em 2 a distância do quasar; 1 pixel = 0,2 segundos de arco. Norte é para cima e leste é deixado.

crédito:
ESO

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

CG4 : NOVA IMAGEM FANTASMAGÓRICA CELESTIAL DO ESO


 
Como a boca escancarada de uma criatura celestial gigantesco, A natureza exata do CG4 permanece um mistério
 O CG4 glóbulo cometário brilha ameaçadoramente nesta nova imagem a partir Very Large Telescope do ESO. Embora pareça ser grande e brilhante nesta imagem, este é realmente um leve nebulosa, o que torna muito difícil para os astrônomos amadores de detectar. .
Em 1976, vários objetos semelhantes a cometas alongadas foram descobertos em fotos tiradas com o telescópio Schmidt do Reino Unido, na Austrália. Por causa de sua aparência, eles ficaram conhecidos como glóbulos cometários mesmo que eles não têm nada em comum com cometas. Eles estavam todos localizados em uma enorme mancha de gás brilhante chamado a nebulosa Gum. Eles tinham densos, escuros, empoeirados e cabeças, caudas longas fracos, que foram geralmente apontando para longe do resto de supernova Vela localizado no centro da nebulosa Gum. Embora esses objetos são relativamente perto, que levou os astrônomos muito tempo para encontrá-los como eles brilham muito mal e, portanto, são difíceis de detectar.
O objeto mostrado neste novo quadro, CG4, que é também por vezes referido como a Mão de Deus, é um desses glóbulos cometários. Ele está localizado a cerca de 1300 anos-luz da Terra, na constelação de Puppis (The Poop, ou Stern).
O hefe do CG4, que é a parte visível nesta imagem e assemelha-se a cabeça da besta gigantesca, tem um diâmetro de 1,5 anos-luz. A cauda do glóbulo - que se estende para baixo e não é visível na imagem - é cerca de oito anos-luz de comprimento. Pelos padrões astronômicos isso o torna um relativamente pequena nuvem.
O tamanho relativamente pequeno é uma característica geral dos glóbulos cometários. Todos os glóbulos cometários encontrados até agora são isoladas, relativamente pequenas nuvens de gás e poeira neutra dentro da Via Láctea, que estão rodeados por um material ionizado quente.
A parte da cabeça de CG4 é uma espessa nuvem de gás e poeira, que só é visível, pois é iluminada pela luz de estrelas próximas. A radiação emitida por estas estrelas está gradualmente destruindo a cabeça do glóbulo e corroendo as minúsculas partículas que dispersam a luz das estrelas. No entanto, a nuvem de poeira CG4 ainda contém gás suficiente para fazer várias estrelas Sun porte e, na verdade, CG4 está formando ativamente novas estrelas, talvez provocado como a radiação das estrelas que dão poder a Nebulosa Gum chegou CG4.
Por CG4 e outros glóbulos cometas têm a sua forma distinta ainda é uma questão de debate entre os astrônomos e duas teorias se desenvolveram. Glóbulos cometário, e, portanto, também CG4, poderia ter sido originalmente nebulosas esférica, que foram interrompidas e adquiriu sua forma nova, incomum por causa dos efeitos de uma explosão de supernova nas proximidades. Outros astrônomos sugerem que glóbulos cometas são formados por ventos estelares e radiação ionizante de quentes, estrelas massivas OB. Esses efeitos podem levar à primeira bizarramente (mas de forma adequada!) Formações nomeados conhecidos como troncos de elefante e, em seguida, glóbulos eventualmente cometários.
Para saber mais, os astrônomos precisam descobrir a massa, densidade, temperatura e velocidade do material nos glóbulos. Estes podem ser determinados pelas medições de linhas espectrais moleculares que são mais facilmente acessíveis em comprimentos de onda do milímetro - comprimentos de onda em que os telescópios como o Atacama Large Millimeter / submillimeter Array (ALMA) operar.
A imagem vem do programa do ESO Gems Cósmicos, uma iniciativa de alcance para produzir imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atraentes usando os telescópios do ESO, para fins de educação e sensibilização do público. O programa faz uso de tempo de telescópio que não pode ser usado para observações científicas. Todos os dados coletados também podem ser adequados para fins científicos, e são disponibilizados para os astrônomos através de arquivo de ciência do ESO.
Mais informações
ESO é a organização intergovernamental astronomia principalmente na Europa e mais produtivo terrestre observatório astronômico do mundo, de longe. É apoiado por 15 países: Áustria, Bélgica, Brasil, República Checa, Dinamarca, França, Finlândia, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido. ESO realiza um programa ambicioso, focado na concepção, construção e operação de poderosas instalações de observação terrestres permitir aos astrônomos importantes descobertas científicas. O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação na investigação astronómica. ESO opera três locais de observação única de classe mundial no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera o Very Large Telescope, o observatório astronómico, no visível, mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio. VISTA trabalha no infravermelho e é o maior telescópio de rastreio do mundo eo VLT Survey Telescope é o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível. ESO é um importante parceiro no ALMA, o maior projeto astronômico que existe. E no Cerro Armazones, perto de Paranal, o ESO está construindo a 39 metros European Extremely Large Telescope, E-ELT, que será "o maior olho do mundo no céu".

