sábado, 31 de dezembro de 2011

PLUTÃO PODE TER MOLÉCULAS ORGANICAS COMPLÉXAS



A superfície de Plutão pode conter moléculas orgânicas complexas - que são como "tijolos" para a construção da vida como a conhecemos -, afirma um novo estudo. A descoberta é do Telescópio Espacial Hubble, que detectou que algumas substâncias na superfície do planeta-anão estão absorvendo mais luz ultravioleta do a quantidade que era esperada. 
Isso, segundo especialistas da Nasa, dá pistas importantes sobre a composição química do astro. 
De acordo com os astrônomos, esses compostos possivelmente são hidrocarbonetos complexos ou moléculas que contêm nitrogênio. 
Já se sabe que a superfície de Plutão tem metano, dióxido de carbono e nitrogênio congelados. 
É possível que os compostos que estão "chupando" a luz ultravioleta tenham sido produzidos pela interação das substâncias com luz solar ou raios cósmicos -partículas subatômicas muito velozes. 
Em nota, Alan Stern, líder do trabalho, destacou a importância das novas pistas químicas encontradas. 
"Os hidrocarbonetos complexos plutonianos e as outras moléculas que podem ser responsáveis pelas propriedades espectrais ultravioleta que nós encontramos podem, entre outras coisas, dar aquela cor avermelhada de Plutão", disse. 
Além disso, a equipe de Stern encontrou evidências de que o terreno de Plutão tenha mudado.
Ao comparar imagens da superfície de Plutão feitas na década de 1990 e agora, os astrônomos verificaram que o espectro ultravioleta do ex-planeta se modificou.
É possível que mudanças na pressão atmosférica do planeta-anão tenham causado essa alteração. 
Além de Plutão, outros astros do chamado Cinturão Kuiper também têm "cor de ferrugem". Estudos anteriores já haviam relacionado o avermelhado a possíveis moléculas orgânicas. 
A grande distância entre a Terra e Plutão ainda impõe muitas dificuldades ao estudo do planeta-anão. Os mistérios sobre esse corpo celeste devem começar a ser desvendados com a chegada da sonda New Horizons, programada para 2015. 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FOTO MOSTRA UMA DAS MAIS PERFEITAS GALÁXIAS ESPIRAIS



O telescópio espacial Hubble fotografou nesta segunda-feira a galáxia espiral M74, também 
conhecida como Messier 74 ou NGC 628. A Nasa divulgou a imagem nesta segunda-feira. 
Em azul, estrelas jovens que ainda se encontram em formação; a parte rosa é de hidrogênio ionizado. Foto: Nasa/France Presse


Ela é uma das mais perfeitas do gênero, com braços simétricos em forma de espiral que partem de seu centro e são rodeados por poeira. 
As regiões azuis concentram estrelas jovens que ainda se encontram em formação. A parte rosa é de hidrogênio ionizado. 


A M74 está a 32 milhões de anos-luz, na constelação de Peixes. Ela é a maior de um pequeno grupo com cerca de 12 galáxias reunidas, que juntas contém aproximadamente cem bilhões de estrelas - um pouco menor que a Via Láctea. 

Em azul, estrelas jovens que ainda se encontram em formação; a parte rosa é de hidrogênio ionizado. Foto: Nasa/F



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

COMETA LOVEJOY SOBREVIVE AO ENCONTRO COM O SOL


O cometa C/2011 W3 Lovejoy atingiu a máxima aproximação com o Sol na noite de quinta-feira, 22/12 mas não se desintegrou totalmente. O objeto tangenciou a borda do disco solar e surgiu do outro lado do astro, sem produzir qualquer efeito explosivo.

Não se sabe ao certo quanto de material restou do núcleo cometário, inicialmente estimado em 200 metros de diâmetro.

Lovejoy raspou a alta atmosfera do Sol a cerca de 150 mil km de altitude, com velocidade aproximada de 115 mil km/h. Durante a aproximação quase todo o material cometário foi sublimado (passou do estado sólido para o estado gasoso), produzindo uma gigantesca cauda ionizada brilhante e visível nas imagens dos telescópios solares SOHO e SDO, da Nasa.

