O que são erupções solares? Como elas acontecem? Qual é o tipo mais perigoso de erupção solar?
Existem diversos tipos de erupções solares Saiba tudo sobre as poderosas tempestades solares.
As explosões solares, também chamadas de flares, envolvem grande liberação de energia, assim como a Ejeção de Massa Coronal (EMC), porém, esses dois eventos são diferentes.
Tanto a explosão solar quanto a Ejeção de Massa Coronal (EMC), ambas podem ocorrer ao mesmo tempo (o que é o mais comum), porém, uma explosão solar pode não gerar uma EMC, e vice-versa. Os dois fenômenos emitem coisas diferentes, parecem diferentes, viajam em velocidades diferentes e causam impactos diferentes nos planetas.
Como acontecem as erupções solares?
Ambas erupções são criadas quando o movimento do interior do Sol contorce seus próprios campos magnéticos.
Para entender melhor, imagine um elástico quando é torcido e segurado para que não se desenrole. Existe muita energia acumulada, que quando é liberada (no caso, quando soltamos uma das pontas do elástico), ele libera toda sua energia presa de uma só vez, e se desenrola rapidamente. Os campos magnéticos do Sol são torcidos frequentemente, e quando ocorrem as explosões eles se realinham repentinamente, de forma explosiva, liberando imensas quantidades de energia de uma só vez... energia essa que é ejetada para o espaço.
Qual a diferença de explosão solar para Ejeção de Massa Coronal?
Quando uma liberação de energia ocorre, esse fenômeno pode criar um súbito clarão em um ponto específico da superfície solar, chamados de "flare" ou de "explosão solar", que pode durar minutos ou horas. As explosões solares liberam quantidades enormes de energia que viajam em todas as direções do espaço na velocidade da luz, o que leva 8 minutos para que essa explosão solar chegue até a Terra.
Essas contorções magnéticas também podem criar um tipo diferente de explosões, que lança matéria solar para o espaço, as conhecidas Ejeções de Massa Coronal, ou EMC. Diferente da explosão solar (flare), as Ejeções de Massa Coronal são como balas de canhão, com muita matéria concentrada que é atirada em uma única direção. A EMC é uma imensa nuvem de partículas magnetizadas que é arremessada para o espaço, viajando a mais de 1 milhão de quilômetros por hora. Essa nuvem de plasma leva cerca de 3 dias para chegar à Terra.
Ejeção de Massa Coronal é registrada em ultra-zoom pela primeira vez
Os efeitos são parecidos, mas não são iguais. A explosão solar (flare) atinge a Terra em questão de minutos, acelerando as partículas de energia, e após alguns minutos ou horas, elétrons e prótons acelerados podem danificar satélites e aparelhos eletrônicos. Raios-x e radiação UV extremas podem chegar à Terra na velocidade da luz, ionizando as camadas superiores da nossa atmosfera, o que pode causar apagões de rádio e erros de navegação GPS.
Já as Ejeções de Massa Coronal (EMC), que são nuvens de bilhões de toneladas de plasma magnetizado, levam alguns dias para chegar até a Terra, e esse choque pode empurrar os campos magnéticos da Terra, criando correntes de partículas que vão em direção aos pólos do planeta, o que ajuda a criar as auroras. Além disso, as EMC podem afetar aparelhos eletrônicos e uma variedade (se não todo tipo) de tecnologia que utilizamos em nosso dia a dia, desde rádio, satélites (computadores, internet, telefones, etc..), até a energia elétrica que utilizamos, e poderia causar uma catástrofe até mesmo no abastecimento de água, já que a maior parte desse abastecimento depende de bombas elétricas. Por ser concentrada como um tiro de canhão, uma EMC tem o poder de causar danos maiores à nossa tecnologia.
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A previsão do clima espacial
Os cientistas ainda estão tentando entender como e porque ocorrem as grandes erupções solares. Uma frota de observatórios da NASA e de outras agências espaciais monitoram o Sol 24 horas por dia, fazendo a chamada previsão solar ou previsão espacial. Asim como os meteorologistas conseguem prever grande ciclones, tornados e tempestades, os meteorologistas espaciais tentam arduamente entender como e quando essas erupções solares acontecem, mas até o momento, só nos resta assistir esses grandes eventos solares, e alertar os grupos e empresas interessadas a fim de desligarem aparelhos e satélites que correm o risco de serem danificados.
Acompanhe o monitoramento do clima espacial
Mas quem sabe, num futuro não tão distante, os meteorologistas espaciais consigam entender o que causa essas explosões, e até prever quando elas irão ocorrer.
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