Páginas

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

OBSERVAÇÃO DAS LUAS DE SATURNO MIMAS E DIONE



Luas Dione e Mimas (menor) são vistas por Cassini sonda da Nasa. Créditos: Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute
A sonda Cassini, da agência espacial americana (Nasa), obteve uma imagem impressionante de duas luas de Saturno "sobrepostas". O satélite Mimas aparece à espreita de Dione, que está em primeiro plano. Os anéis do planeta podem ser vistos no canto superior direito.

Dione é uma das maiores luas do planeta Saturno, orbita a 377,4 mil quilómetros de distância desse planeta, sendo o seu período orbital de cerca de 66 horas, precisamente o dobro do que leva Encélado a percorrer a sua órbita. Este fenómeno pode ser responsável pelo aquecimento de Encélado a partir do efeito de marés.
Como resultado da fricção das marés, a rotação de Dione é proporcional ao seu movimento orbital, assim Dione mantém sempre o mesmo lado virado para Saturno. Esta lua orbita dentro do grande e ténue anel E de Saturno, desconhecendo-se até ao momento a relação entre Dione e o anel E.
Uma das características mais surpreendentes de Dione é a rede de penhascos cintilantes numa superfície escura que deverá ter sido originada a partir de movimentos tectónicos, o que se revelou uma surpresa para os cientistas.
Ficheiro:Mimas (NASA) PIA06176.jpg

Mimas é um mundo exíguo e gelado, mas suficientemente complexo e com uma vista extraordinária sobre Saturno.
Mimas é uma das grandes luas de Saturno. Com 397,2 quilômetros de diâmetro e com um período orbital de 0,94 dias, é o menor corpo do sistema solar a conseguir tomar um formato praticamente esférico.
O período orbital de 22 horas 37 minutos e 5 segundos de Mimas é metade do de Tétis. Assim, Mimas e Tétis estão envolvidos numa ressonância orbital alcançando a conjunção no mesmo lado de Saturno. A origem desta ressonância não é inteiramente compreendida. A rotação de Mimas é síncrona, mantendo sempre o mesmo hemisfério virado para Saturno.
A densidade média de Mimas é somente 1,2 da densidade da água, e a sua superfície mostra características de gelo de água, dado o seu brilho. A superfície é densamente crivada por profundas crateras. A profundidade das crateras parece ser uma consequência da baixa gravidade da lua. Apesar do seu pequeno tamanho, existem algumas evidências de remodelação da superfície, possivelmente o resultado do derretimento parcial da crosta gelada. Algumas das crateras têm mais de 90 quilómetros de comprimento, 10,2 de profundidade e 10 de largura. Não se sabe se estas crateras são causadas por pressão do efeito das marés ou pelo impacto de corpos celestes. No entanto, sabe-se que são bastante antigas.
Entre as várias crateras sobressai uma no hemisfério que comanda o movimento orbital, a cratera Herschel. O nome da cratera homenageia o astrônomo William Herschel que descobriu Mimas em 18 de junho de 1789. A cratera Herschel é uma gigantesca depressão com um terço do diâmetro de Mimas: 130 km de diâmetro e 9 de profundidade e um pico central, sendo assim a maior estrutura de impacto do sistema solar, o que levou a ser comparada à "Estrela da Morte" dos filmes Star Wars. O impacto colossal apenas por pouco não destruiu Mimas.
Mimas Cassini.jpg


Nenhum comentário:

Postar um comentário