Podemos dizer que depois do Sol, o grande filamento é o segundo maior objeto do Sistema Solar no momento. Quais são suas consequências? Descubra quais são os riscos gigante deste filamento solar visto no dia 27 de maio de 2015
Algo gigantesco tem chamado a atenção dos cientistas responsáveis pelo monitoramento da atividade solar: trata-se de um filamento de proporções descomunais, que se estende por quase 700.000 km de diâmetro no disco solar.
Paco Bellido registrou a imagem do Sol em 3D, mostrando seu gigantesco filamento no dia 27 de maio, em seu próprio observatório de quintal em Córdoba, na Espanha. Siga as instruções e veja o Sol e seu enorme filamento em 3D:
Sol em 3D exemplo: Para visualizar a imagem em 3D, cruze os olhos e uma terceira imagem surgirá no centro, resultado das duas imagens combinadas. Se você ver 4 sóis, relaxe as vistas e tente novamente. A imagem deve estar perfeitamente na horizontal.Não precisa realizar esta proeza a imagem já está finalizada. Créditos: Paco Bellido /
Segundo especialistas em atividade solar, filamentos grandes são geralmente muito instáveis, e olha que nem precisa ser um tão grande assim para gerar preocupações. Os filamentos são basicamente feitos de plasma, e formam uma espécie de cauda, presa ao disco solar por conta de seu intenso campo magnético. Esses agrupamentos de plasma geralmente chegam a ter 150.000 km quando são considerados grandes. O filamento solar que estamos vendo tem quase 10 vezes o tamanho de um filamento já considerado grande.
Os efeitos
Como foi dito anteriormente, filamentos grandes são instáveis, e podem entrar em erupção a qualquer momento. Quando isso acontece, parte desse plasma é lançado para o espaço, e quando atingem a Terra, geram tempestades geomagnéticas. As tempestades geomagnéticas pode ser fracas, gerando apenas auroras polares, ou fortes o suficiente para causar apagões de rádio, danos a equipamentos eletrônicos, linhas de transmissão de energia e problemas sérios em satélites, incluindo os que operam GPS. Além disso, os astronautas que encontram-se no espaço podem sofrer consequências caso uma tempestade geomagnética forte atinja a nossa região atmosférica.
Além de todos esses possíveis efeitos, quando parte desse filamento cai de volta na superfície solar, produz um tipo de explosão solar chamada de "largamento de Hyder", que é basicamente um flare que se origina de uma região não ativa e sem manchas solares. Um alargamento Hyder, assim como uma explosão solar comum, se direcionada para a Terra, pode causar apagões de rádio, problemas em satélites, transmissões de energia, e outros efeitos desagradáveis para astronautas no espaço.
Acompanhe sua evolução
Se você possui lentes próprias para observação solar, ou filtros específicos para telescópios, é possível observar o grande filamento no Sol. Em astrofotografias, também é possível avistar esse grande filamento de plasma na superfície solar, e assim, acompanhar sua evolução.
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