O vídeo acima mostra parte do material cometário ressurgindo após o Lovejoy atingir o periélio

ASTRONOMOS ESNONTRAM DOIS PLANETAS DO TAMANHO DA TERRA

Astrônomos da sonda espacial Kepler anunciaram nesta terça-feira (20) a descoberta de
 mais dois planetas fora do Sistema Solar: "Kepler-20e" e "Kepler-20f". Os dois são os primeiros
 dentre os descobertos a ter quase exatamente o mesmo tamanho que a Terra. Eles também
 orbitam uma mesma estrela parecida com nosso Sol. 



Ilustração compara os tamanhos dos planetas, na ordem: Kepler 20e, Terra e Kepler 20f. Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle
O 20f tem praticamente o mesmo raio da Terra e o 20e é um pouquinho menor (mais ou menos do tamanho de Vênus). São os dois menores já descobertos fora da nossa vizinhança. Eles estão a 950 anos-luz de distância. 

Segundo o líder do grupo, François Fressin, a equipe acredita que eles possam ter uma composição parecida com a do nosso planeta, com um núcleo ferroso e um manto. Eles suspeitam também que o 20f possa ter uma atmosfera com vapor d’água. 

O grande número de "exoplanetas" (como são chamados os que existem fora do Sistema Solar) descobertos recentemente é fruto de uma verdadeira "caça ao tesouro" feita por astrônomos em busca de um planeta "gêmeo" da Terra. O objetivo, é claro, é encontrar um outro mundo capaz de abrigar alguma forma de vida. 

O sistema estelar da dupla é composto ainda por outros três planetas maiores. Todos os cinco estão mais perto de sua estrela do que Mercúrio está do Sol. 

Os astrônomos também notaram uma coisa interessante, que desafia o que sabemos sobre a formação de planetas. Por aqui, os astros rochosos e pequenos (como Terra, Marte, Vênus e Mercúrio) ficam mais perto do Sol enquanto os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) ficam mais longe. No sistema de Kepler 20, no entanto, a organização é intercalada entre planetas grandes e pequenos. 

O trabalho será publicado em uma edição futura da revista científica Nature.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

BERÇÁRIO DE ESTRELAS É REGISTRADO POR SATÉLITE INFRAVERMELHO DA NASA

O satélite explorador infravermelho (Wise, na sigla em inglês) da agência espacial americana 
(Nasa) registrou uma nova imagem da nebulosa Barnard 3 - ou IRAS Ring G159.6-18.5 -, 
cercada por brilhantes nuvens de poeira verdes e vermelhas. Esse pó interestelar é um 
"berçário" onde nascem as estrelas. 

Nebulosa Barnard 3 é registrada pelo satélite infravermelho Wise, da Nasa. Foto: NASA/JPL- Caltech/UCLA
O anel verde é formado por pequenas partículas de poeira quente, cuja composição é muito semelhante ao "smog" (mistura de neblina e fumaça) encontrado na Terra.

Já a nuvem vermelha no centro é provavelmente feita de um pó metálico e mais frio que as regiões vizinhas. A estrela brilhante no meio da nuvem vermelha, chamada de HD 278942, é tão luminosa que, segundo os astrônomos, talvez seja essa a causa do brilho do anel em volta dela.

A região amarelo-esverdeada e brilhante à esquerda do centro da imagem é similar ao anel, embora mais densa. E as estrelas branco-azulada estão localizadas tanto na frente quanto atrás da nebulosa.

Zonas semelhantes à Barnard 3 são encontradas bem próximo da Via Láctea à noite. Essa região, porém, fica um pouco fora dessa faixa, a cerca de 1.000 anos-luz da nossa galáxia, perto da fronteira entre as constelações de Perseu e Touro. Apesar disso, a nuvem ainda é considerada parte da Via Láctea. 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

GALÁXIAS ANÃS ULTRA COMPACTAS SÃO AGLOMERADOS DE ESTRELAS BRILHANTES, AFIRMAM CIENTISTAS

Um novo estudo retoma e detalha as chamadas "galáxias anãs ultra compactas" (Ultra-compact dwarf galaxies, UCDs, na sigla em inglês), consideradas pela ciência um dos objetos mais misteriosos do espaço. 

