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sábado, 4 de julho de 2015

ESPAÇONAVE ENFRENTA ÚLTIMA E MORTAL BARREIRA ANTES DE CHEGAR A PLUTÃO

sonda New Horizons barreira perigosa antes de chegar em Plutão
As luas de Plutão oferecem segredos e riscos para New Horizons
Enquanto a sonda New Horizons da NASA se aproxima cada vez mais de Plutão e suas cinco luas conhecidas, os cientistas esperam não apenas observar o planeta através de um ponto de vista incrível, mas também descobrir novas luas e talvez, anéis desconhecidos.
Essas descobertas podem ajudar a explicar como foi criado o minúsculo sistema de Plutão, mas a sonda New Horizons pode ser destruída antes mesmo de conseguir transmitir seus dados preciosos.
Plutão e Caronte
Plutão e Caronte  Imagem melhorada de Plutão e Caronte, vistos pela sonda New Horizons. Imagem liberada no dia 22 de junho de 2015. Créditos: NASA / APL / New Horizons
"A missão da sonda New Horizons oferece uma oportunidade para revelar a composição das luas de Plutão", disse Richard Binzel, membro da equipe científica da missão e cientista planetário do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). "Entender a as composições é o próximo passo para decodificar suas origens."
Observações feitas com telescópios descobriram que as luas de Plutão variam muito em brilho, o que sugere diferentes misturas de materiais, de origens diferentes, que foram possivelmente capturados por Plutão em épocas diferentes. Por outro lado, suas órbitas perfeitamente arranjadas sugerem fortemente o contrário: que elas se formaram ao mesmo tempo, a partir de uma colisão antiga.
A teoria mais aceita atualmente é a da colisão, que faz com que Plutão tenha uma história parecida com a da Terra (que segundo os cientistas, teria se chocado com um grande objeto do tamanho de Marte, criando a nossa Lua).
"A grande lua Caronte tem a metade do tamanho de Plutão", disse Mark Showalter, cientista planetário no Instituto SETI, que está envolvido na busca por destroços perigosos ao longo da trajetória de vôo da sonda New Horizons, no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins. "Portanto, esse é o consenso: Caronte se originou de Plutão através de uma colisão".
O mistério de Plutão não está explicado
"Mas o que intriga a todos são as luas menores: Nix, Hidra, Estige e Cérbero", disse Mark. A teoria da colisão soa muito bem, disse ele, exceto que ela não explica o sistema completo, incluindo as luas menores. Quaisquer que sejam as origens do sistema de Plutão, a descoberta de todas as quatro luas menores nos últimos 10 anos, torna mais provável que poderia haver outros corpos pequenos adicionais que ocupam o espaço perto Plutão. Isso cria uma camada extra de perigo para a sonda New Horizons e seu sobrevoo no dia 15 de julho.
"Durante esse sobrevoo em que a sonda passará a uma velocidade de 14 quilômetros por segundo, qualquer detrito espacial do tamanho de uma rolha já poderia causar danos à nave espacial", disse Mark. Claro que em bilhões de km de distância, não há como ver algo tão pequeno. Portanto, os pesquisadores estão se concentrando em tudo que pode lançar poeira e detritos espaciais nas imediações de Plutão.
Onde está sonda New Horizons
Onde está sonda New Horizons
Trajetória da sonda New Horizons até sua chegada em Plutão, que ocorrerá em julho de 2015.
Créditos: NASA / APL
"Em termos de perigo para a nave espacial, estamos preocupados apenas com Caronte", disse Mark. "A razão é que toda poeira gerada por esse satélite está suscetível de entrar no caminho da espaçonave. Além disso, algo mais próximo de Plutão, ou em uma órbita muito inclinada, também seria perigoso".
Para minimizar o perigo, Mark e sua equipe de 10 pessoas estão analisando novos dados incansavelmente, a medida que a sonda se aproxima cada vez mais de Plutão, a fim de perceber quaisquer corpos menores ou anéis que não podiam ser vistos anteriormente.
Em caso de perigo iminente, a NASA já possui manobras de escape, chamadas SHBOTs, sigla em inglês para "Salvação dos Céus por Outras Trajetórias". Além disso, os controladores da missão têm a opção de girar a nave espacial e colocar sua antena em forma de prato na frente, como um escudo protetor para sobrevoar áreas de detritos.
Cada uma dessas opções tem um grande custo, por isso só serão usadas em último caso. Como já disseram os especialistas da missão: "Todos estão confiantes, otimistas e preparados para enfrentar 'quase' qualquer coisa que apareça no caminho!"

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