Além disso, a Grande Mancha Vermelha está encolhendo...
Uma recente observação de Júpiter, feita pela NASA, revelou uma surpresa no furacão gigante mais famoso do Sistema Solar.
A Grande Mancha Vermelha, uma tempestade de alta pressão que se assemelha a um furacão gigante, tem o que a Agência Espacial Norte Americana está chamando de "filamento fino incomum" que se estende por quase toda sua largura. A NASA diz que esta "serpentina" gira e se retorce por conta de seus ventos intensos, que têm velocidade superior a 500km/h no interior do vórtice.
"Cada vez que olhamos para Júpiter, percebemos que algo realmente emocionante está acontecendo", disse Amy Simon, cientista planetária no Goddard Space Flight Center da NASA. "E dessa vez não foi uma exceção."
As novas imagens feitas pelo Telescópio Espacial Hubble mostram também que a Grande Mancha Vermelha está mudando de cor, se tornando mais laranja, e que continua a diminuir, embora a um ritmo ligeiramente mais lento do que o esperado.
O furacão gigante de Júpiter está cerca de 240 km menor do que no ano passado, ou seja, com cerca de 16.000 km de diâmetro. No seu auge, no final de 1800, a Grande Mancha Vermelha foi estimada em cerca de 41.000 km de comprimento, ou mais do que o triplo do diâmetro de 12.742 km da Terra, segundo a NASA.
O Telescópio Espacial Hubble fez uma observação de dez horas e criou um vídeo a partir das imagens do planeta. A animação, que foi publicada recentemente, nos mostra de perto o movimento das nuvens e o novo filamento da Grande Mancha Vermelha. Além disso, uma observação feita nos comprimentos de onda azul e vermelho, revela o filamento recém descoberto, no final do vídeo.
As fotos foram feitas pela câmera Wide Field 3 do Hubble, e permite os cientistas determinar detalhes precisos, como a velocidade do vento, por exemplo.
As imagens fazem parte de um programa chamado "Outer Planet Atmospheres Legacy", que tem o intuito de capturar imagens detalhadas que possibilitem um estudo mais profundo da atmosfera dos gigantes gasosos Júpiter, Netuno, Urano e Saturno..
Smith, Wong e Glenn Orton do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, são co-autores desse estudo, publicado na revista The Astrophysical Journal. "O valor de longo prazo desse programa é realmente emocionante", disse Michael H. Wong, da Universidade da Califórnia. "A coleção de mapas que vamos construir ao longo do tempo não só ajudará os cientistas a compreender as atmosferas de nossos planetas gigantes, mas também as atmosferas de planetas que estão sendo descobertos em torno de outras estrelas, além de ajudar na compreensão da atmosfera do nosso próprio planeta.
Fonte: NASA / ESA/ Hubble
Imagens: (capa-NASA / ESA) / Hubble / NASA / ESA
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