Uma equipe de astrônomos da Organização Europeia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul (ESO), investigou as UCDs e chegou à conclusão de que as propriedades das galáxias anãs ultra compactas correspondem aos aglomerados de estrelas brilhantes. 

De acordo com os pesquisadores, a distribuição da luminosidade das UCDs combina perfeitamente com a dos mais brilhantes aglomerados globulares de estrelas no espaço. Várias centenas de UCDs foram encontradas até o momento e, para os estudiosos, existem duas explicações para formação delas: são aglomerados de estrelas muito maciças ou galáxias anãs ‘normais’ que foram transformadas por efeitos de maré. 

As UCDs são descritas como uma classe populosa e potencialmente distinta de sistemas estelares que datam de cerca de uma década atrás. Caracterizados por uma morfologia compacta, de 30 a 300 anos-luz de tamanho, e massas altas (mais de um milhão de massas solares), esses objetos espaciais são muito parecidos com as estrelas e as galáxias anãs, tanto pelo tamanho e forma quanto pela capacidade luminosa. 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

DESCOBERTA DE PLANETAS LEVANTA QUESTÕES SOBRE EVOLUÇÃO DAS ESTRELAS

Dois planetas de tamanhos comparáveis com o da Terra foram descobertos por um 
 grupo internacional de cientistas. A descrição dos dois, que orbitam uma velha estrela
 que passou pelo estágio de gigante vermelha, está na edição desta quinta-feira, 22, da revista Nature. 

Reprodução de um dos planetas, formado por núcleo denso, com ferro e outros elementos pesados. Ilustração: Nasa
O sistema planetário se encontra próximo às constelações de Lira e Cygnus, a cerca de 3.900 anos-luz da Terra. De acordo com os cientistas responsáveis pela observação, a descoberta poderá ajudar a desvendar enigmas a respeito da evolução dos sistemas planetários e estelares de modo geral. 

"Os dois planetas, denominados KOI 55.01 e KOI 55.02, encontram-se em órbitas muito curtas em torno de sua estrela. Por terem migrado para tão próximo, eles provavelmente mergulharam profundamente no envelope estelar durante a fase de gigante vermelha [uma das mais avançadas na evolução das estrelas], mas sobreviveram", disse Gilles Fontaine, da Universidade de Montreal, no Canadá, um dos autores da descoberta. 

"Os dois corpos que observamos devem ser os núcleos densos de antigos planetas gigantes cujos envelopes gasosos evaporaram durante a fase de imersão [aproximação à estrela]", disse. Apenas o núcleo denso dos planetas, formado por ferro e outros elementos pesados, poderia sobreviver ao dramático processo de evolução estelar. 

A estrela observada, denominada KIC 05807616, consiste do núcleo exposto de uma gigante vermelha que perdeu quase totalmente seu envelope gasoso. 

De acordo com o estudo, os planetas observados devem ter contribuído para o aumento da perda de massa necessária para a evolução da estrela à sua fase atual. Segundo os pesquisadores, isso implicaria que os sistemas planetários em geral influenciam a evolução de suas estrelas. 

Os planetas foram identificados a partir de dados obtidos pela missão Kepler, da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. O grupo, formado por cientistas de oito países, observou inicialmente a presença intrigante de duas modulações minúsculas e periódicas, que alcançavam 0,005% do brilho da estrela. 

Como as variações não poderiam ser atribuídas às oscilações da estrela ou a outras causas, a presença de dois planetas em torno da KIC 05807616 era a única explicação plausível para os dados obtidos. 

Os dois planetas lembram a Terra apenas no tamanho. Eles estão muito próximos de sua estrela: 0,0060 e 0,0076 unidades astronômicas, respectivamente, sendo que cada uma dessas unidades é a distância entre o Sol e a Terra. Por conta disso, as condições nas superfícies dos planetas são extremas, com temperaturas entre 8.000 e 9.000º C. 

O artigo A compact system of small planets around an evolved post red giant star (doi:10.1038/nature1063), de Stéphane Charpinet e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.



