quinta-feira, 9 de abril de 2015

QUAL SERÁ A ORIGEM DOS ANÉIS DO PLANETA SATURNO




A origem dos anéis é desconhecida. A primeira teoria concluiu que sua formação ocorreu junto com a dos planetas, há cerca de 4 bilhões de anos, mas estudos recentes apontam que sejam mais novos, tendo apenas algumas centenas de milhões de anos. Uma outra teoria sugere que um cometa tenha se desintegrado devido a forças de maré quando passava perto de Saturno. Uma outra possibilidade é o choque de um cometa com uma lua de Saturno que, ao desintegrar-se, teria formado a misteriosa estrutura.
Os Anéis de Saturno foram observados pela primeira vez em julho de 1610, sendo o mérito de Galileo Galilei. Em parte graças às imagens do recém inventado telescópio, eram ainda imagens de baixa qualidade; e em parte porque fazia meses que tinha descoberto os quatro maiores satélites de Júpiter. Pensou-se inicialmente que as estruturas borradas, parecidas com orelhas, que tinha visto, eram dois satélites ao lado de Saturno, mas logo mudou-se a opinião. Aqueles apêndices estranhos não variaram sua posição em relação a Saturno de uma noite para outra. Além disso, desapareceram em 1612. O anel tinha se posicionado plano em relação a Terra , de forma que não era possível sua visualização.

Descobertas recentes, através de medições da sonda Cassini-Huygens, relatam a existência de uma atmosfera independente da de Saturno, que existe em torno dos anéis e que é constituída essencialmente de oxigênio molecular.
abemos agora que Saturno possui múltiplos anéis que contém cerca de 35 × 1024 de toneladas de gelo, poeira e rocha. A sonda robótica Cassini e seus predecessores, as sondas Voyager I e II, também avistaram anéis em mutação, arcos de anel parcialmente formados e até uma lua que liberta partículas geladas formando um novo anel. Tudo isto indica que os anéis tem constantemente evoluído ao longo do tempo.
Cassini visualiza uma micro-lua com 400 metros de diâmetro no anel B de Saturno através de sua sombra com 41 km. Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute – missão Cassini
Cassini visualiza uma micro-lua com 400 metros de diâmetro no anel B de Saturno através de sua sombra com 41 km. Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute – missão Cassini
A Cassini também observou um evento recente, agora no equinócio de Saturno, quando um objeto aparentemente perfurou um dos anéis e deixou um rasto de escombros, o que reforça a tese que os sistemas de anéis estão sempre em mutação.
Embora a Cassini esteja por lá há anos pesquisando o ‘Senhor dos Anéis’ e sua enorme coleção de luas, até hoje, os fenômenos que causaram a formação dos anéis de Saturno permanecem misteriosos para a comunidade astronômica.
Os cientistas aprenderam muito desde que o matemático holandês Christiaan Huygens seguiu os passos de Galileu e descobriu em 1655 o que os anéis de Saturno realmente representavam. Os arcos de anel consistem de aglomerados de gelo, argila, rochas e até mesmo micro-luas que provocam o caos gravitacional ao entrar, atravessar e sair dos anéis.
É importante lembrar que Júpiter, Urano e Netuno também têm suas coleções de anéis. Contudo, os anéis dos demais gigantes gasosos não podem ser comparados à notável riqueza da coleção de Saturno. Para melhor entendimento, os cientistas mapearam os anéis segundo as seguintes divisões (do interior para o exterior): D, C, B, A, F, G e E.
Duas teorias explicam os anéis?
A teoria clássica sugere que os anéis são resultantes de escombros de uma lua fraturada há cerca de 4 bilhões de anos, durante o período da história do Sistema Solar chamado de “Último Grande Bombardeamento” (LHB – Late Heavy Bombardment). Nessa época possivelmente uma (mais de uma?) colisão de um cometa ou asteróide de grande porte com uma de suas luas poderia explicar o enxame de detritos.
A teoria alternativa sugere que os anéis representam “fósseis” primordiais de um antigo disco de detritos de uma lua falhada, que não se formou devido a forte influência das marés gravitacionais de Saturno.
Essas duas teorias estão longe de explicar os detalhes encontrados por lá, como as estruturas estranhas e intervalos entre os anéis. A sonda Voyager avistou pela primeira vez padrões fantasmagórica que cortavam os anéis como raios de uma roda de bicicleta e a Cassini os registrou fotograficamente. Não há acordo entre os cientistas: os raios nasceram de impactos de meteoróides nos anéis ou foram gerados pelas instabilidades no campo magnético de Saturno? Os cientistas até apontaram tempestades em Saturno e até relâmpagos como os possíveis responsáveis por tais fenômenos.

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