domingo, 8 de fevereiro de 2015

ENCONTRADOS 5 EXOPLANETAS QUASE TÃO ANTIGOS QUANTO O UNIVERSO

planetas mais velhos do universo
Eles têm mais de 11 bilhões de anos, ou seja, mais do que o dobro da idade do nosso Sistema Solar
Cinco mundos rochosos que têm 80% da idade do Universo foram descobertos, o que sugere que planetas do tamanho da Terra têm sido uma característica existente desde o início da Via Láctea.
Os exoplanetas descobertos têm 11,2 bilhões de anos de idade, e orbitam a estrela Kepler -444, que por sua vez é 25% menor do que o Sol e se encontra a 117 anos-luz da Terra. Todos os mundos têm o tamanho do planeta Vênus, ou um pouco menores e são rochosos. Além disso, os cientistas não sabem mais nada sobre sua composição.
Todos os 5 planetas extrassolares completam uma órbita ao redor da estrela-mãe em menos de 10 dias, o que sugere uma temperatura muito quente para suportar a vida como a conhecemos. O mais empolgante na verdade é que essa descoberta sugere a existência de outros sistemas planetários que podem ser mais hospitaleiros para a vida, afinal, "agora os cientistas sabem que planetas como a Terra vêm se formando ao longo de mais de 13,8 bilhões de anos, o que poderá criar condições para a existência de vida antiga nas galáxias, sobretudo na Via Láctea", comenta Tiago Campante, da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.
Tiago Campante e seus colegas descobriram Kepler -444 e seus cinco planetas após analisar dados recolhidos pelo Telescópio Espacial Kepler, que opera na busca por planetas que orbitam outras estrelas que não o Sol. As pequenas quedas de brilho causadas quando eles passam na frente da estrela revelam sua existência. Como comparação, o Sistema Solar se formou a cerca de 4,6 bilhões de anos atrás.
sistema estelar mais antigo
sistema estelar mais antigo
Concepção artística da estrela Kepler-444 e seus cinco planeta rochosos. Créditos: Tiago Campante / Peter Devine
O Telescópio Espacial Kepler também pode medir a mudança de brilho causada por ondas sonoras dentro das estrelas, que afetam sua luminosidade e temperatura. O estudo dessas oscilações naturais é uma estratégia conhecida como Sismologia, que também ajuda os cientistas a determinar o tamanho, a massa e a idade de uma estrela. A Sismologia surgiu há cerca de 20 anos, e antes só podia ser usada com o Sol e algumas estrelas muito brilhantes, mas graças ao Kepler, essa técnica pode ser usada com milhares de estrelas, literalmente.
Com essa técnica, os cientistas puderam medir com precisão o tamanho da estrela Kepler -444, e portanto, o tamanho de seus planetas. O menor deles é um pouco maior d que Mercúrio, e seu tamanho foi medido com uma precisão incrível, de apenas cerca de 100 km.
A missão Kepler de 600 milhões de dólares, foi lançada em março de 2009, e sua tarefa é ajudar os cientistas a determinar qual a frequência e a ocorrência de planetas semelhantes a Terra ao longo da Via Láctea. A sonda já descobriu mais de 1.000 exoplanetas até hoje, e já temos mais de 3.000 corpos candidatos, que precisam ser estudados com mais detalhes para termos certeza se realmente são planetas.
A missão original de Kepler terminou oficialmente em maio de 2013, após uma falha em um de seus sistemas de orientação, porém, os cientistas continuam usando seus instrumentos para observações. Agora, Kepler está operando a missão K2, que além da busca por exoplanetas, também inclui observações de outros objetos e fenômenos cósmicos.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