FONTE ESTADÃO
 


sábado, 24 de dezembro de 2011

NGC 2264 E O CLUSTER ÁRVORE DE NATAL


Esta imagem colorida da região conhecida como NGC 2264 - uma área do céu que inclui o baubles azuis do aglomerado de estrelas árvore de Natal e da Nebulosa Cone - foi criado a partir de dados obtidos por meio de quatro filtros diferentes (B, V, R e H- alfa) com a Wide Field Imager em La Silla do ESO, Observatório, 2400 m de altitude no Deserto do Atacama, no Chile, no sopé dos Andes. A imagem mostra uma região do espaço cerca de 30 anos-luz de diâmetro.
 Este é o nosso   UNIVERSO  OBSERVADO.
Crédito:
ESO
FELIZ  NATAL!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ASTRONOMOS LOCALIZAM NUVEM DE GÁS SENDO ENGOLIDA POR BURACO NEGRO

Astrônomos do ESO (Observatório Europeu do Sul), instalado no Chile, localizaram uma nuvem de gás com várias vezes a massa da Terra que se aproxima rapidamente de um buraco negro no centro da Via Láctea.
Esta é a primeira vez que se acompanha a aproximação de uma nuvem a um buraco negro supermassivo. Um artigo sobre as observações será publicado na edição de 5 de janeiro de 2012 da revista "Nature".
ESO/Divulgação
Ilustração da nuvem de gás que está movimentando em direção a um buraco negro
Ilustração da nuvem de gás que está movimentando em direção a um buraco negro
A nuvem foi detectada com o auxílio do Very Large Telescope por uma equipe de astrônomos liderada por Reinhard Genzel (Instituto Max Planck para a Física Extraterrestre, na Alemanha).
A nuvem de poeira é formada por gás ionizado com uma massa de cerca de três vezes a da Terra. A sua atual densidade é muito maior do que o gás quente que rodeia o buraco negro.
No entanto, à medida que a nuvem se aproxima do buraco esfomeado, a pressão externa aumentará até comprimi-la. Ao mesmo tempo, a grande força do buraco negro continuará a acelerar o movimento em direção a seu interior.
Espera-se que a nuvem se desfaça completamente. Atualmente existe pouco material próximo do buraco negro, por isso a refeição recém-chegada será o combustível dominante do buraco negro durante os próximos anos.
Uma explicação para a formação da nuvem é que o material que a compõe possa ter vindo de estrelas jovens de grande massa que se encontram nas proximidades e que perdem massa muito rapidamente devido a ventos estelares.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ENCONTRADOS DOIS PLANETAS NA MESMA ÓRBITA

