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terça-feira, 22 de julho de 2014

CIENTISTAS CONFIRMAM MUDANÇAS NO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA E NO PÓLO NORTE MAGNÉTICO

 Além disso, a Anomalia do Atlântico Sul está ainda mais intensa
Primeiros resultados dos três satélites Swarm da Agência Espacial Europeia (ESA) revelam as mais recentes mudanças no campo magnético que protege o nosso planeta.
Lançado em novembro de 2013, Swarm está fornecendo informações sem precedentes sobre o complexo funcionamento do campo magnético da Terra, o que nos protege da radiação cósmica e das partículas carregadas que nos bombardeiam diariamente.
Medições feitas ao longo dos últimos seis meses confirmam a tendência geral de enfraquecimento do campo magnético da Terra, com as quedas mais dramáticas sobre o Hemisfério Ocidental. Já em outras áreas, como a região sul do Oceano Índico, o campo magnético tem se fortalecido.
As últimas medições confirmam também o movimento do polo norte magnético para a Sibéria.
Estas modificações são baseadas nos sinais magnéticos provenientes do núcleo da Terra. Nos próximos meses, os cientistas vão analisar os dados sobre os grandes contribuidores do campo magnético terrestre, como o manto, a crosta, os oceanos, a ionosfera e a magnetosfera.
O campo magnético é fraco por aqui

Dados de junho de 2014 mostram intensidade do campo magnético da superfície da Terra.
Créditos: ESA / DTU Space
A região do Brasil que é mostrada em azul no mapa, representa a Anomalia do Atlântico Sul (AMAS). Essa anomalia ocorre devido a uma depressão ou achatamento nas linhas do campo magnético da Terra acima dessa região. A AMAS foi descoberta em 1958, e sofre alterações frequentemente.
Por conta do campo magnético ser mais fraco na região em azul (acima do Brasil), partículas carregadas se aproximam mais da alta atmosfera dessa região, e por conta disso, os níveis de radiação são mais elevados nesse perímetro.

Na superfície os efeitos são insignificantes, segundo os cientistas. Já em grandes altitudes, a Anomalia do Atlântico Sul causa efeitos radioativos em satélites e espaçonaves.
Satélites Swarm (conhecidos como constelação Swarm) orbitando a Terra.
Créditos: ESA / AOES Medialab
Os satélites que passam acima do Brasil, principalmente acima da região sudeste do país, enfrentam fortes rajadas de radiação cósmica, e por isso, necessitam de proteções especiais.
Conclusão
Esses estudos deverão proporcionar uma nova visão sobre muitos processos naturais, desde aqueles que ocorrem dentro do nosso planeta até a meteorologia espacial, que é desencadeada pela atividade solar. Tudo isso deverá produzir uma melhor compreensão das causas do enfraquecimento do campo magnético da Terra.
Os primeiros resultados desse estudo foram apresentados no Terceiro Encontro de Ciências do Swarm, em Copenhague, Dinamarca.

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