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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
LADO ESCURO DA LUA NÃO É TÃO ESCURO O QUANTO SE PENSAVA
Imagem da Terra com o trânsito da Lua diante da visto pelo Deep Space Climate Observatory Crédito: NASA/NOAA.
Um trânsito da Lua diante da Terra numa composição de três imagens obtidas pelo satélite DSCOVR, a 16 de julho de 2015, através de filtros para o azul, o verde e o vermelho. Os arcos coloridos em redor da Lua são artefactos criados pelo movimento da Lua entre cada exposição.
A NASA divulgou na passada quarta-feira imagens fenomenais de um trânsito da Lua em frente ao nosso planeta. As imagens foram captadas pela Earth Polychromatic Imaging Camera (EPIC), um instrumento da NASA composto por uma câmara CCD de 4 megapíxeis e um telescópio, que se encontra a bordo do Deep Space Climate Observatory (DSCOVR), a uma distância de 1,5 milhões de quilómetros da Terra. Apreciem em baixo a sequência de imagens completa:
O DSCOVR é um satélite da agência meteorológica NOAA, lançado no passado dia 11 de fevereiro, a partir de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos, com o objetivo de monitorizar o vento solar e os seus efeitos na Terra. 100 dias após o seu lançamento, o DSCOVR foi colocado numa órbita de Lissajous em redor do ponto lagrangiano L1 do sistema Sol-Terra, um local de equilíbrio gravitacional situado diretamente entre o Sol e o nosso planeta, a uma distância equivalente a 4 vezes a distância média entre a Terra e a Lua.
No passado dia 16 de julho, o satélite da NOAA alinhou-se, pela primeira vez, na perfeição com a Lua e Terra, permitindo a captação de imagens invulgares dos dois objetos passando um na frente do outro. Devido à localização do DSCOVR, a Terra e a Lua surgem completamente iluminadas, com a Lua exibindo o seu lado mais distante – a sua face menos conhecida.
Pormenor da imagem de cima, com algumas das estruturas mais proeminentes do lado mais distante da Lua identificadas.
Crédito: NASA/NOAA/anotações de Sérgio Paulino.
Fotografado pela primeira vez em 1959, pela sonda soviética Luna 3, o lado mais distante da Lua é caracterizado pela quase inexistência de maria – as vastas planícies basálticas que cobrem grande parte da face lunar perpetuamente voltada para a Terra. Os maiores maria do lado mais distante encontram-se no Mare Moscoviense, uma bacia de impacto com 276 km de diâmetro, e no interior da cratera Tsiolkovskiy, uma imponente cratera complexa com 185 km de diâmetro. Na imagem são ainda evidentes o sistema de raios da cratera Jackson e a bacia de Aitken-Polo Sul, uma gigantesca estrutura de impacto com cerca de 2200 km de diâmetro e 13 km de profundidade.
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