Encontrados dois planetas na mesma órbita
Se esta descoberta for confirmada por futuras observações mais detalhadas, ela poderá dar sustentação a uma teoria sobre a origem da nossa Lua. [Imagem: NASA/Ames/JPL-Caltech
Objetos de interesse do Kepler
A primeira divulgação dos dados científicos do Telescópio Espacial Kepler privilegiou o anúncio de umsistema planetário com seis planetas.
Na ocasião, deu-se menos importância para o fato de que os dados revelavam nada menos do que 54 planetas na zona habitável, com potencial para abrigar formas de vida mais parecidas com a nossa.
E deve haver muitas outras preciosidades mais ao fundo do baú de descobertas impressionantes que o Kepler fez apenas em sua primeira campanha.
O exemplo mais recente chama-se KOI-730 - onde KOI é uma sigla para Kepler Object of Interest, um objeto celeste interessante flagrado pelo telescópio.
E o fato de este ser o número 730 parece ser mais uma indicação de que ainda há muitas coisas ainda a serem reveladas.
Dois planetas na mesma órbita
Mas o importante é que o KOI-730 parece ter dois planetas na mesma órbita, algo completamente inesperado.
Se esta descoberta for confirmada por futuras observações mais detalhadas, ela poderá dar sustentação a uma teoria sobre a origem da nossa Lua.
Acredita-se que os planetas se formem pela coalescência de um disco de poeira cósmica que resta ao redor de uma estrela recém-formada - 
A teoria não coloca qualquer empecilho a que se formem dois planetas na mesma órbita. Isto pode ser possível graças aos chamados Pontos de Lagrange - o próprio Telescópio Kepler está em um destes.
Quando um corpo celeste orbita outro maior - como um planeta ao redor de uma estrela - há dois Pontos de Lagrange ao longo da órbita do planeta, onde um outro corpo pode orbitar a estrela de forma estável.
Esses dois pontos ficam localizados 60 graus à frente e 60 graus atrás do planeta.
Exatamente o que os dados indicam para o KOI-730, um sistema com quatro planetas, dois dos quais orbitam a estrela a cada 9,8 dias, um exatamente 60 graus à frente do outro.
Nascimento da Lua
Além do ineditismo, a descoberta pode dar sustentação à teoria que tenta explicar o nascimento da Lua.
Segundo essa teoria, a Terra teria compartilhado a órbita com outro planeta do tamanho de Marte, um hipotético planeta conhecido como Théia.
Em algum momento, por algum motivo, os dois se chocaram - e os modelos indicam que o choque deveria ter sido em baixa velocidade, o que é condizente com dois planetas compartilhando a mesma órbita.
Uma parte dos destroços desse choque planetário teria formado a Lua 
Mas será que os dois planetas do KOI-730 poderiam se chocar para formar uma exolua? É possível, afirmam os cientistas em seu artigo, mas os dados indicam que o sistema ficará estável por 2,2 milhões de anos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

CONFIRMADO PLANETA EXTRA SOLAR NA ZONA HABITÁVEL

Com informações da BBC - 06/12/2011

Confirmado planeta extrassolar na zona habitável
Apesar de estar mais próximo da estrela, esta emite cerca de 25% menos luz em comparação ao Sol, o que permite ao Kleper 22-b manter sua temperatura em um patamar compatível com existência de água líquida, ainda não confirmada. [Imagem: NASA]
Terra 2.0
Astrônomos da NASA confirmaram a existência de um exoplaneta com características similares à da Terra, em uma "zona habitável", girando em torno de uma estrela ainda desconhecida.
O Kepler 22-b tem 2,4 vezes o tamanho da Terra e está situado a 600 anos-luz de distância.
A temperatura média da superfície do planeta extrassolar foi calculada pelos cientistas em 22º C.
Ainda não se sabe a composição do Kepler 22-b, se ele é feito de rochas, gás ou líquido.
Apesar disso, o exoplaneta já está sendo chamado de "Terra 2.0" pelos cientistas da NASA.
Durante a coletiva de imprensa, a astrônoma Natalie Batalha disse que os cientistas ainda investigam a possibilidade de existência de mais 1.094 planetas, alguns deles em zonas "habitáveis".
Localização de planetas
A descoberta do novo planeta foi feita a partir das imagens do telescópio espacial Kepler, projetado para observar uma faixa fixa do céu que compreende até 150 mil estrelas.
O telescópio é sensível o suficiente para ver quando um planeta passa na frente da estrela em torno da qual ele gira, escurecendo parte da luz da estrela.
As sombras são então investigadas a partir da imagem de outros telescópios, até se confirmar se trata-se ou não de novos planetas.
O Kepler 22-b foi um dos 54 casos apontados pela NASA em fevereiro e o primeiro a ser formalmente identificado como um planeta.
Outros planetas habitáveis podem ser anunciados no futuro, já que há outros locais com características potencialmente similares à da Terra.
Vida extraterrestre
A distância que separa o Kleper 22-b da estrela ao redor da qual ele gira é 15% menor que aquela entre a Terra e o Sol.
Apesar de estar mais próximo da estrela, esta emite cerca de 25% menos luz em comparação ao Sol, o que permite ao Kleper 22-b manter sua temperatura em um patamar compatível com existência de água líquida, ainda não confirmada.
O Kepler 22-b tem um raio 2,4 vezes maior que o da terra.
Uma outra equipe de cientistas do SETI (busca por inteligência artificial, na sigla em inglês) agora procura indícios de vida no planeta, como confirmou o diretor do instituto, Jill Tarter.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

