quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

APEX REVELA FORMAÇÃO ESTELAR ESCONDIDA EM PROTO AGLOMERADO GALÁTICO


Segredos de construção de uma metrópole galática. Esta é a primeira vez que se consegue realizar um censo completo da formação estelar em tais objetos.
Astrônomos utilizaram o telescópio APEX para investigar um enorme aglomerado de galáxias, que está se formando no Universo primordial, e revelaram que boa parte da formação estelar que está ocorrendo e que não apenas se encontra escondida pela poeira, mas também acontece em locais inesperados.
Os aglomerados de galáxias são os maiores objetos do Universo unidos pela força da gravidade, no entanto a sua formação ainda não é completamente compreendida. A Galáxia da Teia de Aranha (conhecida pelo nome formal de MRC 1138-262 , e seus arredores, é estudada há vinte anos, tanto com telescópios do ESO como com outros telescópios . Pensa-se que este objeto é um dos melhores exemplos de um protoaglomerado no processo de se juntar, há mais de dez bilhões de anos atrás.
No entanto, Helmut Dannerbauer (Universidade de Viena, Áustria) e a sua equipe suspeitavam que esta explicação estaria muito aquém da realidade. A equipe pretendia investigar o lado escuro da formação estelar e descobrir quanta formação estelar escondida por trás da poeira estava a ocorrer no aglomerado da Galáxia da Teia de Aranha.
A equipe utilizou a câmera LABOCA montada no telescópio APEX no Chile, para observar durante 40 horas este aglomerado nos comprimentos de onda do milímetro que são suficientemente longos para permitir espreitar através da maioria das espessas nuvens de poeira. A LABOCA tem um campo largo, tornando-se no instrumento perfeito para este tipo de rastreio.
Carlos De Breuck (Cientista de Projeto do APEX no ESO e co-autor do novo estudo) enfatiza: “Esta é uma das observações mais profundas executadas pelo APEX e que levou este telescópio aos seus limites tecnológicos, tendo levado igualmente aos limites a resistência do pessoal que trabalha no local do APEX a elevada altitude, 5050 metros acima do nível do mar”.
As observações APEX revelaram que existiam cerca de quatro vezes mais fontes na região da Teia de Aranha do que no meio circundante. Depois de comparar detalhadamente os novos dados com observações complementares obtidas a comprimentos de onda diferentes, a equipe pôde confirmar que muitas destas fontes se encontravam à mesma distância que o aglomerado de galáxias e por isso deviam fazer parte do aglomerado em formação.
Helmut Dannerbauer explica: “As novas observações APEX acrescentaram a peça final que precisávamos para realizar um censo completo de todos os habitantes desta megacidade estelar. Estas galáxias estão no processo de formação e por isso, tal como um estaleiro na Terra, encontram-se muito empoeiradas”.
Mas uma surpresa esperava a equipe quando foi investigado onde é que a nova formação estelar detectada estava a ocorrer. Os astrônomos esperavam encontrar estas regiões de formação estelar nos grandes filamentos que ligam as galáxias mas, em vez disso, encontraram-nas concentradas principalmente numa única região, sendo que esta região nem sequer se encontra centrada na Galáxia da Teia de Aranha, central no protoaglomerado.
Helmut Dannerbauer conclui: ”Esperávamos encontrar formação estelar escondida no aglomerado da Teia de Aranha - e conseguimos - no entanto, desenterramos ao mesmo tempo um novo mistério no processo; esta formação estelar não está a ocorrer onde esperávamos! A megacidade está a desenvolver-se de modo assimétrico”.
Para que esta história se desenvolva melhor novas observações são necessárias - e o ALMA será o instrumento perfeito para nos dar os próximos passos no estudo destas regiões empoeiradas com muito mais detalhes.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

ESO OBSERVA EM INFRA VERMELHO A REGIÃO DE FORMAÇÃO ESTELAR RHO OPHIUCHI

Imagem infravermelha da região de formação estelar Rho Ophiuchi
Imagem infravermelha da região de formação estelar Rho Ophiuchi
Esta imagem mostra a região de formação estelar Rho Ophiuchi no infravermelho, obtida pelo Wide-field Infrared Explorer (WISE) da NASA. O azul e o ciano representam a radiação emitida nos comprimentos de onda de 3,4 e 4,6 micrômetros, emitidos predominantemente por estrelas. O verde e o vermelho representam a radiação a 12 e 22 micrômetros, respectivamente, principalmente emitida pela poeira.
Crédito:
NASA/JPL-Caltech/WISE Team

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

JOIAS DO BAÚ: ESO OBSERVA UMA CONCENTRAÇÃO COLORIDA DE ESTRELAS DE MEIA IDADE


O telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, capturou uma linda imagem colorida do aglomerado estelar brilhante NGC 3532.
Algumas das estrelas ainda brilham numa cor quente azulada, mas muitas das mais massivas já tornaram-se gigantes vermelhas e brilham em tons de laranja.
NGC 3532 é um aglomerado aberto brilhante situado a cerca de 1300 anos-luz de distância na constelação de Carina (a Quilha do navio Argos). Este aglomerado é conhecido de modo informal por aglomerado do Poço dos Desejos, já que faz lembrar moedas de prata espalhadas, lançadas num poço. Também é, às vezes, chamado aglomerado da Bola de Futebol Americano, embora esta designação dependa do país em que se vive. Este nome tem origem na sua forma oval, que faz lembrar uma bola de rugby aos cidadãos das nações que praticam este esporte.
Este aglomerado estelar muito brilhante pode facilmente ser visto a olho nu a partir do hemisfério sul. Foi descoberto pelo astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille quando observava na África do Sul em 1752 e catalogado três anos mais tarde, em 1755. Trata-se de um dos aglomerados abertos mais espetaculares de todo o céu.
NGC 3532 cobre uma área no céu que é quase duas vezes o tamanho da Lua Cheia. Foi descrito como um aglomerado rico em binários de estrelas por John Herschel, que observou “várias estrelas duplas elegantes” neste local durante a sua estadia no sul de África na década de 1830. Adicionalmente, e muito mais relevante como história recente, NGC 3532 foi o primeiro alvo a ser observado pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, a 20 de maio de 1990.
Este grupo de estrelas tem cerca de 300 milhões de anos de idade, sendo por isso de meia-idade nos padrões de aglomerados estelares abertos [1]. As estrelas do aglomerado que iniciaram as suas vidas com massas moderadas ainda se encontram a brilhar intensamente em tons azuis-esbranquiçados, mas as estrelas mais massivas gastaram já todo o seu combustível de hidrogênio e transformaram-se em estrelas gigantes vermelhas. O resultado é que o aglomerado parece rico tanto em estrelas azuis como em estrelas laranjas. As estrelas mais massivas no aglomerado original viveram já as suas breves mas muito brilhantes vidas, tendo explodido em supernovas há muito tempo. Existem também numerosas estrelas mais tênues e portanto menos óbvias. São estrelas de massas menores que vivem vidas mais longas e brilham em tons amarelos e vermelhos. NGC 3532 tem cerca de 400 estrelas no total.
O céu de fundo, situado numa região rica da Via Láctea, encontra-se inundado de estrelas. Vemos também algum gás vermelho brilhante e faixas sutis de poeira que bloqueiam a radiação emitida por estrelas mais distantes. Este gás e poeira provavelmente não estão ligados ao aglomerado propriamente dito, o qual tem idade suficiente para ter "varrido" já há muito tempo atrás qualquer material que tivesse restado no seu meio circundante.
Esta imagem do NGC 3523 foi obtida pelo instrumento Wide Field Imager, no Observatório de La Silla do ESO em fevereiro de 2013.

domingo, 28 de dezembro de 2014

O QUE É UMA LAB OU BOLHA LYMAN-ALFA

bolha lyman-alpha
Uma bolha Lyman-alfa ou (Lyman-alpha blob - LAB), é um objeto enorme com uma enorme concentração de gás, do tamanho de várias galáxias, ou seja, um tamanho de várias centenas de milhares de anos-luz.
O LAB são os maiores objetos conhecidos no universo. Algumas destas estruturas moles são mais de 400 000 anos-luz de diâmetro.
Estas estruturas gigantescas de hidrogênio, do início do universo, como uma nebulosa, eles emitem fortemente na emissão de hidrogênio linha Lyman-alpha.
Normalmente, a emissão Lyman-alfa é no ultravioleta, mas as bolhas de Lyman-alfa estão tão distantes que sua luz é deslocada para o vermelho, e se tornam visíveis no domínio óptico.
Dados das observações de raios-X indicam a presença de um buraco negro supermassivo, alimentação em uma galáxia ativa, se localizado dentro da bolha primitiva.
As bolhas de Lyman-alfa pode representar um estágio inicial da formação de galáxias e seus buracos negros.bolhas Lyman-alpha pode conter pistas valiosas para os cientistas e determinar como as galáxias se formaram.
A mais famosa bolha Lyman-alpha foi descoberta em 2000 por Steidel e Matsuda.
Uma vez que, usando o telescópio Subaru Observatório Astronómico Nacional do Japão, mais de 30 LAB, menores que (200 milhões de anos-luz), foram encontrados.
Não é conhecido no presente, nem o mecanismo que produz a linha de emissão Lyman-alfa, ou como o LAB estão ligados às galáxias vizinhas.
"Nós mostramos pela primeira vez a influência deste objeto enigmático é a partir da luz dispersa pelas galáxias luminosas que são escondidos, em vez de a propagação de gás de brilho em toda a nuvem", disse Matthew Hayes (Universidade de Toulouse , França), no artigo da revista Nature em 18 de agosto de 2011 : “Central Powering of the Largest Lyman-alpha Nebula is Revealed by Polarized Radiation” by Hayes et al.
Esta bolha Lyman-alpha é visto no passado,  quando o Universo tinha apenas 2 bilhões de anos, há cerca de 12 bilhões de anos.
Nota : Em espectroscopia astronômica, Lyman-alpha,  é a soma das linhas de absorção decorrentes da transição de luz do hidrogênio neutro nos espectros de galáxias distantes e de quasares.
crédito: NASA / ESA, CXC, JPL-Caltech, STScI, NAOJ, J.E. Geach (Univ. Durham) et al.

