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terça-feira, 4 de julho de 2017

PLANETA 10: OUTRO MUNDO GIGANTESCO PARECE ESTAR ORBITANDO O SOL

planeta 10 - ilustração artística
Com tamanho similar ao da Terra, um suposto planeta desconhecido está chamando a atenção..
Um objeto do tamanho de um planeta pode estar orbitando o Sol no extremo do Sistema Solar, muito além de Plutão. Mas não é do suposto "Planeta 9" que estamos falando...
Cientistas do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona (LPL) determinaram que um objeto (ainda invisível) com uma massa igual ou parecida com a da Terra poderia estar à espreita no Cinturão de Kuiper, uma região além de Netuno repleta de asteroides, cometas e planetas anões.
Em janeiro de 2016, um grupo de cientistas previu a existência de um planeta com o tamanho de Netuno orbitando o Sol, muito além de Plutão - cerca de 25 vezes mais distante que Plutão. Este planeta hipotético foi apelidado de "Nono Planeta", portanto, se as previsões estão corretas, um outro planeta estaria nos confins do Sistema Solar: o "Planeta 10".
Orbita do suposto PLANETA 10
Orbita do suposto PLANETA 10
Ilustração artística mostra como seria a órbita do "Décimo Planeta".
Créditos: Heather Roper / LPL
O chamado "objeto de massa planetária" descrito pelos cientistas do LPL parece afetar as órbitas de uma população de rochas do espaço gelado no Cinturão de Kuiper. Os objetos distantes que encontram-se nesse cinturão (os KBOs) têm órbitas inclinadas ao redor do Sol. Os planos orbitais inclinados da maioria dos KBOs são tidos como planos invariáveis.
Mas as órbitas dos KBO mais distantes se inclinam para longe do plano invariável em uma média de 8 graus, o que sinaliza a presença de um objeto mais maciço que distorce seu entorno com seu campo gravitacional, disseram pesquisadores em um estudo publicado na revista The Astronomical Journal.
"A explicação mais provável para nossos resultados é que existe algo invisível", disse Kat Volk, pós-doutorado do LPL e autor principal do estudo, em um comunicado. "De acordo com nossos cálculos, algo tão gigantesco como Marte ou Terra seria necessário para causar a turbulência que medimos".
Esses KBOs funcionam muito como piões, segundo Renu Malhotra, professora de ciências planetárias do LPL e co-autora do novo estudo.
"Imagine que você tem muitos piões girando bem rápido, e você dá um toque ligeiro em cada um... Se você tirar uma foto deles, você achará que seus eixos de giro estarão em diferentes posições, mas em média, eles apontarão para o campo gravitacional da Terra", disse ela. "Esperamos que cada ângulo de inclinação orbital dos KBOs esteja em uma orientação diferente, mas no geral, eles estarão apontando de forma perpendicular ao plano determinado pelo Sol e os grandes planetas".
Apesar de parecer bastante com os indícios do suposto "Nono Planeta", os pesquisadores afirmam que esse objeto é muito pequeno, portanto, não é o mesmo. O suposto Nono Planeta situa-se entre 500 e 700 UA (Unidades Astronômicas) da Terra, e sua massa é cerca de 10 vezes maior que a da Terra. Para se ter uma ideia, Plutão não passa de 50 UA do Sol mesmo quando está em seu ponto mais distante. [1 Unidade Astronômica equivale a distância média entre a Terra e o Sol]
"Isso é muito distante para influenciar estes KBOs", disse Volk. "Certamente tem que ser muito mais próximo do que 100 UA para afetar substancialmente esses KBOs que observamos."
décimo planeta
Ilustração artística do suposto "Planeta 10" .Créditos: Heather Roper / LPL   
Embora o suposto "Planeta 10" ainda não tenha sido observado até agora no Cinturão de Kuiper, os pesquisadores estão otimistas que o observatório Large Synoptic Survey Telescope (LSST), que está atualmente em construção no Chile, poderá ajudar a encontrar esses mundos escondidos, tanto o nono quanto o décimo planeta. "Esperamos que o LSST eleve o número de KBOs conhecidos de cerca de 2.000 para 40.000", disse Malhotra.
"Há muito mais KBOs lá fora - nós simplesmente não os vimos ainda", acrescentou Malhotra. "Alguns deles são muito distantes e tênues mesmo para o LSST detectar, mas como ele irá varrer o céu noturno de forma muito mais abrangente - comparada a outros observatórios - ele deve ser capaz de detectar os objetos, se estiverem lá.
Imagens: (capa-ilustração/LPL) / Heather Roper / LPL

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