EUROPEUS FAZEM ANÚNCIO NA TERÇA- FEIRA SOBRE PATÍCULA DE DEUS



Cientistas da Cern (Organização Européia de Pesquisa Nuclear) se experimento que tenta confirmar a existência da última peça da teoria-mestra da física de partículas.
A sorte está lançada, e todos querem saber se o bóson de Higgs --a "partícula de Deus"-- apareceu.
O projeto, conduzido no acelerador de partículas LHC, busca entender por que os componentes dos átomos têm massa. A explicação mais simples é que a partícula hipotética (batizada em referência a Peter Higgs, que a postulou) daria massa às outras partículas.
Se o bóson de Higgs existe, pode surgir nas colisões entre núcleos de átomos que o LHC produz. Físicos passaram os últimos dois meses analisando informações medidas pelos experimentos.
Quem espera um glorioso "sim" ou um revolucionário "não" no anúncio de amanhã pode ter de se contentar com um "talvez". Dois experimentos separados, o Atlas e o CMS, competem para chegar à partícula primeiro. Oficialmente, não conhecem dados finais um do outro. Nenhum cantou vitória ainda.
Segundo os físicos, pode ser que um resultado positivo esteja próximo. A teoria prevê que o próprio bóson tenha massa, medida em escala de gigaelétron-volts (GeV, unidade baseada na massa do núcleo do hidrogênio).
INTERVALO CURTO
Inferências sugerem que a massa do Higgs é menor do que 170 GeV, e experimentos anteriores já tinham excluído a possibilidade de ser menos de 114 GeV. O LHC já vasculhou o espectro de 141 GeV até 500 GeV, sem achar nada. Resta uma pequena janela, portanto, de 115 a 140 GeV.
Os mais pessimistas não dão bola para as estimativas. "É besteira", diz o espanhol Luis Álvarez-Gaumé. "As teorias em si não estimam a massa do Higgs, que é um parâmetro livre totalmente arbitrário." Se o Higgs tiver algo "da ordem de 1.000 GeV, será muito difícil achá-lo no LHC", afirma o brasileiro Rogério Rosenfeld, da Unesp.
"Por enquanto, não tem ninguém se descabelando. Daqui a um ano, porém, se o Higgs ainda não tiver aparecido, vai ter muito chororô. E eu me incluo nisso", diz o americano James Wells.
Cientistas esperam ao menos uma pista razoável surgindo amanhã. O Modelo Padrão, teoria vigente da física de partículas, não fecha as contas sem o Higgs. Se o bóson não for encontrado, é preciso que exista outra entidade exercendo seu papel.
"Não há razão para pensar que o Higgs vai ser exatamente aquele previsto pelo Modelo Padrão, mas é preciso que seja algo parecido, porque muitas pistas indicam que não pode estar longe", diz o francês Christophe Grojean.
William Murray, um dos analistas responsáveis por procurar o Higgs no Atlas, ainda mantém seus dados sob sigilo. Mas admite que é possível surgir uma "pista" positiva da existência do Higgs. Se a partícula não existe, porém, será preciso esperar até mais um ano para o acelerador acumular dados que confirmem sua exclusão.
"Poderíamos dizer que temos 95% de confiança do resultado, por exemplo, ao declará-lo agora, mas isso ainda seria baixo para descartar o Higgs, que é a fundação de todas as especulações teóricas atuais", diz Murray. "Talvez seja preciso ter 99,9%.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