sábado, 27 de dezembro de 2014

OBSERVAÇÕES DO ALMA E HUBBLE REVELAM ANEIS DE EINSTEIN EM GALÁXIAS DISTANTES


Imagens ALMA de galáxias distantes com formação estelar intensa foram amplificadas por efeito de lente gravitacional.
Esta montagem combina dados do ALMA com imagens do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, de cinco galáxias distantes. As imagens ALMA, em vermelho, mostram as galáxias distantes de fundo sendo distorcidas pelo efeito de lente gravitacional produzido pelas galáxias que se encontram em primeiro plano, e que são apresentadas a azul com dados do Hubble. As galáxias de fundo aparecem em forma de anéis de luz, os chamados anéis de Einstein, rodeando as galáxias mais próximas.
Id: eso1313a

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

PESQUISADORES INGLESES ANUNCIARAM DESCOBERTA DE VIDA ALIENÍGENA


A descoberta considerada "revolucionária" foi publicada no periódico especializado Journal of Cosmology no dia 19 de Setembro.
Pesquisadores ingleses anunciaram ter provas de vida alienígena que veio parar na Terra, após um experimento em Agosto passado
Um grupo de biólogos moleculares da Universidade de Sheffield afirma ter encontrado os pequenos organismos após soltarem um balão na estratosfera terrestre, a 27 quilômetros de altitude, durante a chuva de meteoros Perseidas -  que ocorre todo ano no mês de Agosto, quando a Terra passa por um jato de 'destroços' deixados pelo cometa Swift-Tuttle.
 Segundo o professor Milton Wainwright, que liderou a pesquisa, dificilmente as partículas surgiram no nosso planeta, pois elas são muito "grandes" para levantarem do chão até essa camada intermediária da atmosfera. Apenas uma violenta erupção vulcânica poderia fazer isso com os organismos.
 "Na ausência de um mecanismo que pudesse levar as partículas de 'grandes dimensões' para a estratosfera, só podemos concluir que as entidades biológicas têm origem espacial. A conclusão, portanto, é que a vida está constantemente chegando à Terra a partir do espaço. Ela não se restringe ao nosso planeta e quase certamente não se originou aqui."
O balão carregava tubos microscópios (imagem acima), que só foram expostos quando chegaram a uma altitude entre 22 quilômetros e 27 quilômetros, evitando contaminação durante a coleta do "material espacial". A equipe afirma que precauções rigorosas foram tomadas durante todo o processo, da amostragem à análise.
O equipamento foi lançado perto de Chester e aterrissou intacto na região de Wakefield, trazendo "um fragmento de diatomácea e algumas entidades biológicas incomuns da estratosfera, todas muito 'grandes' para serem da Terra".
Wainwright afirma que o próximo passo é confirmar os resultados  em um novo teste com balões em Outubro, durante a chuva de meteoros Orionídeas (associada à passagem do cometa Haley), quando haverá uma grande quantidade de poeira cósmica sobre o globo terrestre.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

OBSERVANDO AS ESTRELAS QUENTES E AZUIS DE MESSIER 47

The star cluster Messier 47
Esta linda imagem espetacular do aglomerado estelar Messier 47 foi obtida com a câmera Wide Field Imager, instalada no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla do ESO, no Chile.
Apesar deste jovem aglomerado aberto ser dominado por estrelas azuis e brilhantes, contém também algumas estrelas gigantes vermelhas contrastantes.
O aglomerado estelar Messier 47 situa-se a aproximadamente 1600 anos-luz de distância da Terra, na constelação da Popa (a ré do navio mitológico Argo). Foi observado pela primeira vez alguns anos antes de 1664 pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna e descoberto mais tarde de forma independente por Charles Messier que, aparentemente, não tinha conhecimento da observação feita anteriormente por Hodierna.
Embora seja brilhante e fácil de observar, Messier 47 é um dos aglomerados abertos com menos população. São apenas visíveis cerca de 50 estrelas neste aglomerado, distribuídas numa região com uma dimensão de 12 anos-luz, isto comparado com objetos similares que podem conter milhares de estrelas.
Messier 47 nem sempre foi fácil de identificar. De fato, durante anos foi dado como desaparecido, já que Messier anotou as suas coordenadas de forma errada. O aglomerado foi posteriormente redescoberto, tendo-lhe sido atribuída outra designação de catálogo - NGC 2422. A certeza do erro de Messier e a conclusão firme de que Messier 47 e NGC 2422 eram de fato o mesmo objeto apenas foi estabelecida em 1959 pelo astrônomo canadense T. F. Morris.
As cores azuis-esbranquiçadas brilhantes destas estrelas são indicativas da sua temperatura, com estrelas mais quentes apresentando a cor azul e as mais frias a vermelha. Esta relação entre cor, brilho e temperatura pode ser visualizada através da curva de Planck. No entanto, um estudo mais detalhado das cores das estrelas usando espectroscopia dá muita informação aos astrônomos - incluindo a sua velocidade de rotação e composição química. Vemos também na imagem algumas estrelas vermelhas brilhantes - tratam-se de estrelas gigantes vermelhas que se encontram numa fase mais avançada das suas curtas vidas do que as estrelas azuis menos massivas. Estas últimas duram portanto mais tempo
Por mero acaso, Messier 47 parece estar próximo no céu de outro aglomerado estelar contrastante - Messier 46. Messier 47 encontra-se relativamente perto de nós, a cerca de 1500 anos-luz,  enquanto o Messier 46 se situa a cerca de 5500 anos-luz de distância e contém muito mais estrelas, pelo menos 500. Apesar de conter mais estrelas, este aglomerado apresenta-se significativamente mais tênue devido à maior distância a que se encontra da Terra.
Messier 46 poderia ser considerado o irmão mais velho de Messier 47, com aproximadamente 300 milhões de anos comparado com os 78 milhões de anos de Messier 47. Consequentemente, muitas das estrelas mais massivas e brilhantes de Messier 46 viveram já as suas curtas vidas, não sendo visíveis, e por isso a maioria das estrelas que vivem no seio deste aglomerado mais velho são mais vermelhas e frias.
Esta imagem de Messier 47 foi criada no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO, uma iniciativa que visa obter imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atrativos, utilizando os telescópios do ESO, para efeitos de educação e divulgação científica. O programa utiliza pouco tempo de observação, combinado com tempo de telescópio inutilizado, de modo a minimizar o impacto nas observações científicas. Todos os dados são também postos à disposição dos astrônomos através do arquivo científico do ESO.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

