segunda-feira, 23 de abril de 2012

ESTUDO DIZ QUE CROSTA DE ESTRELA É 10 BILHÕES DE VEZES MAIS FORTE QUE O AÇO

Uma estrela de nêutrons gira tão rápido que seu período rotacional pode levar apenas alguns milésimos de segundo. Quando o campo magnético da estrela de nêutrons não coincide com o seu eixo de rotação temos um pulsar: uma estrela que emite radiação (proveniente de seu movimento de rotação) de forma mais regular que o melhor dos relógios. O pulso é tão regular que no início os cientistas pensaram que os pulsos fossem algum sinal    alienígena. E  a sua gravidade é tão poderosa que  uma colher de chá em algumas pode chegar a 1 milhão de toneladas.
Crab
Imagem em raio  X chandra do pulsar do caraguejo
Uma pesquisa da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, sugere que a crosta exterior das estrelas de nêutrons, corpo celeste formado pela que sobrou de algumas estrela em fim de vida após várias explosões, é formada pelo material mais resistente do Universo, dez bilhões de vezes mais forte que o aço.
Os cientistas americanos criaram simulações em computador para determinar a resistência da crosta da estrela, e descobriram que a crosta pode aguentar até dez bilhões de vezes a pressão necessária para romper o aço.
"Parece dramático mas é verdade", afirmou um dos cientistas que participou da pesquisa, o professor do Departamento de Física da Universidade de Indiana Charles Horowitz.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Physical Review Letters.
Toneladas numa colher
Estrelas de nêutrons têm uma gravidade altíssima e podem girar até 700 vezes por segundo. Estas são estrelas maciças que entraram em colapso depois da paralisação das fusões nucleares e da produção de energia em seus centros.
A única coisa mais densa que uma destas estrelas é um buraco negro. Para se ter uma ideia de sua densidade, uma colher de chá de matéria de uma estrela de nêutrons pesaria algo em torno de 100 milhões de toneladas.
"Criamos um modelo de uma pequena região da crosta de uma estrela de nêutrons seguindo os movimentos individuais de até 12 milhões de partículas", explicou o professor Horowitz. "E então calculamos como a crosta se deforma e, finalmente, se quebra sob o peso extremo de uma montanha de uma estrela de nêutrons."
Estas "montanhas" seriam irregularidades na superfície de estrelas que ajudariam a criar ondas gravitacionais que, teoricamente, poderiam alterar o espaço-tempo.
O trabalho foi realizado pela Universidade de Indiana e pelo Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México.

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