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segunda-feira, 19 de junho de 2017

OBSERVAÇÕES COMPROVAM QUE 6 HEBE NÃO É A MÃE DOS METEORITOS

6 Hebe não é afinal mãe de meteoritos
A região entre Marte e Júpiter encontra-se repleta de mundos rochosos chamados asteroides. 
Estima-se que esta cintura de asteroides contenha milhões de pequenos corpos rochosos, sendo que cerca de 1,1 a 1,9 milhões destes objetos têm dimensões superiores a um quilômetro. Pequenos fragmentos destes corpos caem frequentemente na Terra sob a forma de meteoritos. Curiosamente, 34% de todos os meteoritos encontrados na Terra são de um tipo particular: condritos-H. Pensa-se que estes meteoritos têm origem em um mesmo corpo progenitor e um potencial suspeito é o asteroide 6 Hebe, o qual pode ser visto nesta imagem.
Com aproximadamente 186 km de diâmetro e com o nome da deusa grega da juventude, 6 Hebe foi o sexto asteroide a ser descoberto, em meados do século XIX. Estas imagens foram obtidas durante um estudo deste mini-mundo feito com o auxílio do instrumento SPHERE montado no Very Large Telescope do ESO, estudo este que pretendia testar a ideia de que os condritos-H teriam origem vinda de 6 Hebe.
Os astrônomos modelizaram a rotação e a forma 3D do 6 Hebe, ambas reconstruídas a partir das observações e usaram o modelo tridimensional para determinar o volume da maior depressão em 6 Hebe muito provavelmente uma cratera de impacto de uma colisão que poderia ter criado vários meteoritos. No entanto, o volume da depressão é 5 vezes menor do que o volume total das famílias de asteroides próximos com composição de condritos-H, o que sugere que o 6 Hebe não é afinal a origem provável dos condritos-H.
Artigo científico
Crédito: ESO/M. Marsset

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