CONHECENDO A NUVEM DE OORT

A nuvem de Oort, também chamada de nuvem de Öpik-Oort, é uma nuvem esférica de planetesimais voláteis que se acredita localizar-se a cerca de 50 000 UA, ou quase um ano-luz apartir do Sol.
Isso significa que ela está a aproximadamente um quarto da distância a Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol. O cinturão de Kuiper e o disco disperso, as outras duas regiões do Sistema Solar que contêm objetos transnetunianos, se localizam a menos de um milésimo da distância estimada da nuvem de Oort.
Os astrônomos conjecturam que a matéria que compõe a nuvem de Oort tenha se formado perto do Sol, nos primeiros estágios da formação do Sistema Solar, e tenha se espalhado pelo espaço devido aos efeitos gravitacionais dos planetas gigantes.
Embora não se tenha feito nenhuma observação direta da nuvem de Oort, ela pode ser a fonte de todos os cometas de longo período e de tipo Halley que entram no Sistema Solar interior, além de muitos centauros e cometas de Júpiter. A parte externa da nuvem de Oort é muito pouco influenciada pela gravidade do Sol, e isso faz com que outras estrelas e a própria Via Láctea possam interferir na órbita de seus objetos dentro da nuvem e mandá-los para o Sistema Solar interior. Dependendo de suas órbitas, a maioria dos cometas de curto período do Sistema Solar pode ter vindo do disco disperso, mas alguns podem ter se originado na nuvem de Oort
Hipóteses
Em 1932, o astrônomo estoniano Ernst Öpik postulou que os cometas de período longo se originaram numa nuvem que orbitava nos confins do Sistema Solar. A ideia foi retomada em 1950 pelo astrônomo holandês Jan Oort, de modo independente, para resolver um paradoxo. Ao longo da existência do Sistema Solar, as órbitas dos cometas são muito instáveis, e eventualmente a dinâmica determina que um cometa colida contra o Sol ou um planeta ou seja ejetado do Sistema Solar devido às perturbações planetárias. Adicionalmente, sua composição volátil faz com que, em suas repetidas aproximações do Sol, a radiação gradualmente vaporize as substâncias voláteis, até que o cometa se divida ou adquira uma casca isolante que freia a desgaseificação. Assim, Oort sugeriu que os cometas não poderiam ter se formado na sua órbita atual, e que deveriam ter permanecido durante quase toda a sua existência num depósito afastado destes corpos celestes.
Existem dois tipos de cometas: os de período curto (também chamados cometas eclípticos) e os de período longo (cometas quase isotrópicos). Os cometas eclípticos possuem órbitas relativamente pequenas (menos de 10 UA) e seguem o plano eclíptico, o plano em que se posicionam os planetas. Os cometas de longo período possuem órbitas muito grandes, da ordem de milhares de UA, e surgem de todas as direções do céu. Oort notou que havia um pico na quantidade de cometas de longo período com afélio (a sua maior distância do Sol) de aproximadamente 20 000 UA, o que sugeria um depósito àquela distância, com uma distribuição isotrópica, esférica. Os escassos cometas que possuem afélios de 10 000 UA devem ter passado por uma ou mais órbitas no Sistema Solar e tiveram suas órbitas empurradas para dentro pela gravidade dos planetas.
Composição e estrutura
Distância presumida da Nuvem de Oort comparada com o restante do Sistema Solar.
 A parte externa da nuvem de Oort define o limite cosmográfico do Sistema Solar e a região de influência gravitacional do Sol.
Acredita-se que a nuvem de Oort, que recebe o seu nome graças ao astrônomo holandês Jan Oort, compreenda duas regiões distintas: uma parte externa esférica e uma parte interna em forma de disco, ou nuvem de Hills. Os objetos da nuvem de Oort são compostos principalmente por voláteis como gelo, amônia e metano.
Acredita-se que a nuvem de Oort ocupe um vasto espaço desde 2 000 ou 5 000 UA até 50 000 UA do Sol, embora algumas fontes situem o seu limite entre 100 000 UA e 200 000 UA. A nuvem de Oort pode ser dividida em duas regiões: a nuvem de Oort exterior (20 000 - 50 000 UA), esférica, e a nuvem de Oort interior (2 000 - 20 000 UA), que tem forma toroidal. A nuvem exterior está pouco ligada ao Sol e é a fonte da maior parte dos cometas de período longo (e possivelmente os do tipo Halley) para o interior da órbita de Netuno. A nuvem interior também é conhecida como nuvem de Hills, em homenagem a J. G. Hills, o astrônomo que propôs a sua existência em 1981.  Os modelos predizem que a nuvem interior deve possuir dezenas ou centenas de vezes mais núcleos cometários do que a nuvem exterior; a nuvem de Hills parece ser uma fonte de novos cometas para a nuvem exterior à medida que eles vão gradualmente se esgotando, e explica a existência da nuvem de Oort após bilhões de anos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

LINDA OBSERVAÇÃO DE CAMPO AMPLO DO CÉU EM TORNO DA NEBULOSA DO LÁPIS

Vista de campo amplo do céu em torno da Nebulosa do Lápis
Esta imagem da região do céu em torno da Nebulosa do Lápis mostra uma bela paisagem celeste, onde se observam os filamentos azuis do resto da supernova da Vela, o brilho vermelho das nuvens de hidrogênio e inúmeras estrelas. É uma imagem a cores composta, obtida a partir de exposições do Digitized Sky Survey.

Crédito:
ESO/Digitized Sky Survey 2
Acknowledgment: Davide De Martin.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O GRANDE MISTÉRIO DA MATÉRIA ESCURA PODE TER SIDO FINALMENTE REVELADO


"Astrônomos podem finalmente ter detectado um sinal de matéria escura, o material misterioso que os cientistas acreditam que seja responsável pela formação da maior parte do Universo.
Debruçada sobre os dados coletados pela nave Newton XMM da Agência Espacial Europeia, uma equipe de pesquisadores avistou um ponto estranho em emissões de raios-X provenientes de dois corpos celestes diferentes: a galáxia de Andrômeda e o aglomerado de galáxias Perseus.
O sinal não corresponde a qualquer partícula conhecida ou átomo e, portanto, podem ter sido produzidos por matéria escura, disseram os investigadores.
A distribuição do sinal dentro da galáxia corresponde exatamente ao que nós estávamos esperando da matéria escura, concentrado e intenso no centro de objetos e mais fraco e difuso nas bordas", comenta o co-autor do estudo Oleg Ruchayskiy, da École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça.

"Com o objetivo de verificar os achados, em seguida, observamos os dados de nossa própria galáxia, a Via Láctea, e as mesmas observações foram confirmadas", acrescentou o principal autor Alexey Boyarsky, da EPFL e da Universidade de Leiden, na Holanda.

A matéria escura é assim chamada porque ela não absorve nem emite luz e, portanto, não pode ser observada diretamente. Mas os astrônomos sabem que existe matéria escura porque ela interage gravitacionalmente com a matéria "normal" que podemos ver e tocar.
Mapa em 3D da distribuição em larga escala da matéria escura, reconstruído através de medições de lente gravitacional fraca com o Telescópio Espacial Hubble. Créditos: Hubble / Wikimedia commons

E aparentemente, existe uma grande quantidade de matéria escura lá fora. Observações dos movimentos de estrelas e de galáxias sugerem que cerca de 80% de toda matéria no Universo é "escura", que exerce força gravitacional mas não interage com a luz.
Os pesquisadores propuseram uma série de diferentes partículas exóticas como os constituintes da matéria escura, incluindo partículas de interação fraca (WIMPs), axions e neutrinos estéreis, primos hipotéticos de neutrinos "comuns" (partículas confirmadas que se assemelham aos elétrons, mas sem a carga elétrica).
Acredita-se que a decadência de neutrinos estéreis pode produzir raios-X, de modo que a equipe de pesquisa suspeita que estas podem ser as partículas da matéria escura responsáveis pelo sinal misterioso vindo de Andrômeda e do aglomerado Perseus.
Misteriosa emissão de rádio foi detectada pelos cientistas
Se os resultados (que serão publicadas na próxima semana na revista Physical Review Letters) forem confirmados, eles podem dar início a uma nova era na Astronomia, segundo membros da equipe de estudos.
 "A confirmação desta descoberta pode levar à construção de novos telescópios especialmente concebidos para o estudo dos sinais de partículas de matéria escura", disse Boyarsky. "Vamos saber para onde olhar, a fim de traçar estruturas escuras no espaço, e seremos capazes de entender e reconstruir a formação do Universo".
Fonte: Space / Physical Review Letters
Imagens: (capa-ilustração) / Hubble / NASA / Wikimedia commons

domingo, 21 de dezembro de 2014

NEBULOSA ESCURA NA VIA LÁCTEA ESTÁ FORMANDO UMA ESTRELA MONSTRUOSA


Acredita-se que essa façanha resultará em uma estrela com cerca de 500 mil vezes a massa do Sol
Aí vai uma pergunta de longa data no meio científico: 'As estrelas mais massivas se formam da aglutinação de pequenos grupos densos, ou a partir do colapso em grande escala de uma única nuvem de gás e poeira?'
O tamanho e a densidade dos núcleos protoestelares no centro da chamada nebulosa escura de Spitzer 335 (SDC 335) implicam que é o colapso gravitacional em grande escala que induz na formação de estrelas supermassivas. Só não se sabe se essa regra vale para todos os casos.
 "As observações do Observatório ALMA nos permitiu olhar as nuvens moleculares com uma profundidade incrível, e ver de verdade o que estava acontecendo dentro delas", diz Nicolas Peretto, da Universidade de Cardiff e da CEA/AIM Parsis-Saclay . "Queríamos ver como as estrelas colossais se formavam e evoluíam, e parece que nós conseguimos atingir o nosso objetivo! O que encontramos é verdadeiramente colossal! O maior núcleo protoestelar já observado na Via Láctea."
 O telescópio Herschel ajudou os astrônomos a identificar o nascimento de uma das maiores estrelas da nossa galáxia. A gigante está localizada no coração de uma nuvem molecular, contendo mais de 500 mil vezes a massa do nosso Sol, e está localizada na nebulosa escura SDC 335.
A formação de estrelas maciças não é muito bem compreendida, em parte porque a sua formação acontece muito rápido. Normalmente, elas levam menos de um milhão de anos para se formar; pode parecer muito tempo, mas em escalas astronômicas, é muito difícil encontrar uma formação dessas justamente no momento em que ela está acontecendo.
 O 'embrião estelar' ainda está nas fases iniciais de formação, o que é classificado como núcleo protoestelar. Espera-se que a estrela resultante tenha centenas de vezes a massa do Sol, façanha alcançada por apenas 1 em cada 10.000 estrelas em nossa galáxia.
 A nuvem de gás e poeira foi inicialmente descoberta em imagens do satélite Spitzer, onde apareceu como uma região escura, com a silhueta da luz de fundo da Galáxia. Outras imagens do Hersche mostraram que a região continha grupos densos de material muito frio no processo de formação de estrelas, mas as imagens em alta resolução do telescópio ALMA, do deserto do Atacama, no Chile, foram as que revelaram a imensa massa dos aglomerados protoestelares.