INCRÍVEL EXPLOSÃO DE UMA ESTRELA RECONSTITUÍDA PELO HUBBLE



O Telescópio Espacial Hubble observou a estrela V838 Monocerotis por quatro anos, e o resultado mostra algo incrível!
A estrela variável V838 Monocerotis é diferente das outras, não só por sua beleza como também por sua atividade incomum.
V838 Monocerotis continua deixando os astrônomos com a "pulga atrás da orelha". Essa estrela sofreu uma explosão no início de 2002, momento em que aumentou temporariamente seu brilho tonando-se 600.000 vezes mais luminosa que o nosso Sol. A luz dessa súbita explosão está iluminando a poeira interestelar que cerca a estrela, produzindo o mais espetacular "eco de luz" da história da astronomia.
A estrela V838 Monocerotis é uma estrela hiper gigante vermelha, que está a aproximadamente 20.000 anos-luz da Terra, localizada na constelação de Monoceros.
O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA tem observado a explosão da grande V838 Monocerotis e seu eco de luz. A cada observação feita, a poeira estelar ao redor da estrela ganha uma forma diferente.
Como a luz da erupção se propaga para todas as direções, e a estrela está cercada de poeira, toda a região ao seu redor fica iluminada. Tanto a luz direta da explosão quanto a luz difusa da poeira iluminada chegaram aqui na Terra. Esse "eco de luz" pode ser exemplificado como o próprio eco sonoro, quando uma pessoa faz um barulho muito alto em uma região montanhosa (por exemplo), e continuamos escutando esse som mesmo após alguns segundos... com a luz acontece a mesma coisa, e é isso que foi observado nessa belíssima estrela.
Este vídeo em time-lapse foi feito a partir de imagens agrupadas de várias observações feitas entre 2002 e 2006. Existem algumas teorias para explicar essa explosão repentina. Uma delas é que essa seria uma fusão de duas estrelas, ou então, que trata-se de uma captura planetária, quando uma estrela engole um de seus planetas gigantes gasosos. Mas mesmo assim, a causa da explosão de V838 Monocerotis ainda é desconhecida.
Créditos: ESA / Hubble