NEBULOSAS PLANETÁRIAS EM NGC 1399


Esta foto mostra algumas das nebulosas planetárias muito fraca no gigante galáxia elíptica NGC 1399, recentemente observado por uma equipa internacional de astrónomos com o ESO 3,5 metros-Telescope Nova Tecnologia (NTT). Suas magnitudes são cerca de 27 e eles são indicados com círculos. A parte central da galáxia é "superexposta''nesta imagem, para melhor realçar ponto-como imagens das nebulosas planetárias.
Os observadores foram Magda Arnaboldi e Ken Freeman do Observatório Mount Stromlo na Austrália. Foram obtidos os espectros e mediu a velocidade de 37 nebulosas planetárias nesta galáxia que está localizado no centro do aglomerado de Fornax sul de galáxias, a uma distância de cerca de 50 milhões de anos-luz. A massa total da galáxia pode ser inferida a partir dos movimentos medidos e foi encontrado em cerca de dez vezes maior que a massa combinada das estrelas e nebulosas visto nesta galáxia. Isto indica a presença de uma quantidade muito substancial de escuro ", a matéria''invisível na NGC 1399.
O ESO Instrumento Multi-Modo (EMMI) foi utilizado no modo RILD com máscaras de MOS, o No. 5 grism ea Loral FA 2048 CCD, dando uma dispersão de 1,7 por pixel. A linha de 500,7 nm espectral de [O III] foi isolado com um filtro de interferência com a central de comprimento de onda de 505 nm e de largura intermediária (FWHM = 50 nm) em frente ao grism. Isso reduziu a gama de comprimento de onda de cada espectro e aumentou o número de slitlets em cada máscara MOS. O tempo de integração total para cada campo foi de 5 horas, dividido em exposições mais curtas. A precisão obtida das velocidades medidas radial é cerca de 70 km / s, que é muito menor do que a dispersão da velocidade da galáxia.
Esta imagem foi obtida pelo CCD Robin Ciardullo (Pennsylvania State University, EUA) através de uma estreita faixa-[O III] filtro com o refletor de 4 metros no Cerro-Tololo Interamerican Observatory, no Chile, e gentilmente disponibilizados para os observadores da Austrália para fins de identificação durante os acima mencionados observações na NTT do ESO. A escala é de 1 arcmin = 3,4 cm; o campo mede 6,8 x 7,9 minutos de arco. Norte é para cima e para leste é para a direita.
Crédito:

domingo, 18 de dezembro de 2011

O PANORAMA DA VIA LÁCTEA


Esta imagem de 360 graus magnífica panorâmica, que abrange a esfera sul e norte toda celestial, revela a paisagem cósmica que envolve o nosso pequeno planeta azul. Este lindo Starscape serve como o primeiro de três extremamente imagens de alta resolução apresentado no projeto GigaGalaxy Zoom , lançado pelo ESO, no âmbito do Ano Internacional da Astronomia 2009 (AIA2009). O plano da nossa galáxia Via Láctea, que vemos de lado a partir de nossa perspectiva na Terra, corta uma faixa luminosa na imagem. A projeção usada no lugar GigaGalaxy Zoom o espectador na frente da nossa galáxia com o avião galáctico correndo horizontalmente através da imagem - quase como se estivéssemos olhando para a Via Láctea a partir do exterior. Desse ponto de vista, os componentes gerais de nossa galáxia espiral vêm claramente à vista, incluindo o seu disco de mármore, com nebulosas escuras e brilhantes, que abriga luminosos, estrelas jovens, bem como bojo central da Galáxia e suas galáxias satélites. Como as filmagens se estenderam por vários meses, os objetos do Sistema Solar vieram e foram através dos campos de estrelas, com planetas brilhantes como Vênus e Júpiter. Por motivos de direitos autorais, não podemos fornecer aqui a imagem de 800 milhões de pixels original completo, que pode ser solicitado Serge Brunier. A imagem de alta resolução fornecidas aqui contém 18 milhões de pixels.
Crédito:
ESO / S. Brunier

sábado, 17 de dezembro de 2011

NASA VAI ARPOAR COMETAS PARA ENTENDER CRIAÇÃO DO UNIVERSO

A agência espacial americana (Nasa) trabalha na criação de um arpão capaz de atingir cometas para retirar amostras que dêem indícios sobre a criação do universo. O projeto é baseado em um conceito desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ASE), ao qual a Nasa agregou uma câmara capaz de recolher amostras dos cometas.

Concretamente, o projeto consiste em uma máquina espacial que viaja em busca de um cometa "e que lança um arpão para retirar amostras em locais determinados, com uma precisão cirúrgica", revelou a Nasa em seu comunicado. 

Geralmente, os cometas têm vários quilômetros de diâmetro, mas é muito difícil pousar uma nave sobre eles para recolher material devido a sua baixa gravidade. 