Nebulosa Escura SDC 335  /  
A imagem da nuvem escura SDC 335, trata-se de uma composição de imagens do satélite Spitzer da NASA (amarelo), Herschel (azul), e ALMA (magenta) mostrando a estrutura e seus filamentos.
Esta estrela 'monstruosa' não estará sozinha, e uma vez que a nuvem molecular terminar o processo de formação estelar, acredita-se que haverá um conjunto de várias centenas de estrelas dentro de alguns anos-luz, mas a maioria será muito menor do que a estrela principal que está sendo formada. O resultado final pode ser bem semelhante em muitos aspectos ao conjunto maciço de estrelas no centro da nebulosa de Orion.
As regiões exteriores da nuvem contém estruturas filamentosas, que estendem-se em várias direções. As imagens do ALMA mostraram que o gás se move ao longo desses filamentos, alimentando a formação da estrelas no centro na nuvem molecular.
Resultados como este aumentam significativamente a nossa compreensão da formação de estrelas massivas. Embora a gravidade desempenhe um papel fundamental, fazendo com que aglomerados de gás e poeira entrem em colapso formando densos núcleos protoestelares, ainda não se sabe em qual escala que isso pode acontecer.
Fonte: Spitzer Space Telescope / DailyGalaxy
Crédito da imagem: NASA / Spitzer / JPL -Caltech ; ESA / Herschel / Hi -GAL ; ESO / NOAO / Noaj / ALMA

sábado, 20 de dezembro de 2014

UMA SUPER BOLHA SURPREENDENTE

Uma superbolha surpreendente
Esta nova imagem colorida mostra a região de formação estelar LHA 120-N44 [1] na Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia satélite da Via Láctea.
Esta imagem combina dados no visível do telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, com dados no infravermelho e nos raios-X obtidos com observatórios espaciais situados em órbita da Terra.
No centro desta região muito rica em gás, poeira e estrelas jovens situa-se o aglomerado estelar NGC 1929. As suas estrelas de elevada massa emitem radiação intensa, expelem matéria a altas velocidades sob a forma de ventos estelares e correm ao longo das suas curtas mas brilhantes vidas, explodindo no final como supernovas. Os ventos e as ondas de choque das supernovas esculpem uma enorme cavidade, chamada uma superbolha, no gás circundante.
Observações com o Observatório de Raios-X da NASA, o Chandra (em azul na imagem) revelam regiões quentes criadas por estes ventos e choques, enquanto os dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer, da NASA (em vermelho), delineiam as regiões onde se encontram a poeira e o gás mais frio. Os dados no visível do telescópio MPG/ESO de 2,2 metros (em amarelo) completam a imagem, mostrando as estrelas quentes jovens propriamente ditas, assim como as brilhantes nuvens de gás e poeira que as rodeiam.
Combinando dados da egião em diferentes comprimentos de onda permitiu aos astrônomos resolver um mistério: porque é que a N44, e outras superbolhas semelhantes, emitem raios-X tão intensos? A resposta parece residir no fato de existirem duas fontes extra de emissão de raios-X brilhantes: as ondas de choque das supernovas que atingem as paredes das cavidades e a matéria quente que se evapora das paredes das cavidades. Esta emissão de raios-X vinda da periferia da superbolha é claramente visível na imagem.
A designação deste objeto indica que foi incluído no catálogo de estrelas e nebulosas com emissão H-alfa nas Nuvens de Magalhães, compilado e publicado em 1956 pelo astrônomo-astronauta americano Karl Henize (1926-1993). A letra "N" indica que é uma nebulosa. O objeto é normalmente chamado apenas de N44.
Crédito:
Optical: ESO, X-ray: NASA/CXC/U.Mich./S.Oey, IR: NASA/JPL

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

INCENDIANDO A ESCURIDÃO

Incendiando a escuridão
Uma nova imagem obtida pelo telescópio APEX, Atacama Pathfinder Experiment, no Chile, mostra uma bela vista de nuvens de poeira cósmica na região de Orion. Embora estas nuvens densas interestelares pareçam escuras em imagens obtidas no visível, a câmera LABOCA do APEX consegue detectar o calor emitido pelos grãos de poeira e revelar os locais secretos onde novas estrelas estão se formando. A imagem mostra a região em torno da nebulosa de reflexão NGC 1999 observada no visível, com as observações submilimétricas do APEX sobrepostas em tons de laranja brilhante, que parecem incendiar as nuvens escuras.

Crédito:
ESO/APEX (MPIfR/ESO/OSO)/T. Stanke et al./Digitized Sky Survey 2

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

NGC 2467 E SEUS ARREDORES

NGC 2467 e seus arredores
Região que rodeia o enxame estelar NGC 2467, situado na constelação austral da Popa.
Com uma idade de, no máximo, alguns milhões de anos, a NGC 2467 é uma maternidade estelar muito activa, onde novas estrelas estão continuamente a nascer a partir de enormes nuvens de gás e poeira. A imagem, que parece um fantasma cósmico colorido ou um gigante macaco mandril celeste, contém os enxames abertos Haffner 18 (no centro) e Haffner 19 (no meio à direita: localizado dentro da região cor de rosa mais pequena - o olho mais baixo do mandril), assim como enormes regiões de gás ionizado. A estrela brilhante no centro da região cor de rosa maior, que se encontra na parte de baixo da imagem, é a HD 64315, uma estrela jovem de grande massa, que está a ajudar a dar forma à estrutura de toda a região nebular.
Esta imagem emoldurada encontra-se disponível na loja ESO.

Crédito:
ESO

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

DE RESTO CÓSMICO A BOTÃO DE FLOR ETÉREO

De estepe cósmico a botão de flor etéreo
A IC 5148 é uma bonita nebulosa planetária situada a cerca de 3000 anos-luz de distância na constelação do Grou.
A nebulosa tem um diâmetro de um par de anos-luz e está ainda a crescer, a mais de 50 quilômetros por segundo - uma das nebulosas planetárias com expansão mais rápida conhecida. O termo "nebulosa planetária" surgiu no século XIX, quando as primeiras observações de tais objetos - a partir dos pequenos telescópios disponíveis na época - mostravam algo parecido a planetas gigantes. Contudo, a verdadeira natureza das nebulosas planetárias é muito diferente.
Quando uma estrela com massa semelhante ou apenas um pouco maior do que a do Sol se aproxima do final da sua vida, as camadas exteriores são lançadas para o espaço. O gás em expansão é iluminado pelo núcleo quente que resta da estrela no centro, formando a nebulosa planetária, que geralmente toma uma forma brilhante e bonita.
Quando observada através de um pequeno telescópio amador, esta nebulosa planetária aparece como um anel de matéria, com a estrela - que irá arrefecer até se tornar uma anã branca - a brilhar no centro do buraco. Esta aparência levou os astrônomos a darem à IC 5148 o nome de Nebulosa do Pneu Sobresselente.
O instrumento EFOSC2 (sigla do inglês para ESO Faint Object Spectrograph and Camera) montado no New Technology Telescope, em La Silla, dá-nos uma visão mais elegante deste objeto. Em vez de se parecer com um pneu sobresselente, a nebulosa assemelha-se a um botão de flor etéreo com as pétalas sobrepostas em camadas.
Crédito:
ESO

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

CASULO VERMELHO ABRIGA ESTRELAS JOVENS

Casulo vermelho abriga estrelas jovens
Na Terra os casulos estão associados a vida nova. Também há "casulos" no espaço, mas em vez de protegerem larvas à medida que se estas transformam em borboletas, são os locais de nascimentos de novas estrelas.
A nuvem vermelha que vemos na imagem, obtida com o instrumento EFOSC2 montado no New Technology Telescope do ESO, é um exemplo perfeito de uma destas regiões de formação estelar. É uma imagem de uma nuvem chamada RCW 88, situada a cerca de dez mil anos-luz de distância e com uma dimensão de cerca de nove anos-luz. Não é feita de seda, como o casulo de um bicho-da-seda, mas sim de hidrogênio gasoso brilhante que rodeia as estrelas recém-formadas. As novas estrelas formam-se de nuvens de hidrogênio à medida que estas colapsam sob o efeito da sua própria gravidade. Algumas das estrelas mais desenvolvidas, que já brilham intensamente, podem ser vistas espiando pela nuvem.
Estas estrelas jovens quentes são muito energéticas e emitem enormes quantidades de radiação ultravioleta, o que faz com que os elétrons se libertem dos átomos de hidrogênio da nuvem, deixando apenas os núcleos positivamente carregados - os prótons. À medida que os elétrons são recapturados pelos prótons, emitem radiação H-alfa, a qual tem um brilho vermelho bastante característico.
Observar o céu através de um filtro H-alfa é o modo mais simples dos astrônomos descobrirem estas regiões de formação estelar. Um filtro H-alfa foi um dos quatro filtros utilizados para produzir esta imagem.
Crédito:
ESO

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O DRAMA DA FORMAÇÃO ESTELAR EM DETALHES

O drama da formação estelar em detalhe
Esta imagem a cores muito detalhada obtida pelo Very Large Telescope do ESO, mostra os efeitos dramáticos que estrelas muito jovens têm sobre o gás e poeira a partir dos quais nasceram, na região de formação estelar NGC 6729. As estrelas bebé não se vêem nesta imagem, estando escondidas por detrás das nuvens de poeira que se encontram no canto superior esquerdo da imagem, mas o material que ejectam choca no espaço circundante com velocidades que podem atingir um milhão de quilómetros por hora. Esta imagem foi obtida pelo instrumento FORS1, que grava a cena à luz do hidrogénio e do enxofre brilhantes.

