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terça-feira, 30 de maio de 2017

ANÉIS DE JÚPITER VISTOS POR DENTRO PELA SONDA JUNO

aneis de jupiter
Apesar da sonda Cassini ser o grande centro das atenções quando falamos sobre os anéis de Saturno, é a sonda Juno que ganha atenção quando o assunto são os anéis de Júpiter. Apesar de não serem tão espetaculares quanto os anéis de Saturno, os anéis de Júpiter também apresentam detalhes que valem a pena serem estudados. E claro: também são um espetáculo à parte!
No início de sua coleta de dados, em 27 de agosto de 2016, a sonda espacial Juno registrou sua primeira imagem dos anéis de Júpiter a partir de um ponto de vista interno, revelaram os membros da missão.
A foto, feita por Juno através de sua câmera de navegação e rastreamento de estrelas, mostra também parte da constelação de Órion, incluindo a gigante estrela Betelgeuse e as três estrelas que formam o cinturão de Órion.
Anéis de Júpiter vistos de dentro - constelação de Orion
 Constelação de Orion observada através dos anéis de Júpiter
Na imagem acima podemos ver parte da constelação de Orion por trás dos anéis de Júpiter.
Créditos: NASA / JPL-Caltech / SwRI
"O que você está vendo aqui é um anel de poeira que está a 64.000 quilômetros de Juno, e estrelas que estão a centenas de anos-luz de distância, tudo na mesma imagem", explica Heidi Becker, lider da equipe de investigação de monitoramento de radiação da missão Juno.
A equipe de Juno queria compartilhar com o mundo este vislumbre da sonda. "O céu e as constelações são iguais mesmo de Júpiter", comenta Heidi.
A missão Juno, de US $ 1,1 bilhão, foi lançada em agosto de 2011 e chegou em órbita em torno de Júpiter em 4 de julho de 2016. A nave espacial está usando seus oito instrumentos científicos para estudar a estrutura e a composição do planeta gigante, bem como seus campos gravitacionais e magnéticos.
O objetivo principal da missão é entender como Júpiter se formou e evoluiu - informações que podem revelar mais detalhes sobre a história de sistemas solares em geral.
Juno recolhe a maioria de seus dados durante estreitos sobrevoos nos pólos de Júpiter, que ocorrem uma vez a cada 53.5 dias. O sobrevoo rasante feito em 27 de agosto de 2016 foi o primeiro de uma série já realizada.
aneis de Jupiter vistos por dentro
Imagem feita pela sonda Juno mostra os anéis de Júpiter vistos por dentro.
A estrela mais brilhante é Betelgeuse, da constelação de Orion. Créditos: NASA / JPL-Caltech / SwRI
A missão Juno está programada para terminar em fevereiro de 2018.
Essa foto recém-lançada dos anéis de Júpiter chamou a atenção de todo o público quando foi revelada durante uma conferência de imprensa, dedicada à discussão dos ciclones polares, auroras do planeta, além de outros resultados científicos importantes recolhidos nos primeiros sobrevoos de Juno.
O sistema de anéis de Júpiter é muito menor e mais fraco do que os famosos anéis de Saturno, observados por Galileu Galilei pela primeira em vez em 1610. Os anéis de Júpiter, por sua vez, só foram descobertos em 1979, quando a sonda Voyager 1 da NASA se aproximou do planeta gigante.
Vale lembrar que quando Galileu viu pela primeira vez os anéis de Saturno, ele não os identificou como tal, já que seu telescópio não permitia uma visão detalhada. Algumas décadas mais tarde, em 1659, o astrônomo holandês Christian Huygens foi o primeiro a identificar o disco como "anéis" propriamente.
Outro fato interessante é que, apesar de Saturno ter os anéis mais chamativos do Sistema Solar, os outros três planetas gigantes (Júpiter, Urano e Netuno) também têm sistemas de anéis.
"Os anéis de Júpiter parecem ser criados pela poeria ejetada de impactos com as luas pequenas", disseram os oficias da NASA.
O sistema de anéis de Júpiter é composto por três componentes principais: um par de anéis exteriores muito tênues chamados Anéis de Gossamer (Amalteia e Tebe), um anel principal amplo e plano chamado Anel Principal, e um anel interno bem espesso chamado Anel Halo.
Imagens: (capa-NASA) / NASA / JPL-Caltech / SwRI

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