Pra começar, Eris foi responsável por uma grande remodelação nos parâmetros astronômicos...
Eris, (ou Éris em português) é o maior planeta anão do Sistema Solar, e o nono a orbitar o Sol. Algumas vezes era chamado de "o 10° planeta", porém, astrônomos mais tradicionais não gostaram da ideia... e por isso foi criada uma nova categoria: os planetas-anões.
Localizado além da órbita de Plutão, Éris é tanto um planeta não quanto um Objeto Trans-Netuniano (que se refere a qualquer corpo que orbite o Sol a uma distância maior do que Netuno, ou seja, 30 UA). A descoberta de Éris foi importantíssima, pois foi através dele que os astrônomos revisaram e entenderam a verdadeira definição de planeta.
Eris - planeta anão - curiosidades
Ilustração artística do distante planeta anão Éris e sua superfície brilhante.
Créditos: ESO
Além disso, para os amantes de teorias da conspiração, Éris é visto como um planeta chave para a destruição da vida na Terra, e muitas vezes é chamado de Planeta X, ou Nibiru. Sabemos que tais afirmações não possuem fundamentos comprobatórios, e por isso decidimos fazer essa matéria especial sobre Éris, e mostrar alguns detalhes super interessantes sobre um dos planetas mais longínquos do Sistema Solar...
Éris foi visto pela primeira vez em 2003, através do Observatório Palomar, nos EUA, mas somente em 2005 a descoberta foi confirmada;
A designação oficial de Éris é 136199 Eris;
Na época de sua descoberta, Éris estava sendo chamado de 10° planeta, pois ainda não haviam criado a designação "planeta anão", porém, foi Éris que forçou a nova definição da União Astronômica Internacional;
Quando criaram a nova categoria "planeta anão", Éris foi o primeiro a ser incluso, e Plutão perdeu seu status de planeta, pois assim como todos os planetas anões, Plutão não tem força gravitacional suficiente para limpar sua órbita. Em seguida, outros corpos celestes como Haumea, Ceres e Makemake foram inclusos na nova categoria;
O nome Éris vem da deusa grega da luta e da discórdia;
Antes do nome Eris, oficializado no dia 13 de setembro de 2006, ele era chamado de Xena, que era o nome dado pela equipe responsável pela sua descoberta. Um dos motivos seria porque começa com a letra X, uma refrência a Percival Lowell, pesquisador que busca evidências de um certo "Planeta X";
O tamanho do planeta anão Éris ainda não foi definido, e é alvo de debates. Algumas evidências apontam para 2.250 km de diâmetro, enquanto observações mais recentes dizem algo em torno de 2.550 km. De qualquer maneira, seu tamanho é aproximadamente o mesmo de Plutão, que tem 2.368 km de diâmetro;
Comparação de tamanhos entre os planetas anões e objetos trans-netunianos. Créditos: divulgação
Eris quase ganhou o nome de Lila, uma inspiração da mitologia Hindu, que iz que o cosmos foi resultado de um jogo de Brahma, além de ser similar a Lilah, nome da filha de Mike Brown, lider da equipe responsável por sua descoberta;
Desde que o Brasil foi descoberto, Éris ainda não completou uma volta ao redor da Sol. Seu período de translação é de 558 anos terrestres;
Durante seu afélio (momento mais distante do Sol), Eris chega a 97.6 UA do Astro Rei, enquanto que durante seu periélio (momento mais próximo do Sol), ele chega a 37.9 UA, o que denota uma órbita altamente excêntrica;
Órbita de Eris e Plutão
Órbita de Éris comparada a orbita dos planetas do Sistema Solar exterior.
Créditos: Galeria do Meteorito
Eris tem um satélite natural, chamado Dysnomia (ou Disnomia em português), que é justamente o nome da filha de Eris, a deusa da mitologia grega. Dysnomia foi observada pela primeira vez no dia 10 de setembro de 2005, poucos meses após a descoberta oficial de Eris;
Eris e sua lua Dysnomia são os corpos mais distantes do Sistema Solar, sem contar com cometas de longo período;
Apesar de pequeno e extremamente distante, Éris é muito brilhante, e pode ser visto com pequenos telescópios;
Modelos computacionais feitos através do calor liberado por Eris, sugerem que o planeta anão tenha um oceano de água líquida em seu interior, o que poderia ser suficiente para sustentar algum tipo de vida. Essa descoberta é brasileira, e o estudo foi liderado por Hauke Hussmann e seus colegas do Instituto de Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), da Universidade de São Paulo;
Eris e Dysnomia
Eris e seu satélite natural, Dysnomia. Imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble
Créditos: NASA / ESA / Hubble
Ainda no Brasil (no IAG), pesquisas feitas através do infravermelho revelaram a presença de gelo de metano em Eris, o que é similar a Plutão e a lua de Netuno, Tritão;
A temperatura estimada na superfície de Éris varia entre -240 e -218°C;
Fonte: UniverseToday / NASA / JPL-Caltech
Imagens: (capa-ilustração / NASA) / NASA JPL-Caltech / ESO / ESA / Hubble
Legal
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