Crédito:
ESO/Sergey Stepanenko

domingo, 14 de dezembro de 2014

PRESENTE DE NATAL CELESTIAL: O COMETA C/2014 Q2 LOVEJOY JÁ ESTÁ VISÍVEL NO CÉU NOTURNO


Todo mundo adora ganhar presentes, e nesse fim de ano não poderemos reclamar da sorte! Prepare-se para vislumbrar o cometa C/2014 Q2 Lovejoy, que agora está brilhante o suficiente para ser visto através de pequenos binóculos 10x50. Além disso, observar o cometa Lovejoy durante a virada do ano pode ser uma idéia brilhante!
Seguindo uma trajetória rumo ao norte, este visitante do espaço profundo está visível em todo planeta! Sua magnitude aparente está estimada em aproximadamente 7,2, aparecendo como uma pequena bola de algodão esfumaçada para aqueles que observarem através de binóculos ou pequenos telescópios.
Ele se movimenta no firmamento cerca de 3° a cada dia, e essa grande velocidade está trazendo esse belo cometa para um encontro com a Terra! Mas não se preocupe, afinal, não representa nenhum risco para o nosso planeta. Ele chegará a uma distância mínima de 70 milhões de quilômetros da Terra no próximo dia 7 de janeiro. Já o periélio (maior proximidade com Sol) acontecerá cerca de 3 semanas depois, no dia 30 de janeiro.
Cometa Lovejoy visível no céu
Posição do cometa C/2014 Q2 Lovejoy entre os dias 9 de dezembro e 8 de janeiro de 2015 à meia-noite.Créditos: STELLARIUM    
O cometa C/2014 Q2 Lovejoy é o quinto já descoberto pelo astrônomo amador australiano Terry Lovejoy. Ele capturou imagens do então pequeníssimo e fraco cometa de 15° magnitude no dia 17 de agosto utilizando um telescópio Celestron C-8 equipado com uma câmera CCD em seu observatório de telhado em Brisbane, na Austrália. O cometa C/2014 Q2 Lovejoy tem um período de cerca de 11.500 anos, com uma órbita acentuadamente inclinada em relação ao plano do Sistema Solar (80,3 °), o que explica seu movimento no céu noturno. No final de dezembro, o cometa atravessa de baixo pra cima o plano dos planetas.
Espera-se que o cometa Lovejoy chegue a brilhar como um objeto de 5° magnitude, o que o tornará visível aos olhos humanos (sem auxílio de binóculos). Se essas estimativas realmente se concretizarem, essa será talvez uma maneira fantástica de começar o Ano Novo!!!


Como observar o cometa C/2014 Q2 Lovejoy?

Devemos olhar para a direção nordeste por volta da meia-noite. Assim que localizar a constelação de Orion (conhecida popularmente como "As 3 Marias "), identifique a posição do cometa de acordo com as estrelas ao seu redor.
Para ajudá-lo a observar o seu grande presente de fim de ano, preparamos uma carta celeste que mostra exatamente a posição do cometa Lovejoy no céu noturno.
Posição do cometa C/2014 Q2 Lovejoy no céu
Posição precisa do cometa C/2014 Q2 Lovejoy  entre os dias 25 de dezembro e 7 de janeiro às 22h00. Créditos: STELLARIUM       /    
Entre os dias 28 e 29 de dezembro, o cometa Lovejoy vai passar muito próximo do aglomerado globular M79, o que poderá ser uma grande chance para astrofotógrafos registrar imagens fantásticas!
Fonte: Universetoday
Imagens: (capa-Cometa Lovejoy por Damian Peach) / Richard Cardial / STELLARIUM

sábado, 13 de dezembro de 2014

UMA VISTA ANGULAR DA NUVEM ESCURA LUPUS E 3 DAS ESTRELAS MAIS QUENTES E JOVENS ASSOCIADAS A NUVEM

Vista grande angular da nuvem escura Lupus 3 e das estrelas quentes jovens associadas à nuvem
Esta imagem de grande angular mostra a nuvem escura onde novas estrelas estão se formando e um aglomerado de estrelas brilhantes que já saiu da sua maternidade estelar empoeirada. Esta nuvem é conhecida como Lupus 3 e situa-se a cerca de 600 anos-luz de distância, na constelação do Escorpião. É provável que o Sol se tenha formado numa região de formação estelar semelhante a esta, há mais de quatro bilhões de anos atrás. Esta imagem foi criada a partir de dados do Digitized Sky Survey 2.

Crédito:
ESO/Digitized Sky Survey 2
Acknowledgement: Davide De Martin

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ATMOSFERA DE TITÃ: CONHEÇA UM POUCO SOBRA SUAS INCRÍVEIS DESCOBERTAS

A sonda Huygens sobreviveu apenas uma hora na atmosfera de Titã, mas foi suficiente para deixar os cientistas ocupados (e intrigados) até hoje...
No dia 14 de janeiro de 2005 a sonda Huygens desceu na atmosfera de Titã, lua de Saturno. Seu objetivo era entender sua química, se seria ou não semelhante a que temos aqui na Terra. Para a surpresa de todos, a sonda Huygens sobreviveu por apenas uma hora nas dependências da lua de Saturno, o que intrigou cientistas de todo mundo.

Ilustração da sonda Huygens após pouso em em solo deTitã lua de Saturno.
Apesar de Huygens ter "morrido" há muito tempo, ela conseguiu enviar algumas imagens de sua descida, que são estudadas até hoje pelos cientistas, afinal, são as únicas que mostram Titã a partir de um ponto de vista amigável, dando a sensação que teríamos se estivéssemos lá...Por outro lado, a sonda Cassini (companheira de Huygens) ainda está viva, e frequentemente faz sobrevôos em Titã para entender um pouco mais sobre esse misterioso mundo.

Paisagem de Titã registrada pela sonda Huygens. Créditos: ESA / NASA / JPL / René Pascal
Diferentes instrumentos da sonda Cassini conseguiram obter algumas informações úteis sobre a densidade de sua atmosfera, suas mares, etc...
Quando a sonda Huygens lançou seus paraquedas e começou sua descida na atmosfera de Titã, os cientistas perceberam que muitos dos aspectos observados por Huygens também foram registrados em um sobrevôo feito anteriormente pela sonda Voyager 2, de acordo com uma apresentação de 2006 sobre os resultados de Huygens.
Cassini também fez suas próprias descobertas atmosféricas, como a névoa de Titã que age como uma camada de ozônio, ou os reflexos de luz fora de Saturno que podem alterar as correntes atmosféricas da lua. A sonda Cassini descobriu ainda algumas evidências que apontam que a atmosfera de Titã pode ser mais antiga do que o planeta Saturno, ou seja, apesar de nunca ter "descido de paraquedas" na lua, Cassini pode se gabar de suas descobertas na intrigante lua Titã.

Paisagem de Titã registrada durante a descida da sonda Huygens. Créditos: NASA / JPL
A até mesmo daqui da Terra conseguimos coletar informações valiosas sobre Titã, como o telescópio ALMA por exemplo, que encontrou uma distribuição incomum de materiais orgânicos em sua atmosfera...
Juntamente com Europa (lua de Júpiter), Titã é um dos mundos mais intrigantes do Sistema Solar. E quem sabe, seja um dos locais que a vida pode prosperar?
Se os avanços continuarem como estão, em um futuro não tão distante poderemos ter uma resposta pra essa grande pergunta...
Paisagem de Titã registrada durante a descida da sonda Huygens.
Créditos: NASA / JPL
Fonte: Universetoday / NASA
Imagens: (capa-ilustração/Kingfisher/Mark Garlick) / NASA / ESA / JPL

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

CIENTISTAS AFIRMAM QUE A LUA TINHA UM CAMPO MAGNÉTICO EM SEU NÚCLEO


 Por que as rochas lunares são magnetizadas? Ao que parece, os cientistas desvendaram de vez o grande mistério!
Os cientistas acreditam ter resolvido um mistério que já dura mais de 40 anos sobre a Lua. A grande questão que não tinha respostas (até agora) era sobre o que teria causado magnetismo nas rochas coletadas na Lua pelos astronautas da missão Apollo da NASA.
Ao contrário da Terra, a Lua não tem um campo magnético global, pelo menos não atualmente. Mas os cientistas teorizaram que a Lua, apesar de ter apenas 1% da massa da Terra, teve um movimento em seu núcleo de metais fundidos, o que poderia ter gerado um campo magnético global.
Outros pesquisadores não têm tanta certeza. Eles suspeitam que o solo lunar adquiriu campos magnéticos por conta de impactos de asteróides e de outros objetos em sua superfície. Por outro lado, um novo estudo fornece evidências de que a Lua não só tinha um núcleo magnético, como também ele era mais forte do que o núcleo atual da Terra.
O estudo, baseado em uma re-análise das amostras da missão Apollo, combinadas com dados recolhidos por uma série de sondas que orbitaram a Lua, levantam questões sobre como os fluidos condutores elétricos vieram a existir no núcleo da Lua, criando um dínamo que gerou um verdadeiro campo magnético global.
Lua por dentro
Lua por dentro
Estrutura da Lua.  Créditos: NASA
Benjamin Weiss (cientista planetário) e seus colegas com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, também estão curiosos para saber porque o campo
Talvez todas as vezes que a Lua era atingida por um grande impacto, ela sofria essa grande rotação, e o pólo norte mudava de lugar", comenta Weiss. "Podemos testar essa teoria medindo a direção de magnetização em função do tempo", acrescentou.
Uma pesquisa publicada no ano passado mostrou que o campo magnético da Lua sobreviveu muito mais tempo do que se acreditava, superando o período dos grandes impactos.
Outra hipótese é que a força gravitacional da Terra pode ter separado o manto sólido da Lua, fundindo seu núcleo e mantendo seu fluído em agitação.
Os novos resultados foram divulgados na revista Science.
Fonte: DNews / NASA / MIT
Imagens: NASA / MIT