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

ESO1501 NEBULOSA ESCURA MANTEM OCULTAS CENTENAS DE ESTRELAS DE FUNDO


 
Algumas das estrelas parecem estar faltando nesta imagem do ESO, nova intrigante. Mas o fosso negro neste glitteringly bela Starfield não é realmente uma lacuna, mas sim uma região do espaço entupidos com gás e poeira. Esta nuvem escura é chamada LDN 483 - para Dark Nebula Lynds 483. Essas nuvens são os locais de nascimento de futuras estrelas. O Wide Field Imager, um instrumento montado no telescópio MPG / ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, capturou esta imagem de LDN 483 e seus arredores.
LDN 483  está localizado a cerca de 700 anos-luz de distância na constelação de Serpens (a serpente). A nuvem contém material empoeirado o suficiente para bloquear completamente a luz visível das estrelas de fundo. Particularmente nuvens moleculares densas, como LDN 483, qualificar como nebulosas escuras por causa dessa propriedade obscurecimento. A natureza sem estrelas de LDN 483 e sua laia sugeriria que eles são os locais onde as estrelas não pode criar raízes e crescer. Mas, na verdade o oposto é verdadeiro: as nebulosas escuras oferecem os ambientes mais férteis para a eventual formação de estrelas.
Os astrônomos que estudam a formação de estrelas em LDN 483 descobriram alguns dos mais novos tipos observáveis de estrelas do bebê enterrado no interior envolta da LDN 483. Estas estrelas em gestação pode ser considerada como estando ainda no útero, ainda não tendo nascido como estrelas completos, embora imaturo,.
Nesta primeira fase de desenvolvimento estelar, a ser estrela-to-é apenas uma bola de gás e contratação poeira sob a força da gravidade dentro da nuvem molecular circundante. A protoestrela ainda é bastante legal - cerca de -250 graus Celsius - e brilha apenas em grandes comprimentos de onda de luz submillimetre . No entanto, a temperatura ea pressão estão começando a aumentar no núcleo da estrela principiante.
Este primeiro período de crescimento estrela dura uns meros milhares de anos, uma quantidade incrivelmente curto de tempo em termos astronômicos, dado que as estrelas vivem tipicamente de milhões ou bilhões de anos. Nas fases seguintes, ao longo de vários milhões de anos, o proto crescerá mais quente e mais denso. Sua emissão vai aumentar em energia ao longo do caminho, graduando-se da luz, principalmente frio, far-infrared para infravermelho próximo e, finalmente, a luz visível. A protoestrela once-dim terá então se tornar uma estrela totalmente luminosa.
À medida que mais e mais estrelas emergir das profundezas escuras de LDN 483, a nebulosa escura vai dispersar ainda mais e perder a sua opacidade. As estrelas de fundo desaparecidos que estão atualmente ocultas, então, entram em vista - mas somente após a passagem de milhões de anos, e eles serão ofuscados pelos jovens nascidos estrelas brilhantes na nuvem .
Wide-field view of the sky around the dark nebula LDN 483
O catálogo Dark Nebula Lynds foi compilada pelo astrônomo americano Beverly Turner Lynds, e publicado em 1962. Estas nebulosas escuras foram encontrados desde a inspeção visual das placas fotográficas Palomar Sky Survey.
 O Atacama Large Millimeter / submillimeter Array (ALMA), operado em parte pelo ESO, observa em submillimetre e luz milímetro e é ideal para o estudo de tais estrelas muito jovens em nuvens moleculares.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

