domingo, 6 de janeiro de 2013

OBSERVAÇÃO DE NGC 4921 VISTA QUASE DE PERTINHO


Uma vista de tirar o fôlego a linda espiral da Cabeleira de Berenice logo ali a 320 milhões de anos luz da Terra.
A constelação chamada Cabeleira de Berenice, a 320 milhões de anos-luz da Terra, possui uma das mais ricas coleções de galáxias do Universo mais próximo de nós. Entre elas, há um aglomerado particularmente interessante, chamado pelos astrônomos de Abell 1656 ou, mais popularmente, Aglomerado de Galáxias da Cabeleira. As galáxias no interior de um aglomerado que interagem fortemente umas com as outras, mesclam-se e, ao longo do tempo, transformam as espirais repletas de gás em sistemas elípticos, sem passar por processos ativos de formação de novas estrelas. Como resultado, esses aglomerados têm muito mais galáxias elípticas do que espirais. No interior do nosso aglomerado da Cabeleira, há uma galáxia especial, uma das mais brilhantes do Aglomerado, chamada NGC 4921. Ao contrário da maioria das suas vizinhas, ela é espiral. E, mais especial ainda, ela é tênue, suave, quase transparente. Os astrônomos dizem que ela é mesmo anêmica. Estrelas azuis mesmo não possuindo processos vigorosos de formação de estrelas, que poderiam fazer com que seus braços brilhassem como as galáxias espirais tradicionais, algumas estrelas azuis jovens, extremamente brilhantes, espalham luz pelos seus redemoinhos de poeira estelar que formam um anel suave ao seu redor. O Telescópio Espacial Hubble agora conseguiu capturar toda a beleza da NGC 4921. Ainda que os detalhes não possam ser vistos na resolução aqui mostrada, os astrônomos pela primeira vez puderam ver detalhadamente as estrelas azuis destacadas contra as nuvens de poeira. Eles também visualizaram uma série de outras galáxias na vizinhança, ainda não estudadas em detalhe.Visíveis na imagem estão, a partir do centro: um brilhante núcleo, uma brilhante barra central, um anel proeminente de poeira escura, enxames azuis de estrelas recém-formadas, várias galáxias vizinhas mais pequenas, galáxias sem relação no plano de fundo, e estrelas da nossa própria Via Láctea.

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