quarta-feira, 24 de outubro de 2012

OBSERVAÇÃO DE M 22 OU AGLOMERADO GLOBULAR 6656

Ficheiro:Messier 22 Hubble WikiSky.jpg

Foi provavelmente o primeiro aglomerado globular a ser descoberto, em 1665 por Johann Abraham Ihle, enquanto observava Saturno na constelação de Sagitário.
Embora William Henry Smyth, ainda no século XIX, e Robert Burnham, Jr. suponham que Johannes Hevelius tenha descoberto o aglomerado ainda antes, Edmond Halley, Jean-Philippe de Chéseaux e Charles Messier creditam a descoberta do aglomerado a Ihle.
Foi incluído na lista de seis objetos de Halley, publicada em 1715, e por de Chéseaux como a entrada 17 de seu catálogo. Foi percebido também por Guillaume Le Gentil e Nicolas Louis de Lacaille incluiu-o em seu catálogo de objetos austrais como o objeto Lac I.12. Messier, que o catalogou-o em 5 de junho de 1764, menciona que o objeto já estava presente no English Celestial Atlas, de John Bevis. Foi também um dos primeiros aglomerados globulares a ser cuidadosamente estudado pelo astrônomo americano Harlow Shapley, em 1930.
Núcleo de Messier 22, Telescópio Espacial Hubble
Ficheiro: Messier22.jpg
Situa-se apenas a 10 400 anos-luz em relação à Terra, um dos aglomerados globulares mais próximos de nosso planeta. Seu diâmetro aparente, cerca de 32 minutos de grau, ligeiramente maior do que o diâmetro aparente da Lua Cheia, corresponde a um diâmetro real de 97 anos-luz. A olho nu, seu diâmetro aparente é de apenas 17 minutos e é o terceiro aglomerado globular mais brilhante do céu noturno, perdendo apenas para Omega Centauri (NGC 5139) e 47 Tucanae (NGC 104). Está situada em frente ao bulbo galáctico da Via-Láctea, tornando-o útl como uma microlente gravitacional nas estrelas localizadas no bulbo galáctico.
Segundo Francis Gladheim Pease e Shapley, o aglomerado contém um núcleo denso e cerca de 70 000 estrelas, embora tenha apenas 32 estrelas variáveis, metade deles já conhecidos por Solon Irving Bailey em 1902, entre eles uma variável Mira que pode não pertencer ao aglomerado. Suas estrelas mais brilhantes têm magnitude aparente 11. Está se distanciando radialmente da Terra a uma velocidade de 149 km/s.
Contém uma tênua nebulosa planetária, descoberta pelo satélite IRAS e catalogada como IRAS 18333-2357. Foi apenas a segunda nebulosa planetária descoberta em aglomerados globulares, depois de Pease I no aglomerado Messier 15, e é uma de apenas quatro conhecidas em aglomerado globulares da Via-Láctea.
Pesquisas recentes com o Telescópio Espacial Hubble mostram a possibilidade da existência de objetos de tamanho similar a planetas que parecem navegar aleatoriamente pelo aglomerado. Esses objetos possuem 80 vezes mais massa do que a Terra, descobertas por microlentes gravitacionais.
Devido à sua grande propagação de cor de seu ramo de sequência de gigantes vermelhas, que é semelhante à observada em Omega Centauri, o aglomerado tornou-se objeto de intenso controle, iniciando-se em 1977 com James E. Hesser.

Apesar de sua proximidade relativa, a luz do aglomerado, pobre em metalicidade, é limitada devido à extinção de poeira, dando uma magnitude aparente ao sistema de 5,1, o que faz de Messier 22 o mais brilhante aglomerado globular observado no Hemisfério Norte.
Entretanto, o aglomerado está situado no Hemisfério Sul da abóbada celeste, ocasionando um menor tempo de exposição no céu do Hemisfério Norte, e outros aglomerados globulares, embora menos brilhantes, são preferidos entre os astrônomos amadores, como Messier 5 e Messier 13.

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