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

UGC 6697 OBSERVADO PELO CHANDRA BRILHA FORTEMENTE EM RAIO X NO CLUSTER DE ABEL 1367

UGC 6697 in Abell 1367
Crédito: Raio-X: NASA / SAO / CXC / M.Sun et al .; Optical: Goldmine / G. Gavazzi et al.
A galáxia UGC 6697, localizado a cerca de 1,5 milhões de anos-luz do centro do aglomerado de galáxias Abell 1367, é mostrado aqui em um raio X-composite (azul) - óptica de imagem (vermelho, verde &). A imagem Chandra revela uma ponta afiada do lado esquerdo inferior, que está dentro da borda óptica da galáxia, e uma longa cauda de radiação X que se estende até o canto superior direito além da galáxia óptica. Estas características sugerem que a densidade do gás quente que permeia o aglomerado é apenas para a direita - não muito alta ou muito baixa não - para provocar uma explosão de formação de estrelas, comprimindo nuvens de gás frio na galáxia.
À medida que a galáxia mergulha em direção ao centro do aglomerado, a uma velocidade de vários milhões de quilômetros por hora, pressão devido a este movimento através do gás quente ambiente comprime o gás mais frio na galáxia e empurra-lo de volta para longe da borda da galáxia. Enormes novas estrelas se formam no gás comprimido e ao longo de 10 milhões anos explodem como supernovas. As supernovas aquecem o gás na galáxia para produzir os raios-X e luz óptica visto como o brilho azul-verde brilhante na imagem. A luz das estrelas é mostrado em vermelho.
A cauda azul raios-X fraco que se estende até o canto superior direito da imagem é a partir do gás que está sendo retirado da galáxia por sua interação com o gás do cluster quente. Com o tempo, este processo de decapagem irá remover todo o gás da galáxia, por isso não há novas explosões de formação estelar pode ocorrer.
Esta imagem de raios-X fornece importante uma nova visão sobre a forma como a localização de um cluster de uma galáxia pode afetar a taxa na qual as estrelas se formam na galáxia. Nas regiões remotas de clusters, a densidade do gás quente através da qual a galáxia se move é muito baixa para desencadear a formação de estrelas. Em contraste, nos núcleos de aglomerados de todo o gás mais frio tem sido despojado das galáxias tão sem novas estrelas podem se formar. Só em regiões especiais "Goldilocks", não muito longe nem muito perto do núcleo de cluster, são condições "justo direito" para a formação de estrelas.
Fatos para UGC 6697 em Abell 1367:
Crédito de raios-X:
NASA / SAO / CXC / M.Sun et al .; Optical: Goldmine / G. Gavazzi et al.
Escala da imagem é de
cerca de 3 x 2,8 arcmin.
Categoria normal
Galáxias & Starburst Galaxies, Grupos e aglomerados de galáxias
Coordenadas (J2000)
RA 00.00s 12h 44m | dez + 19 ° 57 '00.00
constelação
Leo
Observação Datas
24 de janeiro de 2003
Tempo de observação de
12 horas
Obs.
IDs 4189
Cor Código Energia:
Raio-X: Azul; Optical: Red & Green
instrumento
ACIS
Referências
M. Sun & A. Vikhlinin, 2004, astro-ph / 0411651
Distância estimada
cerca de 300 milhões de anos-luz
Data de lançamento
25 de janeiro de 2005

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

BALA CLUSTER: CHANDRA PROCURA ANTIMATÉRIA PRIMORDIAL

Bullet Cluster
Este ponto de vista do conjunto da bala, localizada a cerca de 3,8 bilhões de anos-luz da Terra, combina uma imagem do Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa com dados ópticos do telescópio espacial Hubble e do telescópio Magellan no Chile. 
Este cluster, oficialmente conhecido como 1E 0657-56, foi formado após a violenta colisão de dois grandes aglomerados de galáxias. Tornou-se um objeto extremamente popular para a pesquisa astrofísica, incluindo estudos sobre as propriedades da matéria escura e da dinâmica do gás milhões de graus.
Na última pesquisa, o conjunto da bala foi usado para procurar a presença de antimatéria sobra desde o início do Universo. Antimatéria é composta por partículas elementares que têm a mesma massa que os seus homólogos de matéria correspondentes - prótons, nêutrons e elétrons -, mas as cargas opostas e propriedades magnéticas.
A ótica de imagem mostra as galáxias na imagem de raios-X (vermelho) Cluster Bala e revela o quanto de gás quente colidiu. Se uma parte do gás a partir de qualquer cluster tem partículas de antimatéria, em seguida, haverá aniquilação entre a matéria e antimatéria e os raios-X será acompanhada por raios gama.
O valor observado de raios-X de Chandra e do não-detecção de raios-gama de Compton Gamma Ray Observatory da NASA mostram que a fração de antimatéria no conjunto da bala é menos de três partes por milhão. Além disso, as simulações da fusão bala Cluster mostram que estes resultados descartar quaisquer quantidades significativas de antimatéria em escalas de cerca de 65 milhões de anos-luz, uma estimativa da separação original dos dois aglomerados colidem.
Fatos Bullet Cluster:
Crédito de raios-X:
NASA / CXC / CfA / M.Markevitch et al .; Optical: NASA / STScI; Magellan / U.Arizona / D.Clowe et al.
Data de lançamento
30 de outubro de 2008
Escala da imagem é
de 6,7 minutos de arco de diâmetro.
Categoria
Grupos e aglomerados de galáxias
Coordenadas (J2000)
RA | dezembro
constelação de
Carina
Data de Observação
08/10/2004 - 08/25/2008
Tempo de observação
140 horas
Obs.
ID 5355-58, 5361, 4984-86
instrumento
ACIS
Cor Código X-ray: ´
Pink; Optical: branco / laranja; OpticalX ray-
Distância estimada
cerca de 3,8 bilhões de anos-luz

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

ALMA OBSERVA O CORAÇÃO DE MIRA *A* E DE SUA COMPANHEIRA

O coração de Mira A e da sua companheira
O estudo de estrelas gigantes vermelhas ajuda os astrônomos a compreender melhor o futuro do nosso Sol - e como é que gerações anteriores de estrelas espalharam pelo Universo os elementos necessários à vida. Uma das gigantes vermelhas mais famosas do céu chama-se Mira A e faz parte do sistema binário Mira, o qual se situa a cerca de 400 anos-luz de distância da Terra. Esta imagem obtida pelo ALMA revela a vida secreta de Mira.
Mira A é uma estrela velha, que já começa a lançar para o espaço, para “reciclagem”, os produtos de uma vida inteira de trabalho. A companheira de Mira A, chamada Mira B, orbita-a a uma distância que corresponde a duas vezes a distância entre o Sol e Netuno.
Sabe-se que Mira A possui um vento lento que molda delicadamente o material circundante. O ALMA confirmou agora que a companheira de Mira A é uma estrela muito diferente, com um vento muito diferente também. Mira B é uma anã branca densa e quente com um vento estelar forte e rápido.
As novas observações mostram como os ventos das duas estrelas deram origem a uma nebulosa complexa e bonita. A bolha em forma de coração situada no centro é criada pelo vento energético de Mira B no interior do vento mais lento de Mira A. O coração, formado em algum lugar nos últimos 400 anos, e o resto do gás que circunda o par de estrelas mostram que estes objetos têm estado já há algum tempo a construir juntos este bonito e estranho ambiente.
Ao observar estrelas como Mira A e Mira B os cientistas esperam descobrir como é que as estrelas duplas da nossa galáxia diferem de estrelas isoladas, no sentido de saber como é que estes objetos devolvem ao ecossistema estelar da Via Láctea os elementos que criaram. Apesar da distância entre si, Mira A e a sua companheira exercem um enorme efeito uma sobre a outra, demonstrando assim como é que as estrela duplas podem influenciar o ambiente que as rodeia e deixando pistas para os cientistas decifrarem.
Existem outras estrelas velhas no final das suas vidas que têm também um meio circundante estranho, como os astrônomos têm vindo a observar tanto com o ALMA como com outros telescópios. No entanto, nem sempre é claro se as estrelas são isoladas, como o Sol, ou duplas, como Mira. Mira A, a sua misteriosa companheira e a sua bolha em forma de coração fazem todas parte desta história.
As novas observações de Mira A e da sua companheira foram descritas neste artigo científico.
Crédito:
ESO/S. Ramstedt (Uppsala University, Sweden) & W. Vlemmings (Chalmers University of Technology, Sweden)