COMETA DA MISSÃO ROSETTA É MAIS ESTRANHO DO QUE SE PENSAVA E DESAFIA A TEORIA DA ORIGEM DA ÁGUA NA TERRA



cometa 67P descobertas
Os primeiros resultados da missão Rosetta que mostram informações inéditas de um cometa foi divulgado, e nos mostra que esses corpos gelados remanescentes do Sistema Solar são muito mais complexos do que do que os cientistas pensavam.
Os primeiros documentos revelam detalhes do cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko, que está se aproximando do Sol acompanhado pela sonda Rosetta, que após uma viagem de 10 anos, encontrou com essa grande rocha gelada e está monitorando ela de perto, numa missão única, jamais feita antes.
cometa flutuaria no mar
Pra começar, ele é tão pouco denso que flutuaria no mar
Até agora, a descoberta mais surpreendente é que a análise da água do cometa mostra que ela é quimicamente diferente de água nos oceanos da Terra, desafiando uma teoria de longa data que dizia que os cometas haviam trazido a água para o nosso planeta, assim como para outros planetas do Sistema Solar.
Os novos estudos mostram também uma grande variação nos gases que estão sendo liberados pelo cometa, o que é muito importante para entender os processos pelos quais o cometa passou desde sua formação, há cerca de 4,6 bilhões de anos, e que ainda deverá passar ao longo de sua vida.
Os cientistas acreditam que os cometas são corpos primordiais, e o objetivo principal da missão européia Rosetta, é aprender mais sobre o nascimento do nosso Sistema Solar. Por isso, a sonda está estudando o cometa bem de perto.
Os resultados dos primeiros dois meses de missão indicam ainda que a massa do cometa é de cerca de 100 milhões de vezes a massa da Estação Espacial Internacional. Se você está achando essa afirmação um tanto estranha, saiba que é a mais pura verdade. A densidade do cometa 67P / C-G é semelhante a densidade da cortiça, material utilizado para fabricação de rolhas, o que faria ele boiar se fosse colocado sobre o oceano da Terra.
Sua baixa massa faz com que sua gravidade seja fraca. Os cientistas descobriram um cânion no cometa, que tem cerca de 900 metros de altura, contudo, por conta de sua massa, por mais amedrontadora que essa altura seja, um astronauta conseguiria saltar e cair 900 metros no interior do cânion, e ainda assim, faria um pouso suave no fundo dele. O físico Rhett Allain calculou que se houvesse uma nave tripulçada sobrevoando o cometa, um dos astronautas poderia sair da espaçonave e cair em direção ao cometa, e mesmo assim faria um pouso suave em sua superfície (sem se machucar). Além disso, um pulo mais forte poderia fazer com que ele alcançasse a nave novamente.
Isso significa que o núcleo do cometa tem uma estrutura interna mais macia e porosa do que aquela prevista pelos modelos de computador.
Além disso, descobriram que o corpo do cometa é coberto com materiais orgânicos, mas não há muito gelo exposto em sua superfície. Os cientistas esperam encontrar moléculas de carbono complexas, tais como álcoois e ácidos carboxílicos. Até agora, no entanto, a superfície parece ser dominada por hidrocarbonetos mais simples, uma descoberta que pode ter implicações para a compreensão de como as moléculas à base de carbono se formam e se espalham através do Sistema Solar.
pousador Philae
Pousador Philae Ilustração artística do pousador Philae. Créditos: ESA / Rosetta
Outra característica curiosa e intrigante sobre o cometa 67P é o seu formato, que sugere a possibilidade de que na verdade, seriam dois corpos que foram unidos, formando o cometa que conhecemos hoje, Infelizmente, até o momento, os cientistas não conseguiram determinar se o cometa foi ou não feito a partir de dois corpos distintos. Os pesquisadores da missão buscam evidências que apontem uma diferença na densidade e na composição dos dois lóbulos, a fim de identificar se são dois corpos distintos ou não. Até agora, eles estão se mostrando bem parecidos, mas ainda é cedo para tomar uma posição sobre isso.
A coma em torno do cometa, que é feita a partir de gases de gelo que evaporam (sublimação), é muito variável, e a maior parte desse gás vem do "pescoço" do cometa, exatamente entre seus dois lóbulos.
A medida que o cometa 67P/ C-G se aproxima do Sol, sua sublimação aumenta, fazendo com que os gases e o gelo sejam mais fáceis de serem estudados, Ele fará sua máxima aproximação com o Sol (periélio) no dia 13 de agosto de 2015, quando ficará a 1,2 UA do Sol (uma Unidade Astronômica equivale a distância média entre a Terra e o Sol), e os controladores da missão Rosetta não vêem a hora de chegar esse grande momento, pois muitas mudanças podem ocorrer, e a sonda estará lá para registrá-las.
Os resultados dos estudos do pousador Philae, que se encontra na superfície do cometa ainda não foram divulgados.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

