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domingo, 21 de junho de 2015

PESQUISADORES DETECTAM O QUE PODE SER A PRIMEIRA EXO-LUA: UMA LUA FORA DO SISTEMA SOLAR


Pela primeira vez, os astrônomos podem ter observado uma lua circulando um planeta fora do nosso Sistema Solar, embora, seja quase impossível ter certeza se o objeto visto é de fato uma ex-olua.
Uma equipe de cientistas detectou dois corpos distantes que poderiam ser um planeta extrassolar semelhante a Júpiter e uma exolua rochosa, ou então, uma pequena estrela fraca que hospeda um planeta com cerca de 18 vezes mais massa do que a Terra.
Os astrônomos usaram uma técnica chamada microlente gravitacional, observando o que acontece quando um grande objeto em primeiro plano passa na frente de uma estrela de acordo com o nosso ponto de vista na Terra. O campo gravitacional do corpo dobra e amplia a luz da estrela distante, agindo como uma lente.
No novo estudo, a equipe observou um intrigante caso usando telescópios na Nova Zelândia e no estado australiano da Tasmânia. Eles determinaram que o objeto em primeiro plano tinha um companheiro em órbita com cerca de 0,05% de sua massa.
"Uma possibilidade é que tenhamos detectado um planeta e sua lua, o que se for verdade, seria uma descoberta espetacular e um tipo totalmente novo de sistema", disse Wes Traub, cientista-chefe do escritório do Programa de Exploração de Exoplanetas da NASA.
"Os modelos dos pesquisadores dizem que se trata de uma lua, mas se você simplesmente olhar para o cenário mais provável, seria uma estrela", acrescentou Wes Traub, que não estava envolvido no estudo.
A equipe poderia resolver o mistério se soubessem o quão longe esse sistema está da Terra está, chamado MOA -2011- BLG -262. Se está relativamente perto, MOA -2011- BLG -262 é um sistema de um planeta com sua lua, mas se ele está muito distante, então seria uma estrela com o seu planeta, disseram os pesquisadores.
Infelizmente, a verdadeira identidade de MOA -2011- BLG -262, provavelmente, continuará a ser um mistério para sempre. Observações de microlentes são encontros aleatórios, de modo que não haverá observações de acompanhamento.
"Nós não vamos ter a oportunidade de observar o candidato a exolua novamente", diz o principal autor do estudo David Bennett, da Universidade de Notre Dame. "Mas podemos esperar que descobertas mais inesperadas como essa aconteçam".
Os astrônomos acreditam que será possível medir distâncias durante observações de microlentes no futuro, usando o princípio da paralaxe, que descreve como a posição de um objeto muda quando visto a partir de dois locais diferentes.
Esta estratégia poderia funcionar se os observadores conseguissem fazer essas observações de microlentes com dois telescópios bem espaçados na Terra, ou com um telescópio na Terra e outro mais distante, em órbita, como o Spitzer ou Kepler por exemplo. .
Até hoje, os astrônomos descobriram mais de 1.700 planetas extrassolares, ou exoplanetas, mas eles ainda estão à procura da primeira exolua confirmada.
O novo estudo foi conduzido com uma parceria entre o Japão, Nova Zelândia e EUA, e foi divulgado na revista online The Astrophysical Journal.
Fonte: NASA / DNews
Imagem: NASA

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