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quarta-feira, 4 de junho de 2014

ASTRÔNOMOS ESTÃO PERTO DE ENCONTRAR PLANETA RICO EM ÁGUA

O planeta Kepler-78b é apenas 20% maior do que a Terra e orbita à enorme velocidade de três rotações por dia. 
Os astrónomos estão mais perto de encontrar um planeta rico em água, como a Terra, depois de ter sido testada uma nova tecnologia que deteta braves mudanças na luz das estrelas, avançou esta quinta-feira o site 'Science World Report'. Com recurso a um espetrógrafo - equipamento que realiza o registo fotográfico de um espectro luminoso - ultrassensível, investigadores financiados pela União Europeia conseguiram, pela primeira vez, identificar um planeta rochoso, rico em ferro, a milhares de milhões de quilómetros de distância. Os investigadores do projeto 'ETAEARTH', coordenado por Alessandro Sozzetti, do Instituto Nacional de Astrofísica de Itália, treinaram-no com uma estrela a 400 anos-luz de
distância, na constelação Cygnus, para capturarem as pequenas flutuações de luz causadas pelo planeta Kepler-78b. É apenas 20% maior do que a Terra e orbita à enorme velocidade de três rotações por dia. Foi graças a esta órbita apertada que os investigadores conseguiram identificar a sua massa e densidade. "Foi um grande desafio alcançar esta elevada exatidão, mas no final conseguimos. Sabemos hoje que o Kepler-78b tem apenas 60% mais massa do que a Terra", disse Lars Buchhave, astrónomo no Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian, em Massachussets, Estados Unidos.
 PODE NÃO SER UM PLANETA QUE OS HUMANOS QUEIRAM VISITAR
 No entanto, isto não quer dizer que o Kepler-78b seja um planeta que os humanos queiram visitar. A sua proximidade em relação à sua estrela significa temperaturas tão altas que derretem a rocha na superfície e removem qualquer atmosfera.
 PROBLEMA PARA OS 'CAÇADORES DE PLANETAS'
Para um planeta poder ter vida, os cientistas acreditam que ele deve situar-se na chamada zona habitável - uma distância precisa relativamente a uma estrela onde a temperatura é a necessária para que a água exista em estado líquido. O maior problema para os 'caçadores de planetas', na busca dessa oscilação, é eliminar os efeitos da atividade na superfície da estrela. "Se conseguirmos resolver esse problema, estaremos numa posição muito melhor para detetar planetas com a massa da Terra a orbitar zonas habitáveis de estrelas do tipo do Sol", disse Andrew Cameron, que dirige a Escola de Física e Astronomia da Universidade de Saint Andrews, Reino Unido.

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