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segunda-feira, 17 de julho de 2017

IMAGEM DE BETELGEUSE CAPTURADO PELO ALMA

Betelgeuse capturada pelo ALMA
Esta mancha alaranjanda é a estrela próxima Betelgeuse, vista pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA).
É a primeira vez que o ALMA observa a superfície de uma estrela, sendo esta primeira tentativa resultado na imagem com a maior resolução conseguida até hoje para Betelgeuse.
Betelgeuse é uma das maiores estrelas conhecidas — com um raio de cerca de 1400 vezes superior ao do Sol no contínuo milimétrico. Situada a cerca de 600 anos-luz de distância na constelação de Orion, esta supergigante vermelha brilha intensamente, o que lhe dará uma vida curta. A estrela tem apenas cerca de 8 milhões de anos de idade, mas já está no processo de se transformar numa supernova. Quando isso acontecer, a explosão resultante poderá ser vista a partir da Terra, mesmo em plena luz do dia.
Comparação de tamanhos: Betelgeuse e o Sol
Comparação de tamanhos: Betelgeuse e o Sol
Esta imagem, obtida com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), mostra a supergigante vermelha Betelgeuse  uma das maiores estrelas conhecidas.
 No contínuo milimétrico, esta estrela é cerca de 1400 vezes maior que o Sol. As anotações sobrepostas mostram quão grande é a estrela quando comparada ao Sistema Solar.
Betelgeuse cobriria os quatro planetas terrestres — Mercúrio, Vênus, Terra e Marte  e ainda o gigante gasoso Júpiter.
Apenas Saturno ficaria para além da sua superfície.
Esta estrela tem sido observada em muitos comprimentos de onda, em particular no visível, no infravermelho e no ultravioleta. Com o auxílio do Very Large Telescope do ESO, os astrônomos descobriram uma enorme pluma de gás quase tão grande como o nosso Sistema Solar e também uma bolha gigante em ebulição na superfície de Betelgeuse. Estas estruturas ajudam a explicar como é que a estrela perde gás e poeira a taxas elevadíssimas (eso0927, eso1121). Nesta imagem, o ALMA observou o gás quente da cromosfera inferior de Betelgeuse nos comprimentos de onda submilimétricos — onde temperaturas elevadas localizadas explicam a sua assimetria. O ALMA ajuda-nos assim a compreender as atmosferas extensas destas estrelas quentes e resplandescentes.
Crédito:
ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/E. O’Gorman/P. Kervella

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