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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

DAWN PREPARA-SE PARA SAIR DE VESTA E RUMAR ATÉ CERES


A sonda Dawn chegou a Vesta a 16 de Julho de 2011, e tem partido prevista para 5 de Setembro.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
A sonda Dawn da NASA está a caminho de se tornar na primeira a orbitar e a estudar dois distantes destinos no Sistema Solar, com o objectivo de ajudar os cientistas a responder várias questões acerca da formação do nosso Sistema Solar. A sonda tem partida prevista do asteróide gigante Vesta dia 5 de Setembro, quando começar a sua viagem de dois anos e meio até ao planeta anão Ceres.
A Dawn começou a sua odisseia de 5 mil milhões de quilómetros de exploração dos dois objectos mais massivos da cintura principal de asteróides em 2007. A Dawn chegou a Vesta em Julho de 2011 e vai alcançar Ceres no início de 2015. Os alvos da Dawn representam dois ícones da cintura de asteróides, testemunhas de grande parte da história do nosso Sistema Solar.
Para escapar a atracção de Vesta, a sonda irá espiralar para fora tão gentilmente quanto lá chegou, usando um sistema especial e supereficiente chamado propulsão iónica. O sistema de propulsão a iões da Dawn usa electricidade para ionizar xénon de modo a gerar impulso. Os motores iónicos com 12 polegadas de diâmetro providenciam menos energia que os motores convencionais, mas podem manter impulso durante meses a fio.
"O impulso foi ligado, e estamos agora a subir para longe de Vesta no topo de um pilar azul-verde de iões de xénon," afirma Marc Rayman, engenheiro da Dawn e director da missão, no JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia. "Estamos um pouco nostálgicos no que toca à conclusão da fantasticamente produtiva e excitante exploração de Vesta, mas agora temos os olhos postos no planeta anão Ceres".


Pólo sul de Vesta, que mostra o tamanho da cratera Rheasilvia.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA

A órbita da Dawn providenciou vistas únicas de Vesta, revelando o gigante asteróide num detalhe sem precedentes. A missão revelou que Vesta derreteu completamente no passado, formando um corpo em camadas e com um núcleo de ferro. A sonda também revelou cicatrizes provocadas por colisões titânicas no hemisfério sul do asteróide, sobrevivendo não a um mas a dois impactos colossais nos últimos dois  bilhões de anos. Sem a Dawn, os cientistas não teriam conhecimento das dramáticas características esculpidas em torno de Vesta, ondulações provocadas pelos dois impactos polares a Sul.
"Fomos a Vesta para preencher os espaços em branco do nosso conhecimento da história do Sistema Solar," afirma Christopher Russell, investigador principal da Dawn, da Universidade da Califórnia. "A Dawn preencheu essas páginas, e mais, revelou-nos quão especial é Vesta como sobrevivente dos primeiros dias do Sistema Solar. Podemos agora dizer com certeza que Vesta parece-se mais com um pequeno planeta do que um asteróide típico."

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