domingo, 7 de dezembro de 2014

PREVISÃO DO TEMPO: NUVENS VERMELHO ESCARLATE E FUMAÇA NEGRA

Vermelho escarlate e fumaça negra
A silhueta preta esfumaçada visível nesta imagem faz parte de uma nuvem maior mas pouco densa de hidrogênio parcialmente ionizado - uma região H II - conhecida por Gum 15. Em imagens de grande angular esta nebulosa aparece como uma agrupamento violeta avermelhado pontuada de estrelas e cortado por opacas camadas de poeira. 
Esta imagem foca-se numa destas camadas de poeira, mostrando a região central da nebulosa.
Estes pedaços escuros de céu parecem ter poucas estrelas devido às camadas de material empoeirado que obscurecem as regiões brilhantes de gás que se encontram por trás e levaram milhões de anos para se dissipar . As estrelas ocasionais que podem ser vistas encontram-se na realidade entre nós e Gum 15, no entanto criam a ilusão de que estamos a espreitar por uma janela para um céu mais distante.
Gum 15 é esculpida pelos ventos agressivos que fluem das estrelas que se encontram no seu interior e à sua volta. A nuvem localiza-se perto de diversas associações enormes de estrelas incluindo o aglomerado estelar ESO 313-13. Pensa-se que o elemento mais brilhante deste aglomerado, a estrela HD 74804, deve ter ionizado a nuvem de hidrogênio de Gum 15. É o hidrogênio ionizado existente na nuvem que causa o tom avermelhado que vemos na imagem.
Esta imagem foi obtida no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO [1], com o auxílio do instrumento FORS montado no Very Large Telescope no Observatório do Paranal do ESO, no Chile. O projeto produziu várias imagens deste objeto. Em julho de 2014, o ESO divulgou uma bela imagem de grande angular de Gum 15 - obtida com o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, no Observatório de La Silla - que mostrava as nuvens esculpidas da nebulosa, poeira turva e estrelas brilhantes com um detalhe extraordinário. A região de Gum 15 que mostramos desta nova imagem mais detalhada do VLT pode ser vista, enquadrada na imagem maior do 2,2 metros, no quarto superior esquerdo dessa imagem.
O programa Jóias Cósmicas do ESO visa obter imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atrativos, utilizando os telescópios do ESO, para efeitos de educação e divulgação científica. O programa utiliza tempo de telescópio que não pode ser usado em observações científicas. Todos os dados obtidos podem ter igualmente interesse científico e são por isso postos à disposição dos astrônomos através do arquivo científico do ESO.
Crédito:  ESO

sábado, 6 de dezembro de 2014

UMA LINDA IMAGEM OBSERVADA EM SERRO PARANAL

Um emu no céu por cima do Paranal
No cume do Cerro Paranal, no deserto chileno do Atacama, dois dos Telescópios Principais do Very Large Telescope VLT desfrutam do silêncio das estrelas, observando a Via Láctea que arqueia imensamente linda sobre o Observatório do Paranal do ESO.
Podem ser vistos na imagem vários objetos interessantes. Os mais proeminentes são as duas Nuvens de Magalhães - a Pequena e a Grande - que se encontram no meio dos dois telescópios. Em contraste, a Nebulosa do Saco do Carvão pode ser vista como uma mancha escura no meio da Via Láctea, parecendo uma gigantesca impressão digital cósmica por cima do telescópio da esquerda.
As Nuvens de Magalhães fazem parte do Grupo Local de galáxias, onde se inclui a nossa própria Galáxia, a Via Láctea. A Grande Nuvem de Magalhães situa-se a 163 000 anos-luz de distância da Via Láctea e a Pequena está a 200 000 anos-luz. A Nebulosa do Saco do Carvão, comparativamente, está à mera distância de 600 anos-luz do Sistema Solar e é a nebulosa escura mais visível no nosso céu.
O Saco do Carvão foi registrado por muitas culturas antigas e é identificada como a cabeça do Emu no Céu por diversos grupos indígenas australianos. Os aborígenes são muito provavelmente os mais antigos praticantes de astronomia do mundo e identificam as suas constelações pelas nebulosas escuras - em oposição às estrelas, usadas na tradição ocidental.
No hemisfério sul estas nuvens escuras são mais proeminentes do que no céu setentrional. Outras culturas têm também constelações escuras como, por exemplo, os Incas da América do Sul. Uma constelação particularmente importante para os astrônomos incas era a Urcuchillay (o Lhama), simbolizando a importância dos animais na sua cultura, como fonte de comida, lã e transporte.
Esta imagem foi obtida pelo Embaixador Fotográfico do ESO Yuri Beletsky.
Crédito:
ESO/Y. Beletsky

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

NASA ENCONTRA FÁBRICA DE NEUTRINOS EM BURACO NEGRO DE SAGITÁRIO A *


Pesquisadores descobriram evidências de que o buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea pode estar gerando neutrinos.
Neutrinos são partículas minúsculas que têm praticamente nenhuma massa e não possuem carga elétrica.
Estas partículas são incomuns, porque eles podem viajar por todo o Universo sem ser absorvida ou desviada.
Os cientistas há muito tempo vem procurando de onde neutrinos com altas energias vêm.
O buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, visto nesta imagem do Observatório de Raios-X Chandra da NASA, podem estar produzindo partículas misteriosas chamadas neutrinos, como descrito em nosso lançamento mais recente de imprensa. Neutrinos são partículas minúsculas que têm praticamente nenhuma massa e não possuem carga elétrica. Ao contrário da luz ou partículas carregadas, os neutrinos podem emergir de dentro de suas fontes e viajam através do universo sem ser absorvida pela matéria ou, no caso de partículas carregadas, desviados por campos magnéticos.
Enquanto o Sol produz neutrinos que constantemente bombardeiam a Terra, há também outros neutrinos com energias muito mais elevados que só raramente são detectados. Os cientistas propuseram que esses neutrinos de alta energia são criados nos eventos mais poderosos do Universo, como fusões de galáxias, material caindo em buracos negros supermassivos, e os ventos ao redor densas estrelas girando chamados pulsares.
NASA usando três  telescópios de raios-X Chandra, Swift, e NUSTAR, os cientistas encontraram evidências de uma tal fonte cósmica de neutrinos de alta energia: O buraco negro de 4 milhões de vezes a massa do sol no centro da nossa galáxia chamado Sagitário A * ou (Sgr a *, para abreviar). Depois de comparar a chegada de neutrinos de alta energia na instalação subterrânea na Antártida, chamado Ice Cube, com explosões de Sgr A *, uma equipe de pesquisadores encontraram uma correlação. Em particular, um neutrino de alta energia foi detectada pelo Ice Cube com menos de três horas após observação os astrônomos testemunharam o maior alargamento jamais visto de Sgr A * usando Chandra. Várias explosões de detecções de neutrinos na Ice Cube também apareceu dentro de poucos dias com flares do buraco negro supermassivo e que foram observados com o Swift e NUSTAR.
Esta imagem do Chandra mostra a região em torno de Sgr A * em baixa, média e com raios-X de alta energia que foram pintados de vermelho, verde e azul, respectivamente. Sgr A * está localizado dentro de uma área em branco no centro da imagem. As plumas azuis e alaranjados em torno dessa área podem ser os restos de explosões de Sgr A * que ocorreram há milhões de anos. As chamas que estão possivelmente associados com o IceCube em que neutrinos envolvem apenas o Sgr A * com fonte de raios-X.
Este último resultado pode também contribuir para a compreensão de um outro grande enigma em astrofísica: a origem dos raios cósmicos de alta energia. Uma vez que as partículas carregadas que formam os raios cósmicos são desviados por campos magnéticos em nossa galáxia, os cientistas foram incapazes de identificar sua origem. As partículas carregadas aceleradas por uma onda de choque perto de Sgr A * pode ser uma importante fonte de raios cósmicos muito energéticos.
O artigo que descreve estes resultados que foi publicado na Physical Review D e também está disponível online. Os autores do estudo são Yang Bai, Amy Barger, Vernon Barger, R. Lu, Andrea Peterson, J. Salvado, todos da Universidade de Wisconsin, em Madison, Wisconsin.
Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra for Science Mission Directorate da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e os voos de Chandra.
Fatos de Sagittarius A *:
Crédito
NASA / CXC / Univ. de Wisconsin / Y.Bai. et al.
Data de lançamento
13 de novembro de 2014
Escala da imagem é
de cerca de 12 minutos de arco de todo (cerca de 91 anos-luz)
Categoria
buracos negros, Via Láctea
Coordenadas (J2000)
RA 17h 45m 40s | dezembro -29 ° 00 '28.00 "
constelação de
Sagitário
Data de Observação
43 pointings de 21 de setembro de 1999 a 18 de maio de 2009
Observação Hora
278 horas (11 dias 14 horas).
Obs. ID
242, 1561, 2943, 2951-2954, 3392, 3393, 3549, 3663, 3665, 4683, 4684, 5360, 5950-5954, 6113, 6363, 6639, 6640-6646, 7554-7759, 9.169-9.174, 10556
instrumento
ACIS
Também conhecido como
Centro Galáctico
Referências
Bai, et al, 2014, Physics Review D, 90, 063,012; arXiv: 1407.2243
Cor Código Energia:
Red (2-3,3 keV), Green (3,3-4,7 keV), Blue (4,7-8 keV)
Raio X
Distância estimada
cerca de 26.000 anos-luz