EXOPLANETA J1407b TEM ANÉIS TÃO GRANDES QUE FAZ SATURNO PARECER PLANETA ANÃO


super-Saturno
O planeta Saturno pode até ser o Senhor do Anéis do Sistema Solar, mas seu titulo certamente não tem o mesmo poder se considerarmos todo o Universo. Pelo menos é isso que indicam as evidências de observações feitas pelo programa SuperWASP.
Astrônomo perceberam o escurecimento repetido e prolongado de uma estrela semelhante ao Sol, e segundo interpretações e experiências de observações, isso indica um eclipse passando através de um anel planetário complexo e gigante, semelhante aos anéis de Saturno, porém muito, muito maiores. Além do mais, as diferentes densidades desses anéis implicam a presença de pelo menos uma grande exolua, e talvez mais uma em processo de formação.
J1407 é uma estrela anã laranja de seqüência principal, localizada a cerca de 116 anos-luz de distância. Ao longo de 57 dias, no ano de 2007, a estrela J1407 foi submetida a uma "complexa série de eclipses", que uma equipe internacional de astrônomos afirma ser o resultado de um sistema de anéis em torno de um exoplaneta, conhecido como J1407b.

"Este planeta é muito maior do que Júpiter ou Saturno, e seu sistema de anéis tem cerca de 200 vezes o tamanho dos anéis de Saturno", disse Eric Mamajek, professor de física e astronomia da Universidade de Rochester, em Nova York.
"Podemos imaginá-lo como um super-Saturno".
As observações foram feitas através do programa SuperWASP, que utiliza telescópios terrestres para detectar o escurecimento fraco de estrelas devido o trânsito de exoplanetas.
Confira o vídeo abaixo do modelo feito em computador que mostra a curva de luz da estrela J1407, e a maneira que um exoplaneta é detectado:
Os primeiros estudos sobre J1407b foram publicados em 2012, porém, análises mais profundas estimaram que a quantidade de grandes estruturas de anéis desse exoplaneta é de 37, com um vazio bem definido localizado a cerca de 0,4 UA (61 milhões de km) a partir do super-Saturno, onde pode existir um satélite quase tão grande quanto a Terra, com um período orbital de dois anos.
Os densos anéis de J1407b se estendem por cerca de 180 milhões de quilômetros, e podem ter a mesma massa da Terra.
"Se pudéssemos substituir os anéis de Saturno com os anéis de J1407b, eles seriam facilmente visíveis à noite, e seriam bem maiores do que a Lua Cheia", comenta Matthew Kenworthy do Observatório de Leiden, na Holanda, e principal autor do novo estudo.
Saturno
Saturno: Os principais anéis de Saturno têm cerca de 250 mil km de diâmetro.
Créditos: NASA / GSFC
Estas observações podem revelar o passado de Júpiter e de Saturno, e nos mostrar como seus sistemas de anéis e de satélites foram formados logo no início do Sistema Solar.
"A comunidade de ciência planetária teorizou há décadas que planetas como Júpiter e Saturno teriam, em seus estágios iniciais, discos gigantescos em torno deles, que posteriormente levariam à formação de seus satélites", comenta Mamajek. "No entanto, antes de descobrirmos esse objeto, ninguém tinha visto um sistema desse tipo".
O planeta J1407b tem uma massa de até 40 vezes a de Júpiter, e tecnicamente, poderia ser uma anã marrom.
Outras observações irão analisar outros trânsitos de J1407b, a fim de obter mais detalhes sobre seus anéis e suas características físicas. Felizmente 2017 não está longe!
O relatório da equipe foi aceito para publicação na revista The Astrophysical Journal.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

