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segunda-feira, 26 de agosto de 2013
IMAGENS REVELAM JATOS DE ENERGIA SEGUINDO EM DIREÇÃO Á TERRA
Observações revelam jatos energéticos se aproximando (cor de rosa e roxo) e afastando (laranja e verde). Foto: ESO/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/H. Arce / Divulgação
Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) obtiveram imagens detalhadas do material energético que se afasta de uma estrela recém-nascida em uma constelação visível da Terra.
Ao observar o brilho emitido pelas moléculas de monóxido de carbono no objeto chamado Herbig-Haro 46/47, os astrônomos descobriram que o gás ejetado transporta muito mais energia e quantidade de movimento do que se pensava anteriormente. As novas imagens revelaram também um jato anteriormente desconhecido que aponta em uma direção totalmente diferente - se afastando do nosso planeta.
As estrelas jovens são objetos "violentos", que ejetam matéria a velocidades tão elevadas como um milhão de quilômetros por hora. Quando este material choca no gás circundante, faz ele brilhar, criando um objeto Herbig-Haro - pequenas áreas de nebulosidade associados a estrelas recém-nascidas. Um exemplo desse tipo de objetos é o Herbig-Haro 46/47, situado a cerca de 1,4 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação austral da Vela.
As novas imagens revelam detalhes em dois jatos, um deslocando-se na direção da Terra e o outro na direção contrária. O jato que está se afastando era praticamente invisível em imagens anteriores, devido ao obscurecimento provocado pelas nuvens de poeira que rodeiam a estrela recém-nascida. O telescópio ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) não só obteve imagens muito mais nítidas que as anteriores, como permitiu ainda aos astrônomos medir a velocidade com que o material brilhante se desloca no espaço.
A nitidez e sensibilidade alcançadas nestas observações ALMA permitiram também à equipe descobrir um componente da corrente de gás, desconhecido anteriormente, que parece ser emitida por uma companheira da jovem estrela de massa mais baixa. Esse jato secundário faz praticamente um ângulo reto com o objeto principal - quando observado da Terra -, e encontra-se aparentemente "escavando" seu próprio buraco na nuvem circundante
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