"Como a nave espacial não pode pousar sobre o cometa, deve se agarrar a ele de uma forma ou outra", explicou Joseph Nuth, especialista da Nasa. "Assim, vamos utilizar um arpão, que recolherá amostras". 

No momento, a Nasa estuda os cometas apenas com naves que os sobrevoam, como o foguete Stardust-NExT, lançado em 1999 para recolher amostras das caudas dos cometas. Em 2016, a Nasa lançará o foguete OSIRIS-REx, que recolherá amostras através de um braço robotizado. 

"A próxima etapa consiste em recolher uma amostra retirada da superfície (do cometa), onde estão os materiais mais puros e mais antigos", disse o engenheiro do projeto do arpão, Donald Wegel. 

Atualmente, uma equipe da Nasa em Greenbelt (Maryland) testa um arpão contra um bloco de areia, gelo e rocha com o objetivo de medir o volume de explosivos necessário e determinar a forma que deve ter o arpão para otimizar sua penetração. 

"Não sabemos com precisão o que vamos encontrar no cometa. A superfície pode ser macia, formada por poeira ou por uma mistura de gelo e pedras", explicou Wegel. "Por esta razão, precisamos desenhar um arpão capaz de penetrar qualquer tipo de superfície". 
Fonte: Terra

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CIENTISTAS DETÉCTAM SUPERNOVA 11 HORAS APÓS EXPLODIR

A descoberta de uma supernova em uma galáxia próxima à Terra 11 horas após sua
 explosão permitirá aos cientistas estudar as características desses sistemas pouco
 conhecidos, informou nesta quarta-feira a revista Nature. 

Imagens do telescópio Hubble mostra galáxia antes e depois (dir.) da explosão de SN 2011fe.
A supernova SN 2011fe foi observada na galáxia Messier 101 no último mês de agosto por uma equipe de cientistas liderada por Peter Nugent, do laboratório Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos. Mario Hamuy, da Universidade do Chile, explica em artigo paralelo, que esse achado permitirá investigar as particularidades das supernovas de tipo Ia, explosões estelares que constituem "uma ferramenta destacada em cosmologia, mas das quais se desconhece a natureza". 

Existe o consenso que são uma classe de estrelas em explosão caracterizadas pela ausência de hidrogênio (o elemento químico mais abundante no Universo), que resultam da violenta explosão de uma anã branca, que é a remanescente de uma estrela que já completou seu ciclo normal de vida. 

Normalmente, as anãs brancas, compostas de carbono e oxigênio, vão se apagando ao não alcançar a temperatura suficiente para completar a fusão desses elementos. No entanto, às vezes, se estão acompanhadas de outras estrelas, podem atrair a massa destas e momentaneamente ultrapassar o limite e entrar em colapso. 

Se chegam a uma massa determinada, a temperatura aumenta até o ponto de possibilitar de novo a fusão do carbono e do oxigênio, o que, devido à grande pressão interior, gera uma explosão nuclear que dá lugar a uma supernova de tipo Ia. Os cientistas constataram que a origem de uma supernova de tipo Ia é uma anã branca, mas a descoberta da SN 2011fe permitirá estudar que tipo de estrela é a acompanhante da anã branca, explicou Hamuy. 

As primeiras observações desta supernova permitem descartar que, pelo menos neste caso, a acompanhante da anã branca seja o que se conhece como uma gigante vermelha, que é cem vezes mais luminosa que o Sol. Os cientistas chegaram a esta conclusão porque, em caso contrário, teriam percebido seu rastro nas imagens prévias ao descobrimento da supernova. 

Isto deixaria, segundo os modelos teóricos, outras duas opções: uma estrela subgigante, que são pouco mais luminosas que o Sol, ou outra anã branca, que é 10 mil vezes menos luminosa que este astro. Embora a qualidade das imagens prévias, obtidas mediante telescópio, não permitam descartar estas outras duas opções, Hamuy frisa que eliminar a opção da gigante vermelha "representa um grande avanço em nossa compreensão das estrelas geradoras das supernova de tipo Ia".