Páginas
▼
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
A MITOLOGIA ASTRONOMICA DE MARTE
MARTE POSSUI DUAS CALOTAS POLARES COM ESTAÇÕES DEFINIDAS
Marte é o quarto planeta a contar do Sol e é o último dos quatro planetas telúricos no sistema solar, situando-se entre a Terra e a cintura de asteróides, a 1,5 UA do Sol (ou seja, a uma vez e meia a distância da Terra ao Sol). De noite, aparece como uma estrela vermelha, razão por que os antigos romanos lhe deram o nome de Marte, o deus da guerra. Os chineses, coreanos e japoneses chamam-lhe "Estrela de Fogo", baseando-se nos cinco elementos da filosofia tradicional oriental. Executa uma volta em torno do Sol em 687 dias terrestres (quase 2 anos terrestres)
Marte é um planeta com algumas afinidades com a Terra: tem um dia com uma duração muito próxima do dia terrestre e o mesmo número de estações.
Marte tem calotas polares que contêm água e dióxido de carbono gelados, o maior vulcão conhecido do sistema solar - o Olympus Mons, um desfiladeiro imenso, planícies, antigos leitos de rios secos, tendo sido recentemente descoberto um lago gelado. Os primeiros observadores modernos interpretaram aspectos da morfologia superficial de Marte de forma ilusória, que contribuíram para conferir ao planeta um estatuto quase mítico: primeiro foram os canais; depois as pirâmides, o rosto humano esculpido, e a região de Hellas no sul de Marte que parecia que, sazonalmente, se enchia de vegetação, o que levou a imaginar a existência de marcianos com uma civilização desenvolvida. Hoje sabemos que poderá ter existido água abundante em Marte e que formas de vida primitiva podem, de facto, ter surgido.
NA MITOLOGIA
De todos os deuses da mitologia grega, Ares (Marte) era o mais detestável, muitas vezes menosprezado por uma civilização que quanto mais avançava filosoficamente, mais se distanciava dos conflitos bélicos, comuns aos povos da antiguidade. Senhor absoluto da guerra, Ares tinha a crueldade como inspiração. Filho de Hera (Juno) e de Zeus (Júpiter), herdara da mãe a impetuosidade, a cólera e a teimosia. Para Ares a guerra representava a carnificina, o sofrimento, o derramamento do sangue, não importando os lados, longe da inteligência tática, era a verdade diante da armas, jamais da estratégia militar.
Companheiro eterno do medo, personificava a morte sem glória, à devastação sem o propósito da estratégia, não havendo merecimento na vitória, mas a força bruta como palavra final. Seus filhos representam a força destrutiva humana, sendo eles Fobos, o medo incessante; Deimos, o terror; e, Éris, a discórdia. Terror e Discórdia são seus companheiros eternos. O mais contestado pelos deuses do Olimpo, Ares tem na figura de Atena (Minerva), a sua grande rival. Ambos são deuses da guerra, mas Atena é a deusa da estratégia, da sabedoria na guerra, enquanto que Ares é apenas a destruição sem lógica.
Se na Grécia a figura de Ares é desprezada, em Roma ele é identificado com Marte, o deus da guerra justa e estratégica. A prole de Marte dará origem aos gêmeos Rômulo e Remo, fundadores da cidade eterna, o que lhe confere o estatuto de grande deus, o mais importante a ser cultuado pelos romanos. Ares e Marte, unificados em um só mito, são os que mais divergem na assimilação greco-romana.
O mito de Ares traz um deus forte, de músculos perfeitos, que vestindo armadura e elmo, empunha uma lança e um escudo; percorrendo os campos de guerra em um carro puxado por exuberantes cavalos. Mistura-se aos litigiosos, sem se ater a qualquer lado, à justiça ou às leis. Desfere golpes ao acaso, lançando um brado de terror. Quando termina, contempla a destruição absoluta. É o retrato ímpio da guerra, que transforma os campos em desertos e as cidades em ruínas. Ao contemplar o sangue derramado, Ares segue vitorioso no seu carro, desaparecendo nos céus do Olimpo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário