sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O QUEBRA-CABEÇAS DOS ANÉIS DE SATURNO FOI FINALMENTE SOLUCIONADO

quebra-cabeças dos anéis de Saturno
quebra-cabeças dos anéis de Saturno
Astrônomos finalmente decifraram um enigma que tem durado décadas...
Em um estudo inovador, uma equipe internacional de cientistas, incluindo o professor Nikolai Brilliantov, da Universidade de Leicester, resolveu um antigo enigma científico, considerado um verdadeiro quebra-cabeças na Astronomia planetária. O que deixou os astrônomos "queimarem seus neurônios" por tantos anos era pensar como acontecia a distribuição simétrica e quase planejada dos anéis de Saturno, que são constituídos de partículas que variam de centímetros até cerca de 10 metros. Havia alguma física? Uma lei? Ou era apenas mero acaso?
O professor Brilliantov, do Departamento de Matemática da Universidade de Leicester explica: "Os anéis de Saturno são relativamente bem estudados, e sabemos que eles consistem de pequenas partículas de gelo que variam de tamanho de alguns centímetros até 10 metros, com alta probabilidade de serem restos de um grande impacto cósmico do passado distante."
Os anéis de Saturno - fragmentos e rochas
Ilustração artística mostra um olhar mais próximo dos anéis de Saturno.
Créditos: SolarSystemVideos
"Finalmente desvendamos esse grande quebra-cabeças", comentou o professor. "E o que é surpreendente é como essa abundância de partículas de diferentes tamanhos se distribuem com uma precisão incrível, seguindo a lei matemática chamada de 'Cubos Inversos'. Portanto, a abundância de partículas de 2 metros é oito vezes menor do que as partículas de 1 metro, e a abundância de partículas de 3 metros é 27 vezes menor, e assim por diante... Isso vai até as partículas de 10 metros, e em seguida, acontece uma queda abrupta na abundância. E é justamente essa distribuição quase planejada que intrigou os cientistas por anos... mas que agora finalmente foi compreendida.
"Nós finalmente resolvemos o enigma da distribuição de tamanho de partículas dos anéis de Saturno", disse Brilliantov. "Além disso, nossos estudos mostram que essa mesma regra se aplica em nível Universal, e acontece com todos os anéis planetários que possuem partículas de natureza similar."
A maioria dos planetas do Sistema Solar têm satélites naturais, que são corpos menores que os orbitam. Alguns deles, como Saturno, Júpiter, Urano e Netuno, também possuem anéis planetários além dos corpos menores. E não é somente na nossa vizinhança: sistemas de anéis também cercam planetas que orbitam outras estrelas fora do nosso Sistema Solar.
Grandes asteroides, como Chariklo e Chiron, com algumas centenas de quilômetros de diâmetro, também são cercados por anéis.
O professor Brilliantov acrescentou: "O modelo matemático apresentado no estudo também pode ser aplicado com sucesso em outros sistemas, onde as partículas se fundem ao colidir lentamente, e se despedaçam ao colidir com partículas maiores e mais velozes.
Fonte: Universidade de Leicester / DailyGalaxy
Imagens: (capa-ilustração/divulgação) / SolarSystemVideos

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