TRÊS OBJETOS FORAM OBSERVADOS NA GRANDE NUVEM DE MAGALHÃES



Uma equipe internacional de astrônomos que trabalha nos Telescópios High Energy Stereoscopic Systems (HESS) fez uma descoberta empolgante, e inédita! Eles encontraram 3 fontes de raios-gama extremamente luminosas na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã satélite da Via Láctea.
A grande descoberta nos revela 3 diferentes objetos: o mais poderoso pulsar; o maior remanescente de supernova de vento de pulsar e uma bolha de 270 anos-luz de diâmetro repleta de estrelas e supernovas, chamada de Super-bolha.
Segundo o professor Sergio Colafrancesco, da Escola de Física de Wits, essa descoberta representa um avanço muito importante para a ciência, e abre caminho para o estudo de galáxias externas através de telescópios, como o Cherenkov Telescope Array (CTA), no deserto da Namíbia, que permitirá o estudo da evolução das galáxias, suas estruturas e seus ciclos de vida.
A chamada Superbolha 30 Dor C é a maior concha de emissão de raios já conhecida, feita por várias supernovas, estrelas e fortes ventos estelares. Acredita-se inclusive, que as superbolhas sejam responsáveis pela criação de raios cósmicos galáticos. O HESS demonstrou que essas bolhas são grandes fontes de partículas altamente energéticas.
Raios gama de alta energia são os melhores indícios de aceleradores cósmicos, como remanescentes de supernovas e de nebulosas de ventos de pulsares, que são produtos finais de estrelas de grande massa, onde as partículas carregadas são aceleradas a velocidades extremas. Quando estas partículas encontram luz ou gás em torno dos aceleradores cósmicos, elas emitem raios gama.
A Grande Nuvem de Magalhães é uma galáxia anã satélite da Via Láctea, localizada a cerca de 170.000 anos-luz de distância, facilmente observável no céu noturno. Ela é uma galáxia com uma taxa elevada de formação de estrelas massivas, e abriga inúmeros aglomerados estelares maciços. A taxa de supernovas na Grande Nuvem de Magalhães chega a ser 5 vezes maior do que a da Via Láctea, por isso os cientistas priorizam essa galáxia vizinha na busca por raios gama de alta energia.
descoberta na Grande Nuvem de Magalhães
descoberta na Grande Nuvem de Magalhães
Créditos: HESS                
Num total de 210 horas, o HESS observou a maior região de formação de estrelas dentro da Grande Nuvem de Magalhães, que é conhecida como Nebulosa da Tarântula. Pela primeira vez foram observadas fontes individuais de raios gama de alta energia em outra galáxia, e com isso, três objetos extremamente energéticos de diferentes tipos foram detectados.
Pulsares são estrelas de nêutrons altamente magnetizadas em alta rotação, que emitem um vento de partículas ultra-relativistas. O mais famoso pulsar localiza-se na Nebulosa do Caranguejo, uma das fontes mais brilhantes de raios gama de alta energia que podemos encontrar no céu.
O pulsar PSR J0537?6910 responsável pela nebulosa de vento de pulsar N 157B, descoberta na Grande Nuvem de Magalhães com os Telescópios HESS, é em muitos aspectos, um irmão gêmeo da Nebulosa de Caranguejo em nossa pró´ria galáxia. No entanto, a nebulosa de vento de pulsar N 157B ofusca a Nebulosa do Caranguejo por uma ordem de magnitude, principalmente com seus raios gama de alta energia.
O remanescente de supernova N 132d, conhecido como um objeto brilhante quando observado em ondas de rádio e infravermelho, parece ser um dos mais antigos remanescentes de supernova de seu tipo. Ele existe há cerca de 2.500 ou 6.000 anos, e supera os fortes remanescentes de supernovas em nossa galáxia. As observações confirmam as suspeitas de que os restos de supernovas podem ser muito mais brilhantes do que se pensava.
Em um futuro não tão distante, o grande Telescópio Cherenkov Array (CTA) irá fornecer imagens ainda mais precisas e de maior resolução, mostrando as fontes de raios gama da Grande Nuvem de Magalhães, a nossa vizinha que nos intriga a cada observação.