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segunda-feira, 12 de agosto de 2013
PAR INCOMUM DE NUVENS DE GÁS É REGISTRADO EM GALÁXIA VIZINHA
Imagem mostra as duas nuvens de gás: NGC 2014 (direita), irregular e vermelha, e NGC 2020, redonda e azul. Foto: ESO / Divulgação
Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) registraram com o uso de telescópio uma intrigante região de formação estelar na Grande Nuvem de Magalhães - uma das galáxias satélite da Via Láctea.
A imagem, divulgada nesta quarta-feira, mostra duas nuvens distintas de gás brilhante: a NGC 2014, em tons de vermelho, e a sua companheira azul, a NGC 2020. Embora muito diferentes, ambas foram esculpidas pelos mesmos ventos estelares fortes ejetados por estrelas recém-nascidas extremamente quentes, que emitem também radiação responsável por fazer brilhar intensamente o gás.
A Grande Nuvem de Magalhães forma novas estrelas ativamente. Algumas das suas regiões de formação estelar podem incluse ser vistas a olho nu, como a famosa Nebulosa da Tarântula. Na imagem, a nuvem de tom rosado (NGC 2014) é brilhante e essencialmente constituída por hidrogênio gasoso, que contém um enxame de estrelas quentes jovens. A radiação energética emitida por essas estrelas produz o característico brilho avermelhado.
Além dessa radiação forte, as estrelas jovens de grande massa produzem igualmente fortes ventos estelares que fazem com que eventualmente o gás em torno delas se disperse e se afaste. À esquerda do enxame principal, uma única estrela muito quente e brilhante parece ter dado inicio a esse processo, criando uma cavidade que se encontra rodeada por uma estrutura semelhante a uma bolha, chamada NGC 2020. A distinta cor azulada desse objeto é também criada por radiação emitida pela estrela quente.
As diferentes cores da NGC 2014 e da NGC 2020 são o resultado tanto da diferente composição química do gás circundante como das temperaturas das estrelas, que fazem com que o gás brilhe. As distâncias entre as estrelas e as respectivas nuvens de gás desempenham também um papel importante nesse processo.
A Grande Nuvem de Magalhães situa-se a apenas cerca de 163 mil anos-luz de distância da nossa galáxia, a Via Láctea - o que, a uma escala cósmica, significa que está muito próxima. Esta proximidade a torna um alvo importante para os astrônomos, já que pode ser estudada com muito mais detalhe do que outros sistemas mais afastados.
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