quarta-feira, 23 de maio de 2012

TRITÃO UMA LUA MISTERIOSA E MUITO POUCO CONHECIDA


Tritão tem  a órbita contrária a de Neptuno e nessa medição de força Tritão será destruido
Tritão se encontra a 4.bilhões,500 milhões de quilômetros da Terra. A temperatura à superfície é de cerca de -235°C, ainda mais baixa que a temperatura média de Plutão (cerca de -229°C), logo é a mais baixa temperatura jamais medida no sistema solar. A 800 km da superfície, a temperatura sobe para -180°C.

História de observação e exploração    

Em 1820, William Lassell começou a construir espelhos para o seu telescópio e em 1844 construiu melhores espelhos que permitiram a descoberta do planeta Neptuno, a 23 de Setembro de 1846. A notícia da descoberta terá chegado a John Herschel que decide escrever a Lassell para procurar por satélites no primeiro dia do mês de Outubro, já que havia uma forte probabilidade disso.
Mal soube da ideia, Lassell começa à procura de satélites e descobre Tritão oito dias depois do início das buscas, no dia 10 de Outubro de 1846; apenas 17 dias tinham passado desde a descoberta do planeta Neptuno. As suas observações levaram-no também a acreditar que tinha visto um anel à volta de Neptuno. Apesar de Neptuno ter, de facto, anéis, estes são tão finos e escuros que o que Lassell viu era, muito provavelmente, uma ilusão.
Só cem anos depois da descoberta de Tritão é que foram feitas as primeiras observações detalhadas do satélite. Os astrónomos começaram a estudar a lua e descobriram que tinha uma órbita no sentido oposto à órbita de Neptuno e muito inclinada.
Hoje em dia, presume-se que seja um objecto capturado da Cintura de Kuiper. Cálculos indicam que, dentro de 1400 a 3600 milhões de anos, a órbita de Tritão diminuirá em tamanho progressivamente, o que poderá resultar que Tritão se quebre numa grande aproximação a Neptuno e seja totalmente destruida, formando um anel à volta do planeta ou termine num choque colossal ao atingir Neptuno.
Apesar das propriedades de Tritão terem sido definidas quase correctamente no século XIX, pouco se sabia sobre o que teria Tritão para desvendar até à chegada da sonda Voyager 2 no final doséculo XX. Na primeira fotografia que foi tirada, o satélite aparecia com uma cor rosa-amarelada.
A primeira tentativa de medir o diâmetro de Tritão correctamente foi feita por Gerard Kuiper em 1954, que obteve um valor de 3800 km. Depois disso, várias tentativas de medição levaram a dimensões que variavam entre os 2500 e os 6000 km, ou seja desde bastante mais pequeno que a Lua até sensivelmente metade do tamanho da Terra.
Com a aproximação da Voyager 2 a Neptuno a 25 de Agosto de 1989 obtêm-se dados que permitiram a medição correcta do diâmetro (estimado em cerca de 2706 km) e decidiu-se que a sonda iria sobrevoar Tritão de perto, mesmo que isso afectasse a sua trajectória e o que se descobriu foi surpreendente. E, a maioria do que se sabe hoje deve-se a esta sonda, já que foi a única que explorou Tritão. A Voyager descobriu criovulcanismo, um novo tipo de vulcanismo, e uma superfície exótica.Na década de 1990, foram feitas diferentes observações a partir da Terra ao limbo de Tritão com recurso a ocultações de estrelas por Tritão. Estas observações mostraram uma atmosfera mais densa que na altura da passagem da Voyager 2.A NASA planeja uma missão a Neptuno e Tritão que deverá ser lançada entre 2016 e 2018, mas que só chegará a Neptuno em 2035. A missão deverá incluir duas sondas que pousarão na superfície de Tritão e irão estudar a atmosfera e pesquisar informação geoquímica perto dos géisers.
Tritão com órbita contrária a de Neptuno Ilustração de artista  mostra geisers em sua superficie causando fissuras profundas em sua crosta.
Geologia planetária
Tritão tem tamanho, densidade, temperatura e composição química semelhantes a Plutão, e ao verificar a órbita excêntrica de Plutão que atravessa a de Neptuno, visualizam-se pistas da possível origem de Tritão como um planeta semelhante a esse capturado por Neptuno. Assim Tritão poderá ter-se formado longe de Neptuno.
Apesar de existirem várias diferenças entre Tritão e as outras luas geladas do sistema solar, o terreno é semelhante ao de Ariel (lua de Urano), Encélado (lua de Saturno), e três luas de Júpiter: Io, Europa e Ganímedes. Também lembra Marte, com as suas calotas polares.
O efeito gravitacional de Tritão na trajectória da Voyager 2 sugere que o manto de gelo deve cobrir um núcleo substancial de rocha (com probabilidade de conter metal). O núcleo corresponde a dois terços da massa total de Tritão (65% a 75%), o que é mais do que qualquer outra lua do sistema solar, com excepção de Io e Europa. A diferenciação pode ter sido eficiente devido ao efeito gravitacional de Neptuno durante a captura de Tritão. Tritão tem uma densidade média de 2,05 g/cm³, e é composto por cerca de 25% de gelo de água, essencialmente localizado no manto.
A superfície é composta principalmente por gelo de azoto, mas também gelo seco (dióxido de carbono gelado), gelo de água, gelo de monóxido de carbono e metano. Pensa-se que poderão existir gelos ricos em amónia à superfície, mas não foram detectados. Tritão é muito brilhante, reflectindo 60 a 95 por cento da luz solar que incide sobre a superfície; a Lua da Terra, em comparação, reflecte apenas 11 por cento.

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