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

OBSERVAÇÕES DE ONDAS DE CHOQUE EM NEBULOSAS SÃO REVELADOS EM MSH 11-62 e G327.1-1.1

G327.1-1.1
Duas novas imagens do Chandra de restos de supernova revelar estruturas intrincadas deixadas para trás após estrelas massivas explodiu.
Fortes ventos de partículas de alta energia são liberados a partir do núcleo denso da estrela morta para criar os chamados nebulosas de vento de pulsar.
MSH 11-62 e G327.1-1.1 são exemplos de como é complexa a sequência de explosões estelares podem ser.
A supernova que assinala a morte de uma estrela maciça envia ondas de choque titânicas rugindo através do espaço interestelar. Uma estrela de nêutrons ultra-densa geralmente é deixado para trás, o que está longe de ser morta, como ela cospe uma tempestade de partículas de alta energia. Duas novas imagens de Observatório de Raios-X Chandra, da NASA oferecem vistas fascinantes - incluindo um formaato de lagosta-like enigmática - do rescaldo complexo de uma supernova.
Quando uma estrela maciça fica sem combustível, resultando é uma explosão de supernova, as regiões centrais geralmente entram em colapso para formar uma estrela de nêutrons. A energia gerada pela formação da estrela de nêutrons desencadeia uma supernova. À medida que a onda de choque de ida-moving varre o gás interestelar, uma nova onda de choque reverso é conduzida para dentro o aquecimento do material ejetado estelar.
Enquanto isso, a rotação rápida e intensa do campo magnético da estrela de nêutrons, também conhecida como um pulsar, se combinam para gerar um vento forte de partículas de alta energia. Este assim chamado vento de nebulosa ou pulsar pode brilhar intensamente em raios-X e ondas de rádio.
Uma longa observação com Chandra do remanescente de supernova MSH 11-62 (imagem à esquerda) revela uma concha irregular de gás quente, mostrado em vermelho, em torno de uma nebulosa prolongado de raios-X de alta energia, mostrados em azul. Mesmo que os cientistas ainda tentem detectar quaisquer pulsações do objeto central dentro MSH 11-62, a estrutura em torno dela tem muitas das mesmas características de outras nebulosas de pulsar de vento. O choque reversa e outros choques, secundários dentro de MSH 11-62 parecem ter começado a esmagar a nebulosa. O pulsar de vento, possivelmente contribuindo para a sua forma alongada. (Nota: a orientação de que essa imagem foi rodado por 24 graus, de modo que o norte é apontado para o canto superior esquerdo.)
MSH 11-62 está localizado a cerca de 16.000 anos-luz da Terra. O primeiro plano de MSH 11-62 é salpicado com centenas de fontes associadas ao conjunto estelar aberto Trumpler 18, localizados a uma distância de cerca de 5.000 anos-luz, revelando uma vasta coleção de estrelas.
O G327.1-1.1 remanescente de supernova, localizada a cerca de 29.000 anos-luz da Terra, é outro campo de destroços espetacular deixado para trás quando uma estrela maciça explodiu. A imagem do Chandra G327.1-1.1 (imagem à direita) mostra o exterior em movimento, ou para a frente, por ondas de choque (visto como a cor vermelho fraco), e uma nebulosa brilhante em vento pulsar (azul). A nebulosa pulsar vento parece ter sido distorcida pela ação combinada da onda de choque reverso, o que pode ter  sido achatada, e pelo movimento do pulsar, que criou um cometa, ou cauda de lagosta-like. Uma explosão de supernova assimétrica pode ter dado um pontapé recuo ao pulsar, fazendo com que ele se mova rapidamente e arraste a nebulosa de vento pulsar junto com ele.
Duas estruturas semelhantes a garras de lagosta se projetam a partir perto da cabeça da nebulosa pulsar vento. A origem destas características, que podem ser produzidos pela interação do vento pulsar com o choque inverso, o que é desconhecido.
Estes resultados são apresentados no simpósio "15 Anos de Chandra" (http://cxc.harvard.edu/symposium_2014/) por Patrick Slane do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, em Cambridge, Mass., E Tea Temim de Goddard da NASA Space Flight Center, em Greenbelt, Md.
Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra for Science Mission Directorate da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e os voos de Chandra.
Fatos para G327.1-1.1:
Crédito
NASA / CXC / GSFC / T.Temim et al.
Data de lançamento
19 de novembro de 2014
Escala da imagem
é de 17,5 arcmin através de (150 anos-luz).
Categoria
Supernovas & Supernova Remanescentes, estrelas de nêutron / raio-X binários
Coordenadas
(J2000) 25.0s RA 15h 54m | dezembro -55 ° 04 '06.0' '
Constellation 
Norma
Observação datas
1 apontador, em julho de 2001; 3 de maio de 2012
Tempo de Observação
107 horas 28 min (4 dias 11 horas 28 min)
Obs.
IDs 1955, 13767, 13768, 14430
instrumento
ACIS
Cor Código de raios-X
(Red, Green, Blue)Raio X
Distância estimada
cerca de 29 mil anos-luz
Fatos para MSH 11-62:
Crédito
NASA / CXC / SAO / P.Slane et al
Data de lançamento
19 de novembro de 2014
Escala da imagem
é de 55 minutos de arco de diâmetro (256 anos-luz).
Categoria
Supernovas & Supernova Remanescentes
Coordenadas (J2000)
52.00s RA 11h 11m | dezembro -60 ° 39 '12.00 "
constelação
Carina
Observação datas
1 apontador em abril de 2002; 8 entre outubro 2013-janeiro 2014
Tempo de Observação 131 horas 17 min (5 dias 11 horas 17 min)
Obs.
IDs 2782, 14822-14824, 16496, 16497, 16512, 16541, 16566
instrumento
ACIS
Cor Código de raios-X
(Red, Green, Blue) Raio X
Distância estimada
cerca de 16.000 anos-luz

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

PERSEUS CLUSTER E VIRGO CLUSTER: OBSERVAÇÃO COM CHANDRA IDENTIFICA QUE CHÁOS E TURBULÊNCIA DIFICULTAM O NOVO NASCIMENTO DE ESTRELAS


Perseus Cluster
Observações do Chandra de dois aglomerados de galáxias sugerem que a turbulência pode estar impedindo o gás quente inicie seu arrefecimento. Isso resolve uma questão de longa data por que as grandes quantidades de gás quente em clusters não resfriam para formar uma grande quantidade de estrelas. Trabalhos anteriores mostraram buracos negros supermassivos nos centros dos clusters  que desempenham um papel fundamental neste processo.
A nova descoberta sobre a turbulência ajuda a preencher uma lacuna na compreensão destes aglomerados de galáxias gigantes.
Estas duas imagens de raios X do Chandra de aglomerados de galáxias - conhecidos como Perseus e Virgo - forneceram evidências diretas de que a turbulência está ajudando a impedir a nova formação de estrelas.
Estes novos resultados poderão responder a uma pergunta de longa data sobre como esses aglomerados de galáxias mantem suas enormes reservas de gás quente  sem resfriamento para formar estrelas, como discutido no mais recente lançamento de imprensa.
Aglomerados de galáxias são os maiores objetos do Universo unidas pela gravidade. Eles contêm centenas ou milhares de galáxias individuais que estão imersos em gás com temperaturas de milhões de graus. Este gás quente, que é o componente primordial dos aglomerados de galáxias além da matéria escura, brilha intensamente à luz de raios-X.
Ao longo do tempo nos centros de clusters como este, o gás deve esfriar o suficiente para que as estrelas comecem a se formam a taxas prodigiosas. Isso, no entanto, não é o que os astrônomos têm observado em muitos aglomerados de galáxias.
Uma equipe de pesquisadores encontraram evidências de que o calor é gerado por movimentos de turbulência de forças gravitacionais de maré, que eles identificados a partir de assinaturas nos dados do Chandra. Anteriormente, outros cientistas demonstraram o papel fundamental de buracos negros supermassivos nos centros das grandes galáxias no meio de aglomerados de galáxias. Estes buracos negros bombeam grandes quantidades de energia para os volumes em torno deles através de poderosos jatos de partículas energéticas.
Chandra e outros telescópios de raios-X detectaram cavidades gigantes criados no gás quente em conjunto com os jatos.
A mais recente pesquisa mostra apenas como a energia pode ser transferida a partir das cavidades para o gás circundante. A interação entre as cavidades com o gás pode estar gerando a turbulência, ou movimento caótico semelhante, que depois se dissipa para manter o gás quente por bilhões de anos.
Os cientistas dizem que Perseus e Virgem,  ambos são extremamente grande e relativamente brilhante, proporcionando assim uma oportunidade para ver os detalhes que seriam muito difíceis de detectar em outros clusters. A evidência para a turbulência pode ser visto mais claramente nas estruturas ripple-like na imagem Chandra de Perseus. Quando combinado com uma análise cuidadosa dos dados com modelos teóricos, este novo resultado fornece a evidência mais clara até agora de que a turbulência é o mecanismo que impede que o gás quente nos agrupamentos de arrefecimento.
Estes resultados apareceram online na revista Nature em 26 de outubro de 2014. Os autores foram Irina Zhuravleva (Universidade de Stanford), Eugene Churazov (Instituto Max Planck de Astrofísica), Alexander Schekochinhin (Universidade de Oxford), Steve Allen (Stanford), Patricia Arevalo (Pontificia Universidad Catolica de Chile), Andy Fabian (Universidade de Cambridge), William Forman (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics), Jeremy Sanders (Instituto Max Planck de Física Extraterrestre), Aurora Simionescu (JAXA), Rasheed Sunayev (Instituto Max Planck de Astrofísica), Alexey Vikhlinin (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics), e Norbert Werner (Stanford).
Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra for Science Mission Directorate da Nasa, em Washington, DC. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e os voos de Chandra.
Fatos para Perseus Cluster:
Crédito
NASA / CXC / Stanford / I.Zhuravleva et al
Data de lançamento
27 out 2014
Escala da imagem é de
20 minutos de arco de diâmetro (cerca de 1,5 milhões de anos-luz).
Categoria
Grupos e aglomerados de galáxias
Coordenadas
(J2000) RA 47.60s 03h 19m | dez + 41 ° 30 '37.00 "
constelação
Perseus
Observação
Datas 25 pointings entre setembro 1999 e dezembro 2009
Tempo de Observação
416 horas 32 min (17 dias 8 horas 32 min)
Obs.
IDs 502, 503, 1513, 3209, 3404, 4289, 4946-4953, 6139, 6145, 6146, 11.713-11.716, 12025, 12033, 12036, 12037
instrumento
ACIS
Também conhecido
como Abell 426
Referências
Zhuravleva, I. et al, 2014, Nature (no prelo); arXiv: 1410.6485
Raio-X Código das cores:
 Roxo Raio X
Distância estimamada
cerca de 250 milhões de anos-luz